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-Ei Malfoy, está apanhando um bronzeado ai? - Disse Harry, com ironia, pois Draco estava deitado na grama ao lado do lago, e o tempo preparava-se para uma tempestade.
Draco limitou-se a fechar os olhos. Potter, hoje não. Continuou ouvindo a voz dele, e gargalhadas dos Grifinórios a seu redor, provavelmente.
Ele achava que era o máximo hein? Pobre garoto-cicatriz, não sabia o que era a vida. A dele resumia-se em "salvar o dia" de meros inimigos.. nada comparado ao que esperava por Draco em casa.
No ano anterior, seu pai havia ido pra Azkaban. Fora um alívio para Draco, pois, não fosse por isso, já teria estampada a marca negra em seu braço. Não queria isso, seu orgulho não permitia ser submisso a um ser - um ser ao qual um simples garotinho conseguiu derrotar. Como adorar alguém assim? Voldemort, sem dúvida, só tinha nome. Poder, um pouco. DRaco admirava seu poder de manipulação das pessoas, como ele conseguia o que queria. Mas nunca adoraria a ele, nem o serviria. Se um dia fosse servir a alguém, seria a um Malfoy, e seria a ele próprio.
Mas o que aconteceu fez as coisas piorarem. Os Dementadores deixaram Azkaban, prisioneiros foram libertados.. houve um confronto com o Ministério da Magia.. e.. seu pai fora morto. De certo modo, DRaco sentira-se aliviado. Mas por outro, atormentado. Sabia que seria o herdeiro de seu pai. Logo os Comensais lhe cobrariam isso, se negasse, provavelmente a linhagem Malfoy estaria instinta. Devia agir com inteligencia, saber manipular as pessoas... ora... PENSE Draco, precisava arrumar uma maneira de cair fora dessa......
-Maldito Potter! Não pode ir brincar com seus amiguinhos longe daqui?? - Draco estava de pé agora, gotas de chuva caiam. Harry, Ron e mais alguns alunos imitavam Malfoy, rindo a suas custas.
-Você não se cansa mesmo de ser o centro das atenções hein? Acha que tem poder. Acha que controla o mau. ACHA... - e dizendo isso, Malfoy saiu apressado.
Os outros continuavam rindo. Harry porém ponderou as palavras de Draco. Por que dissera aquilo? Estaria o invejando de novo?? Mas achou que não valia a pena pensar. Voltou-se para os outros, e continuaram com suas brincadeiras.
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Hermione olhava pela janela do seu dormitório. A imagem começava a ficar embaçada pela chuva. Lá embaixo, vira Harry, mais uma vez, mexer sem motivos com Malfoy. Desde que Sirius morrera, Harry se tornara... aquilo. Não respeitava regras, não ligava pro que ela dizia, ia mal no colégio. Parece que se cansou de ser o garoto bonzinho e não receber nada em troca. Hermione por um tempo deu até razão a Harry, apesar de ser ignorada por ele. Mas depois, vendo sua atitude para com os outros, de tamanha estupidez, passou a acha-lo infantil demais. Estava se fazendo de vitima para terem pena dele. Gostava de estar cercado de pessoas, principalmente garotas, e se antes não gostava de sua cicatriz, agora parecia que ela brilhava em sua testa, de tanto que ele mostrava-a pros outros.
Hermione tomara nojo por ele. Não aguentava sua presença, que fazia questao de ofuscar a todos. Não andando com ele, consequentemente, parara de falar com Rony também, e mais um monte de alunos. Mas quem se importava? são pessoas fúteis. o dia que Harry cair, todos o abandonarão.
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