VIRGÍNIA. BOA NOITE



Um redemoinho de cores invadiu os olhos dos dois e novamente estavam se batendo um no outro e rodando. Só que dessa vez não caiam e sim subiam. Sentiram a cabeça bater em algo gelatinoso e se abrir logo após. Quando abriram os olhos estavam caídos no chão de uma sala clara sob os olhos suspeitos de Harry.

- Pensei que nunca iam pedir socorro... - disse Harry olhando pra Gina. Não suportava Malfoy - bem, vamos Gina, seu irmão esta preocupado, e você precisa comer esta pálida, acho que esse ai não faz nada bem a você.

Gina não protestou, seguiu o amigo e antes de sair pela porta olhou para trás e viu Malfoy a olhar desconfiadamente, olhou pra própria mão e riu com gosto ao constatar seu diário ainda ali.

Malfoy levantou zangado e murmurou para si mesmo - porque ela tem que rir tanto?. Talvez Malfoy não imaginasse mas aquela risada iria fazer muita falta a ele nos próximos dias.

Os NOM'S estavam cada vez mais próximos, pelas contas de Gina faltava exatamente uma semana pra provas. Eram quatros dias de prova. O que significa onze dias de stress. Gina teve sua rotina toda mudada, agora ela assistia as aulas, passava rápido no salão principal para comer algo e logo voltava a torre para estudar ou revisar. Geralmente estudava com Harry ou Hermione, mas quando eles se ocupavam com "assuntos secreto" ela ia a biblioteca estudar só. Foi nessas visitas a biblioteca que ela viu Malfoy, duas vezes exatamente. Na primeira vez ele deixou um bilhete num dos seus livros, dizendo que a proposta do diário, ainda estava de pé, e na segunda vez ela o encontrou entre duas prateleiras se agarrando com Pansy, o que a deixou bastante nervosa e a fez derrubar "sem querer" 5 livros em cima da rival, coisa que ninguém viu , graças a habilidade de Gina sair rápido dali.

Ao contrario de Gina, Malfoy a viu diversas vezes, mas ela estava sempre concentrada estudando ou correndo pelo corredor. Os sonhos haviam parado e Draco se sentia um tanto quanto aliviado por isso, mas também um tanto quanto decepcionado. Queria saber de quem era a voz e para onde o levava.

As provas chegaram e se foram. Gina tinha ido bem na maioria, mas teve problemas na última. A sua alegria foi tanta ao começar resolver a ultima questão que ela terminou exagerando nas comemorações, conseguiu cair da cadeira em que se encontrava, batendo com tudo no chão e ficando inconsciente. Foi tudo tão rápido que ao perguntarem a ela como isso ocorreu, ela nem soube explicar. Apesar de não ter sido nada grave, Madame Pomfrey fez questão de mantê-la por uns dias na ala hospitalar. Recebeu visitas quase todo dia.

- Gininha, como você esta? - dizia Harry.

- Ótima! Se dependesse de mim já não estaria aqui.

- È... quando eu pensei que finalmente podia ter uma tarde abaixo da arvore com minha amiga, você vem parar aqui. - Harry fez cara de chateado e os dois desabaram a rir.

- como está Hermione, Harry?

- Bem, sabe como é... ela ainda não tomou uma decisão. E eu só posso esperar, já fiz tudo que podia.

- É... eu lhe entendo. Mas com certeza quando Hermione tomar uma decisão vai ser definitiva e sensata. Ela é uma boa garota.

- Uma ótima garota, perfeita.

- Ta... ta... sua opinião não conta, cuidado pra não babar muito ai. - Gina e Harry voltaram a rir.

Do lado de fora da ala hospitalar, atrás de uma armadura...

- Silencio seus estúpidos!

- Mas Malfoy nós ainda não entendemos o que você quer que a gente faça.

- Será que vocês são tão burros assim ou só se fazem.

- Desculpe.

- Não quero desculpas! Agora vou explicar mais uma vez. Viu Crabbe, viu Goyle?

Os dois capangas confirmaram com a cabeça.

- Daqui a cinco minutos o Potter vai sair daí...

- Mas ele parece tão animado com a conversa, da pra ouvir os risos daqui, duvido que ele...

- Não me interrompa! - Goyle abaixou a cabeça e Draco continuou. - ele vai ter que sair, Madame Pomfrey vai se encarregar de expulsá-lo, com certeza. O problema é que Gina vai ser liberada daqui a quinze minutos e Potter não pode ficar esperando por ela aqui na porta.

- É .. Malfoy?

- Que é Crabbe?

- Como você sabe que ela vai ser liberada?

- Porque ao contrario de você eu ouço algo seu estúpido! Longbottom e a sangue ruim comentaram isso quando saíram.

Draco já estava impaciente, agora faltavam apenas três minutos pro Potter sair e seus comparsas mal tinham entendido o que tinham que fazer.

- Mas Draco onde entra a gente?

- Na parte impedir Potter de ficar aqui! Pouco me importa como vão fazer isso! Apenas façam, ou podem dar adeus a suas insignificantes vidas.

- Draco?

- Que é agora?

- Porque você ta fazendo isso?

De verdade nem Draco sabia a resposta, se dizia que era pra repropor dinheiro pelo diário, mas ele sabia que não era essa a verdade. Só tinha certeza que precisava fazer isso, tinha vontade de irritá-la. E por mais que não admitisse queria ouvi-la rir novamente. Mas não um riso provocado por Potter, mas por ele. "Pare de pensar idiotices Malfoy. Você quer aquele diário, qual seria a outra razão de estar aqui?"

- Depois eu explico isso. Agora vão! Potter esta saindo já.

Só espero que esses idiotas façam ele sair da daqui pensou Draco enquanto olhava Crabbe e Goyle se aproximar de Harry. Crabbe segurou por trás das vestes de Harry e falou algo que Malfoy não pode ouvir. Uma confusão se iniciou, não dava pra ver bem, mas parecia que Harry havia lançado um feitiço pelas suas costa e acertado Crabbe, Goyle lançou outro feitiço em Harry. A confusão de faísca e socos embaçou as vistas de Malfoy, sendo que a única coisa que conseguiu ver nitidamente foi Madame Pomfrey saindo da ala hospitalar e separando a briga. "Bom, eles vão pegar uma detenção, mas pelo menos conseguiram tirar Potter daqui". A enfermeira já estava no fim do corredor levando os três garotos, quando Malfoy viu Gina sair da ala hospitalar, pulou de trás da armadura e observou ela andar antes de pronunciar a primeira palavra.

- Pensei que você só podia sair daqui a cinco minutos, Weasley.

Gina estremeceu ao reconhecer a voz. Não seria possível, seria?

- Me esperando, Malfoy?

- Sim, mas não se gabe, tenho assuntos ainda pendentes com você.

- Se você ta falando do meu diário pode esquecer. Já disse que não, e é minha resposta final, tchau Malfoy.

- Não.

- Que? - disse Gina surpresa, ela estava mesmo decidida a larga-lo lá sozinho.

- Eu ainda quero falar com você. - disse sério.

- Não tenho o que falar com você, e além do mais não sabia que Malfoys gostavam da companhia de Weasleys.

Draco deu de ombros e fez menção de ir embora. Gina gelou, pensou que ele ia desistir. Ela realmente queria conversar com ele, ou melhor apenas estar com ele bastava, e com medo de perder a oportunidade aceitou conversar o que o deixou bastante satisfeito apesar de não demonstrar qualquer sentimento.

- Acho que aqui não é o local mais apropriado para uma conversa, vamos aos jardins, já esta de noite, acho que lá não tem ninguém.

- Se tem tanto medo de nos verem juntos porque insiste em conversar comigo?

- Quero apenas um lugar calmo.

Gina assentiu com a cabeça, não queria desencadear mais uma discussão, tudo estava muito maravilhoso pra ela estragar com discussões bobas.

Foram caminhando mudos pelos corredores. Estava tudo vazio, provavelmente estavam todos no salão principal, jantando, mas Gina não sentia fome. Cruzaram o portão principal e caminharam em busca de um lugar calmo e iluminado para sentarem e conversarem.

- Que tal aquela arvore ali? - disse Draco apontando para mesma arvore que viu Gina conversando com Harry no outro dia. Gina sorriu intrigada.

- Perfeita, é a minha favorita.

Draco esboçou um sorriso, mas era um tanto estranho vê-lo sorrindo, não combinava.

- Então... já estamos aqui, o que queria conversar comigo?

- Nada. Só resolvi ouvir suas reclamações e tentar ter uma conversa civilizada com alguém.

Era claro que aquela respostas tinha pego Gina desprevenida e ela não poder deixar de demonstra isso. Ao contrário de Draco ela não era boa em esconder sentimentos. A conversa foi "civilizada" se comparada as outras conversas que eles já haviam tido. Gina riu muito, não por Draco dizer coisas engraçadas, mas por ele ser engraçado ao modo dele. Não faltaram ironias na conversa e apesar de Draco evitar ao máximo não falar dos Weasley, ele não pode se conter e soltou alguns insultos. Gina não ligou. Ela pode ate dizer que essa foi uma das melhores conversas de sua vida, simplesmente porque pela primeira vez ela teve certeza que Draco era humano. Isso aliviou ela muito, já que muitas vezes ela chegou a achar que era apaixonada por um ET sem sentimento.

- Bom, boa noite Malfoy. - Gina estava parada no corredor que dava acesso a torre da Grifinória e Draco estava em sua frente.

- Porque nunca mais você me chamou de Draco?

- Não me sinto mais a vontade.

- Tudo bem, você quem sabe. Virgínia, Boa noite.- Draco disse isso, virou e saiu em direção as masmorras.

Gina levantou as sobrancelhas e seguiu seu caminho para a torre da Grifinória. Mas ao chegar no seu dormitório não conseguiu dormi por um bom tempo, uma frase tirava seu sono, "Virgínia. Boa noite". Uma ótima noite, pensou ela antes de dormi profundamente.

Mas Draco não teve uma noite assim tão boa...

Draco corria. A voz era cada vez mais alta. Os corredores ficavam mais estreitos. A cada passo que dava, o corredor atrás dele escurecia, mas a sua frente tudo era claro. Draco continuava correndo. Ele não podia parar, não queria , não precisava. Da onde vinha aquela voz? Precisava descobrir. Sentia seus poros se abrirem, suava. Mas no entanto o corredor era frio. Queria gritar, mas sua garganta estava seca... tinha de continuar correndo, mas seu corpo parecia não entender isso. Nem sua razão parecia entender-lhe. A voz o chamava, ele precisava ir, precisava! Seu corpo arriou, não poderia continuar. Rendeu-se. A voz ecoava por todos os lados. Teria que esperar.. tinha que esperar, ele ainda não tava preparado...

Draco acordou molhado de suor, ao seu lado estava Snape o olhando desconfiado.

- Levante Malfoy! Precisamos ir ate Dumbledore.

Draco demorou para digerir a informação. Mas não havia escolhas. Pensou mil protestos. Porque iria até aquele velho maluco? Mas não perguntou nada, não ousaria desafiar uma ordem de Snape.



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Gina estava no salão principal tomando seu café da manhã, quando viu Crabbe e Goyle entrarem que nem furacão no local. Se dirigiram diretamente a Dumbledore, que acenou com a cabeça e falou alguma coisa a Snape e esse saiu apresado do salão. Gina e todo o resto dos alunos observaram atentamente a cena e logo que Snape se retirou o burburinho dentro do salão se estabeleceu. Um pouco depois de Snape, foi a vez de Dumbledore se retirar. A fofoca parecia correr rápida pelas mesas das casas e em cinco minutos, lá estava Colin na mesa da Grifinória contando aos curiosos o que estava acontecendo.

Gina tratou de prestar atenção, afinal se envolvia Crabbe e Goyle podia ter haver com Malfoy. E ela não estava errada. Colin contou aos colegas que Malfoy estava tendo um pesadelo e que parecia estar possuído, gritava, suava e que por não ser a primeira vez que isso ocorria os amigos acharam melhor falar com Dumbledore. Bom, pelo que Gina conhecia de Draco, ela sabia, de longe, que essa historia não o agradaria em nada, mas não comentou isso com ninguém, pegou um pergaminho e rabiscou umas palavras apressadas.

"Malfoy,

Soube que você precisou e ver Dumbledore! O que houve? Você pode me encontrar em frente a porta do "jardim rosa" hoje, depois do almoço?

V.W.".

Gina correu para o corujal e entregou a carta a primeira coruja que viu. Já estava atrasada para a aula.

A manhã passou devagar, na verdade quase parando. Virgínia estava agoniada para ver Draco, mas nem ao menos tinha recebido nenhuma resposta. Depois da aula de transformação ela seguiu para o salão principal. Quando entrou avistou Harry, Rony e Hermione já sentados a mesa. Sentou-se ao lado de Harry e começou uma conversa animada , tão animada que ela nem reparou Malfoy entrar no salão. Gina já havia ate esquecido que esperava uma resposta de Draco quando uma coruja parou em sua frente. Gina desenrolou o pergaminho e leu em voz alta:

- Posso.

- Pode o que Gina? - perguntou Harry curioso.

- É... desculpa Harry, mas parece que nossa conversa embaixo da árvore vai ter ficar pra outro dia.

- E eu posso saber porque?

Gina sussurrou no ouvido do amigo o motivo e este muito indignado retrucou.

- ele esta monopolizando minha amiga!

Gina riu baixinho e estalou um beijo na bochecha de Harry antes de sair andando. Ela fingiu não ouvir a pergunta do irmão: "ele quem?" e fingiu também não ver a cara de ciúmes que Hermione fez quando ela beijou Harry.

Draco observou Gina sair do salão principal, mas parecia que não era só ele que a observou sair. Vários garotos acompanharam a garota com o olhar, o que deixou Draco bem irritado, pra não dizer enciumado. Draco nunca havia sentido ciúme de alguém, o sentimento mais próximo que ele teve a esse foi inveja. Sendo assim ele não soube melhor definir o que ele sentiu naquele momento do que irritação. "O que esses idiotas tanto olham? Ela é só uma Weasley! Parece até que nunca viram nenhuma mulher bonita antes!". Draco olhava ainda de cara fechada para todos do salão, não podia admitir que mais alguém a achasse bonita, só ele podia achar, tinha demorado muito a reparar e aceitar a beleza dela pra agora qualquer unzinho ficar admirando.

Ainda chateado, ele foi para o local de encontro. Foi recebido por Gina sorridente que quase o fez esquecer o quanto de raiva que estava "dela".

- Pensei que não vinha mais! O que houve com você? Sabe... eu fiquei preocupada - Gina ainda sorria, mas Draco era o seu oposto, estava sério, seus olhos cinzas lembravam rochas sem vida.

- Poupe-me de suas conversas, Weasley. Eu não falo com garotas oferecidas.

Gina corou de raiva, mil insultos surgiram em sua cabeça. "Weasley? Pensei que agora era Virgínia.", "não foi ele quem ontem me chamou pra uma conversa?", "Oferecida? Pêra ai, oferecida?".

- OFERECIDA?

- Isso mesmo que você ouviu, pensa que eu não vejo você se jogando pra aqueles garotos da Cornival, da Lufa-Lufa e do Potter?

- Eu não me jogo pra ninguém. Eu não fiz nada a você pra merecer ser insultada assim. Ontem eu cheguei a pensar que você possuía sentimentos, mas parece que o único sentimento que você nutre é o ódio.

Draco deu de ombros. "o que eu to fazendo? Não era pra insulta-la"

- Você mostra cada vez mais que não me conhece.

- Porque haveria de conhecer? Você não me deixa te conhecer! Sempre estraga tudo com suas ironias infantis.

- Sabe Virgínia, eu acho toda essa discussão uma besteira, sou ocupado...

- Então o que faz aqui?

- Você me chamou.

- E desde quando faz o que eu quero?

- Desde nunca. Eu faço o que eu quero e quis vim falar com você, saber o que levava uma Weasley a se preocupar com um Malfoy.

- Se você não mudar um pouco nunca vai entender meus motivos.

- Eu não preciso mudar, sou perfeito.

- Hunft! Você é o ser mais convencido que conheço.

Draco jurou ter ouvido algo em sua mente responder " e você a mais bonita que conheço" mas ignorou completamente.

- Você já me disse isso.

- Repito!

- Você quem sabe... agora porque me chamou aqui finalmente.

- Eu também já disse isso, mas repito. Porque quero saber o que houve pra você ir a Dumbledore.

- Ah! Os idiotas do Crabbe e Goyle foram chamar ele, acho que ficaram assustados com meus sonhos.

- Isso eu sei - Draco suspendeu as sobrancelhas - quero saber o que houve na sala de Dumbledore.

- Porque lhe contaria?

- Porque você quer contar a alguém e eu me propus a escutar.

- Isso não é verdade, não seja convencida Virgínia.

- Não mude de assunto Malfoy.

- Não quero falar sobre isso. Já basta o colégio inteiro saber, graças a seu amiguinho Crevey.

- Não foi só ele quem espalhou! Agora, eu me conformo em você não me contar, só me diga se está bem.

- Nunca deixei de estar. Pensei que você era mais insistente.

- Insistir adiantaria?

- Talvez. Mas acho que você tem traumas com insistência.

- Do que você esta falando?

- Do Potter. Todos sabem que sua paixão de anos por ele nunca deu em nada.

- Você sabe? - Gina sorriu marotamente.

- Imagino.

- Imaginação é coisa pra fracos Malfoy, Sonserinos não imaginam, são astutos o bastante para viver a realidade.

- Você tem muitos conceitos errados sobre Malfoys e Sonserinos.

- E você de Grifinórios e Weasleys! Agora você tem certeza que não vai me contar sobre Dumbledore?

- Pensei que não ia insistir. Não tenho muito o que falar, ele perguntou sobre como eram o sonhos, a freqüência e me ofereceu uma poção caso quisesse parar de tê-los.

- E você aceitou?

Draco hesitou um pouco para responder.

- não... não quero que parem, não agora.

- Porque? Não lhe entendo, você gosta deles?

Draco engoliu em seco. "Porque diabos iria dizer a ela sobre meu sonho?" porque precisava contar a alguém, uma voz lhe respondeu. Gina tava certa ele queria contar a alguém e ninguém melhor que uma Grifinória, sempre leal.

- Não é que eu goste. Apenas quero saber até onde o labirinto vai. Quero reconhecer a voz antes de tomar a poção pra acabar com eles.

- Voz?! Ate onde o labirinto vai?! É um tipo de continuação?

- É, cada dia eu avanço um pouco. Agora chega de falar nisso. Tenho um treino daqui a vinte minutos.

- Posso te ver jogar?

- Você sempre vê, não vai fazer diferença dessa vez

- Como... ahn... você me via?

- Não sou cego e você já devia ter entendido que eu sou um cara muito observador.

- É eu reparei... bom, não vou lhe atrapalhar. Tchau Malfoy - Gina ainda estava corada por saber que ele sempre a viu o observar.

- Tchau Virgínia, até daqui a pouco se desejar.

Draco se dirigiu a esquerda e a Gina a direita. Ela ainda estava dividida se iria ou não ver o treino. Antes com certeza procuraria Harry, precisava conversar alguma coisa com ele. Diversas vezes se esbarrou com outros alunos pelo corredor, estava aérea, não conseguia não pensar na imagem de Draco. Ele era lindo e por mais esnobe que fosse, ele não a esnobava, se esnobasse o que teria sido aquelas últimas conversas? Parou num corredor e pegou seu diário da mochila, rabiscou uma frase que não saia da sua cabeça e continuou seu caminho a torre da Grifinória. "a esfinge da esfera, olhos de pedra sem pena de mim. Porque eu não consigo não mais pensar em você?"

N/A: Bah... então pra quem pediu está aí... eu vou postar todos. Bom, desculpa a demora, eu escrevi essa fic a quase 4 anos atrás e fiquei que nem uma louca tentando achar os capitulos, graças a deus que minha amiga pichi tinha no site dela =PPP. Beijinhus

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