A Ira dos Anjos



-CAPÍTULO TRÊS-

A ira dos Anjos

O suor escorria pelo rosto. A camisa estava grudando nas costas, os joelhos tremiam com calafrios. Rony acordou no meio da madrugada. Ele coçou os olhos e olhou para o frasco com líquido verde ao lado da sua cama – Oh, não fora um sonho! Tommy era real, existia de verdade! Bom, o fantasma de Tommy era real, isto bastava. Foi ai que Rony caiu na real – Como ele conseguiria levar adiante um relacionamento com alguém que já morreu?

Sempre que sentia uma certa angustia, se virava para olhar a cama onde Harry dormia. Obviamente aquela cama nunca mais seria ocupada por alguém, só quando os alunos deste dormitório se formassem e calouros do primeiro ano ocupassem o quarto. A cama de Harry estava sendo banhada pelo luar daquela madrugada. Silenciosamente, para não acordar os outros colegas, Rony saiu do seu dossel e foi até o baú de Harry. Haviam muitas coisas ali dentro, como pergaminhos e diversas anotações que Harry fizera antes de morrer. Rony começou a vasculhar tudo, então algo chamou a sua atenção – Um dos pergaminhos continha desenhos de uma Câmara mecânica, no titulo do pergaminho, estava escrito “A Ira dos Anjos”. – Seria este o nome da máquina? Não haviam anotações sobre o que a Ira dos Anjos fazia, mas observando os desenhos de como montá-la, Rony compreendeu imediatamente sobre o que se tratava.

Quando Draco havia morrido, Harry, de certo, procurou algum meio de trazei-lo a vida. Esta tal de A Ira dos Anjos era um tipo de Câmara que transformava fantasmas e fazia-os humanos de volta. De imediato, Rony achou que Harry estava louco na época em que pensou nisto, mas ele também se apegou a idéia desesperadora de trazer seu amado a vida. Claro que Harry não conseguiu trazer Draco porque Malfoy não se transformou em fantasma quando morreu. Depois de analisar bem a figura a sua frente, Rony se prendeu no objetivo de construir A Ira dos Anjos. Ele estava ansioso, faria tudo em segredo e quando tudo estivesse pronto, faria uma surpresa a Tommy. Ele guardou o pergaminho nas suas coisas. Fechou o baú do Harry e voltou para a sua cama.

O dia demorou a amanhecer, Rony mal pregou os olhos a madrugada toda. Quando teve certeza que a biblioteca já deveria estar aberta, saiu correndo da sala Comunal da Grifinória e rumou para lá. Não demorou muito para que Hermione chegasse atrás dele para saber o motivo de tanta pressa.

-O que deu em você? – Ela perguntou.

Não é nada em especial – Rony disse enquanto revirava as prateleiras em busca do livro certo.

-Posso ajudá-lo? – Madame Pince, a bibliotecária chegou junto a dupla.

Claro – Rony se virou para ela com um amarelo sorriso no rosto – Tem algo sobre engenhocas fabricadas por bruxos lunáticos?

-Há dois exemplares sobre isso aqui na biblioteca. Aguarde um momento – ela girou o corpo entorno do sapato raso e saiu em direção ao primeiro corredor da ala oeste. Voltou em instantes – Aqui estão – ela estendeu dois pesados volumes encadernados com couro de dragão – Assine o cartão de empréstimo, como estes dois livros nunca são requisitados, pode demorar até quinze dias para renová-los.

Rony assinou o cartão e o devolveu para a bibliotecária – Obrigado, Madame.

Hermione vinha logo atrás, enchendo Rony de perguntas. – O que você vai fazer? – ela quis saber – Oras, Rony! Vamos, não me deixe curiosa!

Eles entraram no salão principal, Rony sentou-se a mesa da Grifinória, encheu a boca de torradas enquanto folheava um dos exemplares. Ignorou Hermione completamente, esta, depois de tomar café e desistir de persuadir Rony, saiu do salão e o deixou sozinho na mesa.

O Maior dos exemplares foi escrito por Sebastian Mac-Houston, era o que Rony estava procurando. O escritor havia perdido a esposa e filhos durante a primeira guerra da Comunidade Bruxa. Ele encontrou os fantasmas deles e então decidiu construir uma máquina que trouxesse fantasmas a vida. Batizou a máquina com o nome de A Ira dos Anjos, porque durante a guerra, muitas crianças, como seus filhos, foram mortas por bruxos das trevas. Essas crianças, quando homenageadas pela primeira vez, receberam um monumento com muitos anjinhos moldados em mármore. Havia uma lenda sobre as almas dessas crianças que se iraram contra os bruxos das trevas que as massacraram naquela guerra, por isso Sebastian batizou a sua engenhoca com este nome. O bruxo morreu no dia em que ia testar a máquina, portanto, não era seguro que ela funcionasse.

A Ira dos Anjos Original estava no museu Arqueológico dos Bruxos, em Liverpool, sul da Inglaterra. No final do livro, estava descrito todos os materiais utilizados na construção da maquina. Tudo ali poderia ser arranjado facilmente, quase 97% do material poderia ser encontrado dentro do barracão do Sr Weasley. Os outros três por cento era o fantasma e nada mais, nada menos que a Pedra Filosofal.

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.