O Leão e a Águia



Durante as noites que antecipavam as provas de NOM's parecia que nenhum dos alunos do quinto ano tinham a cabeça no lugar certo. Scot estava praticamente pirando, já não bastava ter que estudar normalmente, Nina que sempre lhe pareceu a melhor companhia do mundo era a pior professora a mais carrasca que alguém podia ter e parecia que ela mais do que nunca se negava a dormir fazendo com que Scot ficasse morto de tanto estudar e sem tempo para dormir.
-Nina terminei. - disse Scot lá para uma da manhã fazendo a mesma poção pela terceira vez.
-É acho que agora ta certo. - disse Nina cheirando a poção um pouco nervosa.
-Acha? Fala sério Nina, isso ta perfeito! E eu morto. - disse Scot começando a juntar as suas coisas.
-É... Scot. - Nina tinha medo de dormir e como nunca viu muita necessidade nisso mesmo agora só buscava por companhias.
-Fala. - disse Scot virando para trás, pois já estava quase no pé da escada que levava aos dormitórios masculinos.
-Fica um pouco mais. - disse Nina sorrindo.
-Ah ñ. - respondeu Scot se virando de novo.
-Fica. - pediu Nina lhe dando leves beijos em uma tentativa de fazer Scot ficar namorando e dormir com ele na sala comunal.
-Nina a gente namora amanhã. - disse Scot respondendo seus beijos com um bocejo.
-Vai me deixar aqui? - perguntou Nina soltando os cabelos antes presos por um palito, porém ainda mais nervosa, tentando fazer o máximo possível para Scot ficar ali com ela.
-Resolveu? Perdeu a vergonha foi? - disse Scot sorrindo buliçoso.
-E quando que eu tive vergonha de você? - perguntou Nina seguindo até ele e lhe afrouxando a gravata que ainda estava presa no pescoço e abrindo os dois primeiros botões da camisa dele.
-É... Nina, o que te deu? - perguntou Scot certo que ali havia coisa.
-O que deu em você?! - explodiu ela do nada - Primeiro acha que é um absurdo eu ficar vermelha porque te vi de cueca e agora ñ me quer!
E agora? O que ele iria fazer? Ela era a Nina, ñ era uma garota qualquer nem ele um garoto qualquer, mais cedo ou mais tarde isso iria acabar acontecendo mesmo, se ele afrouxasse agora sabe-se lá quando Nina ia se decidir de novo. Ele tinha prometido a ela que seria quando ela estivesse pronta e se ela estivesse e ele a decepcionasse, afinal esses assuntos de quando perder a virgindade não importava muito para os homens, se fosse hoje ou amanhã não ia fazer diferença alguma para ele, mas e se ela tivesse ficado se preparando durante um tempão e ele estragasse tudo agora? Era a Nina que entendia de garotos ñ ele quem entendia de garotas, pelo sim pelo ñ, fizesse o que ela queria então. Lhe deu um caloroso beijo enquanto ela lhe afagava os cabelos com fervor com uma mão e com a outra acariciava o peito por dentro da blusa.
-Tem certeza? - perguntou ele no ouvido dela, mas ela nada respondeu só continuou a beijar seu pescoço, pensando que aquilo era um sim, mesmo com um pouco de medo continuou.
E agora? O que ela iria fazer? Ele era o Scot, ñ era um garoto qualquer nem ela uma garota qualquer, mais cedo ou mais tarde isso iria acabar acontecendo mesmo. Ela tinha começado tudo aquilo por medo de dormir e ter mais um dos seus horríveis pesadelos que cada vez mais eram mais freqüentes e assustadores, ñ queria dormir no dormitório e acordar no meio da noite e por mais que Robbertta fosse sua amiga estava tão assustada nesses dias que só Scot lhe passaria proteção suficiente para dormir tranqüila. Mas agora ela tinha causado uma situação que por mais normal que fosse a um ser humano lhe assustava por ser desconhecida. E se ela parece agora? Iria com certeza desapontar Scot, sabia que ele estava esperando só a decisão dela e era isso que ela tinha acabado de dar, sua resposta que sem querer tinha sido um sim. Não conseguia pensar em nada mais puro, mas que ao mesmo tempo Scot ñ percebesse que ela ñ queria do que lhe acariciar o peito e continuar lhe beijando. Cada vez ela sentia mais medo no que estava fazendo, mas se acalmo quando as mãos de Scot que antes estavam presas a sua cintura se soltaram, pronto ele tinha desistido e ela ñ seria culpada por amarelar e decepcionar Scot, o nervosismo voltou quando ele tirou a blusa e seu coração quase pulou pela sua boca de vez quando ela percebeu que as mãos dele tomavam o rumo do seu colo e começavam a desabotoar sua blusa, botão por botão até está totalmente aberta...
O que ele estava fazendo? Tirando a blusa dela daquele jeito? Mas afinal de contas qual o problema de tirar a blusa da própria noiva? Eram perguntas de mais para sua cabeça. Se sentia sujo, acho que era assim mesmo que ele se sentia naquela hora, um difamador que ñ sabia o que estava fazendo de errado, mas tinha certeza de o que estava fazendo certo também ñ era. Ele abraçou ela e o calor de seu corpo se juntou ao suor gelado de medo dela, o coração dela parecia que ia explodir de tão rápido e nervoso que batia.
-Ta tudo errado. - disse ele se soltando e abotoando os botões da blusa dela.
-O que foi? - perguntou Nina sem entender, ele queria ou ñ queria, tinha certeza de que ele estava esperando só ela deixar e ela estava deixando, mesmo que morrendo de medo.
-Você está com medo de mim e eu com medo de te machucar. Ah Nina, a gente tem muito tempo ainda ñ é verdade? E no meio da sala comunal? Desculpa se você queria e eu to fugindo da raia. Além do mais minha flor, to morrendo de sono e acho que nem você ia me acordar para te fazer feliz na nossa primeira vez. - disse Scot abraçando Nina gentilmente.
-Não ta me magoando ñ, eu ñ queria também. - disse Nina com a cabeça no peito nu de Scot.
-Por que ñ quer que eu suba? Todo dia é isso, você me faz ficar aqui o máximo que consegue. - perguntou Scot sem fazer com que ela saísse do seu colo.
-Eu to com medo de dormi sozinha. - respondeu Nina virando só os olhos para ele.
-Mas você ñ dorme sozinha, tem quatro pessoas fora você no seu quarto. - disse Scot sem entender.
-É que eu to tendo uma série de pesadelos sinistros e só com você que eu me sinto segura. - disse ela manhosa.
-Que nem quando você descobriu que era sonhoglota? - perguntou Scot lembrando de quando Nina descobriu que previa o futuro por certos sonhos que tinha as vezes, ela devia ter uns cinco anos quando começou a descobrir a oniromancia.
-É. Eu só dormia com você lembra? - disse ela.
-Nossa e eu que achei que era porque você ficava mais calma porque meu quarto era mais organizado. - brincou Scot.
-Bobo. - disse Nina - É que você sempre me defendeu, talvez eu de algum jeito ache que você vai me defender dos meus sonhos.
-Se eu puder eu vou sim, te prometo. - disse ele afável - Vem, vem dormi comigo. Os meninos ñ vão nem se importar mesmo. Eu te carrego. - e pegou ela no colo.
-Você vai é me deixar cair, ta bêbado de sono. - disse Nina rindo, mas gostando do colinho.



Depois das provas de NOM's o ano parecia tão bom, porém de algum jeito ele corria mais rápido agora.
-Grifinória! Grifinória! Grifinória! Grifinória! - gritava um coro um coro em direção ao estádio. Não eram um ou dois grupos de alunos animados, eram todos os alunos da grifinória em maça.
Último jogo do ano, grifinória x corvinal, as duas casas quase ñ se olhavam no rosto na última semana. Os agora desocupados quintoanistas tinham tempo apara fazer faixas, com dizeres manjados e pintar o rosto de metade amarelo e metade vermelho, o único problema era que os quintoanistas da Corvinal ñ tinham muita coisa para fazer também. E assim a rivalidade do campo passou para as arquibancadas.
-Eu preciso de um beijo! - disse Scot tendo um ataque de pulinhos no vestiário.
-Vem cá meu nego! - brincou Maycck atrás dele.
-Eu em! Sai fora! - disse Scot pulando em cima do banco - Eu quero a Nina! - gritou Scot.
-Isso lá é hora de querer a Nina? - perguntou Cezar bravo colocando a blusa.
-Quem foi o imbecil que colocou só homem nesse time? - perguntou Scot.
-VOCÊ! - gritaram todos ao mesmo tempo.
-Alto lá! E eu? - perguntou Safira, artilheira do time, e única menina.
-Perdão Safira. - disse Scot.
-Estão prontos? - perguntou Martim o batedor.
-Vamos! - disse Scot depois que todos afirmaram com a cabeça.
-Grifinória! - gritaram todos juntos.

Não podia ser um dia mais bonito, o Sol brilhava as árvores ainda estavam floridas no fim da primavera. As arquibancadas lotadas e coloridas. Eles ainda estavam na porta do vestiário, nem tinham chegado de baixo das arquibancadas, que era o caminho que levava até o campo, quando começaram a ouvir o grito das arquibancadas.
Nas arquibancadas as meninas já estavam quase sem voz e Kayuh quase sem paciência.
-Não consigo falar mais nada. - disse Robbertta incrivelmente rouca.
-Acabou de falar. - reclamou Kayuh.
-Não começou, começou? - perguntou uma voz atrás de Nina.
-Tudo bem? - perguntou Harry ao lado de Gina.
-O que vocês estão fazendo aqui? - perguntou Nina assustada, mas rindo.
-Os pais dos jogadores podem assistir ao último jogo. - disse Gina.
-E o que você ta fazendo aqui? Até onde eu sei ñ tem filho. - perguntou Nina.
-Detalhes Nina, detalhes. - disse Gina.
-Foi um custo achar você. - disse Harry.
-Meu pai ta aí? - perguntaram Robbertta e Kayuh juntos.
-Não, nem o seus pais nem os do Edward. - respondeu Harry.
-Você tinha que ser filha do homem mais ocupado da Inglaterra, né Robbertta. - disse Kayuh emburrado e virando para frente.
-Eu? Você é filho de chocadeira? - perguntou Robbertta cruzando os braços emburrada também e olhando para o campo como o irmão.
-Boa tarde Hogwarts! - gritou Creatve, do sétimo ano da corvinal, o locutor de Hogwarts. Todos responderam com gritos.
-Com vocês Corvinal. Carter, Orla, Davies, Wenceslau, Hero, Carter e Summers. - exclamou Creatve.
-E lá vem a Grifinória. Pendragon, Nickt, Leoni, Sync, Baco, Cast eeeee...
-Sonoros. - ordenaram Gina e Harry juntos com as varinhas apontadas para as gargantas e falaram juntos deixando a voz de Creatve sem som algum diante do público.
-POTTER! - gritaram os dois juntos rindo. Todos no estádio olharam para os dois que caiam na gargalhada, inclusive os jogadores.
-Famoso em Scot. - exclamou Lynn Summers a apanhadora terceira anista da Corvinal que a dois anos tinha cismado que iria namorar com ele e tinha acabado conseguindo.
-Não, minha família que é louca assim mesmo. - respondeu Scot rindo.
-Diz isso porque ñ conhece a minha. - respondeu Lynn jogando os cabelos que começavam em um ruivo escuro na raiz e terminava em um loiro claríssimo onde só as pontas eram cacheadas e depois focando os olhos verdes ácidos a procura de Madame Hooch lá em baixo. Até que agora mais crescida e com as curvas se acentuando ela estava bem mais bonita do que quando namoraram.
-Mas que droga ñ? - comentou Maycck voando até perto dele e fazendo Scot acordar do transe.
-O que? - perguntou Scot.
-O ministério pode ficar sem três auror, mas ñ pode ficar sem o ministro. - reclamou Maycck.
-Que três? - perguntou Scot ainda meio bobo.
-Seu pai a Magíx Aigam e o Summers. - disse Maycck apontando para os pais de Lynn.
-O ministro está explicado. Mas meu pai também ñ ta aqui. - disse Eddy sobrevoando os dois olhando a arquibancada da Grifinória .
-Vai ver foi isso. - disse Sam. Os três olharam para ele - Quero dizer se o Pendragon saísse o Cast ia ter ficar no lugar dele, ñ ia? - perguntou Sam, Eddy e Maycck confirmaram com a cabeça - Então se o Pendragon viesse ao jogo o Cast também iria querer vir, mas ia ter ficar porque o ministro saiu, mas...
-A gente já entendeu sua teoria! - exclamou Eddy.
-Eu já acho que os dois tem mais coisas o que fazer. - disse Scot.

-Vai me contar o que você ta fazendo aqui? - perguntou Nina para a tia.
-Já que a mãe do Scot morreu... - disse Harry.
-Gina veio no lugar? - perguntou Nina achando estranho a escolha de Harry e como os dois estavam juntos demais.
-Sim, por que? - perguntou Gina igualmente curiosa pela reação de Nina.
-Isso ñ começa? - perguntou Robbertta.
-Madame Hooch sumiu. - disse Kayuh - Como quer que o jogo comece sem o juiz para dar o apito inicial?
-Duplos, vocês querem parar? - perguntou Ashley irritada.
-Parar com o que? - perguntou Robbertta.
-De brigar! - exclamaram Nina e Ashley juntas.
De repente quem apareceu no meio do campo não foi Madame Hooch e sim Taliesin Dumbledore que tocou com a varinha a garganta e anunciou:
-Devido a acontecimentos de ultima hora o jogo foi cancelado. - e dizendo somente isso saiu do campo.
-O que será que aconteceu? - perguntou Scot a Nina descendo ao campo.
-Não sei. - respondeu Nina - Mas ñ deve ser anda de mais, Dumbledore nem estava nervoso.
-E você já viu esse louco nervoso? - perguntou Robbertta a ela.
-Que pena ñ Scot? Queria tanto ganhar de você - disse Lynn seguindo até os pais com que andavam em direção a eles conversando com Harry e Gina. Skip Magíx Aigam, a auror mais nova do mundo e chefe dos quartel general dos auror, era uma linda mulher de cabelos laranjas e olhos azuis de braços dados com Drake Summers auror de cabelo cortado em moícano que Scot lembrava ser uma figura.
-Acha mesmo que ia ganhar Lynn? - perguntou Scot sorrindo, Nina o abraçou como se defendesse o que é dela.

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