Cartas.



Como nas noites anteriores esta era uma noite muito quente na rua dos Alfeneiros, todos os jardins estavam arrumados e floridos, as árvores todas podadas em uma perfeita circunferência, carros lavados em suas respectivas garagens e a rua calma e levemente clara, por causa dos postes com luzes flamejantes, a lua que brilhava intensamente e uma leve brisa de verão.
Já passavam da meia-noite e Harry Potter ,um garoto magro, como se não se alimentasse corretamente a dias e olhos grandes verde pérola, estava deitado em sua cama perdido em seus pensamentos, quando uma coruja branca muito pequena começou a bater insistentemente em sua janela.
Harry a reconheceu era Pitchinho a coruja de Rony,um um de seus melhores amigos, ele abriu a janela e a pequena coruja entrou, menos de um segundo depois ela desmaiou de cansaço na cama aonde Harry estava a pouco, ele desamarrou o pergaminho e os dois pacotes que estavam amarrados na perna da coruja desmaiada.Começou a ler a carta de Rony.

Caro Harry,

Feliz aniversário,
Como vão as férias?
As minhas estão boas, Carlinhos veio para trabalhar temporariamente no Gringotes do beco diagonal ,ele está cuidando de uns dragões que pelo o que deu para entender cuidam dos cofres de segurança máxima, e está hospedado aqui em casa.
Mamãe está super feliz com a visita ,mais está cheia de preocupação pelo caso do Gui ,que está no St. Mungus, nós ainda não sabemos se virou ou não lobisomem, os curandeiros acham que não virou um completo lobisomem, mas acham que daqui para frente carne bem passada não será o prato predileto dele.
Fleur está cuidando do Gui (a mamãe e a Gina, que por sinal está ótima, já ,pelo menos parcialmente aceitaram ela.)
Hermione nos chamou para passarmos o resto das férias na casa dela,
Eu já falei com papai e com a mamãe e eles deixaram.
Ela te chamou também.
Você vem?
Mamãe mandou uma torta para você ,ela disse que você não se alimentava bem ai na casa dos seus tios, e que toda vez que ela te via você estava magro demais, coisas de mãe.
Depois eu lhe aviso quando poderemos ir buscá-lo,
Se os seus tios trouxas não deixarem você vir conosco, nós
o levamos a força, está bem?
Rony

P.S.: Percy não deu mais as caras aqui em casa, para mim, para Fred e Jorge ele não é mais da família
Tenho notícias mais elas não podem ser ditas por carta principalmente agora que estamos sem a proteção de Dumbleodore.

Então Harry pegou um dos pacotes e desembrulhou, nele continha uma grande e suculenta torta de frutas secas, o que Harry agradeceu pois ele não agüentava mais comer apenas o Grape Fruit da dieta ,sem resultados ,de seu primo Duda ,que agora roncava muito alto, Harry pos a torta de lado e abriu o segundo pacote, nele tinha uma caixa brilhante de madeira com um quite para varinhas, o que Harry também agradeceu, já que a sua varinha estava muito lascada com seis anos de uso.
Ele abriu o quite e dentro além da cera para varinhas e do pano para polimento havia um envelope muito amassado endereçado ao próprio Harry, ele abriu interessado e tirou um bilhete da Sra. Weasley :

Caro Harry,
Achei que fosse gostar, ai estão Lupin ,Thiago Pedro e Sirius
Feliz Aniversário.
Molly

Ele virou o envelope de cabeça para baixo e dele caiu uma fotografia bruxa, Harry observou a foto e fixou seu olhar na expressão de cada um dos quatro marotos,
estavam todos com o uniforme de Hogwarts ,sorrindo, dando risadas, e seu pai como sempre brincando com um pomo de ouro que continha as iniciais L.E. as mesmas que Harry tinha visto quando entrou na penseira do ex-Professor Snape dois anos antes, ele ficou pensando o que significariam as iniciais ,e então se lembrou do nome da mãe Lílian Evans ,nesse momento uma velha coruja de igreja entrou pela sua janela a qual Harry havia esquecido aberta após a entrada a de Pitchinho, que agora cambaleava até a gaiola de Edwiges, a coruja de Harry que estava fora a duas noites.
Harry a observou e viu que na perna esticada da velha coruja havia uma carta e um pacote amarrados ele pegou o pergaminho que por fora estava escrito:

Sr. Harry Potter
Little Whinging
Surrey
Rua dos Alfeneiros Nº4

Desenrolou e começou a ler, logo no começo da carta Harry reconheceu a caprichosa letra de Hermione, a carta dizia :

Harry,
Feliz aniversário,
Os seus tios estão te tratando bem?
Eu espero que sim.
Mandei a carta pelo correio daqui da Suíça, minhas férias
estão ótimas , ao contrário das suas imagino,
Você tem acompanhado o profeta diário?
Eles andam falando de você e do acontecimento do final do ano passado.
Estou voltando para Londres amanhã, conversei com meus
pais e eles deixaram você e o Rony passarem o resto das
férias na minha casa em Londres,
Papai e mamãe disseram que levam a gente até a plataforma 9 ¾ no dia 1º. de setembro.
Você vai continuar em Hogwarts?
A Prof.Minerva não mandou nenhuma carta avisando do fechamento da escola, então, acredito eu, que as aulas continuaram normalmente.
A respeito do resto das férias em minha casa,eu mandei uma coruja ao Rony e ele disse que aceitaria, você vem?

Com carinho,
Mione

Harry terminou de ler a carta se sentindo aliviado de saber que os seus dias na casa dos Dursley neste verão já estavam contados mas também estva com uma grande dúvida, voltar ou não voltar para Hogwarts?, talvez sim,pois lá fora o único lugar aonde ele se sentira feliz na sua vida toda, mas agora sem a proteção de Dumbleodore as coisas não seriam a mesma coisa..
-Ai!—Harry sentiu uma forte bicada no dedo, e se lembrou da coruja de Hermione. Começou a desamarrar o pacote da perna da coruja , assim que ele terminou, a coruja saiu pela janela ,sem nem ao menos tomar um pouco de água, antes mesmo que ela pudesse desembrulhar o pacote , mais uma coruja entrou em seu quarto, era Edwiges , Harry reparou no olhar de esguelha que ela dera para pitichinho que estava ocupando sua gaiola e dormia em um sono profundo, ele acariciou a cabeça de Edwiges, e então voltou sua atenção para o presente que ganhara de Hermione ,ela lhe dera o livro “Vassouras ,qual é a sua?”.
Edwiges piou muito alto e pitchinho acordou assustado e começou a voar e derrubar as coisas do quarto, Harry o pegou no ar e tudo se silenciou, mas estava silêncio de mais, e ele não ouvia mais o ronco do tio Válter nem de seu primo Duda nem os relinchos que sua tia Petúnia fazia enquanto dormia.
Harry rapidamente escondeu suas correspondências e seus presentes em baixo da cama aonde se encostou esmagando pitchinho contra a parede para que o seu tio Válter não percebesse a existência das correspondências.
Então com um baque forte sua porta se abriu e lá apareceu a cara mais mal-humorada do que nunca de seu tio Válter, a cara de cavalo de tia Petúnia,e seu primo imenso ,Duda.
-- COMO VOCÊ SE ATREVE A FAZER TANTO BARULHO A ESSA HORA DA MANHÃ QUER CHAMAR MAIS A ATENÇÃO DOS VIZINHOS?QUER?NÃO BASTA A SUA ESQUISITIÇE NATURAL?—vociferou o tio
--me...me desculpe... —respondeu Harry jogando todo o seu peso contra pitchinho que agora se debatia
--O QUE VOCÊ PENSA QUE ESTÁ FAZENDO?—continuou tio Valter
Tio Válter falava tão alto que Harry podia jurar que via a goela dele.
O garoto viu tia Petúnia dar um cutucão em Duda que entendeu o sinal e balbuciou para seu pai em tom de aviso:
--Papai, já já os vizinhos vão acordar com seus gritos.
--CALADO DUDA!—continuou tio Válter, que aos poucos ia abaixando a voz para que os vizinhos não a ouvissem.
E então aquele homem robusto começou a avançar em direção a Harry, que agora quase sufocava pitchinho contra a parede, e aquele homem de pijama com listras azuis e brancas avançou e deixando seu dedo indicador a menos de um centímetro do rosto de Harry disse rangendo os dentes:
--olhe aqui garoto, mais um barulho qualquer que seja ele você é expulso desta casa, para nunca mais voltar, entendeu?
Harry se lembrou que já tinha 17 anos, e então respondeu:
--Tio Valter já passou da meia-noite sabia?
--é mesmo? E daí?
--hoje é meu aniversário sabia?
--e o que é que tem –disse tio Valter que parecia estar lembrando disso também
-- e você sabia que a maior idade dos bruxos é de 17 anos?e hoje eu faço 17 anos?sabia?você sabia que se eu quiser eu posso mandar um feitiço bem grande no meio da sua cara gorda?
--me...me desculpe—respondeu o tio Valter.
Harry que tinha uma raiva enorme dentro de si ,segurava com toda a sua força sua varinha por baixo das vestes,e ameaçadoramente mexeu a varinha para o tio ver que ele estava com ela.
Os três foram recuando e aos poucos saíram do quarto de Harry deixando o sozinho ,Harry desencostou da parede e viu cair em sua cama um pitchinho amassado e sem ar.
O garoto respirou aliviado, colocou pitchinho na gaiola de Edwiges ,e logo em seguida pela sua janela entrou uma outra coruja de igreja muito velha que trazia um pergaminho e um pacote preso as pernas, ele desamarrou os dois objetos da perna da coruja e começou a ler:

Harry,

Feliz aniversário,
Estou com saudades suas do Rony e da Mione também.
Como tem passado?
Bem espero,
Quero te ver em Hogwarts no início das aulas.
Podemos combinar de tomamos um cházinho, com o Grope quando ele voltar.
Já está tão civilizado...

Atenciosamente,
Hagrid

Harry terminou de ler a carta, imaginado o que significava para Hagrid alguém civilizado e pegou silenciosamente dois pergaminhos, tinta e pena e começou a responder a carta de Rony.

Rony,

Obrigada pelas tortas e pelo quite para varinhas, diga a sua mãe que gostei muito do presente que ela me deu.
Minhas férias como sempre estão muito ruins mais me animei com a idéia de irmos para a casa de Hermione.

Harry

Terminou de escrever enrolou a carta e endereçou ela a Rony e deixou-a de lado e começou a escrever a carta de Hermione:

Cara Hermione,

Muito obrigada pelo livro,
Adorei a idéia de irmos para sua casa, estou enviando uma carta a Rony.
Eu vou para Hogwarts sim, mal não vai me fazer.
Espero que tenha se divertido na Suíça, me avise quando iremos para sua casa.

Harry

Enrolou o outro pergaminho e chamou Edwiges, amarrou os dois pergaminhos na perna dela.
-- Entregue as cartas a Rony e Hermione—disse Harry em sussurros para que não acordasse seu tio.
Abriu o pacote de doces cheio de feijõezinhos de todos os sabores que ganhara de Hagrid e silenciosamente guardou junto com a tinta e a pena em baixo da tábua solta do assoalho que ficava embaixo da cama e se deitou para dormir.

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