capítulo 1



N/A: Fianlmente o primeiro capítulo reescrito, betado por mim mesma. Na história anterior, além dos erros de caligrafia berrantes, a caracterização de alguns personagens, como a Lucy por exemplo, estava muito "heroína romãntica", tudo nela descrito com beleza, etc. Isso estava começando a me irritar, além da história estar mal escrita. Fiquei um tempão sem mexer na fic, até que eu tive que mudar de pc e perder tudo. A fic ficou "esquecida". Então, pouco tempo atrás, pensei "por que não reescrever ?".
Outra coisa, quanto a descrção física do Sirius Black, eu assisti esses dias um trailer no youtube do quinto filme que mostra os marotos, e o Sirius de lá não me convenceu, então nesse fic deixei o Sirius como eu sempre imaginei:

http://i157.photobucket.com/albums/t74/yukishiro-san/fanfic/tomschiling.jpg

E quanto a personalidade dele, como eu andei me viciando em Hana Yori dango, eu me inspirei um pouco no F4 (F4 seria um versão malvada dos marotos), então não liguem se o Sirius estiver muito Nishikado Soujirou e o Remo estiver muito Hanazawa Rui. Por enquanto só isso, agora deixo vocês com a fic.

OBS: E por favor, comentem, criticando ou elogiando.


Anjos solitários

Capítulo I

Parou de andar e olhou à sua volta as pessoas que por ali transitavam. Era uma estação de trem como todas as outras aos seus olhos. Olhou para a plataforma à sua frente e olhou para a outra, à sua esquerda. Puxou do bolso da calça um pedaço de papel dobrado, desdobrando-o e passando os olhos rapidamente no que havia escrito, voltando a olhar para a plataforma.

- É.....parece que é aqui mesmo.......- sussurrou.


O expresso para Hogwarts começava a se mover nos trilhos, dando os primeiros sinais de que estava de partida. Todos os alunos já estavam acomodados em suas devidas cabines, conversando empolgadamente sobre diversas coisas. Mas haviam exceções, como uma adolescente, que andava pelo extenso corredor do trem, o cabelo preto e curto demais para uma garota contrastavam com a pele muito branca. Já usava as vestes de Hogwarts, mas diferente dos outros, não havia o logotipo de alguma casa estampado. Estava entediada. Não que quisesse alguma companhia, pelo contrário, preferia ficar sozinha. Pessoas de sua idade conseguiam ser irritante com suas brincadeiras idiotas e igualmente irritantes. Esse seu pensamento se intensificou quando deparou com um aglomerado de alunos com suas risadas histéricas. Parou ao lado de uma loira que ria incontrolavelmente. Tentou entender o por que daquilo, até que a resposta veio. Sobre a cabeça deles um garoto estava suspenso no ar, como se uma corda invisível o amarrasse e o imobilizasse. O visual dele era um tanto......estranho. O cabelo era anormalmente rosa-choque, e estavam arrepiados como se um raio o tivesse atingido. Todos continuavam a rir, e ela continuava séria. Julgava esse tipo de coisa idiotice.

- POTTEEEEEEEEEEEEEER ! – aquele grito fez com que todos parassem de rir, assustados, e olhassem para trás, onde a dona da voz, uma ruiva sardenta marchava apertando os punhos e estreitando os olhos. - Ah, quando eu por as mãos nele........POTTER ! – abriram caminho para a garota, revelando um rapaz alto, o cabelo preto era levemente arrepiado, usava óculos e segurava uma varinha em uma das mãos suspensas, sorria de uma maneira que a morena julgou arrogante, era ele quem estava azarando o outro. Quando notou a ruiva se aproximando abriu ainda mais o sorriso, e com a mão livre, tratou de arrepiar mais o cabelo.

- Lily. – falou Tiago ainda sorrindo.

Lílian ignorou aquele sorriso e o segurou pelo colarinho. Era uma cena um pouco cômica, já que o garoto era bem mais alto.

- O que diabos significa isso !? – falou a ruiva em alto tom com a testa franzida, fazendo o rapaz piscar interrogativamente.

- Isso .........? “isso” o que ?

Lílian fechou os olhos e contou até 10 mentalmente.

- Potter ! – reabriu os olhos.

- Lily ?

- Eu não sei se você se faz de idiota ou se é idiota mas.....o que é AQUILO !? – apontou com a cabeça para o garoto que ainda estava imobilizada no ar. Tiago olhou por cima do ombro.

- Ahhhh......aquilo.....- sorriu.

- ESTAVA AZARANDO UM ALUNO ! – gritou Lílian e Tiago fez uma careta.

- Lily, não grita.....- falou inocentemente. - ......É só o Ranhoso.

- CALA A BOCA POTTER ! – àquela altura todos já tapavam o ouvido. Aquela garota era assustadora. Ela olhou para os outros alunos furiosamente. – O QUE ESTÃO ESPERANDO !? VOLTEM PARA AS SUAS DEVIDAS CABINES ! – então todos se afastaram resmungando algo.

A morena deu as costas e voltou a caminhar pelo extenso corredor quando algo a jogou contra a parede.

- Merda ! – pode ouvir alguém xingando atrás de si. Era um garoto. – Olha por onde anda, garoto !

Ela estreitou os olhos castanho-mel e olhou por cima do ombro para o garoto com desprezo que estava sentado no chão.

- Não sou um garoto.....- sua voz saiu fria. - ....idiota. – voltou a andar.

O garoto por sua vez, ficou encarando a garota se afastar, um pouco surpreso. Coçou a nuca, ainda sentado no chão.


- Há há há !

- Não tem graça, Pontas.......- falou um Sirius emburrado cruzando os braços, enquanto junto com os dois amigos subia as escadas para a sala comunal da grifinória.

- Foi mal, Almofadinhas. É que quando o Aluado contou eu não pude deixar de imaginar tua cara. – falou Tiago ainda risonho enxugando algumas lágrimas por trás dos óculos. Remo sorriu amarelo.

- Bah....ela parecia mesmo um garoto, horas......- falou, se possível, ainda mais emburrado, arrancando mais risadas do amigo.

- POTTER ! – Sirius e Remo tiveram de tapar os ouvidos e Tiago sorriu, olhando por cima do ombro.

- Minha ruivinha ! – Lílian estreitou os olhos, estava ao pé da escada.

- Aonde pensa que vai ?! – Tiago arqueou as sobrancelhas.

- Para a sala comunal. – respondeu simplesmente.

- Não está esquecendo de NADA !? – ela cruzou os braços.

- Que ?

Lílian rolou os olhos.

- A sua detenção, POTTER ! – propositalmente gritou o nome dele, que ecoou por todo aquele ambiente.

Tiago virou totalmente o corpo, ficando de frente para a ruiva. Coçou a nuca e suspirou.

- Mas...Hoje ? – falou desapontado.

- Nada de “mas”, Potter ! McGonagall mandou que eu o monitorasse......- a última parte falou entre dentes.

Tiago sorriu de orelha à orelha. Sirius e Remo se entreolharam.

- Verdade ?

- O que é “verdade”, Potter ?

- Que você vai monitorar a minha detenção ? – sua voz era esperançosa.

- Infelizmente....- a ruiva sussurrou girando os olhos.


- Como se chama ? – perguntou um belo rapaz em seus 17 anos. Estava agachado diante de uma mocinha que não devia ter mais de 13 anos sentada no chão massageando o joelho esquerdo que estava ralado. O rapaz olhou o joelho da menina e sentiu-se culpado, afinal, ele havia causado aquilo, quando quase a atropelou com sua moto. Ela levantou os olhos do machucado e o encarou. Aquele momento foi marcado pelo silêncio que nenhum dos dois quis quebrar, apenas se encaravam.

- Não sabe falar ? – perguntou divertido.

- Minha mãe..........disse que não posso falar com estranhos......- baixou a cabeça.

Aquela resposta pareceu surpreender o rapaz, já que levantou-se, dando às costas.

- Sinto muito.....Não sou eu quem vai faze-la desobedecer sua mãe....- dobrou os braços por trás da nuca enquanto se afastava até a moto.

- Lucy....

- Quê ? – Ele parou e olhou por cima do ombro e percebeu que ela o encarava.

- O meu nome é Lucy....- ela voltou a olhar o machucado e ele sorriu gentilmente.


Lucy abriu os olhos lentamente. Constatou que já era de manhã pelos raios salares que bateram em seus olhos, que ela cobriu com as costas da mão, amaldiçoando-se por ter pego uma cama tão próxima à janela. Aquele era o seu primeiro ano em Hogwarts, havia sido transferida para lá. Em uma sala separada dos demais, foi selecionada para a sonserina. Calçou as pantufas e se dirigiu até a porta de carvalho ao fundo, quase oculta pela pouca iluminação.


Aula de poções. Horácio Slughorn explicava sobre os ingredientes de alguma poção. A sala era ocupada por Grifinórios e Sonserinos. Como era de se esperar, nenhum se misturava com o outro. Inimigos naturais. Sirius Black abafava o riso com a mão sobre a boca e Remo Lupin olhava com reprovação, enquanto Tiago Potter enfeitiçava aviõezinhos para atingir Snape quando Slughorn não estava olhando. Sorriu marotamente quando mais um de seus aviõezinhos atingiu o sonserino que olhou para trás e o grifinório se fazia de desentendido, acenando. Depois de um tempo aquilo ficou cansativo e ele apoiou o queixo na palma da mão, entediado.

- E então ? – perguntou um curioso Sirius, aos sussurros.

- E então o que ? – Tiago perguntou entediado olhando para o professor, em baixo tom.

- Ontem com a ruivinha, né ? Como foi ?

Isso foi o bastante para voltar o ânimo de Tiago, olhou para o amigo com um sorriso maroto.

Flashback

Uma ruiva adentrou a biblioteca seguida por um rapaz grifinório. Sentou-se na mesa da bibliotecária, apoiando o queixo em uma das mãos. Ele por sua vez ficou parado, observando a ruiva.

- O que está esperando, Potter ? Desempoeirando livro por livro. – falou sem emoção, observando as unhas da outra mão.

- huh...ok......- deu as costas seguindo para a primeira estante.

- Ah, Potter....- chamou, fazendo-o parar e olhar por cima do ombro.

- Sim ?

- Sem magia....

Fim do flasback

- E foi isso.....- falou Tiago, ainda sorrindo.

Remo Lupin arqueou as sobrancelhas.

- P-pontas....O que tem de emocionante nisso ? – perguntou um Sirius de cenho franzido.

- Ela não gritou comigo. – falou simplesmente, começando a sorrir debilmente. – conversamos civilizadamente........- alargou seu sorriso, recostando-se no encosto da cadeira. – Ela deve ta louca por mim. – mordeu o lábio inferior.

Sirius e Remo se entreolharam e então sacudiram a cabeça negativamente. Seu amigo não tomava jeito. A aula transcorreu como qualquer outro aula de poção, os alunos se juntaram em grupos para fazer a poção passada por Slughorn. Nada de anormal aconteceu.

As horas passaram, e a aula de poções chegou ao fim. Os alunos iam recolhendo seus materiais e não demorou muito, já caminhavam pelos corredores das masmorras.

O salão principal era uma enorme sala circular com as mesas das quatro casas, sendo elas: Grifinória, Corvinal, Lufa-Lufa e Sonserina. Todas as mesas eram ocupadas por alunos de suas devidas casas, além do corpo docente estar presente. Diante dos olhos de todos a comida ia aparecendo. Aquele parecia ser o único momento em que grifinórios, sonserinos, lufa-lufas e corvinais agiam da mesma forma. O momento em que degustavam deliciosamente o conteúdo de seus pratos.

Na mesa da sonserina, Lucy abria a boca para uma garfada de empadão de pernil. Mastigava lentamente fitando algum ponto inexistente. Não havia se enturmado com as pessoas de sua casa e nem com ninguém da escola, diferente dos outros alunos, que viviam em suas panelinhas. Aos poucos os alunos iam terminando a refeição e levantando de suas mesas. Ela também terminou, levantando-se e seguindo para os jardins, já que a próxima aula seria de herbologia, nas estufas. Mesmo sendo uma garota, optara pelo uniforme masculino, nunca havia gostado muito da idéia de usar saias, gostava de calças. O corte de cabelo masculino demais para uma garota e a falta de busto a confundiam facilmente com um garoto, mesmo com o rosto de traços delicados. Parou no limite entre o concreto e o gramado. Sentiu o vento bater contra seu rosto e corpo, jogando a barra da capa para trás. Seus lábios se curvaram em um sorriso.

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