Já sonhou ou ñ?



-Se essas meninas demorarem mais um minuto eu desisto! – gritou Sam para o alto da escada como se quisesse que as meninas escutassem.
-Nós já escutamos! – gritou Robbertta lá de cima que apareceu no topo da escada com um belo vestido estilo tubinho laranja com um corte ousado ao lado de cada uma das pernas tomara que caia. De cabelos tão laranjas como o vestido e perfeitamente ondulados presos em um rabo de cavalo que pelo tamanho do cabelo passavam da cintura da garota. Sam ficou olhando de um jeito que ninguém ali nunca tinha visto ele olhar para uma garota.
-Cuidado vai babar. – disse Robbertta se juntando a Sam.
-E o resto? – perguntou Kayuh.
-Descendo. Porque você a de convir que para mim é bem mais fácil me arrumar. – disse ela pegando no braço de Sam que deu um pulo – Que foi garoto? Tem medo de mulher agora? Se tiver avisa que eu arranjo outro par.
-Sai fora! Eu com medo de mulher? Merlim que me livre! – exclamou Sam voltando a si.
-As outras meninas já estão vindo. – disse Catarina descendo a escada. Que tinha os cabelos loiros escuros presos e vestia um belo vestido estampado de rosa e vermelho.
-Mas como demoram! – exclamou Kayuh.
-Ta reclamando por que? Pelo menos o seu par já desceu! – exclamou Maycck sem paciência.
-Calma a Bianca já ta descendo. – disse Catarina.
-Falando de mim? – perguntou Bianca com um vestido amarelo claro com o estilo anos sessenta, apertadinho em cima e abaloado em baixo, que terminava pouco depois do joelho.
-Estávamos perguntando porquê a demora. – explicou Maycck.
-Como elas duas são más! As meninas vão descer uma por uma para tirar a paciência de vocês. – explicou Bianca rindo.
-Boa noite! – exclamou Ashley descendo a escada com um vestido longo e rodado de manga comprida vermelho.
-Minha flor, você ta um arraso! – exclamou Eddy beijando-a.
-De quem foi idéia de deixar a Nina por ultimo?! – gritou Scot sem paciência.
-Minha é claro! – respondeu Nina no topo da escada – E então? Que tal estou? – Nina usava um vestido branco que ia até o chão, de mangas compridas para baixo e de um decote que deixava os ombros à mostra, com detalhes em prata, no pescoço reluzia o L que Scot lhe dará e os cabelos estavam presos em uma trança idêntica a da menininha, Lilyti.
-Não achei que podia ficar mais linda que o normal. – respondeu Scot e logo depois beijou Nina.
-Obrigada. – respondeu Nina sorrindo.
-Vamos? – perguntou Maycck. Cada um com seus respectivos pares ao braço seguiram para o baile.
No baile.
-Meu amor, vamos lá fora? – perguntou Scot no ouvido de Nina enquanto dançavam no salão.
-O que quer fazer lá fora? – perguntou Nina.
-Nada de mais, só quero ficar sozinho com você. – disse Scot rindo no ouvido dela.
-Scot. – disse Nina em tom de advertência.
-Ei, ñ confia em mim? Disse que ñ vou te fazer nada de mais, eu juro. – disse Scot.
-Tudo bem. – respondeu Nina.
-Você está pensando só em besteiras ultimamente. – disse Scot com a voz marota em quanto caminhavam pelo começo do jardim.
-Eu? Eu ñ estou pensando em besteiras! – disse Nina ofendida e vermelhinha.
-Ah ñ? Você quer me ver de cueca...
-Já disse que ñ!
-E agora vai me dizer que ñ pensou em certas coisas inapropriadas para menores agora que eu te chamei para vir aqui fora ficar sozinha comigo? – disse Scot ainda em seu tom malicioso.
-Primeiro! Se são inapropriadas para menores são inapropriadas para nós, somos menores! Segundo. Eu ñ pensei nisso que você está pensando...Você é quem está pensando em besteiras e fica dizendo que sou eu!
-É que eu acho tão bonitinha essa sua carinha de brava toda vermelhinha assim. – disse Scot abraçando Nina.
-Mas... Eu ñ acho nada engraçado! – disse Nina de bico – E eu ñ quero te ver de cueca!
-Eu sei que ñ meu amorzinho, já disse que tava dizendo isso para ver sua cara de irritada. Mas vai dizer que nunca ficou sonhando comigo só de cueca...
-Para!
-Só se me dizer se sonhou ou ñ.
-Claro que não! – gritou Nina mais vermelha que seus próprios cabelos de baixo do sol.
-Então porque ta vermelha assim? – disse Scot maldoso.
-Porque... Porque...
-Porque você já me imaginou assim! – respondeu Scot rindo.
-Você quer parar com essa palhaçada agora que eu já respondi! – gritou Nina.
-Então é verdade? Você já me imaginou de cueca?
-Já disse que sim! Ou melhor, eu ñ preciso já cansei de ver você de cueca. – respondeu Nina dando a volta por cima.
-Não depois que eu tecnicamente virei homem, da última vez (que você entrou no banheiro sem pedir licença) – disse Scot parecendo raivoso por um momento – a gente tinha onze anos.
-Para! Pelo amor de Merlim! – disse Nina.
-Tudo bem eu paro. – disse Scot passando a mão no rosto de Nina e se virando para ela.
-Tem alguma coisa na sua mão. – disse Nina tentando ver o que era em vão no escuro.
-O que? – perguntou Scot.
-Tem alguma coisa diferente na sua mão. – disse Nina usando o tato dessa vez para ver o que era – Por que você ta de anel? Você ñ usa anel.
-Isso ñ é um anel.
-Ah é? Então o que é?
-Por que você ñ vê esse que então? – disse Scot pegando uma caixinha no bolso e colocando na mão de Nina – Lumos. – com a luz Nina pode ver a caixinha, a abriu e lá estava uma fina aliança de ouro branco com um solitário no meio e outros menores pelo arco e na parte de dentro o nome Potter – Eu sei que eu já perguntei isso, para você, para o seu pai, mas faltava a aliança. Nina, minha amiga, meu amor, minha vida, minha Nina, quer casar comigo? – e dizendo isso a chuva caiu do nada deixando os dois molhados.
-Quero. – respondeu Nina sem nem se importar com os pingos grossos e gelados que caiam sobre ela enquanto Scot colocava a aliança no anelar direito.
-Sabe Nina? Antes eu tinha um medo de te perder, medo de ñ ter você para sempre. Acho que ñ conseguiria passar um dia sem você. Te conheço desde de que você nasceu, quando eu tinha um mese de idade. Tudo que aconteceu na minha vida você estava presente, todos os dias quase, a gente viveu uma vida só, mas até do que dois irmãos. Até ontem eu tinha medo de ficar sem você, mas ontem eu vi que a nossa família vai ser linda. Você viu que gracinha era aquela meninha? – disse Scot – Linda, ruiva e inteligente como você.
-É, mas o garotão era igual a você, cabelo preto, magrelo, alto e ainda protege a irmã com a coragem de um Potter. – disse Nina sorrindo, e a chuva ñ cessava.
-Mas agora me deu outros medos. Medo de fazer alguma coisa agora e a nossa família ñ chegar nem a existir, medo de morrer e te deixar sozinha, medo de você morrer e me deixar sozinho. – disse Scot e uma lágrima caiu dos seus olhos se misturando as gotas de chuva em sua face – Eu sei que ñ dá para prometer ñ morrer. – ñ era preciso ver as lágrimas sua voz também chorava.
-Por que está chorando? Não tem porquê chorar meu amor.– disse Nina abraçando-o e colocando a cabeça em seu ombro – Não é certo um Potter ter medo sabia?
-Eu também tenho medos. É assim que nascem as pessoas corajosas. Elas têm medo, mas a diferença é que elas lutam contra o medo. – disse Scot -Me da um beijo?
-Claro.
-Lembra que ontem eu queria contar uma coisa e ñ sabia se contava? – perguntou Nina enquanto os dois enxarcados voltavam para a festa na frente da porta do salão.
-O que era? – perguntou Scot.
-Você está proibido de contar o que eu vou te dizer. – disse Nina.
-Tudo bem, conta logo. – disse Scot.
-Sabe, eu descobri que sou sonhoglota. Ontem quando a gente viu os nossos filhos e eu vi os outros meninos e eu lembrei de um dos meus sonhos e descobri que esse era um sonho revelador, lembra de um carinha de olho e cabelo verde? – disse Nina.
-Como eu ñ ia perceber e lembrar de um cara de cabelo verde? – perguntou Scot rindo.
-Olha para e frente. – disse Nina. Scot logo viu Robbertta e Sam em um canto escondidinhos se beijando.
-Era o... – começou Scot.
-Filho dos dois. – respondeu Nina.
-Era metamorfomago? – perguntou Scot.
-Não, eu acho que ñ, metamorfomagos são raros e ele só tinha o cabelo verde. – respondeu Nina – Você ñ vai contar para os dois.
-Mas...
-Você prometeu. Os dois são muito confusos com o coração.
-Olha quem ta falando.
-É sério, precisam descobrir sozinhos o que fazer.
-Estou cansado de você me dando ordens! – disse Scot de bico.
-Eu sempre lhe dei ordens.
-Mas agora eu cansei, vou lá falar com eles!
-Você ñ pode fazer isso! É por isso que eu disse que ñ é bom mexer com o tempo! Nós ñ podemos interferir tanto na vida dos outros!

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