Hogwarts consumida em chamas!
Cap. 40
Harry acordou com o sol morno da tarde batendo em seu rosto. Era uma sensação muito prazerosa aquela.
Pegou os seus óculos que estavam na cômoda ao lado do seu leito, então o quarto entrou em foco de novo.
A enfermaria estava vazia, e pelo jeito o castelo também refletia essa vazio.
Não se escutava uma viva alma, apenas o barulho do vento.
Harry começou a se recordar do que tinha acontecido a horas, ou dias atrás, bem ele não sabia ao certo. A única certeza que tinha era de que tinha matado Tons. E mesmo que este merecesse, o sentimento de culpa aflingiu Harry. Não era bom matar ninguém. Era uma culpa muito grande, mas Harry tinha feito a sua escolha, ou era ele ou Cho. E a escolha foi mais do que certa, o próprio Tons não tinha deixado escolha para ele.
Harry lembrou-se da dor que sentira ao respirar, e vira que novamente o mesmo corte tinha se aberto. Lembrou-se que talvez o esforço de fazer um Avada Kedrava, tivesse sido muito para ele.
Tocou as faixas que enrolavam o seu peito e sentiu que ainda estava dolorido. Decidiu não fazer muito esforço pois precisava estar bem fortalecido para a Guerra Final que se aproximava.
Nesse instante, Rony entrou na enfermaria e deu um largo sorriso para o amigo.
- Que bom vê-lo acordado- falou- vim aqui umas duas vezes, mas você estava dormindo. Mione tem vindo muitas vezes também.
- E como estão todos- perguntou Harry com uma voz rouca.
- Bem, estão todos bem.
- E Cho?
- Cho veio te visitar, mas como você estava dormindo deixou um recado.
- Deixou um recado? Ela não está no castelo?
- Claro que não Harry , Dumbledore a mandou de volta para casa com Pó de Flu, não era sensato ela ficar.
- Esta´ certo, é melhor mesmo. Mas que recado ela deixou?
- Agradeceu você imensamente pelo que fez e disse que assim que puder virá te visitar.
- Que bom que ela está bem.
- Você quer que eu chame Mione aqui?
- Se você puder me fazer esse favor.
- Claro, cara- despediu-se Rony se encaminhando para a porta- vê se fica bem.
Harry viu Rony sair da enfermaria e seus olhos ficaram imensamente pesados. Cobriu-se com as cobertas, tirou os óculos e dormiu pesadamente.
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Hermione estava há uma hora na sala de Dumbledore com Norra no seu colo, a terminar de contar a sua narrativa.
Ao terminar, Hermione esperava uma outra reação de Dumbledore:
- Minha cara Srt. Granger, de todo foi arriscada a sua aventura, mas devemos ser sensatos e não nos afobarmos por coisas sem importância nesse momento.
Hermione arregalou os olhos, mas Dumbledore continuou.
- Na minha opinião, Filch foi um covarde perdendo a sua vida por um motivo tão tolo. Além de nos abandonar quando mais precisávamos dele.
- Mas o que você vai fazer então- perguntou por fim Hermione.
- Eu primeiramente não farei nada por que tenho medidas mais importantes para me preocupar no momento, mais a primeira decisão que tomarei vai ser de destruir aquela sala.
- Mas Dumbledore – interrompeu Hermione- no testamento ele dizia que...
- -É por este motivo mesmo que eu farei isto, Filch poderia muito bem ter dado a vida por algo honroso, digno, e não simplesmente por caprichos. A sala terá o seu fim, junto com a alma de Filch.
- Mas, Dumbledore – falou Hermione surpresa em nunca ver Dumbledore tão nervoso- eu posso pelo menos ficar com Norra?
- Minha cara Hermione- mudou o tom de voz Dumbledore quando percebeu o medo de Dumbledore-, Norra não tem culpa de nada, se você quiser ficar com ela, não tem problema nenhum, mas eu acho que Bichento não vai gostar muito.
Hermione e Dumbledore riram.
Nesse momento, batidas na porta foram escutadas.
- Entre- falou Dumbledore.
- Com licença Dumbledore - era Tonks junto com a prof Trelawey - mas algo terrível aconteceu. Falou muito nervosa.
- Tenha calma Tonks- ordenou Dumbledore- me diga o que aconteceu?
- Estávamos eu a professora Trelawey na sua torre, olhando a floresta proibida quando vimos uma cobra gigante rastejar no meio da vegetação. E por onde esta passava um rastro de fogo ficava. A floresta Proibida está em chamas!
Dumbledore se encaminhou até a janela e viu uma grossa nuvem de fumaça passar sobre esta.
Dumbledore então estendeu a sua varinha em direção a floresta Proibida e disse:
- Extintus fogous!!
E um jato azul saiu de sua varinha indo na direção do fogo.
Porém o que surpreendeu a todos foi que o fogo não se extinguiu, ao contrário aumentou mais. As labaredas praticamente dobraram de tamanho.
- Eu sei o que eles querem fazer- falou Dumbledore – querem nos encurralar aqui. Façamos o seguinte, Hogwarts não é mais segura, vamos para a casa dos Black. Lá eles não poderão nos encontrar.
- Mas iremos abandonar o castelo? – falou Hagrid que tinha acabado de entrar na sala de Dumbledore.
- Antes o castelo que nossas vidas- concluiu Dumbledore- mas temos que agir rápido não há muito tempo, as labaredas logo chegarão aqui .
Dumbledore respirou fundo e continuou.
- Eu quero que todos peguem as suas coisas e me encontrem no salão comunal daqui a meia hora, mas não mais que isso. Hermione- este virou-se para ela – arrume as coisas de Harry, eu vou até a enfermaria avisar Pomfey.
Hermione concordou com a cabeça, e assim como todos saiu da sala de Dumbledore o mais rápido possível.
Nem quinze minutos se passaram quando Dumbledore terminara de explicar a Madame Pomfey o ocorrido.
- Mas Dumbledore, Harry não está em condições de sair desta cama ainda, veja- nessa hora Pomfey apontou para Harry que dormia tranqüilamente em seu leito- ele ainda está muito fraco e o seu ferimento pode abrir novamente...
- Pomfey- interrompeu Dumbledore- eu sei, mas se ficarmos todos vamos morrer- dê para Harry uma poção bem forte para que ele durma por todo o tempo da viagem, assim não se cansará tanto. Leve todas as suas coisas, por que na mansão Black não existe uma ala hospitalar. Você tem 20 minutos para fazer tudo.
Dumbledore deu as costas para Pomfey e esta atarefada pegou um vidro azul em sua prateleira de poções e acordou Harry delicadamente.
- Querido acorde!
Harry abriu os olhos lentamente e ao ver Pomfey como um borrão em sua frente, percebeu que era hora de acordar.
- Não precisa por os óculos, apenas tome esse copo cheio de poção.
- Para que serve?- falou Harry ainda meio sonolento.
- Para que você se fortaleça e melhore logo- mentiu Ponfey lhe dando um copo de uma poção azulada e com gosto de pudim de fígado.
Harry tomou toda a poção e antes que pudesse se cobrir, estava num sono profundo.
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Vinte minutos depois estavam todos no salão comunal a espera de Dumbledore.
Todos estavam com todas as bagagens que podiam e não podiam carregar.
- Antes de mais nada, eu quero que todos reduzam o volume de suas malas.
Antes que Dumbledore pudesse dizer mais alguma coisa, todos já carregavam bagagens de mão.
- Mas como levaremos Harry ?perguntou Madame Pomfey com uma maleta em sua mão com todos as suas poções em tamanho reduzido.
Antes que Dumbledore respondesse, uma vidraça do piso superior, provavelmente da sala de Dumbledore se quebrou, dando indícios de que o fogo já estava chegando ao castelo, e por este orifício uma fumaça preta e asfixiante começou a entrar no castelo.
- Hagrid, você pode levar Harry nos braços? Falou Dumbledore pegando um saquinho e se aproximando da lareira.
Hagrid nem respondeu e foi correndo para a enfermaria com Pomfey para pegar Harry.
Dumbledore chamou Rony e Tons.
-Vocês dois vão primeiro- e deu um pouco de Flu para cada um -, mas não se esqueçam de dizer Casa dos Black, entenderam ?
Para Tons e Rony entrarem na lareira foi um pouco complicado, e ainda mais ela carregava uma multidão de minis maletas que ocupavam muito espaço.
- Agora vão- ordenou Dumbledore.
Em segundos um flash de luz verde atingiu a sala e eles sumiram da vista de todos.
Hagrid voltou com Harry em seus braços e este dormia profundamente. Hermione ao ver o namorado ali, ainda tão debilitado, foi direto vê-lo.
- Ele está bem- perguntou Hermione a Pomfey.
- Vai ficar, se o colocarmos logo em uma cama.
Enquanto isso, Dumbledore mandava sempre de dois em dois para a mansão Black.
Por fim só sobraram Hagrid , Harry, Hermione, Pomfey e Dumbledore.
- Venha Pomfey e Hermione.
Hermione pegou as suas malas e as de Harry ,mas o que lhe dava mais trabalho para levar era a Firebolt de Harry e a sua coruja.
- Pode deixar que eu levo a vassourae a coruja - falou Dumbledore.
- Obrigada.
Hagrid foi o próximo a ir, com Harry .
- Você não vem? – perguntou Hagrid antes de entrar na lareira.
- Vou, assim que você for.
Hagrid sumiu com Harry nos braços em uma fumaça verde.
Dumbledore olhou pela última vez para a sala comunal de Hogwarts, chamou por Falkes, pegou suas coisas e as de Harry e entrou na lareira.
________________________________________________________ O fim é triste eu sei, mas dias melhores virão.
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