A casa dos Granger
Os pais de Hermione pareciam ter brigado, pois não diziam uma só palavra, o contrário dos três amigos que conversavam animadamente sobre suas respectivas férias, mas todos contavam fatos que não fossem preocupar os pais de Hermione que pareciam absorver cada palavra dita por eles.
Eles passaram por ruas asfaltadas, ruas com macadames, passaram pos estradas de terra com árvores abobadadas, entre outros tipos de ruas.
Passada várias horas o Sr. Granger estacionou seu conversível em frente a uma mansão branca com janelas ogivais demasiadamente grandes para uma casa normal, grandes pilares de mármore com capitéis brancos e imensos vasos de flores na varanda.
Ao estacionarem a Sra. Granger desceu primeiro do carro e entrou na casa enquanto o Sr. Granger tirava as malas de Harry e Rony do carro.
Dez minutos depois da entrada da Sra. Granger na casa, via-se ela saindo acompanhada por três homens dois com o mesmo uniforme de mordomo e outro com um uniforme de chofer de um azul marinho muito escuro que chegava quase a ser negro.
O chofer era muito alto e se parecia com uma vara prestes a se quebrar, tinha um cabelo ruivo muito escorrido, o Sr. Promusley—o que Harry tinha quase certeza ser o nome do mordomo, pois estava escrito em uma pequena placa de metal pregada no canto esquerdo de seu uniforme. Cumprimentou Hermione com grande cordialidade e com um aceno de cabeça disse um singelo olá para os dois garotos.
O mordomo levou o carro já descarregado para a garagem que ficava ao lado do florido jardim dos Granger, o jardim era muito verde e possuía flores vermelhas e amarelas em quase toda a sua extensão, os outros dois empregados eram muito diferentes, apesar de usarem o crachá com o mesmo nome, um era baixo e gordo a ponto de Harry poder ver a sua barriga nos espaços entre um botão e outro. O outro era alto, magro e desengonçado lembrava a Harry Stanislau Shumpike,o chofer do noitebus andante que fora preso no ano anterior acusado injustamente de ser um comensal da morte.
Hermione fez questão de apresentar os mordomos a seus amigos e com um leve sorriso no rosto disse:
- Pessoal. Esses são os gêmeos Marvriosit—disse Hermione em tom conclusivo.
-Olá!—disse Harry enquanto dava uma pisada no pé esquerdo de Rony que estava olhando para um nada na direção de Hermione
-er...desculpe...oi—cumprimentou Rony ainda voltando a si.
Os gêmeos cumprimentaram os dois garotos e levaram as malas para o interior da casa.
- Bom... essa é minha casa. — disse Hermione caminhando em direção a porta dupla — vocês vão criar raízes se não entrarem.
Rony que olhava com uma cara abismada para o tamanho do lugar. Seguiu os amigos para o interior da casa.
Ao entrarem uma mulher uniformizada os chamou com as mãos e subiu as escadas.
A empregada parou diante a uma porta branca e disse:
- Esse é o aposento dos garotos. Queira mostrar-lhes o interior Srta. Granger. — Harry ficou pasmo com tamanha cordialidade.
Mas logo em seguida Hermione em um tom baixo respondeu:
- Pode deixar comigo eu apresento a casa inteira para eles mais tarde Elizabeth, minha avó não está por perto, está?
-Não, mostre a casa a eles mais tarde por favor — disse a empregada mantendo o sussurro começado por Hermione -- O jantar será servido às dezenove horas, não se atrasem—continuou a empregada só que agora em tom que todos poderiam ouvir.
Sem entender o porque dos sussurros Harry, Rony e Hermione entraram no quarto. As malas dos garotos já estavam no pé de suas respectivas camas.
- Hermione. Posso te fazer uma pergunta?—indagou Harry.
- Sim, é claro.
- Porque que em voz alta os empregados te tratam de forma diferente do que aos sussurros?
- Porque minha avó está em casa. — disse Hermione como se isso explicasse tudo.
- E o que é que tem que a sua avó está em casa? —perguntou Rony em voz tão alta e indignada que Harry jurou que a casa inteira poderia ouvi-los.
- Rony! - Disse Harry aos sussurros enquanto se sentava em uma confortável poltrona de chintz.
--Ela não gosta que eu converse com funcionários porque diz que desonra a família e nós não devemos nos misturar. Creio que ela seria a favor de Voldemort caso soubesse em que escola que eu estudo.
- O quê! Ela não sabe? — indagou Rony com voz inconformada — Aonde ela acha que você fica o ano inteiro? Em um manicômio, internada?
- Não, ela acha que eu vou para um colégio para garotas na Inglaterra, álias lembrem-se vocês são meus vizinhos ok? Pelo menos até amanhã que é o dia em que ela vai embora. Vamos? — disse Hermione animada.
- Sim. - disseram os garotos
Enquanto estavam saindo do quarto Hermione disse:
- Aliás minha bisavó também está em casa.
- Olá garotos — disse a Sra. Granger com uma cara bem mais feliz agora do que a cara que ela estava na viagem — sentem-se. Mr. Stevenson, por favor.
E de uma porta que Harry pensou ser da cozinha saiu um homem com os cabelos ruivos muito eriçados, com o uniforme de cozinheiro e sete outros homens colossos com um prato cada um, os pratos foram colocados à mesa e descobertos.
Quando Harry ia começar a comer gritos de euforia puderam ser ouvidos da sala de jantar eram gritos alegre de quem conquista um prêmio ou algo parecido, logo em seguida entrou uma senhora de cadeira de rodas na sala de jantar.
Ela era muito idosa já chegava aos seus noventa anos tinha cabelos brancos soltos cobertos por uma camalha laranja e verde e rodava as rodas de sua cadeira em alta velocidade fazendo manobras para não derrubar nem os vasos, nem as estatuetas situadas no centro da sala. Era ela a autora dos gritos, a força da senhora era inimaginável para uma senhora de tal idade. Quando a senhora parou sua cadeira em frente a um dos pratos na mesa exclamou:
- argh! Eu acho que vou começar a pedir pizza, vocês não sabem o que é comida boa.
A Sra. Granger que agora parecia ter perdido todo o seu bom humor, apoiava a cabeça nas mãos resmungava algo, em uma voz muito baixa.
Em seguida entrou uma mulher alta com cabelos curtos e enrolados e um enorme chapéu roxo com um pano de seda amarrado no centro, suas roupas eram muito sofisticadas, ela vestia uma calça roxa e uma blusa preta com um colar de grandes pérolas no pescoço.
Boa noite!—disse a mulher a todos—vejo que não me esperaram para o jantar –continuou a mulher em tom arrogante-- Eu não me apresentei, meu nome é Mildie Hiderson, prazer, vocês devem ser os vizinhos de minha neta estou certa?—continuou a mulher apontando para Harry e Rony
- Os garotos acenaram com a cabeça e ficando de pé Harry disse.
- O prazer é todo meu Sra. Hiderson, eu sou Harry Potter.
Harry deu um pontapé em Rony que o copiou logo em seguida se apresentando.
- Muito prazer. — disse Sra. Hiderson, com uma certa frieza na voz. — Mamãe creio que você ainda não se apresentou estou certa?
Ficando em pé a Sra. da cadeira de rodas disse –Desculpem, minha indelicadeza. — agora ela cutucava os ouvidos com a mão direita que logo em seguida estendeu para os garotos — Meu nome é Anne Bistrol, mas podem me chamar de Anne.
Os garotos apertaram a mão da senhora—Rony discretamente limpou suas mãos em seu jeans. Anne olhou para a cara de confuso de Rony e disse apontando para sua cadeira—eu só as uso por indicação médica, não que eu precise pois estou na flor da idade mas estou me prevenindo para quando for idosa.
Agora Sr. e Sra. Granger apoiavam seus rostos nas mãos e Sra. Hiderson puxava as vestes vermelhas com flores amarelas da senhora que continuava a cutucar os ouvidos.
Hermione quase se contorcia ao lado de Harry para não rir da situação.
Nos pratos descobertos tinham duas cascas redondas, formando uma espécie de vasilha, com uma pasta branca, que Harry não decifrou o que era, e uma porção de ovas de peixe na parte superior dos pratos.
Rony, que igual á Harry não havia tocado no prato, já ia se levantar quando levou um beliscão de Harry, que fez sinal para ele ficar sentado. Sem entender o porque o garoto não se moveu, depois que os sete garçons retiraram os pratos a Sra. Hiderson se retirou e foi para o seu quarto, mas o resto da família foi para sala de estar conversar.
A sala de estar eram muito diferente da sala de jantar, mas todos seguiam o mesmo padrão sofisticado, a sala de estar possuía um cortinado branco, com sofás no mesmo tecido e mesinhas de canto de madeira clara, havia retratos de várias pessoas na sala todas tinham o mesmo formato de rosto, e em uma tapeçaria Harry viu o brasão dos Granger, era uma chama envolta por um escorpião e tinha um grande “G” no meio.
- Eu me lembro uma vez que eu fui a um baile de máscaras... — contava entretida a Sra. Bistrol. — Eles ficaram acordados rindo muito alto até cerca de onze horas, quando a Sra. Hiderson desceu as escadas com seu hobbie alaranjado e anunciou a todos que já eram tarde da noite e eles já deviam estar na cama à uma hora.
Enquanto subiam as escadas Hermione fez sinal para que os garotos parassem de subir as escadas, e com um sinal chamou os garotos enquanto descia as escadas.
Venham jantar.—chamou a amiga.
Silenciosamente os três amigos foram até a sala de jantar e entraram para a cozinha pela mesma porta que os garçons haviam saído para servir o jantar.
Já havia uma mesa posta e Elisabeth estava conversando com uma senhora robusta que cozinhava frango com batatas e preparava um imenso pudim de rim para os garotos.
-Olá vocês são os amigos da Mione imagino—disse a senhora robusta quando os garotos entraram na cozinha—meu nome é Selina Tavarosi o de vocês é?...
--Harry Potter e Ronald Weasley--disse Hermione antes que os garotos pensassem em responder alguma coisa.
Nisso a porta da cozinha se abriu e Sra. Bistrol entrou na cozinha, dessa vez andando normalmente.
-podemos começar—disse a senhora—desculpem o atraso.
Harry não conseguia entender nada.
- o que é isso—pergunto Harry aos sussurros para Hermione.
- Como minha avó está em casa, depois do jantar –disse hermione fazendo o sinal de aspas com as mãos—nós nos reunimos para jantar de verdade entendeu?
--Quer dizer que sua avó também não sabe disso?—disse Rony compreendendo.
--não.
Depois do jantar, silenciosamente eles subiram as escadas em direção aos quartos.
Ao chegarem no quarto Hermione entregou aos garotos duas toalhas de banho e disse:
O banheiro é na porta ao lado fiquem a vontade. Eu vou dormir, amanhã, mostro a casa para vocês.—dizendo isso se retirou do aposento.
As camas já estavam arrumadas e os pijamas já em suas respectivas camas,
Após o banho Harry demorou um pouco para dormir, devido aos roncos de Rony, mas depois dormiu em um sono profundo.
Na manhã seguinte, Harry acordou com Elizabeth lhe cutucando.
Vamos, já são nove da manhã. — disse a empregada - A Sra. Hiderson já está indo embora, se todos não estiverem na entrada para lhe dar tchau, não quero nem ver o que acontece. Vamos, se troque e desça para o café.
- Humm...ok...—disse Harry protegendo seus olhos dos raios de sol que invadiam o quarto pela janela aberta.
Harry olhou para os lados e viu que Rony já estava se trocando, e então decidiu se levantar também.
Rony e Harry desceram até a sala de jantar porque o café estava sendo servido lá. Quando se sentaram dois homens com os mesmos uniformes da noite anterior saíram pela porta da cozinha com dois pratos, puseram os mesmos sobre a mesa e os descobriram, o prato era todo decorado, continha duas torradas, uma geléia, e uma pasta que Harry não sabia do que era, mas era muito esverdeada e cheirava menta.
Rony encarou Harry como se perguntasse o que era aquilo, e Harry encarava Rony com cara de quem não tinha resposta para tal pergunta.
Quando terminaram de comer uma das torradas com geléia, Hermione entrou na sala de jantar e disse aos sussurros:
--Não comam, esperem um pouco.
Os dois garotos repousaram as torradas mordidas nos seus respectivos pratos se levantaram e foram para a sala acompanhados de Hermione.
Sentaram-se e nos sofás esperaram por mais ou menos quinze minutos, até que a Sra. Hiderson desceu as escadas acompanhada pelos dois mordomos, gêmeos, os garotos a acompanharam até a porta.
- Adeus vovó volte sempre! — disse Hermione com um sorriso, que Harry julgou ser falso, no rosto.
Todos se despediram muito cordialmente da avó de Hermione, menos Anne que dera um tapa nas costas da Sra. Hiderson. Mas após o carro virar a esquina Hermione disse:
-Vamos ,venham tomar um café da manhã de verdade.
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