Problemas sem fim

Cedrico estava sentado no primeiro degrau da escada, já tinha alguns minutos que Mônica havia subido e ele não sabia se devia ou não ir atrás dela. Sentiu alguém sentar-se ao seu lado.

 

- Pensando se deve subir ou não? – perguntou Hermione

 

- Mais ou menos isso. – respondeu ele, sem emoção

 

- E por que não sobe?

 

- Porque ela não quer que eu suba. - respondeu óbvio

 

Hermione sorriu e ele a encarou.

 

- Acredite Ced, eu já estive no seu lugar, e já tive as mesmas dúvidas que você. – disse ela, e Cedrico não entendeu – Mônica se culpa por coisas da qual ela não tem culpa nenhuma, e nesse aspecto ela se parece muito com alguém que eu conheço, e com quem eu aprendi a lidar.

 

- Harry? – perguntou ele

 

Hermione passou a mão nos cabelos do amigo.

 

- Por mais que ela grite que precisa ficar sozinha, no fundo o que ela quer dizer é que precisa de você ao lado dela. – ela olhou para o segundo andar - Então suba e a faça enxergar isso.

 

Ele sorriu encantado.

 

- Como você consegue ficar tão calma quando nossas esperanças de tirar o Harry daquele lugar são quase zero? – perguntou ele

 

- Você disse certo, quase zero. – disse ela confiante – E eu me agarro a essa última esperança, porque eu sei que existe uma saída Ced, nós apenas não a enxergamos ainda, mas ela existe.

 

Ele a encarou e depositou um beijo na testa dela.

 

- Harry é mesmo um cara de sorte, ter uma garota que nunca vai desistir dele. – disse carinhoso

 

Ela balançou a cabeça sem graça.

 

- Suba logo Diggory, ela está te esperando. – disse tentando disfarçar

 

Cedrico se levantou.

 

- Só mais uma coisa. – disse ele – Rony passou por aqui correndo, o que aconteceu?

 

- Ah, isso? – ela disse divertida – O Sr. Donavan descobriu sobre a gravidez.

 

- Ai! – Cedrico fez uma careta – Que Merlin o ajude!

 

Os dois riram e o garoto começou a subir as escadas. Ele parou quando chegou à porta do quarto dela, ele hesitou antes de bater, com sua mão suspensa no ar, mas no fim se decidiu por bater. Ela não respondeu e ele tomou coragem e entrou.

 

- Oi. - disse já com a cabeça pra dentro do quarto

 

Ela estava deitada de lado em sua cama e não disse nada, Cedrico pode ver que ela chorava. Ele entrou no quarto e fechou a porta atrás de si, sem ouvir nenhum protesto da parte dela. Caminhou até a cama e ela estendeu a mão, pedindo que ele deitasse ali, ao seu lado. Ele segurou a mão dela e cautelosamente se deitou e a envolveu em seus braços, ela afundou seu rosto no peito dele e chorou silenciosamente. Ele a apertou mais contra si e esperou até que ela se acalmasse.

 

- Eu vou ficar aqui até a hora que você quiser que eu fique, o tempo que você quiser. - disse carinhoso beijando-a no topo da cabeça

 

Depois de algum tempo ali sentiu que aos poucos ela ia se acalmando, até que por fim o choro cessou. Ele se afastou um pouco para encará-la e começou a limpar algumas lágrimas do rosto da noiva.

 

- Que bom que você veio. - disse com a voz trêmula - Achei que ficar sozinha ia ser bom, mas tudo é melhor quando você está aqui.

 

Ele suspirou ao ouvir aquilo, deu um sorriso sereno e a beijou suavemente.

 

- Eu sempre vou estar aqui, pro que você precisar! - disse enquanto acariciava os cabelos dela

 

- Eu estou me sentindo tão... - começou a falar, mas não concluiu

 

Ela deixou outra lágrima escapar e ele voltou a secá-la carinhosamente.

 

- Você sempre me disse que acreditava em algo chamado destino, se lembra? - perguntou ele, e ela concordou - E eu sempre ignorei, achei que fosse besteira. Mas ontem quando você aceitou se casar comigo, aqui mesmo nesse quarto, eu percebi que o destino existe e que na maioria das vezes ele está acima de nós.

 

- O que você quer dizer com isso? - perguntou sem entender

 

- Que não é seu destino tirar seu irmão de lá! - disse com cuidado - Deveria ser, mas não é! Às vezes ele prega peças e nós não sabemos exatamente o que fazer, mas se procurarmos atentamente achamos a saída.

 

- Você acha que Harry tinha outro plano? Que o destino preparou outra pessoa pra tirá-lo de lá? - perguntou ela esperançosa

 

- Tenho certeza disso! - sorriu ao vê-la se acalmar - Nós só precisamos enxergar o que ele enxergou. Ainda temos algum tempo de sobra pra isso.

 

Ela ficou em silêncio e ele a beijou outra vez. Depois ele riu.

 

- Que foi? - perguntou ela

 

- Nada. - disse ainda com aquele sorriso lindo no rosto

 

- "Nada" não te faria sorrir! - disse irritada

 

- Tudo bem. Mas você tem que prometer que não vai ficar brava. - pediu ele

 

- Não vou. - ele a olhou desconfiado - Eu prometo! Agora fala.

 

Ele lhe deu outro beijo rápido.

 

- É que você sempre faz questão de parecer tão forte, quase nunca chora ou demonstra fragilidade... - ele parou pra se certificar que ela não estava brava -... é que eu gosto quando você me mostra o que ta sentindo, não acho que isso te torne fraca, pelo contrário...e você fica sexy.

 

Ela riu também, fazendo-o rir aliviado.

 

- Obrigada pelo elogio. - ela revirou os olhos antes de beijá-lo - Bom saber que você gosta, vou fazer mais vezes.

 

Ele deu uma gargalhada.

 

- Você mente muito mal Mônica Potter! - ele falou divertido escorregando o dedo no nariz dela - Você é do tipo que sofre em silêncio, e isso não vai mudar nunca! Eu tento aproveitar ao máximo as poucas vezes que você sai da rotina.

 

Ela riu.

 

- Você é muito chato sabia? E isso não vai mudar nunca. - o provocou - Mas não tenho outra escolha a não ser te aturar.

 

- Eu sei que você me ama.

 

- Talvez. - disse puxando-o pra mais perto

 

Ele a beijou, dessa vez um beijo demorado e lento

 

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Rony entrou em casa com Thereza atrás dele e uma mala na mão. Ele estava agitado.

 

- O que foi? - perguntou Gina preocupada, indo abraçar Thereza - Você está bem?

 

Ela balançou a cabeça de forma estranha. Hermione também se aproximou.

 

- Alguma coisa com o bebê? - perguntou

 

- Não! - respondeu Thereza rápido, colocando a mão na barriga - É só...

 

- Thereza vai ficar com a gente por algum tempo, tudo bem? - disse Rony ainda muito agitado

 

- Claro! Fique o tempo que você precisar. - disse Hermione compreensiva - A casa é sua também.

 

Thereza agradeceu e Rony voltou a falar.

 

- Onde estão Cedrico e Mônica? E Draco e Olívio? - perguntou ele - Preciso falar com vocês todos.

 

- Cedrico e Mônica estão lá em cima, e Draco e Olívio no quintal. - disse Gina um pouco assustada

 

- Chame Olívio e Draco aqui, vou chamar Cedrico e Mônica. - disse Rony à irmã

 

Gina não perguntou nada, apenas saiu para chamar os dois garotos. Rony correu até o pé da escada.

 

- Cedrico! Mônica! - gritou ele - Corram aqui!

 

Rony voltou para a sala e em seguida Gina voltou com os garotos, algum tempo depois Cedrico e Mônica apareceram.

 

- Oi Thetê, você está bem? - perguntou Mônica preocupada - Aconteceu alguma coisa com vocês dois?

 

Rony revirou os olhos, porque mulheres tinham que estar sempre tão preocupadas umas com as outras?

 

- Não é sobre nós dois, é sobre o Harry. Vocês vão me deixar falar agora? - perguntou Rony, mas ele nem se quer deixou que alguém respondesse - Vocês não vão acreditar na idéia que tive!

 

- O que foi Rony? - perguntou Mônica apressada

 

- Vamos começar pelo começo tudo bem? - disse, começando a falar muito rápido - Harry me disse uma vez que um de nós já havia matado alguém, e eu sempre achei que esse alguém fosse o Draco... desculpa cara! - pediu ao ver a cara de ofendido que Draco fez - Só que hoje mais cedo Draco disse: “Sei que nenhum de nós nunca matou ninguém antes".

 

- Foi o que eu disse. - confirmou Draco

 

Rony agradeceu.

 

- Na hora minha ficha não caiu, mas quando voltava da casa da Thereza pra cá, pensando que se pudesse mataria o pai dela... desculpe amor! - Thereza riu dele - Bom, então eu me lembrei do que Draco disse e a ficha então caiu, e eu fiquei pensando: então qual de nós deve ser? Cheguei à conclusão de que não era nenhuma das meninas, pois se fosse certamente eu saberia, e concerteza não era eu, e se não era o Draco...

 

- Sobrou eu. - concluiu Cedrico

 

- Exatamente! - disse Rony eufórico - E se você já matou alguém Cedrico, então você pode tirar o Harry de lá. É você?

 

Cedrico suspirou, apenas Harry e Mônica sabiam daquilo, ele não se orgulhava de ter matado um homem, mesmo que esse homem fosse um comensal prestes a matar seu amigo.

 

- Sim Rony, sou eu! - confirmou, para alegria de Rony - Mas não sei de que forma isso me qualifica pra tirar Harry de lá, já que fica faltando um item.

 

- Vocês ainda não entenderam? Mione? - perguntou ele perplexo - Cedrico era o plano B do Harry!

 

Hermione balançou a cabeça ainda sem entender.

 

- Rony, você que ainda não entendeu - resmungou Olívio - Cedrico não é parente do Harry.

 

- Ok. - disse ele impaciente - Cedrico não é parente do Harry, mas pode se tornar...

 

- Como assim Rony? - perguntou Gina

 

- Cedrico pode se tornar parente do Harry... - continuou o ruivo - ...caso se case com a irmã dele.

 

Ele terminou a frase em um tom óbvio e algo pareceu iluminar o rosto das pessoas naquela sala.

 

- Oh meu Deus! - soltou Hermione com um grande sorriso - Você é um gênio Rony!

 

Hermione o abraçou e todos na sala começaram a se abraçar, menos Cedrico e Mônica.

 

- Eu não sou um gênio, só que me pareceu óbvio demais.

 

- Não cara, você salvou o dia! - disse Olívio o abraçando também

 

Todos continuavam sorrindo e se abraçando, enquanto Cedrico e Mônica permaneciam parados, estáticos, um ao lado do outro.

 

- Pessoal? - chamou Cedrico tímido, todos o olharam - Eu sei que é pelo Harry, mas... será que vocês poderiam...nos deixar pensar e decidir primeiro? É só que é uma decisão importante.

 

Mônica riu e os outros pareceram constrangidos.

 

- Sinto muito cara! Nós não pensamos...- começou Rony, gaguejando - ...você sabe o que quero dizer. Sinto muito!

 

- Cedrico - chamou Mônica - Não era você que passou o ano inteiro me pedindo em casamento? Qual o problema agora?

 

Os dois se encararam pela primeira vez, Cedrico suspirou. Casar com ela era a coisa que ele mais queria, mas temia que ela não quisesse.

 

- Nós vamos dar licença pra vocês dois conversarem. - propôs Draco

 

Mas Cedrico respondeu a pergunta da noiva antes dos amigos começarem a sair, e eles permaneceram lá.

 

- Por mim nós já estaríamos casados há muito tempo! - disse simples - Mas eu pensei que você, não sei, que você gostaria de pensar melhor antes de tomar uma decisão.... E então? Você quer um tempo pra pensar? - perguntou ele

 

Mônica pôs sua mão sobre a face dele.

 

- Amor, eu namorei você durante dois anos, e só aceitei seu pedido de casamento há um dia, ou um pouco mais talvez. - ela sorriu meigamente pra ele - Que diferença faz nos casarmos hoje, ou daqui a um mês?

 

Cedrico sorriu.

 

- Então temos um casamento pra preparar galera! - disse sem desgrudar os olhos dela, enquanto os amigos comemoravam mais uma vez.

 

- Tem outra coisa com a qual nós devemos nos preocupar. - disse Olívio, fazendo com que a comemoração parasse

 

- Que outra coisa? - perguntou Draco

 

- O horário em que o portal vai se abrir. - lembrou o rapaz - Sei que com a outra preocupação que tínhamos não demos muita importância a isso, mas se não soubermos o horário em que o portal se abrirá, não adianta de nada termos alguém para executar o contra feitiço!

 

- Não fazemos nem idéia de que hora seja. - concluiu Gina

 

- No livro dizia que o portal se abre a exatamente um ano da suposta morte. - continuou Olívio - E juntando o que Harry disse pra Hermione naquela noite...você se lembra o que foi?

 

Hermione balançou a cabeça.

 

- Um dia só é um dia, depois de 24 horas! - disse ela

 

Olívio concordou.

 

- A hora exata em que Harry "morreu"? - perguntou Mônica

 

- Provavelmente. - confirmou Olívio - Isso nos dá mais algum tempo, porque será amanhã à noite!

 

- Mas como vamos descobrir o horário exato Olívio? - perguntou Cedrico - Eu não me lembro, algum de vocês se lembra?

 

Todos negaram.

 

- Esse é o nosso mais novo problema, e parece que eles nunca terão um fim!

 

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PESSOAL A FIC ESTÁ QUASE CHEGANDO AO FIMMMM!! NEM ACREDITO!!

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