Antonio Dolohov



Dumblendore estava sentado de frente para aqueles oito garotos. Thereza e Olívio agora estavam lá também. O diretor tinha uma expressão de cansaço.


 


- Professor? – começou Cedrico – O senhor disse lá fora que Voldemort está morto, então como é possível...como Harry pode estar morto?


 


Dumblendore suspirou.


 


- E cadê o corpo dele? – perguntou Hermione tentando não chorar


 


- Não há corpo! – disse Dumblendore sendo direto


 


Mônica soltou uma risada nervosa. Todos tentavam entender.


 


- Isso quer dizer que ele pode estar vivo? – perguntou Gina confusa


 


Eles olharam para o diretor esperando uma resposta.


 


- Não! – respondeu – Harry está morto, e eu sinto muito!


 


- Como o senhor pode ter tanta certeza?! – perguntou Rony – Quero dizer, se não há corpo como podem saber que ele está mesmo morto?


 


O diretor não respondeu.


 


- O que aconteceu lá professor? – perguntou Draco por fim – É só o que queremos saber.


 


Dumblendore suspirou novamente, ele tinha um ar triste e cansado, como nunca viram antes.


 


- Eles estavam duelando dentro de uma casa velha nos arredores de Hogsmead, ficamos do lado de fora, um pouco afastados como Harry pediu, apenas vigiando para o caso de uma emboscada, mas logo vimos que não havia emboscada. Eram apenas os dois, como tinha que ser. – Dumblendore falava enquanto encarava um por um – Eles duelaram durante muito tempo, não sei precisar quanto tempo, mas durou bastante. As vezes quando eles chegavam perto das janelas podíamos ver o que estava acontecendo, e em uma dessa vezes vimos um raio verde atingir Voldemort... e então algo aconteceu...


 


Ele parou e abaixou a cabeça, não parecia seguro do que ia dizer em seguida. Os garotos pareciam ansiosos, e o silêncio repentino do diretor os deixou inquietos.


 


- Escutem... – dessa vez era Olívio quem falava, ele estivera lá também, tinha visto tudo - ...o que aconteceu não pode ser explicado de maneira sutil, não há outra maneira de dizer. Vai parecer insensível ou grosseiro, mas não há outro modo.


 


- Então digam! – disse Draco nervoso, além de assustado – Apenas digam de uma vez!


 


Dumblendore os encarou novamente, e desta vez ele estava mais parecido com o Dumblendore que conheciam, seu olhar era calmo e transmitia segurança.


 


- Quando Voldemort foi morto, ele simplesmente explodiu! – contou o homem sem mais demora – E tudo que estava a um raio de cem metros virou pó. Harry virou pó!


 


- Oh meu Deus! – exclamou Hermione não podendo mais conter as lágrimas


 


Rony se enterrou nos braços de Thereza, Draco se levantou chocado, Mônica e Gina também deixaram lágrimas caírem, enquanto Cedrico permanecia imóvel.


 


- E é por isso que ambos estão mortos e é por isso que não há corpos. – disse o diretor abatido, mas ainda assim calmo – Eu não sei por que isso aconteceu, não há explicação.


 


Eles ficaram em silêncio.


 


- Harry sabia que ia acontecer, ele nos pediu pra ficarmos longe, ele sabia que se estivéssemos perto demais também seriamos mortos. – disse Olívio – Ele estava preparado. – ele pausou – Só acho que vocês deveriam saber disso.


 


- Obrigada Olívio! – agradeceu Cedrico sincero


 


Dumblendore se levantou, e mais uma vez suspirou cansado.


 


- Eu preciso ir. – disse o diretor


 


- Existe mais alguma coisa que possamos fazer professor? – perguntou Cedrico, ele era o único dos seis que ainda se mantinha calmo


 


- Não Diggory, vocês já fizeram tudo o que tinham que fazer, vocês foram verdadeiros heróis hoje! – disse ele com um triste sorriso – Fico feliz em saber que não perdemos nenhum de vocês.


 


Cedrico balançou a cabeça.


 


- Obrigada professor, mas só fizemos o que tinha que ser feito, era pra isso que estávamos aqui! – disse sem muita emoção


 


- Mas seria bom se vocês aparecessem mais tarde, é reconfortante para todos ter vocês por perto. Houve muitas perdas hoje, para todos nós! – disse Dumblendore antes de sair


 


 


***********************************************************


 


- Professor, está tudo bem? – perguntou Mônica, sem obter resposta – Professor?


 


Dumblendore pareceu sair de seu transe, encarando-a.


 


- Sim, claro Srta. Potter, eu estou bem! – disse ele com um sorriso – Só estava me lembrando da última vez que estive sentado com todos vocês.


 


Hermione sorriu doce.


 


- Não é uma lembrança muito boa não é mesmo? – disse ela se lembrando também


 


- Não, não é. – respondeu ainda sorrindo – Mas hoje temos a chance de mudar isso não é mesmo? E eu acho que de alguma forma posso ajudá-los.


 


Eles sorriram também.


 


- Então o senhor sabe realizar o feitiço. – afirmou Draco


 


- Não, mas conheço apenas uma pessoa que sabe. – respondeu o homem


 


- Quem? – perguntou Gina


 


- Vocês não vão gostar muito disso, mas é o único que conheço. – disse ele com bom humor – Antônio Dolohov.


 


- Dolohov? – perguntou Hermione incrédula – O comensal da morte que quase me matou no ministério?


 


- O do quinto ano Mione? – perguntou Rony surpreso, recebendo uma resposta positiva de Hermione – Não foi ele que matou o professor Lupin no ano passado?


 


- Sim, foi ele. – respondeu Olívio com cara de poucos amigos


 


- Mas professor, porque logo ele saberia esse feitiço? – perguntou Cedrico curioso


 


- Vocês precisam entender que a maioria dos comensais de Voldemort daquela época eram bruxos que vieram de famílias nobres, de puro sangue e muito poderosas, e Dolohov era um desses.  – explicou o velho bruxo


 


- Provavelmente ele precisou aprender esse feitiço por algum motivo. – sugeriu Thereza


 


Dumblendore ficou em silêncio, e quem respondeu foi Draco.


 


- O pai dele se envolveu em um escândalo quando ainda era adolescente. – começou distante – Ele foi acusado de alta traição ao ministério, e eu soube por alto na época que tinha algo a ver com um anel. É isso professor?


 


- Sim Draco. – respondeu o professor – O Sr. Dolohov foi acusado de roubar o anel de um Inominável da época, os Inomináveis usavam e ainda usam anéis mágicos para se comunicarem, e o pai dele fora acusado de roubar um desses anéis. Mas Dolohov percebeu que era uma armação contra seu pai e aprendeu o feitiço para provar que o pai era inocente. É uma longa história garotos, o que realmente importa é que pessoa não dão muita importância a esse feitiço e poucas são as que realmente sabem executá-lo, e a única pessoa viva de quem consigo me lembrar no momento é Antônio Dolohov.


 


- Essa é a parte mais fácil professor, se lembrar de que ele pode nos ajudar. – começou Draco irônico – A parte mais difícil é convencê-lo a nos ajudar. Dolohov não é uma boa pessoa, ele é impiedoso, ele matou pessoas que amávamos, ele tentou nos matar! Então porque o senhor acha que ele vai nos ajudar?


 


- Porque ele é nossa única chance, e vocês vão ter que convencê-lo. – disse Dumblendore simples


 


- Mas que droga! – praguejou Draco


 


Eles fizeram silêncio.


 


- Escutem, não temos outras opções. Sei que temos pessoas capazes de aprender esse feitiço aqui, mas não temos tempo. Aprendê-lo requer tempo, executá-lo requer tempo e como eu disse, tempo é algo que não temos. – disse Dumblendore sério


 


Olívio se levantou.


 


- Então devemos ir logo atrás de Dolohov. – ele sugeriu com um ar cansado


 


- Não, é melhor vocês descansarem essa noite. – disse o diretor – Descansem e pensem no que vão dizer a ele, e depois não é muito seguro e nem confortável ir a Azkaban à noite.


 


Mônica se arrepiou com a idéia e concordou com o diretor.


 


- Amanhã bem cedo estaremos de pé e iremos até lá! – disse ela


 


Dumblendore os encarou com um olhar calmo.


 


- Sugiro que Hermione, Mônica e Draco não devem ir. – disse ele recebendo olhares de protesto dos três


 


- Por quê? – perguntou Hermione indignada


 


- Como a Srta. Mesmo disse, é o mesmo homem que tentou te matar, não acho que seria uma situação agradável. – explicou-se Dumblendore – E a Srta. Mônica pelo fato de que vai se casar amanhã, e não deveria se preocupar com isso. – Mônica concordou – E bem, você Draco, seria uma afronta aparecer em Azkaban você não acha?


 


- Sim professor, acho que eu fato de eu ir pode estragar os planos. – concordou Draco – Eles me odeiam e Dolohov não ajudaria um traidor.


 


Dumblendore sorriu, aquele sorriso calmo, que transmitia uma paz indescritível. Ele se levantou.


 


- Eu tenho que ir agora. Não posso mais ajudá-los, são vocês que precisam tirar Harry de lá, eu já estou muito velho pra isso. – brincou, fazendo-os rir – Vejo vocês amanhã no casamento. Boa noite garotos!


 


Eles responderam e se despediram do diretor.


 


- Eu o acompanho até a lareira professor. – ofereceu Cedrico seguindo-o


 


Dumblendore mais uma vez se despediu com um suave “boa noite” e desapareceu pela porta com Cedrico em seu calcanhar.


 


- Amanhã será mais um longo dia! – disse Gina suspirando


 


- Nem me fale. - concordou Olívio


 


- Você devia descansar Oli, você parece exausto! – disse Hermione sem tirar os olhos dele – Se você quiser ficar aqui...temos quartos sobrando.


 


Olívio sorriu fracamente, se perguntando por que ela tinha que ser tão atenciosa as vezes, e tendo absoluta certeza que não seria uma boa idéia dormir debaixo do mesmo teto que ela.


 


- Eu agradeço Mione, mas acho que a coisa que mais quero agora é ir para minha casa, tomar um banho e deitar na minha cama. – disse agradecido – E é você quem devia descansar!


 


Ela sorriu e revirou os olhos.


 


- Todos nós! – rebateu sorrindo


 


Ele sorriu também.


 


- Bem, eu vou mesmo indo. – disse começando a se despedir – Amanhã decidimos o que fazer. Boa noite a todos!


 


- Eu te acompanho até a porta! – disse Mônica rápida, lançando um olhar reprovador a Hermione


 


Olívio acenou e começou a se dirigir para a porta, com Mônica ao seu lado.


 


- Você precisa tomar jeito ouviu? – o repreendeu Mônica – Nós já conversamos sobre isso!


 


Ele se fez de ofendido.


 


- Porque eu? – disse contrariado – Ela que fica me dando sorrisos doces e me chamando pra dormir aqui!


 


- Olívio! – ralhou Mônica – Você sabe quem vai acabar saindo machucado dessa história, não sabe?


 


Ele suspirou, já parado à porta.


 


- Eu sei! – ele esfregou os olhos – Mas às vezes não consigo evitar, quando ela me trata desse jeito e eu me pego fingindo que ela me ama da forma que eu a amo, até você me lembrar que não, e eu agradeço por isso prima.


 


Mônica o abraçou, deixando-o relaxar em seus braços.


 


- Tudo bem, eu sei que não é fácil, na verdade não sei como você suporta! – disse se afastando


 


- Antes isso do que nunca mais vê-la. – admitiu triste – Mas não importa agora. Descanse, amanhã é seu grande dia!


 


Ela sorriu ao ser lembrada.


 


- Falando nisso, queria te pedir um favor. – disse apreensiva – Vou entender se você não aceitar.


 


- Pode pedir Nina, faço qualquer coisa por você! – disse carinhoso


 


- Será que você gostaria de me levar até o altar amanhã? – pediu com receio


 


Olívio abriu um grande sorriso e voltou a abraçá-la, fazendo-a sorrir também.


 


- É claro que eu gostaria! – aceitou feliz – Seria um prazer!


 


- Obrigada primo. – agradeceu – Eu te amo!


 


- Também te amo!


 


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Hermione o avistou sentado embaixo de uma arvore no fundo do quintal, estava sozinho e olhava o céu. Ela caminhou silenciosamente até ele e se sentou ao seu lado.


 


- Posso te fazer companhia? – perguntou olhando o céu


 


- Claro que pode. – disse passando o braço pelos ombros dela, trazendo-a para mais junto de si – Eu estava mesmo esperando que você viesse.


 


Ela sorriu recostando sua cabeça no ombro dele e entrelaçando suas mãos às dele.


 


- Onde está Thereza? –perguntou Hermione


 


- Foi se deitar, ela estava cansada. – respondeu o ruivo distante


 


- O que aconteceu hoje mais cedo com o pai dela? – perguntou sendo direta


 


Ele suspirou.


 


- Ele descobriu que ela estava grávida e quando eu cheguei vi que ele havia batido nela! – disse com rancor na voz – Nós brigamos e eu disse que ia me casar com ela, mas ele não quis saber e a expulsou de casa. Dá pra acreditar? Eu odeio aquele homem!


 


Hermione beijou a mão do amigo.


 


- Eu sinto muito Ron, achei que ele fosse um cara legal! – disse pesarosa


 


- Eu também achei! – disse ainda com rancor – Mas ela não merece ter um pai como ele, e não merece passar por essa humilhação, ela é boa demais pra sofrer desse jeito.


 


Hermione sorriu e levantou sua cabeça para encará-lo.


 


- Quando você me contou que ela estava grávida eu quase entrei em desespero. – contou Hermione – Achei que você não estava preparado, mas estava enganada. Você vai ser um ótimo pai sabia disso? Harry sentiria orgulho de você se estivesse aqui agora.


 


O ruivo sorriu pela primeira vez.


 


- Eu sei que sou demais! – brincou fazendo-a gargalhar


 


- Você é tão convencido Ronald! – disse revirando os olhos – Não sei como Thereza vai te agüentar!


 


Eles continuaram sorrindo.


 


- Você parece feliz. – disse Rony admirando-a – Pela primeira vez desde que isso tudo começou você parece realmente feliz.


 


Ela balançou a cabeça.


 


- É porque eu sei que vamos conseguir tirá-lo de lá. Eu não sei como vamos convencer Dolohov, mas vamos conseguir. – disse firme


 


- Eu sei que vamos. E depois vamos voltar a ser como antes. – disse sonhador


 


Ela mais uma vez recostou sua cabeça no ombro dele. Eles ficaram assim por alguns minutos, em silêncio, apenas apreciando a companhia um do outro, como se não fizessem isso há décadas.


 


- Foi difícil? – perguntou Rony quebrando o silêncio, recebendo um olhar confuso de Hermione – Ficar sem ele todo esse tempo, achando que ele estava morto. Quero dizer, foi tão difícil pra mim e eu fico imaginando se é possível que você tenha sofrido mais do que eu sofri, fico me perguntando se existe na face da terra sofrimento maior do que o meu durante esse ano. – ele disse tudo numa voz roca, quase falhando


 


Hermione o beijou no rosto.


 


- Acho que ninguém sofre mais do que ninguém, apenas de forma diferente. – disse sorrindo triste – E alguns conseguem seguir em frente e ocupar a cabeça com outras coisas, você tinha a Thereza e isso te ajudou com sua dor. Mas eu.... bem eu só tinha minhas lembranças, e me apeguei a elas pra não enlouquecer.


 


- Acho que foi isso que Harry deve ter feito também. – disse o ruivo depois de um tempo – Se apegado as lembranças pra não enlouquecer, se agarrado ao seu rosto, ao seu cheiro. Porque se eu estivesse no lugar dele faria o mesmo, não tiraria Thereza da minha mente nem por um segundo sequer.


 


Hermione suspirou com as palavras do amigo.


 


- Bom, eu vou me deitar, você vem? – perguntou encarando-a


 


- Não, acho que vou ficar aqui mais um pouquinho. – disse, vendo Rony hesitar – Pode ir, eu vou ficar bem, preciso pensar um pouco.


 


Ele concordou, beijou-a na testa e começou a se levantar.


 


- Boa noite Mione, tenha bons sonhos, amanhã será um novo dia. – disse com um sorriso antes de se afastar


 


- Boa noite Ron. – respondeu


 


Hermione se recostou a arvore, deixando as lembranças a salvarem mais uma vez.


 


 


*************************************************************


 


Ela caminhava displicentemente pelo corredor do andar de cima da Toca. Enquanto Harry resmungava algo enquanto a seguia.


 


- Hermione é sério, dá pra parar de fingir que eu não estou falando com você?! – ele estava começando a perder a paciência


 


- Eu não estou fingindo, simplesmente não quero ouvir o que você está falando. – respondeu com tédio


 


- Hermione! – disse entre dentes – Não me provoque!


 


Ela abafou uma risada, não queria irritá-lo, mas estava começando a gostar daquilo. Ela continuou andando em direção ao quarto, sem responder. Ouviu ele apressar os passos impaciente, mas antes que pudesse se virar para fazê-lo parar ela sentiu ele abraçando-a por trás e a levantando no ar, andando com ela até o quarto. Ela arregalou os olhos assustada, batendo no braço dele.


 


- Me ponha no chão Harry! – ordenou


 


- Não! – retrucou


 


Ela tentou se soltar, mas ele era muito forte e ela sabia que não conseguiria, então desistiu. Cruzou os braços e esperou ele chegar até o quarto e soltá-la enquanto fechava a porta atrás de si.


 


- Pronto? Acabou com seu show? – perguntou irônica


 


- Eu estou tentando ter uma conversa com você há horas e você simplesmente me ignora, e sou eu que estou dando show?! – acusou indignado


 


Ela revirou os olhos.


 


- Eu já disse que não vou discutir isso com você! – disse não dando a mínima por ele estar nervoso – Eu duelo com quem eu quiser, na hora que eu quiser!


 


- Você não vai mais duelar com Dolohov! Porque toda vez que duela com ele você sai ferida e por isso não vai mais duelar com ele! – gritou tentando intimidá-la, mas ela nem se moveu


 


- Humhum. – concordou cínica, dando as costas pra ele novamente – Só porque você quer.


 


- Merlin! Porque você tem que ser tão teimosa e só fazer as coisas do seu jeito? – perguntou passando as mãos no cabelo


 


Ela gargalhou, voltando a encará-lo.


 


- Você está falando de mim ou de você? – perguntou irônica – Porque você acaba de se descrever: teimoso e só faz as coisas do seu jeito!


 


Ele abriu a boca para revidar, mas a fechou novamente, ela fez sorriu vitoriosa.


 


- Você está errada dessa vez Hermione! Não vai virar o jogo como sempre faz! – disse desafiando-a


 


- Eu estou errada? – disse rindo com escárnio – Você quer que eu escolha com quem duelar e acha que está certo? O que você quer que eu faça quando Dolohov se aproximar pra me matar? Quer que eu diga: “Por favor, Sr. Dolohov, espere aqui que vou chamar meu namorado pra duelar com você”? É isso que quer?


 


Ele mais uma vez ficou em silêncio, com cara de bravo. Hermione sorriu se aproximando, ela passou os dedos pelo peitoral dele.


 


- Eu já disse que você fica sexy quando está nervoso? – disse marota, passando os braços pelo pescoço dele e colando seus corpos


 


Ele revirou os olhos, tentando disfarçar a respiração irregular.


 


- Não vai conseguir me convencer assim. – disse durão, mas colocando instintivamente suas mãos sobre a cintura dela, puxando-a mais para si


 


Ela sorriu encarando-o com um olhar sedutor, enquanto ele desviava o olhar.


 


- Não estou tentando te seduzir, se é isso que está pensando. – disse se fazendo de inocente, roçando seus lábios nos dele – É só que não consigo brigar com você, quando você está irresistivelmente sexy. Bravo desse jeito, tentando me proteger.


 


Harry arrepiou com o contato dela, aceitando a provocação da namorada. Ele colou seus lábios no dela, beijando-a ardentemente, enquanto apertava a cintura dela e a puxava mais para si. Hermione sorriu entre os lábios dele, enterrando suas mãos nos cabelos rebeldes do moreno. Ele a soltou quando não tinha mais ar e abraçou.


 


- Eu ainda estou bravo com você Granger! – disse hipnotizado – Mas é difícil resistir com você assim tão perto e... – ele cheirou os cabelos dela - ...com esse seu cheiro. Merlin, como você cheira bem Mione!


 


Ela sorriu alisando os cabelos dele.


 


- Obrigada. – respondeu convencida, fazendo-o sorrir também


 


Ele se afastou e beijou-a novamente, um beijo intenso e cheio de paixão, descendo até o pescoço dela fazendo-a suspirar com o contato, Harry subiu mais um pouco, mordiscando a orelha dela, deixando-a louca.


 


- Quem está no controle agora hein? – perguntou provocando-a


 


Ela puxou-o para mais um longo e intenso beijo, enquanto ele a conduzia até a cama. Ele a deitou, ficando por cima dela


 


- Harry... – tentou dizer, mas ele não deixava seus lábios – Harry!


 


- Hum... – murmurou entre os lábios dela


 


- Aqui não amor! – disse rouca e ofegante quando ele passou a beijar-lhe no pescoço


 


Ele parou contrariado, mantendo o rosto enfiado na curva do pescoço dela.


 


- Eu sei, eu sei. – disse com a voz abafada – Não na casa da senhora Weasley.


 


- Não Harry! – disse Hermione revirando os olhos – Não na cama da Mônica, vamos pra minha cama!


 


Ele levantou o rosto encarando-a surpreso.


 


- Você está brincando não é? – perguntou incrédulo


 


Ela o encarou séria, mas não conseguiu segurar o riso por muito tempo.


 


- É claro que estou brincando seu bobo. – disse beijando-o levemente – Você devia ter visto sua cara.


 


Ele balançou a cabeça fingindo estar ofendido.


 


- Não teve graça. – disse antes de se entregar ao riso também – Eu quase acreditei, já estava te carregando pra sua cama!


 


Ele rolou de cima dela, ficando de lado e puxando-a para junto de si. Ela deitou a cabeça no peito dele, enquanto ele acariciava seu cabelo.


 


- Nem me lembro porque estávamos brigando. – confessou ele – Você tem que parar de me provocar desse jeito.


 


Ela riu.


 


- É que às vezes você briga por algo tão bobo, tão sem sentido. – admitiu se aninhando mais a ele – E você realmente fica sexy quando fica nervoso.


 


Ele riu também, beijando-a no topo da cabeça.


 


- Espero que nossos filhos não sejam espertos como você, ou estaremos perdidos! – disse divertido


 


Ela levantou a cabeça pra encará-lo.


 


- O que é pior, ele serão teimosos e só vão querer as coisas do jeito deles, vai ser inevitável fugir disso! – brincou beijando-o em seguida


 


- Definitivamente, estamos perdidos. – murmurou voltando a beijá-la


 


 


***********************************************************


 


Hermione sorriu com a lembrança. Mesmo em tempos de guerra eles eram felizes quando estavam juntos, eles se completavam.


 


- Uma parte de mim sempre soube que você ainda estava vivo amor. – sussurrou ainda sorrindo


 


Ela suspirou e se levantou. Entrou para a casa, fechando a porta dos fundos. Ouviu vozes vindas da biblioteca e caminhou até lá. Viu Cedrico e Mônica abraçados no sofá.


 


- Oi pombinhos. – cumprimentou da porta


 


Eles sorriram, estavam tão felizes também.


 


-Oi Mione. – respondeu Cedrico – Estávamos esperando você.


 


- Eu? Por quê? – disse ainda na porta


 


- Mione! – começou Mônica sobre o olhar atento da amiga – Eu acho que você já sabe, mas só pra confirmar...você vai ser nossa madrinha não é? Você e Gina.


 


Hermione sorriu com o convite, apesar de já esperar.


 


- Seria uma honra. – disse sincera


 


Os olhos de Mônica se encheram de lágrimas.


 


- Então vem aqui me dar um abraço! – chamou tentando evitar as lágrimas


 


Hermione caminhou até eles e os abraçou.


 


- Eu amo vocês, e estou muito feliz por vocês! – disse ela


 


- Nós também te amamos! – retribuiu Cedrico, enquanto a noiva deixava as lágrimas caírem


 


- Droga! – resmungou Mônica – Porque noivas têm que ficar tão emotivas?


 


Os outros dois riram. Hermione a beijou e se soltou do abraço deles. Os três subiram juntos para os quartos. Cedrico e Mônica entraram para o quarto dele juntos, desejando-lhe boa noite. Hermione entrou em seu quarto sozinha, vestiu sua calça de moletom e uma camiseta e se deitou debaixo das cobertas. Ela suspirou, não iria conseguir dormir, estava se sentindo sozinha, e não queria ficar sozinha naquela noite.


 


- Que saco! – praguejou


 


Ela jogou as cobertas pro lado e se levantou da cama, abriu a porta do seu quarto e ainda meio incerta bateu no quarto ao lado.


 


- Entra. – ouviu ele dizer


 


Ela abriu a porta e os viu abraçados e sorrindo pra ela.


 


- Não consegue dormir? – perguntou Gina se afastando um pouco de Draco


 


- Não, e não queria ficar sozinha naquele quarto! – confessou


 


Gina estendeu a mão chamando-a.


 


- Deita aqui com a gente. – pediu Draco abrindo espaço no meio dos dois


 


Hermione se deitou entre o casal, sendo abraçada por eles.


 


- Desculpa incomodar vocês, mas Rony e Thereza estão passando por tanta coisa, e Cedrico e Mônica vão se casar amanhã, provavelmente querem ficar sozinhos e...- disse sem jeito, tentando se justificar


 


- Cala a boca Mione! – ralhou Gina – É bom ter você aqui com a gente, e se você ficar se justificando vamos achar que éramos a última opção.


 


Ela riu.


 


- Vocês não eram a última opção. – disse mais a vontade


 


- O Harry só não pode saber disso amanhã! – brincou Draco – Ou ele me mata!


 


As outras duas riram.


 


- Prometo que não conto nada a ele! – disse Hermione já um pouco sonolenta


 


Draco e Gina se encararam sorrindo. Hermione precisava descansar e eles estavam felizes em poder ajudar.


 


- Boa noite Mione. – sussurrou a ruiva


 


- Boa noite Gi. – disse já de olhos fechados


 


- Boa noite pequena. –desejou Draco


 


- Boa noite Malfoy. – respondeu sorrindo


 


Draco e Gina deram as mãos e fecharam os olhos também. O dia seguinte poderia ser o dia mais feliz da vida de todos eles, depois de um longo ano.


 


 


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DESSA VEZ PROMETI E CUMPRI!!! TA AÍ O CAPÍTULO!!


E POR FAVOR, NÃO SEJAM LEITORES FANTASMAS, ENTREM E COMETEM!!


E OBRIGADA AO PESSOAL QUE COMENTA SEMPRE, É MUITO IMPORTANTE!!


E NÃO SE PREOCUPEM, LOGO LOGO TERÁ UM CAP. DO HARRY CONTANDO TUDINHO!!


BEIJOS E OBRIGADA.


 


CHEGANDO A RETA FINAL :}

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