à Sombra da Morte
-Capítulo Três-
à Sombra da Morte
Antes que Harry pudesse pensar em qualquer coisa uma voz masculina ecoou na rua: Crucio. Harry perdeu a noção de o que era pensar, estava caído no chão se contorcendo de tanta dor como se finíssimas e gélidas agulhas perfurassem cada poro de seu corpo lentamente. Depois de três minutos de tortura, que para Harry pareceu três séculos, um homem falou:
- Já é o bastante. Nosso Lord quer vê-lo vivo. Quer ter o prazer de matar este garoto, Harry Potter, e mostrar para o mundo que ele sim é o que possui o poder. - ordenou um homem de voz grossa e rouca.
Quando o homem parou de falar Harry sentiu que as "agulhas" pararam de perfurar o seu corpo, mas o mesmo estava tão dolorido que o garoto não conseguia sequer mexer um dedo.
O homem que ordenara que a maldição parasse se aproximou de Harry e falou:
- Pegamos você e o seu coleguinha. - e com uma risada maldita virou-se de costas e se juntou aos outros do grupo.
Uma pessoa encapuzada que tinha as formas de mulher apontou a varinha para Harry, o mesmo prendera a respiração, e pronunciou: Mobillicorpus.
Harry sentiu por alguns instantes a dor de seu corpo parar e ele ficar leve como uma pena. Estava flutuando a cerca de 70 cm do chão sendo guiado pela bruxa, Harry soube que era mulher por causa da voz feminina que pronunciara o feitiço, para próximo do grupo.
Quando seu corpo tornou a tocar no chão toda a dor retornou repentinamente, Harry queria passar o resto da vida, que agora duvidava ser muito pouca, sob o efeito daquele feitiço.
Harry abriu a boca e falou palavras quase inaudíveis:
- Malditos Comensais da Morte.
Todos começaram a rir, dando gargalhadas tenebrosas que ecoavam em toda a rua escura. Harry se perguntava se não apareceria ninguém nessa rua e se amaldiçoou por ter resolvido falar com o Marco bem ali.
- Bom, - recomeçou o homem da voz grossa e rouca - só digo-lhe uma coisa: Hoje não existe apenas o Bem e o Mal!
E virando-se para os outros, falou:
- Está na hora de levá-lo ao nosso Lord.
- E o que faremos com esse garoto. - falou um homem apontando para Marco.
- Mate-o - disse o homem da voz grossa e rouca.
Harry tentou reagir, mas antes que pudesse fazer qualquer movimento todos escutaram um baralho: Craque.
Todos entraram em uma irritante crise de movimentos, pareciam angustiados, procuravam a fonte de onde vinha o som, pareciam amedrontados.
Harry tinha certeza que alguém aparatara ali e se perguntava se era mais um inimigo dele... Então uma seqüência de craques invadiu a rua. Oito, doze, Harry não sabia dizer quantos. Olhava para todos os lados que seu pescoço e dores no corpo permitiam e nada via. Os encapuzados pareciam está cada vez mais nervosos e pareciam enxergar menos do que Harry enxergava.
Então instantaneamente, treze pessoas apareceram em volta das onze pessoas presentes na rua, Harry, Marco e os encapuzados.
Harry reconheceu alguns deles. Avistou Quim Shackebolt, Nifandora Tonks, Remus Lupin, Estúrgio Padmore, Olho-Tonto Moody, Elifas Doge, Dédalo Diggle e Emelina Vance, e outros quatro bruxos que ele nunca vira na vida, mas imaginara que também fizessem parte da Ordem da Fênix.
Os quatro mais rápidos e sortudos encapuzados conseguiram desaparatar a tempo de desviar de um dilúvio de feitiços que voaram em todas as direções acertando alguns encapuzados. Os mesmos entraram em posição de duelo e em uníssono pronunciaram: "Estupefaça". Cinco raios vermelhos zuniram no ar e dois deles acertaram dois dos quatro bruxos que Harry não conhecia. Os outros três raios vermelhos foram repelidos pela ordem, também em uníssono, pronunciando: "Protego". Dois dos cinco bruxos encapuzados que sobraram resolveram fugir e logo após os dois desaparecerem, Moody desenhou alguns símbolos no ar e gritou: "Senhis".
A ponta da varinha de Moody impeliu um raio cristalino que subiu a cinco metros de altura e explodiu como fogos de artifício. Então Harry percebeu que a cinco metros acima havia uma enorme cúpula cristalina se formando. Quando faltava um metro para a cúpula tocar o chão Harry e Marco foram impelidos para fora, e de fora viram a cúpula completar-se, logo após a mesma ficou invisível.
Após isso Harry percebera que os três bruxos que sobraram estavam cercados pelos da Ordem da Fênix e além de estarem cercados pelos bruxos da Ordem a cúpula não os deixava sair nem mesmo desaparatando.
Harry olhou para Marco e falou:
- Diz agora quem é o mentiroso.
Marco continuava boquiaberto olhando para o que acontecia dentro da cúpula e ao Harry se virar para observá-la deu razão para o espanto de Marco.
Todos os bruxos da Ordem estavam com a varinha apontada para cima e doze fênixes se preparavam para sair da ponta da varinha de cada um. Os bruxos encapuzados se encolheram jogaram as varinhas para as bordas da cúpula e tiraram o capuz. Harry não pode ver suas faces, pois eles estavam de costas para onde ele e Marco se encontravam. Tonks fez sua fênix desaparecer e apontou a varinha para as três varinhas no chão e as mesmas voaram direto para sua mão. Após Tonks guardar as varinhas dos bruxos encapuzados em sua capa, todos os bruxos da Ordem fizeram suas fênixes desaparecerem. Moody apontou a varinha para os bruxos encolhidos no chão e pronunciou algumas palavras e cordas nasceram do nada e amarraram os três bruxos, um de costas para o outro.
Moody apontou a varinha para o alto da cúpula, desenhou alguma coisa no ar e pronunciou algumas palavras que fizeram a cúpula desaparecer. Ele chegou para Harry e disse:
- Volte já para casa. Não saia de lá até receber uma carta minha dando a autorização e não procure entrar em nenhuma confusão, está entendido?
Harry pensou em dizer que Moody não tinha autoridade sobre ele, mas pensou duas vezes se levantou e falou:
- Tá, eu vou para casa. E o Marco? - perguntou Harry olhando para o garoto que continuava sentado no chão.
- Acho que você devia dar algumas explicações a ele em sua casa, afinal ele é um bruxo não é? - perguntou Moody.
Marco ia dizer que não, mas fechou a boca e para surpresa de Harry falou:
- Sim, eu sou. Tenho que ir para uma tal de Hogwarts... o que é isso?
- Pode deixar que o Harry ti explicará, não é Harry?
- Claro professor. - respondeu Harry.
- Se os seus tios perguntarem quem é o garoto diga-os que é seu amigo e se eles ainda assim procurarem encrenca me envie uma coruja, OK? - perguntou Moody.
- Certo. - Harry olhou para Marco e falou. - Vamos, tenho muita coisa para falar.
Então despedindo-se de Moody e os outros da Ordem, Harry e Marco caminharam de volta a rua dos Alfeneiros, agora novamente iluminada pela quente e bem vinda luz solar.
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