O Funeral, O Rapto e a Reunião
-Sra. Weasley? –chamou Harry para o sótão escuro e silencioso, exceto pelas lamurias e choros do vampiro que se refugiara da luz emitida pela varinha dos garotos em um canto sombrio.
Não houve resposta, e Harry pode perceber que Rony, ao seu lado, tremera repentinamente.
-Mamãe? –chamou ele, vacilante.
Ainda assim não houve nenhuma resposta, o sótão permanecia silencioso.
-Sra. Weasley, é o Harry e o Rony, a senhora está bem? –perguntou Harry novamente para o escuro.
-Não... –Harry ouviu Rony resmungar atordoado em um canto mais além.
-O que foi? –perguntou Harry desesperado, correndo ao encontro do amigo.
-Rabicho disse que ela estava sendo mantida aqui, simplesmente não pode... Não, ela não pode estar... –resmungou Rony, curvado sobre uma massa escura aos pés de Harry.
Este abaixou a varinha, e para seu completo horror, percebeu que Molly Weasley não se movia. Seus olhos estavam fechados, e não se podia ouvir sua respiração. Rony tornou a chamá-la.
-Não, Harry, Rabicho disse que ela estava aqui, mas não disse que ela estava... Que ela estava... –mas não conseguiu finalizar a frase, e começou a tremer descontroladamente, Harry apertando firmemente seu ombro, em sinal de apoio. –Não entendo! Por quê? Ele podia usar seu cabelo para fazer a poção polissuco, não precisaria matá-la...
-Rony, eu realmente sinto muito... –falou Harry pesaroso, o coração esmagado de tanto ódio que sentia do homem que traíra seus pais, e agora assassinara alguém próximo de poder chamar de família, a senhora Weasley, que sempre o tratara como um filho.
-Harry? –chamou Rony, tentando se controlar. –Chama a Gina, por favor? E entregue aquele imundo do Rabicho para o Ministério, para que apodreça em Azkaban para sempre!
Harry apenas concordou com a cabeça, e olhando uma última vez para a horripilante cena, desceu as escadas em direção a cozinha, onde Gina e Hermione mantinham Rabicho preso, amarrado magicamente a uma cadeira, e desarmado de sua varinha que fora quebrada.
Gina apontava ameaçadoramente sua varinha em direção ao homem a sua frente, a mão trêmula, mas jamais vacilante. Rabicho a observava com os olhos miúdos de rato lacrimejantes, e tornava-se claro que o medo o possuía. Harry não saberia dizer de quem: se era deles, ou de Voldemort, quando descobrisse que seu plano falhara.
Hermione segurava protetoramente Lílian em seus braços, e correu ao encontro de Harry quando este apareceu.
-Harry! Como ela está? –perguntou ela, os olhos ansiosos por boas notícias que jamais viriam.
Harry não respondeu, caminhou firmemente até Gina e abraçou apertado. As palavras não conseguiam sair de sua boca, e seu corpo inteiro tremia ao olhar para o sujeito em feitio de rato que os observava.
-Gina... –começou ele vacilante, evitando o olhar da moça.
-Que foi? –perguntou ela, como se já soubesse o que viria a seguir. Observou Harry com os olhos tristes, porém corajosos, e percebeu que o marido vacilava na hora de lhe contar o que havia acontecido do sótão da toca. –Ela está... Ela está bem?
-Gina... É melhor você subir lá com o Rony... –respondeu ele, não criando coragem suficiente para contar-lhe o que acontecera. Não sabia o que havia matado a Sra. Weasley.
Ela olhou para ele, e concordando, saiu em direção as escadas. Mas antes que a subisse, Harry alcançou sua mão pequena e fria, e olhando em seus olhos, falou:
-Seja forte, como sei que você é Gina... –ela não respondeu, apenas subiu as escadas que rangiam.
Harry virou-se em direção a Hermione, e percebeu que a amiga chorava baixinho, as lágrimas quentes escorrendo no bracinho de Lílian, enquanto acariciava os cabelos ralos da criança. Esta por sua vez, observava Harry com seus olhos verdes muito atentamente, como se soubesse que aquele não era o momento certo para gritar, ou bater palmas, como costumava fazer.
-Me diz que não é verdade, Harry... –implorou ela, correndo para o amigo, ao que Harry a abraçou, tentando consolar a amiga. Mas logo a largou.
-Hermione, leva a Lílian pra fora, por favor, e chame o Sr. Weasley, sim? –falou ele, num tom urgente.
Hermione, sem demora, com Lílian no colo, saiu em direção aos jardins. Harry virou-se para Rabicho, o corpo ainda tremendo de raiva.
Em um ato desesperado, ansiado por muito tempo, Harry deu um soco na cara de Rabicho, extrapolando toda sua fúria. Toda mágoa que guardava em seu peito desde a noite em que conhecera Sirius. Desde a noite em que descobrira que o homem a sua frente era o culpado pelo assassinato de seus pais. Era responsável pelos treze longos anos que o padrinho passara em Azkaban. Responsável agora, também, pela morte de Sra. Weasley, alguém que ele considerava como sua própria mãe.
Rabicho gemeu, e choramingou, os olhos lacrimejando e os dentes protuberantes a apertar o lábio inferior.
-Doeu, é? Pois tem muito mais de onde veio! –gritou Harry em cólera. E acenando a varinha ameaçadoramente lançou nele a maldição Cruciatus.
Rabicho gemeu alto e agonizantemente, do mesmo jeito que Harry havia feito anos atrás, na final do Torneio Tribruxo, quando Voldemort ressurgira. Harry riu malignamente. Seu coração batia forte, e seu sangue corria velozmente em suas veias, a adrenalina disparara em seu corpo, e em um impulso levou a varinha ao ar e apontou novamente para o homem a sua frente.
-Avada... –mas Hermione, surgindo do nada, impediu que Harry terminasse de lançar a maldição sobre o homem que se contorcia a sua frente, jogando-se a sua frente e apertando seu braço direito com o máximo de força que pudesse reunir.
-Deixe-me Hermione, você sabe tudo que esse homem já fez! Ele merece! Quero acabar com essa laia de comensais... –explodiu Harry furioso, tentando desvencilhar-se de Hermione.
-Sei que sim, Harry, sei que ele merece... Mas Harry, pense na Lílian! Você vai querer que ela tenha um pai com a alma corrompida, incompleta? –justificou Hermione rapidamente. –O homem que derrotará Voldemort deve possuir uma alma imaculada, inteira, pura! Deixe isso com o Ministério!
E então Harry percebeu que Hermione tinha razão. Havia quase esquecido de tudo que Dumbledore havia lhe dito alguns anos antes. E então ele enxergou o Sr. Weasley, e muitos aurores, aparatarem no jardim.
Havia velas tremeluzentes na sala de estar dos Weasley. Fred e Jorge aparecerem algum tempo depois, em sóbrias vestes pretas, as feições geralmente risonhas, naquele dia tristes e sérias. Gina e Hermione vestiram vestidos pretos e sóbrios, e ambas pouco falavam com as pessoas ao seu redor.
Sr. Weasley e Rony murmuravam baixinho em um canto da sala, Enquanto Harry segurava Lílian protetoramente em seu colo, ainda abalado com o último e recente acontecimento.
A brisa quente noturna alcançou seu rosto, e acordou a menina em seus braços.
-Ei Lílian, acordou, é? –perguntou ele para a filha, recebendo um olhar triste da filha. Parecia que ela sabia o que estava acontecendo. –Vai ficar tudo bem, papai não vai deixar nada acontecer com você ou com a mamãe.
Harry ergueu a cabeça e percebeu que Gina o olhava tristemente, mas jamais cedia a tentação de enfraquecer. E Harry percebeu como ela era forte, e como era a mulher certa para ele. Mesmo nos piores momentos, ambos se completavam, como se algo os unisse de maneira que jamais pudessem romper-se.
E então uma pequena menininha passou correndo por eles, os cabelos loiros e sedosos esvoaçando enquanto corria em direção ao Sr. Weasley.
-Vovô! –chamou ela alegre, ao jogar-se no colo do homem que abrira os braços para recebê-la. Tinha um sotaque familiarmente francês.
-Como vai, Harry? –cumprimentou uma voz as suas costas. Harry virou-se rapidamente enxergou a figura alta e ruiva de Gui Weasley, estendendo a mão para Harry.
-Gui, você veio... –cumprimentou Harry, com dificuldade por causa de Lílian.
-Então esta é a Lílian? –perguntou ele estendendo o dedo para a sobrinha, ao que ela agarrou. –Estava louco para conhecê-la. Infelizmente nessas ocasiões pena as circunstâncias...
-Olhe, sinto muito, Gui ... –falou Harry. –E então, aquela é a herdeira? –perguntou Harry, indicando a garotinha de cabelos loiros e compridos.
-É sim, a trouxemos aqui poucas vezes, mas acho que ela gosta do campo. –respondeu ele, olhando carinhosamente para a filha. –Seu nome é Chanel. Fleur gosta bastante deste nome.
Harry reparou nas profundas marcas e cicatrizes que o irmão mais velho de Rony adquirira na noite em que todos pensaram que Dumbledore havia morrido. Cicatrizes deixadas por Fenrir Grayback. O homem que também havia mordido Lupin quando criança.
Harry olhou para o lado, e lá também estava Lupin e Tonks com as mãos discretamente dadas. Deixara um pouco seu ar lupino, e parecia ter adquirido alguns quilos após sua união com Tonks. O namoro parecia estar dando certo. E Harry ficou feliz ao constatar isso.
-Gostaria que todos pegassem uma taça de bebida para fazer um brinde a memória de Molly Weasley, mãe dedicada e esposa amorosa. –irrompeu a voz do Sr. Weasley na sala. –Todos que a conheceram sabem como sempre se preocupou com tudo e com todos, sempre desejando o bem do próximo. Sentiremos muita falta de você Molly. –falou ele brevemente, com os olhos marejados.
E terminado o pequeno discurso, ergueu sua taça solenemente e brindou a esposa, sendo copiado por todos os presentes na sala. Naquele instante, Gina aproximou-se e tomou a filha no colo, os olhos tristes e impenetráveis, no momento em que Harry a abraçou.
-Vou lhe ajudar a matar Voldemort, Harry, com minhas próprias mãos. E Rabicho, ele terá o que merece. –falou ela com a voz firme.
-Aposto minha vida nisso... –respondeu Harry baixinho no ouvido dela.
A Ordem da Fênix será novamente convocada amanhã à noite na antiga sede, para uma reunião de emergência. Favor, comparecer.
Era isso que estava escrito no bilhete deixado no criado mudo de Harry Potter naquela noite.
-Meus queridos amigos, convoquei esta reunião a fim de deixá-los a par de nossa situação... –falou Dumbledore, os braços abertos como se abraçassem as pessoas de rostos atônitos presentes no recinto. –Devo acrescentar antes disso, porém, que estou realmente contente em constatar que grande parte da Ordem permaneça aqui, firmes e fortes, como antigamente... Posso lhes oferecer balinhas de hortelã? São doces trouxas, e devo acrescentar: uma delícia. –ofereceu ele risonho, sem receber porém, uma resposta.
-Um minuto, por favor... –falou a voz de Minerva Mc. Gonagall, com a varinha em riste apontada para o rosto velho de Dumbledore. –Quem é você?
-Sei que está confusa, minha cara Minerva, mas precisa ouvir para entender. Sou Alvo Dumbledore... –respondeu ele calmamente, as mãos a mostra, para que todos enxergassem que não carregava sua varinha.
-Prove! –ameaçou ela com a varinha ainda em punho, as narinas tremendo de raiva. –Dumbledore morreu há anos, quem é você para insultar sua memória de tal forma?
Outras pessoas tomaram posição ao redor da mesa, todas as varinhas apontadas para o homem em meio a eles. Dumbledore não pareceu surpreender-se. Continuou parado em meio a quantidade de varinhas, com um olhar sereno e as mãos à mostra.
-Por que acha que deveríamos confiar em você? –perguntou a voz de Lupin, surpreendentemente ameaçadora. –Dumbledore jamais nos convocaria por meio de um simples pergaminho na calada da noite!
-Sinto muito que não pude usar meu patrono, mas realmente se me deixassem explicar... –falou ele sincero, os olhos azuis impenetráveis jamais piscando.
-Ele fala a verdade! –intercedeu Harry, destacando-se do aglomerado de bruxos. –Dumbledore jamais morreu, está aqui, em frente a nós!
-Ora, Potter, não fale besteiras, você mesmo viu o diretor despencar da Torre de Astronomia! –cortou Mc. Gonagall eficiente.
-Ora, já chega... –ouviu-se a voz de Olho-Tonto Moody a um canto da sala. E cordas grossas lançadas de sua varinha foram imediatamente cortadas por tesouras invisíveis conjuradas por Dumbledore, que num ágil movimento, sacou a varinha de seu bolso.
Todos o olharam espantados, ao que Dumbledore balançou displicentemente os ombros ossudos.
-Sempre foi um ótimo auror, Alastor, mas devo repetir que sua oclumência continua deplorável. É o seu ponto fraco, veja bem, deveria treinar um pouco mais. –comentou Dumbledore, observando o homem manco por de cima de seus oclinhos de meia-lua.
-Também achei que Dumbledore havia morrido! –falou Harry em alto e bom tom, ao lado do diretor. –Mas ele me provou que estava errado, e que nem sempre percebemos as pistas que os outros nos deixam... Peço que escutem, e depois tomem suas próprias decisões.
-De forma alguma! Como podemos saber se este suposto Dumbledore não é um Comensal, e que você não está dominado pela Imperius? –perguntou Moody, desconfiado.
-Proponho-me a ser amarrado e liberado de minha varinha, por uma hora, para que possam ver como não tomo nenhuma poção polissuco. –falou Dumbledore, oferecendo a varinha a ninguém em especial.
-Voldemort não precisa da poção polissuco, tem outros meios! –comentou Lupin.
-Por favor, apenas escutem! –suplicou Dumbledore, e então, como num passe de mágica, todos se se sentaram à mesa empoeirada do Largo Grimmauld, deixando apenas Dumbledore de pé, com um sorriso triunfante no rosto.
-Graças a Merlim, e modéstia, a minha genialidade, nenhum de vocês notou que de fato, não morri. –começou ele, olhando de um rosto atônito para o outro. –Sim, de fato, nem mesmo fui eu que recebi a maldição que Severo lançou, mas logo chegarei a este ponto da minha história. Primeiro, devo lhes contar desde o inicio, desde as histórias que coletei. Creio que todos os presentes conheçam o termo Horcrux?
Alguns concordaram assombrados, alguns outros negaram, e por fim, Dumbledore começou a explicar o que seriam Horcruxes, como os faziam, e como ele chegara a conclusão de que seu antigo pupilo, Voldemort, criara seis para si próprio, deixando para trás apenas um sétimo de sua alma, que ainda habitava seu corpo.
Contou a todos sobre o papel de duplo-espião que Snape havia tomado, contou sobre a profecia, e sobre quem a fizera, e quem a entreouvira.
Contou também, sobre o Voto Perpétuo executado por Snape tempos atrás, jurando proteger Malfoy.
-Tinha que sair e procurar mais horcruxes, e ao mesmo tempo, Severo tinha de ajudar o menino. E também sustentar sua eterna lealdade a Voldemort... –falou ele, enquanto os presentes assimilavam o que o homem a sua frente explicava. –Coloquei Alberthot em meu lugar, e então Severo, como grande feiticeiro que é, lhe lançou uma terrível maldição, mas não a ponto de matá-lo. Minha fênix o curou e ele fugiu para o meu encontro. Foi tudo planejado. Esperei que soubessem disso. –falou ele baixinho, cruzando as mãos nodosas. –Apareci em forma de fênix quando o corpo falso ficou encoberto de chamas.
-Mas é claro... –falou Tonks baixinho. –Simples e brilhante.
Harry lembrou-se da noite em que supostamente Dumbledore havia morrido. Quando estava a mercê de Draco Malfoy, ofereceu a ele uma opção, para que pudesse abandonar o lado negro da bruxidade, sem ser morto. Ofereceu a Malfoy a opção de fugir, de fingir-se de morto.
-E onde está Snape? –perguntou Quim, a um canto da mesa.
-Cumprindo ordens minhas, ao lado de Voldemort... –respondeu Dumbledore.
-Mas se Snape é um bruxo tão talentoso, não seria melhor termos ao nosso lado? –perguntou Rony, ao lado de Harry.
-Ás vezes, Sr. Weasley, a melhor forma de se matar o inimigo é corroendo-o por dentro... –respondeu Dumbledore num tom muito sábio.
E neste exato momento, todos levaram um sobressalto no exato instante em que a campainha da casa tocou. Puderam ouvir os gritos da Sra. Black em um corredor ali perto. Todos entreolharam-se.
-Alguém convidado não compareceu, Alvo? –perguntou Mc. Gonagall, a varinha já em riste, posicionada.
-Não, todos que convoquei encontram-se nesta sala, exceto por Snape. –respondeu Dumbledore, adiantando-se para a porta. –Ninguém poderia ter encontrado a casa, continua protegida pelo fidelius.
Harry sentiu Gina apertar seu braço, e o Sr. Weasley ficar nas pontas dos pés para tentar enxergar por sobre a cabeça prateada de Dumbledore.
-Dobby... –murmurou Gina.
-Que tem ele? –perguntou Harry.
-Pedi a ele que me avisasse caso acontecesse algo com Lílian. –murmurou ela baixinho. –Entreguei a ele o bilhete de Dumbledore dizendo onde está a sede.
-Não se preocupe... –respondeu Harry, quando todos já ouviam sua conversa. –Dobby poderia aparatar aqui dentro se precisasse.
-É ai que você se engana, Harry. –falou Dumbledore as suas costas. –Dobby não poderia entrar aqui, há vários feitiços novos instalados na casa.
-Vamos ver... –falou Tonks, abrindo cuidadosamente a porta.
Harry ficou nas pontas do pé, mas enxergou. Parado na soleira, imóvel como estátua, encontrava-se Dobby, o punho erguido como se fosse bater em algo ou alguém, e os olhos fixos na porta.
-Ah não... –lamuriou Hermione baixinho.
-Tem um bilhete na mão dele... –falou Tonks, adiantando-se e tomando-o em sua mão.
-“Dumbledore... A filha de Potter foi seqüestrada por Comensais, não sei os planos de Voldemort... Encontre-nos, você sabe onde. Tive de dominar o elfo para que lhe entregasse a mensagem.” - leu ela alto.
Dumbledore olhou para Harry, e pesaroso suspirou.
-Essa é a hora, Harry, você está pronto?
-Mais que nunca! –respondeu Harry tomado pela raiva súbita. Sabia que aquilo viria a acontecer.
-Vou junto... –falou a voz de Gina, ao seu lado.
-Todos que quiserem poderão ir, é bom saber que iremos em amigos... –falou Dumbledore. –É uma das coisas que Voldemort não tem, e por isso não entende sua tamanha força.
-Para onde vamos? –perguntou Rony, que apertava a mão de Hermione firmemente.
-Para um local provavelmente desconhecido de vocês... –comentou Dumbledore. –Para as Pirâmides de Furmat!
-E por que para lá? Snape lhe falou? –perguntou Harry.
-Snape não poderia, nem que quisesse me contar... O local é cheio de magias ocultas. Não, na verdade, esses anos em que estive afastado, me renderam boas informações. Lá é o local onde Voldemort se esconde Harry, um local onde nenhum trouxa, e poucos bruxos já entraram.
E então, virou-se para professora Mc. Gonagall.
-Minerva, confio em você! Vá em todos os pontos de concentração, e acione o chamado. Diga que está na hora!
-Mas, Alvo, como poderei fazer isso? –perguntou ela tremendo as narinas. –Todos acham que está morto!
-Exatamente! Sei que lembrará o caminho... –respondeu ele enigmaticamente, olhando para a mulher com seus profundos olhos azuis.
A mulher retomou a coragem, respirou fundo, e caminhou até o diretor, e num ato inesperado, abraçou-o.
-É bom tê-lo de volta, Alvo... –falou ela. E desaparatou.
-O que Voldemort quer com Lílian? –perguntou Gina, o rosto muito sombrio.
-Atingir Harry, provoca-lo. Mas seu feitiço vai sair pela culatra. –respondeu Lupin, dando tapinhas nas costas de Harry.
-Se quiserem me seguir, tenho algumas informações para dar-lhes antes de partimos... –falou Dumbledore, as costas retas, caminhando rapidamente de volta para a cozinha no porão.
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