De volta pra casa
Harry, Rony, Giny e Hermione saíram pelos quintais de Hogwarts em direção a plataforma de trem em Hogsmead. Harry ainda segurando o horcrux falso em uma das mãos. Caminharam em silencio até a plataforma e embarcaram. Conseguiram uma cabine vazia para os quatro.
Harry lembrou-se imediatamente do dia, a quase um ano atrás, em que Malfoy o deixou imóvel sob sua própria capa da invisibilidade, e harry ficara pensando em uma maneira de deixar o trem que ficara vazio e já estava partindo.
Harry ficou parado olhando para o chão pensando no Malfoy. Onde ele estaria agora...? Será que neste exato momento lord Voldemort estaria torturando-o por ter se acovardado em concluir sua missão de matar Dumbledore?
- Ta tudo bem, Harry? – disse Giny
Harry estava tão concentrado em seus pensamentos que nem percebeu que encarava o chão da cabine a algum tempo.
Ela passou a mão sobre o seu ombro e ficou acariciando-o
O clima dentro do trem era o mesmo clima do velório recém terminado. A agitação normal dos alunos ao se despedirem e marcarem de se encontrar ou escrever durante as férias, era mínima.
Os quatro acabaram por dormir sentados. Hermione e Giny foram as primeiras por estarem com os olhos inchados de tanto chorar.
Quando harry acordou a velocidade do trem já estava sendo reduzida. Levou alguns segundos para ele perceber que estivera chorando enquanto dormia. Havia lagrimas no seu rosto e na gola de suas vestes. Rapidamente ele as secou e carinhosamente acordou Rony, Giny e Hermione. Os três desembarcaram na plataforma 9 ½, pegaram suas bagagens e saíram em direção a plataforma trouxa.
- E agora? – disse Rony – o que iremos fazer? Quando vamos nos encontrar e decidir o que faremos este ano?
- Eu devo ir para a casa dos meus tios e passar um tempo lá... – disse harry – é a minha obrigação para selar o feitiço que Dumbledore estabeleceu com minha tia...
- Certo – disse Rony – vamos lhe buscar alguns dias antes do casamento do Gui e da Fleur.
- Mantenha a calma... Nos iremos dar um jeito em tudo...- disse Hermione
- Eu vou manter... Não tenho motivos para agir sem pensar e arriscar a vida da única pessoa que pode parar Voldemort.
- Você não ta sozinho nessa, cara – disse Rony - estamos juntos desde que isso meio que começou...
- Não vai conseguir se livrar de mim assim tão fácil – disse giny dando um forte abraço em harry
Harry queria esmurra-los. Não queria ficar longe deles, mas era preciso. Se não o fizesse, um a um todos iriam ser alvos de Voldemort, para atrair Harry. E ele não agüentaria perder mais alguém... Todos os que tinham sido encarregados de protege-los estavam mortos. E era culpa sua que eles assim estivessem. Seu pai, sua mãe, Sirius e Dumbledore. Todos que o cercavam estavam morrendo...
Mas harry já sabia o que faria... Já sabia como nunca mais iria ver seus amigos. Passara muito tempo desde a morte do diretor pensando nisso. Por isso antes de ir ao encontro dos Dursley ele abraçou cada um como se nunca mais fosse vê-los... E disse a cada um:
- Ron você foi o melhor amigo que eu poderia querer... Sem você eu não teria suportado todos estes anos sem ninguém... Você é o irmão que eu nunca tive... Nunca me esquecerei de você...
- Hermione... Ah... Você não faz idéia do quanto sua presença significou na minha vida... Sem você eu não teria sobrevivido a nenhum dos testes que enfrentei desde que entrei em hogwarts... Você é a melhor amiga que eu tive na minha vida... Uma espécie de mãe e irmã... Eu devo muito a você...
- Giny... Eu te amo muito – ao dizer isso lagrimas rolaram pelo seu rosto, lagrimas que ele vinha contendo há dias – eu sempre te amei... Só que demorei demais a perceber... Me perdoe...
E virando as costas harry saiu em direção ao carro dos dursley...
***
Hermione se despedia de Rony e Giny... E disse aos dois que ainda estavam um pouco chocados com a fuga de Harry.
- Não se preocupem... Como já havíamos conversado, sabíamos que ele faria isso...
- Ele deve achar que somos burros... – disse giny com um sorriso maroto no rosto
- Ate parece que o deixaríamos sozinho... – disse ron rindo também
- Eu enviarei cartas a vocês explicando como estão indo os meus planos... Ron... Você fala com a Minerva e pede uma lista com o nome dos alunos de hogwarts... Giny... Você vai vigia-lo de perto... Você lembra da casa da senhora Figg, aquele que convivia com mundongo... Então... Fique por lá... Eu vou atrás da ordem da fênix... Boa sorte...
Ao dizer isso hermion da um abraço em cada um e se afasta em direção aos seus pais...
Giny e ron avistam os gêmeos os esperando. Fred chama-os e eles vão em direção a família...
Enquanto caminhavam até lá ron disse a giny:
- Você já imaginou como vai sair de casa para poder ficar vigiando o Harry? Mamãe nunca deixaria você ficar solta pelo mundo em tempos de guerra como estes...
- Sabe... As vezes acho que vocês me subestimam... –disse giny – eu não sou burra... E já bolei tudo... Só estou esperando uma carta de resposta da Luna...
- Ela?? O que ela tem a ver com isso... por acaso ela vai ficar segurando a mamãe enquanto você foge? Sei não... ela é bem miúda se comparada a sra Molly.
***
Harry entrou no carro do tio enquanto este colocava seu malão na porta malas. Harry se sentia incrivelmente triste sentado no banco traseiro... nunca mais veria ninguém que fosse importante para ele. Ele passou metade do caminho pensando no que deveria fazer.
Havia ainda pelo menos quatro Horcruxes em algum lugar e cada uma deveria ser encontrada e eliminada antes de haver sequer uma possibilidade de Voldemort ser morto. Ele continuava recitando nomes para si mesmo, como se os listando ele pudesse pô-los a seu alcance: o pingente, a cobra... algo sobre Grifinória ou Corvinal... E ele ainda deveria descobrir quem é R.A.B...
Chegando em casa já era tarde da noite... A rua estava deserta... Duda havia acabado de chegar em casa e estava muito diferente da última vez que harry o vira. Estava quase que duas vezes mais musculoso (porém continuava com a aparência de um grande e gordo porco), e agora era visivelmente um delinqüente.
Duda entrou em casa e foi direto para a cozinha.
Harry caminhou em direção ao seu quarto pulou na cama e adormeceu ainda vestido.
***
Querida Giny
Meu pai está tendo muito trabalho com os recentes desaparecimentos de bruxos e trouxas...
Apesar desse tipo de notícia não interessar muito ao Pasquim, aparentemente interessa aos leitores...
Ele está indo para a Irlanda essa semana e eu já avisei que pretendo passar o resto do verão na sua casa.
Nestes tempos que estamos vivendo todo cuidado é pouco, e ele andou investigando sua família pra ver se ela era confiável.
Estarei indo para aí dentro de dois dias.
Encontre-me no beco diagonal, na farmácia.
Atenciosamente
Luna
Giny dobrou a carta que acabara de receber e foi correndo ao quarto de Fred e Jorge para lhes contar a novidade.
- Então... Podem me levar ate lá sem que mamãe perceba? – disse ela a Fred que estava empilhando alguns formulários com diversos pedidos dos fregueses.
- Veremos – disse Jorge
- Nós só estamos fazendo isso por vocês se pudermos participar da ação também – disse Fred
- Como se eles conseguissem nos deixar de fora – completou Jorge
- É... Mas não conseguimos participar das partes perigosas
- É... As partes que realmente valeram a pena
- Como o torneio tribruxo...
- Nossa... Como eu gostaria de ter entrado...
- Também não invadimos nenhuma câmara secreta...
- E nem tivemos duelos mortais...
- Sabe... As crianças de hoje estão um pouco mais ativas que nós...
- Mas eles nunca iram superar nossos anos de experiência...
Giny estava parada escutando a conversa dos dois... Até que finalmente disse:
- Olhem... A Mione pediu pra vocês me ajudarem no meu plano de fuga... Ela disse que eu só conseguiria com a ajuda de vocês... Vocês sabem como isso é importante...
- Ta bom... – disse Fred rindo da cara da irmã
- Nos dissemos que iríamos ajudar no preparo da poção polissuco... – completou Jorge – e só estamos brincando... É claro que não achamos lá muito divertido assim arriscar a vida mesmo... Olha, vamos partir antes do amanhecer do dia que a Luna irá chegar... E, você andou deixando fios de cabelo suficiente para ela usar durante o resto do verão?
- Claro que sim – disse giny
- Ótimo... – disse Jorge – mas é bom que isso dê certo... Se não mamãe irá te trancar pelo resto da vida ate você aprender a não fugir de casa.
No início da manha, dois dias depois, os três se vestiram as pressas e desceram a escada silenciosamente... Fred apanhou um pouco de pó d flu e jogou na lareira que Jorge acabara de ascender com um aceno da varinha...
Jorge mirou a varinha na porta da sala e lançou um feitiço pra impermeabilizar a sala de sons... Ou seja, ninguém nos cômodos acima escutaria qualquer barulho...
Fred entrou primeiro e disse claramente “Caldeirão Furado”, em seguida os outros dois também o fizeram.
O beco diagonal ainda estava escuro e deserto... A maioria dos hospedes do bar ainda dormia... Passaram por Tom, o dono do bar, e entraram no beco diagonal que estava escuro e vazio... Ficaram esperando na porta da farmácia durante meia hora ate que a loja abriu. Giny tirou uma carta do bolso e deu ao dono pedindo uma lista dos ingredientes escritos. Jorge pagou e comprou também um estoque que continha mais ou menos umas 400 garrafinhas da poção já preparada.
- Ta bom... Disse giny – preciso comprar uma espécie de material trouxa também... Hermione me mandou comprar – e lendo as instruções da amiga escritas na carta onde também estava escrita a lista dos ingredientes para o preparo da poção polissuco ela disse - preciso comprar um óculos que tenha sensor de calor e infravermelho... Aqui tem as instruções de como usar...Bem vamos ter que ir ate Londres...
Depois de comprar todos os itens da carta de hermione eles voltaram a farmácia e mantinham os objetos trouxas dento de um cofre no metro trouxa, pois com toda a magia das lojas bruxa com certeza os objetos iriam estragar...
Quando luna chegou giny lhe entregou uma pequena caixa contendo muitos fios de cabelo... Luna passou o resto da manha inteira imitando todos os gestos da giny, e escutando atenciosamente todas as suas características que estavam sento passadas pra ela decorar... Giny também lhe deu algumas fotos para ela ficar analisando seus movimentos...
- Bem caso mamãe comece a desconfiar lembrem-se de dizer que eu estou afetada pela falta do harry... Isto irá convence-la... Luna... Passe o dia trancada no meu quarto, só saia para as refeições... Qualquer dúvida basta enviar o pichi... Eu volto antes do fim das férias! Eu espero... Mantenha-me informada...- disse giny e logo em seguida se despediu dos irmãos e rumou para Londres onde pegou os objetos trouxas, entrou no trem e saiu em direção a Rua dos Alfeneiros, casa da senhora Figg.
***
Rony acordou muito cansado na manhã da segunda semana de férias. Passara a noite inteira selecionando os nomes dos alunos com quem já conversara. Na noite passada a nova diretora de hogwarts, Minerva Mc Gonagall, lhe enviara a lista que ele pedira. Com o nome, casa, pontuações e série de todos os alunos de hogwarts. Antes de voltar para a toca, hermione lhe pedira pra fazer isso... Ela não lhe passara mais instruções sobre o que iriam fazer com esta lista, mas pedira para ele marcar os nomes das pessoas com quem ele já convivera em Hogwarts.
Antes de partirem da escola ela deixou uma lista para cada um deles com uma função para as férias.
Giny iria ficar vigiando o Harry e informando-a sobre os seus passos, enquanto luna iria fingir ser ela, Rony estava enviando corujas a todos os alunos que ele conhecia, marcando um encontro geral no dia 1º de setembro no Caldeirão furado... Rony não sabia ao certo o porque disto, mas estava cumprindo suas ordens.
Luna estava se saindo muito bem como Giny... todos os dias recebia da farmácia do beco diagonal, uma coruja com um novo estoque de garrafinhas. Tinha de beber uma garrafinha da poção polissuco a cada hora, mas so bebia quando ia ficar junto da família, e passava a maior parte do tempo trancada no quarto da Giny, na forma física normal de luna. Porém, uma vez houve um jantar que durou mais do que o normal, e ela esquecera de beber sua poção de novo. De repente no meio do jantar seus cabelos começaram a pegar um pouco de volume e ficaram num tom caju... mas Fred percebeu a tempo e mirou um feitiço na colher que Jorge acabara de levar a boca, fazendo-o vomitar todo o seu conteúdo pelo nariz. Fred avisou a luna com um aceno de terror, e ela subiu correndo a escada.
- o que aconteceu com ela? – perguntou a sra. Weasley enquanto limpava a mesa e impedia Jorge tomar outra colher da sopa, pois ele estava mirando o nariz no Rony, de forma que se vomitasse de novo seria em cima dele.
- Deve ter ficado enjoada – disse Fred emprestando sua sopa para Jorge, e fazendo Rony tomar distancia dele na mesa pelo resto do jantar.
No dia seguinte Rony acordou com uma enorme surpresa. Ao descer para tomar café encontra Hermione, Simas, Dino, Neville, Krum, a professora Minerva, Lupin, dois bruxos altos e de aparência respeitável encostados na janela do lado de fora, Dooby, quatro meninos que Rony já havia visto de longe quando os alunos da durmstrang estavam em hogwarts, e uma menina que rony nunca vira. Ela era mais ou menos uma cabeça menor que ele, e tinha cabelos vermelho fogo com algumas mechas brancas espalhadas. Todos estavam espremidos na pequena cozinha da Toca, tomando café e alguns lendo o profeta diário.
Sua mãe veio saindo da sala:
- ah que bom que você já acordou... Tome logo seu café que eu já empacotei suas coisas... Seus irmãos já estão quase prontos... VAMOS LOGO GINY – gritou a sra Weasley – FRED VENHA PEGAR SEU TENIS, ELE ESTA BEM NO MEIO DA SALA...
- aaaaan... Para onde vamos? Porque todo mundo está aqui? – disse Rony meio abobalhado enquanto hermione soltava-o de um abraço e ele cumprimentava todos os presentes com um aceno com a cabeça e apertava a mão de Neville, Simas e Dino.
- bom - disse hermione – não temos muito tempo para explicar... Estamos pegando algumas pessoas que também vão para a Ordem da Fênix. Quanto maior o grupo, mais seguros iremos... Cada um irá esperar pelos pais lá... Arrume o resto de suas coisas.
Rony encarou Krum por alguns segundos e subiu para arrumar suas malas. Após vinte minutos, um a um todos saíram para a sala.
Hermione disse depressa ao ouvido de Rony:
- Pegue sua vassoura. Pois antes vamos para o caldeirão furado.
Chegando ao caldeirão furado, usando o pó de flu, encontraram o bar um tanto vazio.Antes mesmo da morte de Dumbledore, as ruas no mundo bruxo estavam ficando cada vez mais vazias. A maioria das pessoas passava agora muito mais tempo com suas famílias, e casamento entre jovens se tornou algo bastante comum, devido à crescente onda de assassinatos de bruxos e trouxas, as pessoas passavam mais tempo junto aos seus entes.
Hermione explicou a rony que passariam o dia lá, e a noite iriam voar para a ordem da fênix, pois seria mais difícil vê-los voando durante a noite.
Por volta do meio dia, o grupo que veio da toca já estava totalmente separado... Alguns estavam no beco diagonal e outros como Lupin e o Sr. e a Sra. weasley estavam nas ruas trouxas de Londres.
Rony e Hermione passaram o resto do dia revisando a lista dos alunos de Hogwarts. Eles estavam classificando-os em ordem, segundo suas notas, suas famílias. Segundo Hermione, alguns alunos e suas respectivas famílias deveriam ser selecionados para prestarem serviços à ordem. E esse seria um trabalho muito cansativo, pois não sabiam ao certo em quem confiar. Os dois passaram a tarde inteira enviando corujas aos alunos que mais lhes pareciam confiáveis e principalmente aqueles que tinham uma grande ligação com os trouxas.
Por volta das sete horas, Victor Krum veio conversar com eles, acompanhado dos dois bruxos altos, que pareciam guarda-costas ao seu lado. Krum era um rapaz que devia ter mais ou menos 20 anos, alto e encurvado, e que atraía muita atenção de pessoas que transitavam na rua e conheciam sua fama como jogador de quadribol da Bulgária.
- ar, vocâs dus... sun mama estak chamando. Vanmos parrtir logu.
Os três seguiram para o Caldeirão furado e encontraram todas as pessoas que saíram da Toca, reunidas na porta dos fundos que era ligada magicamente ao Beco Diagonal. Suas malas também já estavam lá. Cada um montou sua vassoura. O sr Weasley amarrou cada malão dos garotos nas caudas das vassouras, enquanto lupin usava sua varinha para tornar cada membro do grupo uma espécie de pessoa camaleão, pois se camuflavam diante de qualquer lugar. Cada um deu um impulso no chão e rumaram atrás da professora Minerva que carregava dobby no cabo. Após mais ou menos uma hora de viajem desceram numa rua trouxa deserta e imunda. Tudo estava intensamente escuro.
Dobby correu ao encontro do pequeno espaço que havia entre a casa 11 e casa 10 do Largo Grimmaund. Ele disse uma palavra em uma língua estranha, quase que um gemido, e uma enorme casa com o número 12 surgiu ali. Todos entraram carregando suas coisas.
O queixo de rony caiu ao perceber que a antiga ordem da fênix agora estava apinhada de bruxos. Vários cômodos haviam sido instalados por todos os lados, a antiga aparência de hostilidade da casa havia sido substituída por uma atmosfera de centro de cidade. Havia inúmeras pessoas circulando sem parar, corujas voavam velozes pelo teto, antigos alunos de hogwarts passavam apressados pelas escadas acompanhados pelos pais, e muitos elfos domésticos carregavam bandejas com comida, livros e papéis.
- bom... – disse Molly – vocês estão entregues...
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