Divino Amor



-Scot, Scot. – disse Tiago sentado na beira da cama de Scot enquanto Scot dormia.
-Que foi vovô? Eu estou dormindo. – reclamou Scot sentando na cama.
-Você me faria um favor? – perguntou Tiago.
-Eu? Fazer um favor a você? – perguntou Scot sem entender – O que eu poderia fazer para você?
-É que quando você nasceu e eu te encantei com o encantamento dos anjos, daí eu só vejo o que você vê, e eu ñ posso ver nem quem já estava lá em cima antes de eu te guardar...
-E daí?
-E daí que eu ainda ñ posso ver nem falar com quem eu falava, mesmo se o anjo estiver na minha frente, mas eu tenho motivos para achar que a sua avó também virou anjo, e se o guardado dela disser uma frase aí e você falar a mesma frase eu vou poder ver a Lily de novo. – disse Tiago com cara de apaixonado.
-E como eu vou saber quem ela guarda? – perguntou Scot – No mínimo ele vai me achar louco!
-Acho que ñ.
-Mas quem é?
-Lá vem ela...
-Bom dia! Agora acordem antes que vocês ponham a culpa em mim de novo! – gritou Nina entrando no quarto de péssimo humor.
-Ela? – perguntou Scot levando um susto.
-O que tem eu? – perguntou Nina sem paciência.
-Silêncio. – disse Scot levantando e tirando Nina do quarto.
-Que foi? – perguntou Nina irritada sem entender.
-Você tem anjo? – perguntou Scot.
-Como ele sabe? – perguntou Lílian.
-Como sabe? – repetiu Nina.
-Tem, ñ tem? – Nina confirmou com a cabeça – Quem é?
-Lílian, sua avó. – respondeu a menina surpresa. Scot viu o sorriso no rosto de Tiago ao seu lado.
-Ótimo. – disse Scot sorrindo.
-Que foi em? – perguntou Nina.
-Só diz o que eu disser. – disse ele e Tiago começou a falar a frase.
-Eu Scot Tiago Potter...
-Eu Scot Tiago Potter... – repetiu Scot.
-Eu... Preciso falar meu nome todo? – começou Nina.
-Precisa! – disse Scot sem paciência.
-Eu Carolina Aghata Granger Weasley...
-Apresento a você Carolina Aghata Granger Weasley... – disse Tiago.
-Apresento a você Carolina Aghata Granger Weasley... – disse Scot.
-Apresento a você Scot Tiago Potter...
-Aquele que me guarda... – disse Tiago.
-Aquele que me guarda... – disse Scot.
-Aquele que me guarda... – disse Nina.
-No caso dela é aquela! – concertou Tiago.
-É aquela! – disse Scot.
-Aquela que me guarda... – arrumou Nina.
-Tiago Alan Potter, ela Lílian Evans Potter. – disse Tiago.
-Tiago Alan Potter. – disse Scot. – E você Lílian Evans Potter.
-Lílian Evans Potter.
Uma luz cobriu os quatro e quando Nina olhou para frente viu Tiago, e Scot viu Lílian, os dois levaram um susto enorme, mas nada comparado à alegria de Lílian e Tiago.
-Lily! – gritou Tiago correndo para Lílian e a abraçando.
-Como conseguiu isso? – perguntou Lílian depois que Tiago finalmente a soltou.
-Eu sempre soube disso, escutei um anjo lá no céu dizendo uma história dessas. Mas só lembrei agora. Como eu estava com saudades! – Tiago abraçando-a de novo.
-Eu também! – disse Lílian.
-Eu sabia que era você. – disse Tiago.
-Eu sabia primeiro. – disse Lílian.
-Duvido. – disse Tiago.
-Você fica escrevendo essas cartas malucas e o Scot fica mostrando para todo mundo descobri logo que era você. Nós duas somos muito mais discretas. Como os anjos devem ser! – disse Lílian.
-E qual é a graça de ser discreto? – disse Scot e Tiago ao mesmo tempo, fazendo os todos rirem.
-Vocês fazem um belo casal. – disse Nina.
-Sério? Uma ruiva com um cara lindo, maravilhoso, de cabelo preto elegantemente despenteado? – disse Tiago com segundas intenções.
-Vocês dois! – disse Nina na mesma hora. Scot bufou.
-Calma, um dia ela muda de idéia. – disse Lílian.
-Até você Lílian? – perguntou Nina.
-Mas é verdade, eu ñ vejo o futuro, mas ñ vejo a hora de ver a cara dos meus bisnetos. – disse Lílian.
-Bisneto! Isso ñ me soa bem. – disse Tiago.
-Fica calmo, isso ñ vai acontecer. Pelo menos ñ vou ser eu a mãe deles. – disse Nina andando, e fazendo Lílian a seguir mesmo sem querer.
-Volta! Por favor! – pediu Lílian.
-Depois eu vou ver o Scot mesmo! – retrucou Nina raivosa.
-Você ta com TPM ñ ta? Ontem tava chorando, hoje ta nervosa... – disse Lílian rindo.
-Vai perturbar outra pessoa! – gritou Nina.
-Vai atrás dela! Eu quero ficar com a Lily! – disse Tiago com cara de pidão.
-Tenho que trocar de roupa. E vou ver ela daqui a pouco, se a calma. E aqui. Você ta proibido de fazer insinuações sobre mim e Nina me ouviu? Eu tenho outra tática agora! – disse bravo.
-Desculpa. – disse Tiago com um bico de criança.
-E vê se cresce antes de falar comigo de novo! – disse Scot segurando o riso.

Duas semanas depois.
-O que está fazendo? – perguntou Scot enquanto entrava na sala comunal.
-Desenhando. – respondeu Nina.
-Quem são? – perguntou Scot olhando o desenho. Não foi preciso ele descobriu só de olhar, Nina sempre foi muito boa em desenhos e sua precisão era perfeita. Havia um menino alto, magro, cabelos negros desajeitados, com várias sardas pelo rosto e olhos verdes escondidos atrás de um óculos redondo, devia ter uns sete anos, vestido com uma camisa normal vermelha e de jeans um pouco surradas. Ao seu lado uma menininha de um ano de cabelos ruivos cacheados e cheios como os de Nina, com os mesmo olhos e as mesmas sardas do menino, vestida com um vestido laranja. Atrás dos dois um homem, alto, forte, de cabelos negros e os mesmos olhos verdes, e vestido de jeans e blusa vermelha xadrez. Ela estava terminando de desenhar uma mulher de cabelos ruivos cacheados e volumosos presos em um rabo de cavalo, a mulher vestia um macacão jeans com uma blusa branca por baixo, e tinha uma barriga imensa, provavelmente estava grávida.
-Por que está desenhando isso? – perguntou Scot carinhosamente.
-Sonhei com isso. – respondeu Nina fazendo o rosto da mulher.
-Um sonho que prevê o futuro? – perguntou Scot.
-Acho que ñ, a energia desse sonho era diferente. – respondeu Nina.
-Não me disse quem são. – disse Scot.
-Quem você acha que são? – retrucou Nina.
-Zech, - e apontou para o menino – Lilyti, – e apontou para menina – eu – apontou para o homem – e você. – terminou apontando para a mulher.
-Também achei que fossem. – disse Nina terminando o desenho e colocando a data e assinando no canto direito de baixo da folha.
-Com esse são três. – disse Scot sorrindo e apontando para a barriga da mulher.
-Eu percebi. – disse Nina ñ querendo chorar.
-Esse nós ainda ñ conhecemos. Acha que um dia vamos conhecer? – perguntou Scot.
-Não sei... – respondeu Nina.
-Você quer conhecer? – perguntou Scot, ela o olhou, uma lágrima caiu dos seus olhos – Não sabe responder?
-Eu queria ñ saber, ia ser mais fácil. Mas eu quero, quero essa família, nossa, nossa família. – disse ela se jogando nos braços dele. Ele a abraçou e acariciou seus cabelos.
-Eu também. Eu também minha linda. Mas agora a gente espera, faz tudo de vagar, com calma. – disse Scot.

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