“Presente, passado e futuro”

“Presente, passado e futuro”



Capítulo 7 – “Presente, passado e futuro”

Molly a encarava surpresa, não conseguia acreditar no que acabara de ouvir, só podia ser uma brincadeira.
- Ele o que?
- Ele me beijou! – sussurrou Petúnia sorrindo - Você está bem Molly?
- Sim só um pouco surpresa, não que eu não soubesse que isso ia acabar acontecendo, mas não imaginava que seria tão rápido. – explicou – E como foi? O beijo.
- Ah... – Petúnia começou a corar violentamente enquanto ria. – Não foi que você está pensando, quero dizer... Foi bom, foi muito bom, mas...
- Mas?? – perguntou exasperada ao rir. – Me conte!
- Foi, podemos dizer, um tanto superficial.
- Superficial?
- É... Ah Molly, não me obrigue a continuar, me sinto uma adolescente boba falando sobre isso!
- Eu também! – confessou a senhora.
Remo entrou na sala quando as duas caíram na gargalhada, extremamente coradas.
- O que foi? – perguntou com a cara fechada examinando as próprias vestes.
- Não é com você Aluado! – disse Petúnia ainda rindo. – E as crianças? Já se levantaram?
- Estão acabando de comer. Está tudo pronto para partimos, mas o Severo está atrasado. – disse Lupin ainda desconfiado das duas.
- Não, ele está lá em cima descansando. – Petúnia começou a ficar séria. – Eu acordei muito cedo e decidi fazer o café da manhã mas quando cheguei à cozinha ele estava lá todo arrebentado, o coitado. Fiz o que pude com os ferimentos, o obriguei há comer um pouco e o coloquei no meu quarto pra descansar um pouco.
- Eu vou lá em cima vê-lo. – disse saindo.
- Ele está com algumas costelas quebradas.
Lupin concordou com a cabeça e saiu.

- E o que aconteceu depois? – perguntou Gina rindo.
- Ele se levantou e disse “Mas que diabos está acontecendo aqui?” – disse Tonks alegre ao tentar imitar Moody.
Todos caíram na gargalhada. Molly entrou na cozinha acompanhada de Petúnia.
- Mais uma de suas histórias Dora? – perguntou a ruiva.
- Sim! – disse sorrindo – Pronta para irmos Petúnia?
- Ir aonde?- perguntou Harry surpreso.
- Não se preocupe Harry, eu não posso ficar aqui sozinha depois que vocês partirem. – disse aproximando-se do garoto – Vai dar tudo certo e vamos nos reencontrar mais cedo do que você pensa.
- Mas...
- Não se preocupe. – disse ao abraçá-lo.
No primeiro momento harry não sabia o que fazer, não tinha nenhuma memória, em toda a sua vida, de ter recebido um abraço da tia. Por fim respondeu o abraço meio sem jeito.
Estavam abraçados quando remo entrou na cozinha acompanhado de Severo, Petúnia o estudou por alguns segundos, sua aparência estava um pouco melhor apesar do inchaço no rosto e já caminhava normalmente.
- Vamos?
Harry, Rony e Hermione se entreolharam preocupados.
- Sim, vamos. – disse Petúnia séria – Nos vemos em breve, eu juro! – completou encarando o sobrinho.
- Tome cuidado.
Petúnia sorriu e beijou o menino na testa, depois Rony, Mione, Gina, os gêmeos e por último Molly. As duas cochicharam alguma coisa e deixaram escapar uma risadinha voltando a corar.
- Vou esperar notícias suas.
- Pode deixar. – respondeu tentando manter o rosto sem expressões que a denunciassem.
Severo permanecia parado junto a porta, estava cansado mas sentia-se melhor. Remo tinha dado um jeitinho provisório em suas costelas. Viu Petúnia e Nymphadora se despedirem das crianças e da Sra. Weasley.
Finalmente saíram da casa dos Black segurando um grande malão cada um., Tonks tirou uma revista de aparência bem surrada do bolso do casaco. Uma chave de portal. Todos se seguraram nela e sumiram.

Petúnia simplesmente odiava viajar usando uma chave de portas, não via a hora de aprender a aparatar, mas aquilo estava fora de questão no momento e, segundo
Hogwarts: Uma História era impossível aparatar dentro dos terrenos da escola.
Abriu os olhos e olhou em volta. Estava impressionada coma beleza da escola. Era o lugar mais lindo que já estivera em toda sua vida. Olhou a grama aveludada ao seus pés, a floresta proibida a suas costas e o majestoso castelo que se impunha em sua frente.
- Bem vinda a Hogwarts, Pety! – falou remo sorrindo.
- Obrigado.
- É tão bom estar de volta! – comentou Tonks caminhando em volta deles aos pulos.
- Vamos entrar, o profº Dumbledore já deve estar esperando. – disse Snape rolando os olhos ao observar a alegria quase infantil da ex-aluna.
Os quatro entraram no castelo e deixaram as bagagens no saguão de entrada. Petúnia olhava para todos os lados tentando captar os mínimos detalhes de tudo que conseguia colocar seus olhos.
Dumbledore e Minerva os esperavam no alto da escada de mármore.
- Bem vinda a Hogwarts, Sra. Dursley.
- Obrigado diretor.
- Severo? – o diretor se aproximou do professor, se encararam por alguns segundos – É uma pena que isso tenha acontecido. – disse tristemente. – Remo, por favor, acompanhe-o até a ala hospitalar, estarei lá em alguns minutos.
Lupin acenou com a cabeça e os dois homens se afastaram.
- Por aqui, por favor. – indicou Dumbledore.
Caminharam por alguns minutos em silêncio. Petúnia estava cada vez mais interessada no castelo. Até que finalmente entraram em um pequeno escritório muito aconchegante.
- Não mudou nada desde a última vez que estive aqui. – comentou Tonks com amargura. – Passei horas trancada aqui cumprindo uma detenção, no penúltima dia de aula...
- Horas muito bem gastas em minha opinião – comentou Minerva sentando-se.
Tonks murmurou algo que soava muito parecido com “Tudo por causa do Weasley!”
Dumbledore sorriu para a moça e virou-se para a viúva.
- Bem Sra. Dursley, não gosto de ocultar a verdade dos meus alunos e funcionários. Sempre achei que a verdade é o melhor caminho. No entanto, o seu caso é um pouco mais complexo do que isso e preciso ver cauteloso com as informações ao seu respeito que serão passadas.Hogwarts é um lugar muito seguro, mas continuo preocupando com a sua segurança. – ele deu um suspiro e continuou. – Apenas um número limitado de funcionários sabem quem é a senhora realmente, para os outros a senhora será um bruxa como qualquer outra que está aqui para dar aulas. E é de profunda importância que seu parentesco com Harry não seja revelado de maneira nenhuma.
- Então talvez seja melhor que eu atenda por Srta. Evans em vez de Sra. Dursley, Harry pode ter mencionado algo a respeito das férias e referido a minha família como “Os Dursleys”, ninguém poderia ligar meu sobrenome com Evans, pelo menos os alunos não. – comentou Petúnia.
- É, pode funcionar, é um nome comum e ninguém desconfiaria... – disse Dumbledore distraído. – Vou ter uma conversa com Harry, Hermione e os Weasleys, não quero que acabem comentado que a conhecem. A propósito, tomei a liberdade de escolher aposentos na Torre da Grifinória para ambas. É um lugar bastante movimentando, e fica perto dos aposentos da profª. McGonagall e dos meus próprios.
- Sem problemas senhor. E as minhas aulas? Quando vão começar?
- Ainda essa semana, vou me reunir com Severo, Tonks e Flitwick para decidirmos os horários. – explicou Minerva.
- Bem acho que isso é tudo, Minerva vai acompanhá-las até seus aposentos. Perdoem-me, mais tenho que ir agora. Srtas. Evans, Tonks... – disse acenando saindo da sala.

- Os aposentos são modestos, nem se comparam com os da ala sul, mas creio que vocês ficaram muito bem acomodadas. – comento McGonagall quando entraram no aposentos de Petúnia
- Uau!!! Sempre me perguntei como seriam os aposentos dos professores! – comentou Tonks – Se o meu for metade desse eu já me dou por satisfeita!
Os aposentos mais pareciam um pequeno apartamento com uma sala de teto alto, enormes janelas, uma lareira, um jogo de sofás, um pequeno bar, uma escrivaninha no canto e uma mesa de jantar para quatro pessoas.
- Eu tendo um sofá, uma lareira e um bar já tá ótimo! – Nymphadora continuava a tagarelar enquanto Petúnia ria.
Passaram para o quarto, era do tamanho da sala com uma enorme cama de casal forrada com lençóis brancos com detalhes dourados e uma coxa de veludo vermelho escuro. Tinha ainda um grande guarda-roupa e uma penteadeira.
- Tem banheira? – Tonks espiou o banheiro e disse – Tem banheira!
- A senhorita ainda tem um escritório e sua sala de aula, mais tarde alguém a acompanhará até lá. Tem muito que arrumar por hora. – disse Minerva se encaminhado para a saída.
- Obrigado professora.
- Srta. Tonks se quiser me acompanhar agora...
- Claro. Até mais Petúnia.
- Até.
Pela primeira vez em muito tempo Petúnia estava feliz por estar sozinha. Tinha muito que fazer, muito que pensar.
Os aposentos eram simplesmente lindos e a vista pelas janelas era maravilhosa, podia ver um bom pedaço dos jardins, da floresta, do lago e uma cabana em forma de bolo.
Andou de volta para p quarto, os malões já estavam lá junto de algumas caixas e outras malas que Lupin e Snape tinham ido buscar na Rua dos Alfeneiros. Conferiu seus conteúdos e começou a arrumar as coisas.
“Como será que ele está?” fechou os olhos por alguns segundos e se lembrou do beijo, tão macio, tão gentil, que ele havia lhe dado há apenas algumas horas. Ainda não tinha parado para pensar naquilo. Será que aquele beijo iria afetar o relacionamento deles de alguma forma?
“Ah meu Deus! Não devia ter deixado ele me beijar! Mas... Foi tão bom!” Petúnia levou a mão a boca e tocou os lábios com as pontas dos dedos, Ainda podia senti-lo ali.
Continuava arrumando as coisas distraída quando alguém bateu na porta.
- Entre! – disse do quarto.
Ela virou-se para ver quem era e sorriu ao ver Lupin parado a porta.
- Vim conversar com você antes de voltar para o Largo Grimmald. – disse parando na porta do quarto.
Ele olhou em volta do quarto, haviam várias malas abertas pelo chão e a cama estava apinhada de roupa. “Mulheres...”
- Você não vai ficar em Hogwarts? – perguntou guardando uma pinha de roupa dentro da gaveta mais próxima.
- Não, tenho que voltar, vou ajudar no embarque das crianças e logo estarei em uma nova missão. – explicou sentando-se no recamie a frente da cama.
- Hum... Mas você vem me visitar, pelo menos?
- Claro que sim! – disse sorrindo – Como você está?
- Nervosa e ansiosa para começar as aulas. Quero aproveitar para agradecer você por ter ido buscar as minhas coisas na Rua dos... – mas calou-se no meio da frase.
Não tinha forças para falar sobre o assunto ainda, sempre que tentava tinha uma forte crise de choro. Continuava colocando as roupas no armário calada enquanto o amigo a observava tristemente.
- Quero saber como você está passando em relação a sua família.
Petúnia o olhou surpresa com os olhos marejados.
- Embora eu esteja adorando essa vida nova ainda é difícil às vezes. Eu sinto falta mas... Estou me adaptando muito bem. – lágrimas silenciosas escorriam pelo seu rosto.
Lupin se levantou e caminhou até ela. Petúnia secou suas lágrimas e foi abraçada pelo amigo.
- Eu sei que é difícil. Nunca é fácil perder as pessoas que amamos. – disse caminhando de volta ao recamie trazendo Petúnia. Os dois se sentaram.
- Até esqueci que você perdeu seu amigo há pouco tempo também. – disse varrendo as lágrimas de seu rosto.
- Pra você eu não posso mentir nem fingir. Tem sido horrível, sabe? Por um tempo eu me acostumei a viver sem eles. Tiago e Lílian tinham morrido, Rabicho assassinado e Sirius na cadeia. Me acostumei a ser sozinho. – ele sorriu tristemente. – Já não tinha mais o que perder. Então Dumbledore me chamou para ser professor e de repente eu me vejo em Hogwarts convivendo com o Harry, o filho dos meus melhores amigos e Sirius fugindo por ai. As coisas começaram a mudar, a melhorar. O Harry me influenciava a me lembrar dos marotos, das brincadeiras, dos meus amigos. – uma única lágrima desceu pela face dele. – Comecei a relembrar tudo o que costumávamos fazer, nossas férias... Você. Então lá estou eu com o Mapa do Maroto nas mãos vendo Sirius com os meninos no jardim e Pedro Pettigrew com eles. Em seguida estava dentro da passagem secreta que levava a Casa dos Gritos. Descubro a verdade, Sirius era inocente e Pedro o traidor. Tinha recuperado o meu amigo. – seu olhar estava perdido e vazio. – Me senti feliz aquele dia, realmente feliz, como a muito não me sentia. O tempo passou e lá estávamos nós nos reunindo a Ordem da Fênix. Durante um ano eu tive a alegria de poder conviver com ele. Me achei rendo com ele e dele novamente. Me apeguei a ele e o perdi novamente, mas dessa vez para sempre.
Petúnia o abraçou com força. Conhecia Remo desde adolescente e sabia o quanto os amigos eram importantes para ele. Ambos choravam um no ombro do outro.
- Senti muito a sua falta esses anos todos. – disse ela voltando a secar o rosto.
- Eu também, de você, das nossas conversas que duravam horas, do seu chá com bolo de chocolate...
A viúva riu.
- Você se lembra da vez que o Sirius correu atrás de mim por quase dois quilômetros. Estava com tanto medo. Ele parecia realmente um cão feroz.
- Claro que me lembro. – disse rindo levemente. – Corri atrás dos dois tentando fazer você parar de correr e avisar que o cão era, na verdade, Sirius.
- Ele sempre me pregando peças e você sempre me salvando deles, sempre tentando me proteger. – disse ela afagando o rosto dele.
- Era o mínimo que eu podia fazer. Eu sabia que você não era aquela chata que fazia questão que todos pensassem que fosse!
- Você está dizendo que eu era chata? E você que era um rato de biblioteca! – disse fazendo-o rir.
- Vai ver que é por isso que combinávamos tanto.
- É... Pena que não tenha dado certo.
Os dois se afastaram e ficaram calados por algum tempo, um silêncio constrangedor, enquanto cada um fazia uma viagem mental até o passado, onde tiveram um pequeno romance, considerado pelos marotos como “coisa de adolescente”, mas a verdade é que tinham se gostado muito, tinham se amado e se não fosse pela guerra talvez hoje Petúnia fosse a senhora Lupin.
- Me desculpe, não devia ter tocado nesse assunto. – disse Remo envergonhado.
- Não, tudo bem, não faz mal.
- Bem, eu já vou indo, está ficando tarde e... – disse se levantando.
- Se é por causa disso que você está indo...
- Não, eu só vim aqui para me despedir e lhe entregar isso! – disse tirando um pergaminho muito bem dobrado do bolso.
- O que é isso?
- Uma cópia do Mapa do Maroto. Não é exatamente igual ao verdadeiro, já que o verdadeiro pode ser um pouco genioso, mas mostra com precisão todos os caminhos, atalhos, passagens secretas e cômodos da escola e você ainda pode ver quem está em casa lugar. – disse abrindo o mapa – Basta dizer “Juro solenemente não fazer nada de bom!” que ele se mostrará. – lentamente o mapa começou a surgir no pergaminho. – E depois de usá-lo basta dizer “Malfeito feito!” que ele volta a sumir.
Remo entregou o mapa para ela e se encaminhou para a saída.
- Só não o use na frente dos alunos, melhor que ninguém o veja com ele. Eu vou indo, até logo.
- Até. – murmurou ela quando ele fechou a porta.
Por que será que ele ficou tão constrangido? Afinal haviam se passado tantos anos e suas vidas mudaram tanto desde então. Voltou para o mapa em suas mãos e riu, só mesmo aqueles garotos para conseguirem fazer um mapa clandestino da escola.

O resto do dia transcorreu rapidamente. Petúnia conseguiu acabar de arrumar seu quarto recorrendo a magia. Teve um almoço agradável na presença dos outros professores. Todos muito simpáticos e gentis, mas Severo não apareceu para comer. Em vez dele, a profª. Sibila fez uma de suas aparições e sentou-se ao lado da nova colega. Ela e Petúnia conversaram durante todo o almoço sob os olhares de desaprovação de McGonagall que se engasgou ao ouvir Trelawney se prontificar a ensinar um pouco de adivinhação a Petúnia, quando essa assumiu não ter o menor conhecimento nessa área.
Passada a refeição, Minerva (que necessitou da ajuda de Dumbledore para desengasgar) acompanhou a viúva até sua sala de aula e seu escritório no quinto andar. Ambas as salas eram espaçosas e aconchegantes e em pouco tempo estavam cheias de aparelhos eletrônicos e eletrodomésticos, livros os quais ela estava estudando magia e três caixas de papelão que tomou a providência de enfiar no armário vazio em seu escritório.
O Mapa que Lupin lhe dera estava sendo muito útil, tinha descoberto um atalho para voltar aos seus aposentos mais rápido e pode ver que Severo estava em seu escritório. Pensou em fazer-lhe uma visita, mas depois achou que podia não ser conveniente.
Lá fora, a tarde continuava ensolarada e os jardins convidativos para um passeio. Que mal podia fazer em ir dar uma volta? E qualquer coisa ela teria o mapa para guiá-la.
Saiu de sua sala sem presa e tomou rumo aos jardins.

No Largo Grimmauld as coisas também estavam sossegadas. Hermione checava seus deveres de casa e Harry assistia a partida de xadrez entre Rony e Gina. Era engraçado como agora ele se preocupava com a tia, e pensar que há pouco mais de dois meses estaria feliz de continuar longe dela. Mas agora não conseguia evitar de pensar se estava bem, onde quer que estivesse.
Ele tentou convencer Lupin a dizer o paradeiro da tia, mas este estava estranho e se limitou a murmurar “Não se preocupe” subindo as escadas. O estado de Lupin não ajudou Harry a não se preocupar, mas quando fez a mesma pergunta a Sra. Weasley, recebeu um sorriso acompanhado de um animado “Ela está ótima”. Isso o deixou mais tranqüilo, mas ainda não era o suficiente, em menos de dois dias estará e, Hogwarts e não sossegaria até saber onde é que ela estava.

Petúnia caminhou pelos jardins e parou a beira do Lago, onde a Lula gigante nadava graciosa.
Era simplesmente impossível não gostar daquele lugar. O castelo era lindo, o jardim bem cuidado, seus aposentos davam de mil a zero em qualquer hotel cinco estrelas, tudo parecia um sonho, um conto de fadas.
O sol começava a se pôr no horizonte quando ela se sentou na grama contemplando o lago.
Por incrível que parecesse, tinha simpatizado com Sibila, embora soubesse através das crianças que ela era uma velha charlatã. Talvez pudessem se tornar amigas, a menor idéia de ter apenas Tonks para conversar nas horas vagas era no mínimo alarmante. Não que ela não gostasse da jovem, pelo contrário, a achava divertida e engraçada, mas era jovem demais, tinha idade para ser sua filha, sem contar que adora bisbilhotar sobre ela e Severo.
“A Molly vai fazer falta... E como será que ele está?”
- Vejo que já descobriu os encantos dos jardins. – disse alguém as suas costas.
Ao virar-se lá estava ele, parado próximo a ela observando-a.
- Sim, é magnífico. E como está se sentindo?
- Bem melhor, a Madame Pomfrey deu um jeito em tudo. – comentou sentando-se ao lado dela. – Está gostando daqui, mesmo estando cercada de “aberrações”?
Petúnia sorriu.
- Você sabe que minha opinião sobre isso já mudou a um bom tempo, afinal eu também sou uma “aberração”. E sim, estou adorando, mal vejo a hora dos alunos chegarem.
- Você não faz idéia da besteira que está falando! Aquela pirralhada dá muito mais trabalho do que você pode imaginar. – comentou risonho.
- São apenas crianças, que mal podem fazer?! – exclamou rindo.
- Crianças dotadas de cérebros e poderes mágicos! Sem falar que andam armadas com as varinhas!
Os dois começaram a rir enquanto observavam o pôr do sol mas logo se aquietaram. Um silêncio constrangedor começou a pairar no ar, até que Severo o quebrou.
- Acho melhor entrarmos, o jantar não tarda a ser servido.- disse levantando-se e estendendo a mão para ajuda-la.
- É, é melhor. – disse aceitando a mão.
Severo a guinchou para cima sem esforço bem próxima a ele, estavam se encarando frente a frente.
- Sobre hoje de manhã... – começaram os dois juntos.
- O que? – perguntou apreçada.
Ele a observou por alguns segundos antes de responder, tirou uma mecha de cabelo de perto de seu rosto e afagou de leve seus cabelos.
- Talvez eu tenha me precipitado um pouco, mas não pude evitar. – respondeu ele ligeiramente ansioso.
Petúnia voltou a sorrir e afastou os cabelo dele de porto do rosto.
- Então é melhor nós entrarmos antes que não possamos evitar de no precipitar novamente. – disse beijando-lhe o rosto.
Ele permaneceu calado por algum tempo apenas olhando-a, mostrava em seu rosto uma expressão curiosa e confusa no rosto, que sabia que ela não iria entender. Queria tanto voltar a beija-la, a tinha tão próxima de seu corpo e seria tão fácil envolve-la com seus braços e traze-la para junto de si.
- E se eu quisesse me precipitar novamente? – murmurou.
Petúnia continuou encarando-o mesmo quando sentiu um braço envolvendo-a pela cintura e trazendo-a de encontro ao corpo dele gentilmente. Por mais que tentasse não conseguia pensar em uma resposta, não queria estragar aquele momento. Seus rostos estavam cada vez mais próximos...
- Então foi aqui que vocês se esconderam! – exclamou alguém vindo.
Os dois se soltaram na mesma hora um pouco assustados e observaram Sibila Trelawney caminhar com dificuldade com seus sapatos altos pelo gramado. Ela parou próxima aos dois e os encarou calada.
- Sim? – perguntou Severo impaciente.
- Ah, o profº. Dumbledore pediu para chama-los, o jantar vai ser servido. – disse distraída ainda encarando-os com curiosidade.
- Então vamos. – disse Petúnia pegando o braço da outra professora e guiando-a rapidamente para o castelo.
Severo as observou por instante até sumirem de vista.
- Era só o que me faltava! – disse revirando os olhos.




NA: Capítulo imenso!!!!!! nem acredito que ficou tão grande! ^^
Krika, vc naum pode reclamar dessa vez, eu demorei pouco e caprichei! auhhua
Alena, fico feliz que vc tenha gostado da fic e espero que também continue lendo e comentando! Eu também adoro ficaz malucas, todos as minhas são assim... Meio nada a ver ^^
Pessoal, deixem seus comentários, sugestões e td o q quizerem! Tô esperando heim!?!?!? ahuahuahu
Bjinhus
Mila McGonagall

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