Uma nova amiga
Enquanto isso, numa outra casa em Inglaterra, e bem mais infeliz, vivia um jovem feiticeiro de dezassete anos, alto, magro, de cabelo preto e deslumbrantes olhos verdes, com uma cicatriz em forma de raio na testa. Era jovem sim, mas muito poderoso e já sobrevivera às forças do mal inúmeras vezes. Todos sabiam o seu nome: Potter, Harry Potter.
Encontravam-se no meio de Julho e estava muito calor… este era um dia descomunalmente quente. Ainda assim, a tia Petúnia mandara o pobre Harry ficar todo o dia fechado no armário que existia debaixo das escadas, para que este o limpasse e se visse livre de um pequeno ratinho que lá se escondera. Harry obedeceu à sua tia sem reclamar, pois se o fizesse o castigo seria muito pior.
– HARRY!!! – gritou a tia Petúnia, que estava na cozinha – Já mataste esse rato nojento?
– Sim, tia. – respondeu Harry.
Mas era mentira. Ao arrumar numa caixa de cartão alguns brinquedos partidos e cheios de pó, Harry encontrara o pequeno ratinho. Era todo branco, mas tinha uma mancha preta entre as orelhas e os olhos vermelhos e cintilantes. Estava muito assustado e faminto. Harry colocou o ratinho dentro de uma caixa pequenina que encontrou e ofereceu-lhe um pouco da sanduíche de queijo que a tia Petúnia lhe tinha dado como almoço. Harry decidiu ficar com o ratinho, para depois o oferecer a Ron Weasley, o seu melhor amigo, que tinha tido um rato chamado Scabbers, mas depois perdeu-o.
Harry tinha acabado de fechar a caixa que continha o ratinho quando a porta de casa se abriu e entraram dois dos seus habitantes, em grande alarido.
– Vernon!!! Meu querido! O que é que te aconteceu? – inquiriu a tia Petúnia, muito preocupada.
– Eu caí… de uma rocha… – informou o tio Vernon, a muito custo.
– Potter! Vem ajudar o teu tio imediatamente!!! – ordenou a tia Petúnia.
Harry obedeceu. Ao entrar na sala, deparou-se com uma cena extremamente engraçada. O tio Vernon e Dudley tinham ido à praia, mas regressaram mais cedo, visto que o tio Vernon decidira empoleirar-se numa rocha escorregadia para apanhar um caranguejo, enquanto Dudley se bronzeava. Conclusão: Dudley estava tão vermelho que parecia um leitão acabado de assar e o tio Vernon apresentava os seus calções de praia rasgados e quase não se podia mexer, em virtude de ter caído da rocha e batido com as costas no chão. Vernon encontrava-se apoiado em Petúnia, que tentava levá-lo até ao sofá mais próximo. Harry viu-se obrigado a conter o riso.
– Para onde estás a olhar, palerma? – ofendeu Dudley, mas não obteve qualquer resposta.
– Vai lá fora buscar os nossos sacos! – mandou o tio Vernon.
E assim fez Harry. Ao chegar ao pé do carro, o jovem feiticeiro viu chegar a sua coruja e grande amiga, Hedwig. Esta deixou cair nas mãos de Harry duas cartas.
– Uma carta do Ron! Já não me escrevia há duas semanas! Ah! E uma carta de Hogwarts! Já não era sem tempo… – exclamou Harry.
Harry começou por ler a carta do seu melhor amigo:
“Olá Harry! Tudo bem?
Desculpa não ter respondido mais cedo à tua última carta, mas o meu pai tem estado constantemente a utilizar a Errol para entregar as cartas dele e a Pigwidgeon tem estado um pouco adoentada…
Cá em casa estamos todos bem. O meu pai tem andado bastante atarefado… acho que é porque vai ter um novo chefe lá no Departamento de Artefactos Muggles…
O Fred e o George passam a maior parte do tempo na sua loja ou a criar novas brincadeiras mágicas… acho que usaram a Pig como cobaia para uma delas…
A Ginny tem andado extremamente chata… agora decidiu dedicar-se a costurar e quer fazer roupa para toda a gente! Ontem ofereceu-me uma camisola de lã castanho-avermelhada com um “R”… quanta imaginação!
Ah! E temos vizinhos novos! Mudaram-se hoje para uma grande casa ao lado da nossa, mas ainda não os vi…
Antes que me esqueça… amanhã vamos aí buscar-te para que passes o resto das férias de Verão connosco. A Hermione não pode vir, porque está em casa dos avós.
Então, até amanhã!!!
Ron”
Harry ficou felicíssimo! Apressou-se a ajudar o tio Vernon e Dudley, jantou rapidamente, informou os tios de que no dia seguinte iria para casa dos Weasleys, fez as suas malas (sem se esquecer do pequeno ratinho) e dormiu tranquilamente.
No dia seguinte, na grande mansão cor-de-rosa ao lado d“A Toca”, a família Kross tomava animadamente o seu pequeno-almoço.
– Mãe, o que vamos fazer hoje? – perguntou Katie.
– Passa as panquecas ao teu pai, Jennifer! O que é que disseste, Katie? – questionou a Sr.ª Kross, que não tomara atenção à pergunta de Katie.
– Perguntei o que iríamos fazer hoje… – explicou Katie.
– Ah! De manhã, eu e o vosso pai temos que ir ao Ministério tratar de uns assuntos. Quando chegarmos, almoçamos, e depois vamos às compras! – disse a Sr.ª Kross.
– Fixe! Mas… vamos ficar sozinhas em casa de manhã? – preocupou-se Katie.
– Não me digas que tens medo, Katie! – troçou Jennifer.
– Eu não tenho medo! – retorquiu Katie.
Todos se riram.
Depois do pequeno-almoço, Michael e Melody saíram de casa, em direcção ao Ministério, utilizando o seu luxuoso carro preto, deixando em casa as suas duas filhas.
Estavam ambas na biblioteca quando Mrs. Pink saiu de casa a correr. Katie correu atrás da sua gatinha cor-de-rosa. Quando chegou ao jardim, Katie descobriu o motivo de tanta agitação: borboletas. Por qualquer motivo inexplicável, Mrs. Pink adorava persegui-las…
– Mrs. Pink! Vamos voltar para casa! – ralhou Katie.
– Oh! Que gatinha tão querida! É tua? – perguntou uma menina que Katie desconhecia.
Katie olhou para ela. Era alta, magra, tinha olhos azuis e o cabelo comprido e muito ruivo. Devia ser mais ou menos da sua idade.
– É sim. Chama-se Mrs. Pink e adora perseguir borboletas. – disse Katie, rindo, enquanto pegava ao colo a sua gata.
– Posso pegar-lhe? – pediu a menina.
– Podes sim. – consentiu Katie, entregando-lhe a gatinha cor-de-rosa.
– Obrigada! Eu chamo-me Ginevra Weasley, mas podes chamar-me Ginny. – explicou a menina ruiva.
– Prazer em conhecer-te, Ginny! Eu chamo-me Katie Kross. E acho que sou a tua nova vizinha. – apresentou-se Katie.
– Oh! Então tu e tua família é que se mudaram para esta mansão! – admirou-se Ginny.
– Sim… – riu Katie.
– Eu vivo nesta casa… não é grande coisa, mas nós gostamos. – disse Ginny, apontando para a sua casa.
– Eu acho a tua casa bastante engraçada! Queres conhecer a minha irmã? Ela está lá dentro, na biblioteca. – convidou Katie.
– Sim, por favor! – aceitou Ginny.
Ambas entraram em casa, acompanhadas por Mrs. Pink, e dirigiram-se à biblioteca. Jennifer gostou muito de conhecer Ginny. Esta, por sua vez, ficou encantada com a casa da família Kross. As três meninas ficaram na sala, conversando, e algum tempo depois já sabiam tudo sobre a família Weasley e sobre Hogwarts.
– Ah! Então a melhor equipa é Gryffindor, certo? – perguntou Katie.
– Eu acho que sim! E a pior de todas é… – começou Ginny, mas foi interrompida.
– Slytherin! – responderam as irmãs Kross em coro.
Alguns minutos depois, ouviu-se o barulho do carro do Sr. Kross. Quando estes entraram em casa, Katie apresentou-lhes Ginny. A Sr.ª Kross ficou encantada com o facto de as suas filhas já terem feito uma nova amiga.
– Bem, agora tenho que ir. Os meus pais estão à espera para almoçar, porque depois vamos buscar o Harry, um amigo da família, e em seguida vamos às compras, à Diagon-Al. – declarou Ginny.
– Ok! Então se calhar encontramo-nos por lá! Até logo, Ginny! – despediu-se Katie.
– Até logo! – respondeu Ginny, dirigindo-se a sua casa.
*N/As:*
Finalmente! Depois de um milhão de anos, aqui está o novo capítulo!!!
Gostaria de agradecer a todos os que comentaram e a todos os que têm lido a fic! Muito obrigado!!!
Espero que gostem deste capítulo (que não é dos melhores...) e comentem!
Bjs!!! =)
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