O Medalhão de Salazar



Harry estava na sala da mansão Black, Hermione dormia sob o efeito de uma poção, a qual ele pensava em tomar também, pois não conseguia parar de pensar no que arrancara dos comensais aquela manhã. Tentando espairecer se dedicou a observar a tapeçaria com a árvore genealógica dos Black, se lembrava do dia que Sírius falara sobre ela. Seus olhos vagavam pelos nomes sem prestar atenção neles, até que seus olhos pousaram no nome de Régulos Black, R.A.B., a informação o fez se lembrar do que Sírius lhe falara, seu irmão havia sido morto por Voldemort, mas ninguém sabia ao certo o porquê. O pensamento de que poderia estar mais perto do que imaginava do medalhão, o fez ficar animado.

“Cuidado garoto.” -Rhavic o avisa em tom prudente, chamando a atenção de Harry.

“Cuidado com o que?” -Harry pergunta sem entender, mas já subindo, iria procurar nas coisas da mãe de Sírius.

“O medalhão deve ter proteções mágicas, se achá-lo e tocá-lo, pode se ferir gravemente ou ser amaldiçoado.” -Rhavic alerta de modo preocupado.

“Tudo bem, eu não vou tocá-lo diretamente, apenas guardá-lo em local seguro.” -Harry fala de modo tranquilizador e Rhavic concorda.

Harry passa a noite inteira procurando, mas não encontra nada supondo então, que ou Mundungus havia roubado ou Monstro teria escondido. Havia tomado banho e agora se encontrava indo até o quarto de Hermione, imaginou que se contasse tudo a ela, poderia distraí-la um pouco de suas preocupações. Encontrou a namorada acabando de se arrumar para ir ao St. Mungus, o olhar dela mostrava tanta dor, que Harry sentia vontade de sair dali e ir atrás de Voldemort resolver de uma vez aquela guerra.

-Oi, o café já está servido? –Hermione pergunta tentando manter o tom de voz normal, não queria preocupá-lo ainda mais com seus problemas.

-Não sei, não estive lá em baixo. De toda forma, antes de descermos quero te contar algo que descobri. –Harry fala se sentando na cama e sinalizando para que ela fizesse o mesmo.

-É algo sobre Voldemort? –pergunta curiosa, enquanto se sentava de frente para ele.

-Sim. Estive olhando a tapeçaria da família Black e descobri que o irmão do Sírius era R.A.B. –Hermione conteve uma expressão surpresa, não sabia muito da família de Sírius, mas sabia que Régulos havia sido um comensal. –Procurei o medalhão por toda a mansão, mas não encontrei nada. Então estive pensando que talvez Monstro tenha escondido ou Mundungus roubou, o que acha? –Harry pergunta ansioso.

-Acho que devemos falar com Monstro o quanto antes, pois se não estiver com ele, teremos que ir atrás de Mundungus enquanto estivermos fora de Hogwarts. –Hermione responde pensativa, sua mente tentando encontrar outras possibilidades.

-Vou chamar Monstro então, ok? –Harry pergunta e Hermione assente. –Monstro, venha até mim. –Harry chama o elfo doméstico que desde a morte do padrinho lhe pertencia.

-Chamou, meu senhor? –o elfo fala no tom irônico que usava para demonstrar o quanto desgostava a ele servir a Harry, mas também não escondeu o brilho de felicidade nos olhos, por estar novamente na mansão Black.

-Quero saber se está com um medalhão que era de Régulos Black. Você o escondeu a pedido dele? –Harry perguntou diretamente ao elfo, olhando-o profundamente nos olhos.

-Não sei de nada. –Monstro nega, mas Harry e Hermione percebem que ele estava mentindo.

-Nesse caso vou te fazer lembrar. –Harry fala de modo rigoroso e empunhando a varinha, mas Hermione interfere.

-Espera, vamos resolver isso de modo civilizado. –Hermione fala ficando entre os dois e se aproximando de Monstro. –Sei que você recebeu ordens, mas seu antigo mestre está morto e seu novo mestre deseja ter o medalhão. –Monstro a olha como se não gostasse nada dos rumos da conversa.

-Monstro não tem nada a dizer ao mestre e nem a amiga sangue-ruim dele. –o elfo fala em tom desdenhoso, querendo sair da frente dos dois, mas sem poder já que Harry não ordenara.

-Nunca mais chame a Hermione assim, seu... –Harry ia castigá-lo, mas Hermione o impediu.

-Monstro, eu sei que você foi criado desta forma, assim como sei que provavelmente gostaria de trabalhar para uma família puro-sangue, mas infelizmente as coisas não são assim... –Hermione foi interrompida por Harry, que se aproximou de Monstro, tomando o cuidado de guardar a varinha antes.

-Monstro, se você me der o medalhão, deixo você pegar tudo que quiser da sua Dona anterior, portanto que deixe as coisas de Sírius e também prometo dar você para Draco Malfoy, um sangue-puro, o que acha? –Harry faz a proposta com um grande sorriso, iria ganhar a horcrux e ainda se livrava do elfo.

-Realmente deixará Monstro trabalhar para os Malfoy? –o elfo doméstico pergunta interessado.

-Sim, eu prometo. Mas terá que me dar o medalhão. –Harry reafirma a proposta e após uns segundos, Monstro aceita o acordo.

Assim que tomaram café da manhã, Harry e Hermione foram levados por Thiago ao St. Mungus. As notícias ainda não eram boas e isso aumentava a agonia de Harry, que se sentia cada vez mais impotente tanto em ajudar os pais da namorada, quanto em ajudar Hermione. Sem saber o que fazer, ele apenas fazia companhia a Hermione, enquanto conversava mentalmente com Rhavic, que tentava lhe dar lições teóricas.

Essa rotina durou dois dias, até que ela recebeu duas notícias inesperadas, porém só uma boa. A mãe dela falecera pela tarde, o que a fez ficar tão em choque, que teve que ser medicada por um curandeiro que estava por perto. No dia seguinte, quando acordara, Harry lhe contara que um medi-bruxo, amigo de Dumbledore, viera da Alemanha para cuidar do pai dela e estava otimista quanto ao caso dele, já que apesar do estado crítico, o homem não apresentava mais oscilações bruscas de estado. O enterro fora triste, Rony e Gina ganharam permissão para acompanhar a amiga, que mal conseguiu falar com seus parentes, cabendo a Thiago e Lílian tentar “explicar” o que houve.

Dois dias depois da morte da mãe, Hermione voltou com Harry e os amigos a Hogwarts, pois achou que frequentando as aulas e ocupando a mente, se sentiria melhor. Assim que chegaram, os quatro foram avisados por Sophia que Luna e Draco os esperavam na sala de reuniões. Chegando lá, Hermione recebeu os cumprimentos de Draco, Luna e os guardiões, antes de começarem a reunião.

-Eu imagino que tenham organizado a reunião para falar dos treinos de vocês, mas o assunto mais importante foi o que eu e Hermione descobrimos enquanto estivemos fora. –Harry fala seriamente e todos se voltam surpresos para os dois.

-Descobriram? Mas vocês não ficaram o tempo todo na mansão ou no hospital? –Rony pergunta surpreso.

-Sim, mas no caso a descoberta que eu fiz, foi meio que por acaso. Eu estava olhando a tapeçaria da família Black e vi que o irmão de Sírius, Régulo, era o R.A.B. –Uma onda de sentimentos que ia da surpresa a alegria tomou a todos ali, pois finalmente tinham avançado algo na busca pelos horcruxes. –Procurei por toda a mansão e não achei o medalhão, então chamei Monstro e perguntei se Régulos havia mandado que ele escondesse o medalhão ou ainda se ele tinha escondido como fazia com as coisas da mãe do Sírius. Foi um pouco complicado arrancar a informação ele, mas agora já temos o medalhão, está muito bem guardado. –Harry fala em tom vitorioso.

-Boa, cara! Você é mesmo “O Escolhido”. –Rony fala em tom divertido e cumprimentando o amigo, depois Luna e Gina fizeram o mesmo, não esquecendo de cumprimentar Hermione também.

-Ok, você achou a horcrux, mas a destruiu? –Draco pergunta em tom entediado.

-Não, eu e Sophia temos planos para ela. –Hermione respondeu por Harry.

-Que tipo de planos? –Gina perguntou curiosa.

-Ainda é cedo para revelar, mas estamos pesquisando algo que nos dê alguma vantagem no final. –Sophia responde com seu característico tom enigmático.

-Já que não vão nos falar nada, nos contem o que mais descobriram. –Draco fala já ficando impaciente.

-Acalma-se, Malfoy, ao contrário do que pensa, não estivemos parados. –Harry fala e troca um olhar cúmplice com Hermione antes de continuar o relato.

Algumas horas depois, os quatro já haviam debatido sobre as informações conseguidas e traçado uma estratégia com os guardiões. Mas para tudo dar certo, era preciso não só empenho nos treinos, como também o livro que a diretora possuía. E foi com isso em mente que Hermione foi falar com McGonagall.

-É uma surpresa encontrá-la, achei que estivesse descansando. –Minerva fala de modo atencioso, enquanto indicava a cadeira a frente para Hermione.

-Eu estou fisicamente descansada, mas não posso dizer o mesmo sobre minha mente, por isso vim aqui. –Hermione faz uma pausa proposital, para observar discretamente a reação da diretora, que parecia sensibilizada. –Creio que somente os assuntos de aula não serão o suficiente para me ocupar, então pensei que talvez a senhora pudesse me emprestar aquele livro onde aparece a pirâmide negra.

-Querida, sei que você de estar querendo se empenhar em todos os assuntos relevantes a Você-sabe-quem, mas a vingança não é o caminho mais prudente e muitas vezes cega as pessoas...

-Desculpe interromper, professora McGonagall, mas eu apenas estou tentando ajudar o Harry, até porque de certa forma minha vingança já foi feita. –Hermione deixa fala, sem perceber, em um tom mais frio e pelos seus olhos passa uma sombra negra.

-Eu soube da barbárie que houve. Sei que teve seus motivos, mas eu não posso aprovar tamanha crueldade.

-Não esperava que aprovasse, eu mesma não aprovaria em outras circunstancias, mas tortura e mutilação foi o caminho que eles me deram para conseguir o que queria. De toda forma, não vim para discutir isso, eu apenas pensei em ter um pouco de leitura interessante e que ajudasse Harry a entender seus pesadelos. –Hermione tenta se focar em seu objetivo, não querendo discutir sobre o que havia feito.

-Tudo bem Hermione, creio que você esteja certa quanto a se dedicar a ocupar a mente com coisas construtivas. –a diretora concorda e pega o livro que estava em uma gaveta trancada. –Só peço que me conte se descobrir qualquer coisa sobre a pirâmide.

-Não se preocupe, se eu descobrir qualquer coisa sobre a localização dela, eu lhe digo imediatamente. –Hermione fala mostrando um leve sorriso de agradecimento e depois se despede, pretendia começar a leitura imediatamente.

A noite estava bem fria e já era tarde, quando Hermione ouviu alguém entrar no quarto, o que lhe distraiu momentaneamente de sua leitura, a qual na havia parado nem para jantar, a sorte foi que Harry pediu a Dobby que lhe enviasse uma bandeja com alguma comida.

-Encontrou algo de interessante? –Harry pergunta a Hermione, que tinha dois livros a sua frente.

-Não, a leitura é bem difícil porque o latim é antigo, preciso a toda hora parar para consultar o dicionário. –Hermione fala ainda com os olhos nas folhas do livro.

-Você pode parar um pouco para conversar? –Harry pergunta tentando não ser rude, mas a verdade é que odiava o mau hábito da namorada.

-O que foi? Aconteceu algo de importante? –pergunta se sentando corretamente e encarando-o com aparente curiosidade.

-Sei que está focada nisto, mas eu gostaria de fugir um pouco do assunto. –Harry fala e depois faz uma pausa, como se tentasse escolher as palavras. –Estive pensando e gostaria de contar sobre nós a Rony, aliás, pensei em contar sobre nós para todo mundo, afinal, quem não podia saber, já sabe. –Harry deixa um pouco de amargura escapar no final, mas era inevitável devido à culpa.

-Tudo bem, prefere contar para ele sozinho ou quer minha presença? –pergunta tão sem emoção, que a Harry soou de ela perguntando se ele preferia tomar café ou chá.

-Não quero que pense que estou querendo te cobrar nada Hermione, sei que não está em um bom momento, mas eu estou falando do nosso namoro! Eu compreendo que esteja triste, sei que essa dor não passa, mas eu achei que ficaria pelo menos um pouco feliz em podermos namorar como qualquer outra pessoa, sem ter que ficar se escondendo ou inventando desculpas e planos para passarmos um tempo juntos. –Hermione abaixa a cabeça e Harry afasta os livros dela para se aproximar. –Me diz o que eu preciso fazer para te ver sorrir? – ele pergunta levantando o rosto dela com delicadeza, os olhos castanhos estavam sem brilho, quase sem vida.

-Me tira desse labirinto sombrio! Eu tento sair, mas parece que a escuridão fica cada vez mais densa, mais opressora, às vezes eu não consigo nem respirar. –Hermione roga mostrando na voz todo o desespero que aquilo estava causando nela.

-Oh, meu amor... –Harry fala a abraçando fortemente. –Sei que está sofrendo, mas você tem que sair sozinha, com suas forças, a única coisa que posso fazer é te mostrar o caminho. Você entende? –pergunta se afastando o suficiente apenas para encará-la.

-Sim, mas por enquanto, me ajuda a esquecer? –Hermione pede, apertando umas das mãos dele com força.

Harry apenas sorri e a abraça, pouco antes de beijá-la com carinho. Durante o restante da noite, ele a enche de carinhos e mimos, enquanto tenta conversar sobre como contariam tudo a Rony e ainda conseguindo arrancar algumas risadas dela ao imaginar a reação das pessoas a “grande novidade”, os boatos, as fofocas e talvez um novo ataque das fãs a ela. Hermione adormeceu nos braços dele, que resolveu ficar para velar por seu sono, acalmando-a sempre que ela tinha algum pesadelo e acordando-a com uma bandeja de café da manhã e muitos beijos.

Era fim de semana e também dia de Hermione e Draco treinarem com os guardiões pela manhã, por isso Harry e Hermione combinaram de conversar com Rony pela tarde. Agora a morena estava entrando na sala dos fundadores e paralisou ao ver Draco já treinando, estava sem camisa e movendo um bastão como se treinasse atacar um inimigo. Observou os movimentos precisos e potentes, olhando mais atentamente percebeu que os cabelos loiros estavam molhados e ao chegar perto viu o suor que deveria ser fruto de horas de treino.

-Não deveria se esforçar tanto, exercício físico ou mágico demais pode te enfraquecer ao invés de te fortalecer. –Hermione fala se fazendo notar.

-Engraçado, ouvir justamente você falando isso. Pensei que estaria tão interessada quanto eu em vingança. –Draco fala parando um pouco e pegando uma toalha para enxugar um pouco do suor.

-Eu quero muito pegar aquele maníaco, mas vingança não é tudo, não acaba com a dor e a solidão. Eu e Harry não entramos em detalhe ontem, mas eu realmente me vinguei deles.

-Se vingou com uma ou duas maldições cruciatos? Isso para mim não seria o bastante, eu quero matá-lo. –Draco fala deixando todo o ódio transparecer em sua voz.

-Eu não podia matá-los e com certeza acharia a maldição da dor insuficiente. Então eu resolvi partir para tortura e mutilação. –Hermione fala e ao perceber a expressão curiosa de Draco, continua. –Dentre algumas coisas, cortei os pênis deles com uma faquinha de serra, arranquei o globo ocular de um, a orelha de outro, o rim do terceiro, deixei mais uma ou outra lembrança que vai fazer com que todos os dias das vidas deles, eles se arrependam do que fizeram. –o tom de voz era impassível e o olhar fixo em Draco, ajudou-a a ver que havia o deixado em choque.

-Você e o Potter fizeram realmente tudo isso? –Hermione confirmou calmamente. –Uau, você realmente pegou pesado. –Draco fala ainda surpreso e desconfortável ao imaginar ela usando a faquinha de serra. –Eu acho que preferiria morrer a viver sem “ser homem”.

-Pelo jeito como eles falaram, eu realmente acho que vocês dão muito importância a esse pequeno detalhe da anatomia masculina.

-Pequeno não, pelo menos nem sempre. –Draco fala com um sorriso insinuante e Hermione revira os olhos enquanto segurava uma boa resposta.

-Eu te contei tudo isso para que você não se foque tanto em Voldemort. Agora eu sei como se sente e sei como às vezes é opressor e angustiante, a impotência é uma das piores coisas que se pode sentir principalmente quando vem junto com a raiva e a tristeza. A grande diferença entre nós, é que eu tenho meus amigos e Harry. Ontem, ele pela primeira vez desde que soube dos meus pais, eu consegui sorrir e até rir, porque eu estava com ele, alguém em quem confio, que sei que estará sempre ao meu lado, com quem posso me abrir e mostrar minhas fragilidades, alguém que me ama e demonstra isso.

-Onde está querendo chegar com essa conversa? –Draco pergunta não gostando do rumo da conversa.

-Quero dizer que você devia deixar a gente se aproximar mais, cultivar amizades é muito importante para manter o equilíbrio. Se não fossem meus amigos, possivelmente eu já teria feito uma besteira, como matar aqueles comensais com minhas próprias mãos.

-Eu não preciso de ninguém para segura minha mão quando eu durmo e muito menos alguém que me impeça de matar Voldemort quando o vir. Agora, o que acha de começarmos a treinar, já descansei o suficiente. –Draco fala deixando a toalha e o copo de água de lado.

-Como quiser, mas vou te provar que eu estou certa. –Hermione fala com um sorriso enigmático, ao qual Draco prefere não dar atenção.

Infelizmente, para Draco, Hermione cumpre o que prometeu na uma hora seguinte. Durante o treino ela o derrota tanto na parte com magia, quanto na parte sem magia, mostrando a ele que todo aquele desgaste o estava enfraquecendo e mandando-o sair mais cedo para descansar e pensar em tudo o que ela havia dito.

Draco foi direto para a casa sonserina e, após um banho, tentou dormir um pouco, mas não conseguiu, era assim desde o ano anterior e ele já estava cansado das poções para dormir. Tentando esvaziar a mente, seguiu para o jardim, onde tentaria achar algo mais interessante apara fazer, talvez aprontar com os mais novos.

O dia estava frio, o inverno se aproximava, por isso havia poucos alunos no jardim, não que Draco não houvesse achado alguns do primeiro ou segundo ano, mais acabou não tendo vontade de fazer algo com eles, afinal sem seus “amigos” para rir junto com ele ou elogiá-lo por sua astúcia ou habilidade, não tinha mais tanta graça assustar ou irritar os outros. As palavras de Hermione lhe vieram a mente e ele teve que admitir que sentia falta de seus gorilas sem opinião e totalmente manipuláveis.

-Como consegue passar tanto tempo sozinho? –Gina fala se aproximando se sentando ao lado dele.

-Weasley? –Draco pergunta surpreso, não esperava que ela o procurasse depois de tanto tempo.

-Malfoy... –fala com um olhar divertido e um sorriso irônico.

-Brigou com seus amiguinhos? –pergunta voltando a olhar para frente e resolvendo “partir para o ataque”.

-Não, Draco. Apenas não quero bancar a vela para Luna e Rony e muito menos passar um domingo estudando com Harry e Hermione.

-E o seu namoradinho , onde está? –pergunta em tom desdenhoso.

-No treino do time da Corvinal, mas ele não é meu namoradinho, estamos apenas ficando. –responde sem se abalar com o tom do sonserino.

-Então sou sua última opção? –pergunta se fazendo de ofendido.

-Pois é, geralmente eu gosto de passar o tempo me divertindo com pessoas legais, mas na falta delas, me contento em te aborrecer. –retruca sonsamente, fazendo Draco se virar para olhá-la.

-Está querendo me provocar para ver se consegue outro beijo? –pergunta em tom malicioso.

-De frio já basta o vento, Malfoy. –a resposta em tom indiferente feriu o ego do sonserino, apesar de não o ter demonstrado.

-Pois eu aposto que adoraria sentir meus dedos frios na sua pele quente. –fala de modo insinuante.

-Não enquanto for um garotinho mimado e convencido. –fala olhando para ele quase que desafiadoramente, mas logo depois se levantando. Draco rapidamente faz o mesmo e a pressiona contra a árvore, na qual estava apoiado.

-Quer que eu apague seu fogo, Weasley? –pergunta com a boca perigosamente perto da dela.

-Um copo d’água não é o suficiente. Sinto muito, loirinho. –fala em tom falsamente sentido e dando um tapinha gentil no rosto no rosto dele antes de se afastar.

Draco pensou em ir atrás dela e dar uma boa prova do “copo d’água”, mas a aproximação de um grupo de alunos do segundo ano o fez parar e deixar o “revide” para depois. Aborrecido e frustrado, se sentou novamente no gramado e se pôs a bolar um plano para se “vingar” da ruivinha petulante.

Um tanto aborrecido por não ter conseguido ter nenhuma idéia para dar um troco a altura na Weasley, Draco andava a passos pesados na direção do salão principal, onde o jantar devia estar começando a ser servido.

-Ei, Malfoy. –Draco ouviu a voz de Harry e parou confuso, afinal, para que o Potter estava querendo falar com ele em público?

-Perdeu o juízo, Potter, tem um monte de gente passando por aqui. –Draco fala entre dentes.

-Eu só queria resolver um assunto pendente. Monstro, em troca do medalhão, quer trabalhar para uma família de sangue puro e tradicional, então como eu sei que ele te admira, eu pensei em dá-lo a você. Você quer ficar com ele? –Harry fala de uma vez, o quanto antes se livrasse daquele elfo doméstico irritante, melhor.

-Se vê que ele tem bom gosto, deve ter sido educado para servir em famílias tradicionais... é eu posso ficar com ele, afinal um servo de confiança nunca é de mais. –Draco fala pensativo, mas com um sorriso satisfeito.

-Ótimo, que seja, vou chamá-lo e oficializamos isto. –Harry fala e depois se afasta um pouco, chamando pelo elfo doméstico, que segundos depois aparece, chamando um pouco a atenção dos alunos que passavam. –Monstro, eu vou cumprir o que prometi. De agora em diante quero que sirva a Draco Malfoy como seu novo amo. –Harry fala em tom imperativo e uma luz pálida como um elo se rompe entre Harry e Monstro e se forma entre Monstro e Draco.

-Monstro muito feliz em servir tão nobre senhor! –fala fazendo uma reverência exagerada e quase batendo o nariz no chão. –Monstro ser fiel e muito dedicado, meu nobre amo. –o tom era polido e até agradável, o que deixou Harry perplexo.

-É Potter, não posso dizer que você nunca me deu um bom presente. Esse vai ser bem melhor que o idiota do Dobby. –Draco fala parecendo satisfeito com o no escravo.

-Fale do Dobby assim de novo e eu acabo com você, e vai ser bem pior do que da última vez! –o ameaça irritado e não espera uma resposta do sonserino antes de sair.

-Meu amo quer que Monstro castigue esse insolente? –Monstro pergunta olhando raivosamente para Harry, que entrava no salão comunal. Draco sorriu com a proposta.

-Eu agradeço a oferta, Monstro, mas por enquanto eu tenho outra missão para você. –Draco fala com seu sorriso tipicamente sonserino, enquanto e dirige a um local mais distante dos outros alunos.

-Quero que você vigie Gina Weasley. Quero que me diga tudo o que ela faz, com quem ela fala e se ela falar de mim para alguém, eu quero saber exatamente o que ela falou. –Draco ordena de forma direta e com um olhar de quem não aceitaria falhas.

-Monstro não vai falhar. –a voz soou perigosa, o que agradou a Draco, que se afastou antes do elfo doméstico desaparecer. Draco riu ao pensar que Potter não imaginava a grande arma que havia dado a ele.


N/A: Oi, gostei dos comentários e pensei muito neles antes de decidir quem morria e quem ficava vivo, espero que tenham gostado.

N/A²: O Harry e a Mione são maus, não ficaram só capando os caras, foram espertos e arrancaram muitas informações que serão reveladas aos poucos. As Horcruxes também irão aparecer, mas a surpresa ficará para o que vai ser feito delas.

N/A³: Wuem gosta de D/G me diga, estou fazendo bem o shipper? Eu realmente tento escreve-lo, mas é muito complicado, então aceito sugestões e críticas.

Próxima Atualização: Harmonia e Reescrevendo a História.

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