O confiado de Dumbledore



- Isso era a última coisa que Dumbledore iria querer – disse a professora McGonagall, um tanto desesperada – os alunos vão perder muito tempo de estudo...

- Minha cara professora – disse Rufus Scrimgeour, o primeiro ministro – não me lembro nem do número de cartas, dos pais dos alunos, que recebi dizendo que não mandarão seus filhos de volta ao colégio. Tente entender... Nesses tempos a maioria das pessoas quer passar a maior parte do tempo com sua família. Caso a senhora não se recorde, antes de você-sabe-quem desaparecer, as pessoas também agiam assim. Era de se esperar que muitos pais tirassem seus filhos do colégio após a morte do diretor – Scrimgeour disse isso sem nem ao menos fingir entristecer-se – Muitas pessoas acreditavam que ele era a maior proteção oferecida aos alunos daqui.

- Mas ministro... Não podemos fechar a escola... Como os alunos vão se formar?.. E...

- Professora, não estamos fechando a escola permanentemente. Só estamos dando um tempo até capturarmos todos esses fugitivos, incluindo os comensais da morte. E ainda mais, muitos pais passaram a desconfiar da escola desde que o professor Snape mostrou ser um assassino, eles já desconfiavam do porque da escola não conseguir manter um professor de defesa contra as artes das trevas mais de três trimestres... Mas este último foi a gota dágua...

- Mas.

- Olha professora, já basta... Podem recolher seus pertences e voltarem para suas casas... Vou avisar ao profeta diário e aos alunos que a escola será fechada. Colocarei meus homens instalando novas medidas de segurança nela até ela ficar adequada para adquirir novamente os alunos. Boa tarde.

O primeiro ministro atravessou a sala dos professores e partiu. Todos os professores da escola ficaram calados por um momento, sentados na sala pensando. Finalmente Hagrid falou:

- Bom... Se ele pensa que é o fim de todo o trabalho que Dumbledore teve para manter essa escola e educar os alunos ele está errado. Esta escola existe a mais de mil anos... e nem quando a garota morreu por causa do basilisco ela foi fechada...

- Tem razão Hagrid... Está na hora de voltarmos a nos unir contra as artes das trevas... Está na hora de continuarmos o que recomeçamos a dois anos atrás... vou continuar o trabalho de Dumbledore, vamos voltar para a ordem da fênix.

Os professores concordaram com um aceno de cabeça.

- Bem... Eu vou atrás da carta que Dumbledore mantia guardada na cozinha. – disse a professora com os cantos da boca tremendo - estranho lugar para se guardar um documento tão importante...

- sabe – disse Hagrid aos presentes - eu estava mesmo pensando aonde eu iria morar caso a escola fechasse...

Após alguns minutos a professora voltou com um enorme rolo de pergaminho na mão e dobby ao seu lado. Ela pigarreou e leu em voz alta:

“Algumas das criaturas mais simples podem fazer toda a diferença!
Nunca é tarde para aprender!
O caminho mais rápido nem sempre é o mais fácil!
Os maiores segredos se encontram nas coisas mais simples!
Para aqueles que têm o que ensinar sempre a alguém para aprender!
Basta procurar a chave na simplicidade!
Basta nunca esquecerem de ouvir a todos!
Basta serem justos!
A vida é feita de escolhas, algumas são certas, outras são fáceis!
...
O segredo do pássaro de fogo está naqueles que lutam pelo que querem.”

- Bom... agora nos resta descobrir porque dumbledore guardou este pergaminho com dobby... eu estava achando muito estranho, quando no início do ano passado, ele e o professor Snape – ela fez uma cara de ódio ao dizer o nome do professor – partiram em busca de algo e ele me avisou que caso ele não retornasse, eu deveria ir pegar um documento com dobby... vocês se lembram... depois que ele voltou dessa viajem sua mão estava num estado horrível, quase que sem vida. O que eu não entendo é... com quem ele deixou o segredo da ordem da fênix...? “aqueles que lutam pelo que querem...”

- Muito bem... – disse a professora Sinistra, que dava aula de astrologia – quem lutou pelo que quis?

- Muitas pessoas lutam pelo que querem... Sabe este documento não me faz sentido algum... – disse a professora Vector

- Como vamos saber quem mais sabe o segredo... – disse a profa Sprout

- É uma pena que nem todos possam ter a visão interior que eu tenho... – disse a professora Trelawney num tom étero e sonhador

- Pois então nos diga quem também sabe o segredo da ordem? – disse impacientemente a profa Minerva

- A visão interior não funciona a qualquer hora profa! – disse a outra um tanto ofendida

- Ora francamente, você vive fazendo “previsões”! O tempo todo... Não funciona a qualquer hora... Francamente

- Professoras – disse o prof Flitwick, com sua vozinha esganiçada, parando com a discussão. Dobby era o único presente na sala que ainda não se manifestara – não estamos esquecendo do porque estamos reunidos...? ainda não sabemos quem é o confiado de dumbledore.

- “Algumas das criaturas mais simples podem fazer toda a diferença” – repetiu a profa Minerva relendo o pergaminho – mas é claro...

Pouco a pouco a compreensão caiu sobre os presentes

Após refletirem a professora se virou para dobby e perguntou-lhe:

- Dobby, você lutou pelo que quis? Você é uma das criaturas mais simples do mundo mágico... um elfo doméstico...

- Dobby lutou para ser pago pelo que fazia... Mas dobby não lutou pela sua liberdade... Dobby quis ajudar os outros sem esperar nada em troca... Dobby tentou ajudar harry potter, mas não fez diferença... Ele derrotou sozinho aquele-que-não-deve-ser-nomeado no segundo ano sem a ajuda de dobby. Mas dobby quer ajudar de novo sua nova família. Dobby vai abrir a ordem da fênix... Dobby ajuda Hogwarts

- Ótimo dobby. Agora me responda... Alguém mais além de você e Dumbledore conhece o segredo da ordem?

- Sim. – disse o elfo num sussurro – o irmão dele conhece!

- O irmão de quem dobby? – perguntou a professora preocupada

- Dobby fez um pacto que não iria contar. Dumbledore fez um pacto com dobby para que ele pudesse ajudar sua família. Grande homem, Dumbledore... Ele sempre está precavido - disse dobby com algumas lágrimas saltando dos seus enormes olhos. Aparentemente ainda estava muito abalado com a morte do diretor.

- Bom, professores, peguem suas coisas. Vamos reabrir a ordem. Lá provavelmente é o lugar mais seguro para continuarmos a ensinar aqueles que quiserem aprender. Dobby chame os elfos da cozinha. Amanha a escola estará fechada. Temos que agir rápido. Preciso falar com a srta Granger... Ela me sugeriu essa idéia de treinarmos mais membros para a ordem. Espero que ela esteja disposta a seguir com esse plano. Bem... Boa sorte a todos... Nos encontraremos amanha na entrada da sede.

Um a um, todos os professores saíram. Não podiam esperar muito para reabrir a ordem... O número de aliados do lord das trevas crescia... O número de mortes trouxas crescia!

No dia seguinte, todos os membros se encontraram a porta da ordem da fênix. Dobby veio junto a vice diretora que aparatara próximo ao local. Ele se aproximou do lugar onde deveria estar a casa de número 12 e leu alguma coisa num pedaço de pergaminho. Ele chegou bem próximo ao local onde deveria estar a porta de entrada e disse baixinho algo que parecia um gemido. Em seguida uma enorme casa se materializou no local empurrando as casas ao redor. Todos entraram. A Ordem da Fênix estava ocupada por Moddy e Lupin, que estavam aguardando a vinda dos professores.

Os professores e os elfos passaram aproximadamente duas semanas reformando o lugar. Como eles pretendiam abrigar algumas pessoas la, e como, eles próprios passariam a morar lá haviam muitos cômodos a serem acrescentados. Depois de uma semana, e inúmeros feitiços lançados à casa, ela atingiu uma aparência um tanto torta, pois haviam quartos até o teto com escadas saindo de várias pontas. A cozinha fora ampliada e a sala de entrada transformada em inúmeras salas.

Ao fim da segunda semana a casa estava praticamente irreconhecível.

- Bem, - disse a profa Minerva – está na hora de buscarmos os alunos!

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