Descobrindo os Segredos de Hog



Harry estava deitado em sua cama, pensando em Voldemort e nos Horcruxes, fato deixado de lado com a busca ao “tesouro” dos fundadores. Estava tentando achar respostas nas lembranças que viu na penseira de Dumbledore, quando um peso caiu sobre si e só não o matou de susto, porque a cabeleira vermelha denunciou quem era.

-Rony! Você ficou louco? –Harry se senta e afasta o amigo, que abobalhadamente, rindo como se houvesse bebido umas doses de uísque de fogo.

-Você não vai acreditar cara! –Rony fala em tom sonhador, lembrando Harry de quando ele lhe contara da garota misteriosa da festa. –Eu to N-A-M-O-R-A-N-D-O!

-Que bom cara! É com a Luna, não é? –Harry pergunta esperançoso, afinal, se fosse com outra, a coisa complicava.

-É sim, sabe ela ta muito diferente, mas ainda tem aquele ar sonhador sabe, sem falar que ela é incrível! Hoje a gente foi ...

-Eu prefiro não saber! –Harry o interrompe, sabendo que Rony adoraria narrar detalhe por detalhes, alterando “pequenos detalhes” é claro. –Olha, eu adoraria saber mais sobre tudo, mas eu to morrendo de sono, então amanhã você conta pra mim e pra Mione, certo? –disfarça tentando evitar uma longa conversa constrangedora.

-Ah! Tudo bem, ta tarde mesmo. –Rony fala meio sem jeito, havia perdido totalmente a noção de hora. –Mas amanhã eu conto tudo! –fala empolgado e indo até seu malão pegar o pijama.

-Certo, boa noite! –Harry fala sorrindo, feliz pelo amigo. Agora tinha menos um problema pra tentar resolver.

No dia seguinte, Rony fez questão de narrar a “incrível história” que levou ele e Luna a começarem a namorar, o que rendeu boas risadas durante o café da manhã, principalmente porque ninguém acreditou em metade da história, fato confirmado no almoço por Gina que ouvira a versão, bem mais fiel, de Luna.

Foi depois das aulas, quando Rony foi se encontrar com Luna, que Harry e Hermione seguiram pra biblioteca pesquisar sobre a antiga Hogwarts. Pediram uma indicação a madame Prince, alegando um trabalho especial pra história da magia, recebendo um grosso livro que falava sobre a fundação de Hogwarts e a gestão dos fundadores, o que fez os olhos de Hermione brilharem, era enorme e muito grosso, detalhando toda a estrutura do local antes, durante e após a construção de Hogwarts.

-Uau, poderíamos passar dias analisando só os mapas! –Hermione fala admirada, olhando as páginas duplas dos mapas do castelo e dos jardins.

-Mas temos que tentar achar os quartos dos fundadores! –Harry fala chamando-a a realidade.

-Certo, mas com certeza não estarão aqui, como diversas salas e passagens secretas que conhecemos. –Hermione observa sensatamente, enquanto abre o livro no mapa que mostrava o castelo logo antes da abertura da escola.

-Pode ser, mas pode haver alguma pista sobre os fundadores, já que fala da época em que eles comandavam e lecionavam em Hogwarts. –Harry fala e Hermione só concorda, achando a página que continha o mapa.

-Olha, parece bastante com o que temos! –Hermione fala apontando a parte superior, idêntica a que acharam no quarto de Rowena, só que ampliada.

-Sim, mas é bem diferente do que temos hoje, quer dizer, o castelo em si é o mesmo, mas o jardim é bem diferente. A floresta era maior, as estufas eram onde hoje é o campo de quadribol, que não existia, a cabana de caça também era diferente, havia duas e mais perto das florestas. –Harry fala ao ir percorrendo, atentamente, o mapa com os olhos, apontando as diferenças mais visíveis.

-É, creio que teremos de ler o livro pra fazer uma relação disso com os fundadores. –Hermione fala tentando conter a empolgação.

-Iria demorar muito pra lermos isso tudo! –Harry fala revirando os olhos e sentando-se pesadamente.

-Eu sei, mas temos que fazer um esforço, vai ser o único jeito! –Hermione fala se sentando ao lado dele e segurando-lhe a mão. –Sempre que tivermos um tempo livre podemos ler, seja juntos ou separados. Calculo que em umas duas semanas a gente consegue descobrir o que queremos.

-Você é bem otimista, mas tudo bem, se não há outro jeito. –Harry fala se aproximando pra poderem ler o livro juntos.

Gina estava percorrendo o castelo atrás de Draco, estava preocupada com o sonserino que não havia aparecido no salão principal pro café da manhã e nem pro almoço, apesar de pelo que soube, ter ido a todas as aulas do dia.
Já estava desistindo de procurá-lo, quando o viu sentado a um canto isolado. Estava sentado e escrevendo em um pergaminho, e a julgar pelos livros em volta, devia estar fazendo as lições pras aulas do dia seguinte.

-Oi, como vai? –Gina pergunta ao se aproximar dele, que se surpreende com a abordagem.

-Eu não preciso da sua pena, Weasley. –fala desdenhoso e voltando a olhar o pergaminho, ao que Gina respira fundo antes de responder.

-Eu não estou com pena de você, apenas queria saber se você está bem. –Gina fala calmamente, realmente estava preocupada com o que vira no dia anterior.

-Se eu estou bem? –pergunta incrédulo. –Até outro dia você me odiava e agora quer saber se eu estou bem... Ahá! Você concluiu que com meu pai preso e minha mãe morta, vou receber toda a herança dos Malfoy e quer dar o golpe do baú! –Draco fala com uma expressão perspicaz.

-Como ousa dizer uma coisa dessas! –Gina fala abismada e depois acerta um murro certeiro no nariz dele. –É melhor nunca mais se aproximar de mim ou da próxima vez uso a varinha, seu cretino! –fala irritada e se levantando, enquanto ele tentava parar o sangramento nasal. –Eu sou mesmo muito burra, muito burra! –Gina sai resmungando em direção ao castelo.

“Essa ruiva é mesmo louca, onde já se viu, primeiro me odeia, depois sente pena de mim, depois me odeia de novo, então me consola, depois se preocupa e agora volta a me odiar! As mulheres já nascem malucas, mas essa exagera!” –pensa recolhendo seu material e pondo na mochila pra poder ir a enfermaria. –“Mas se ela está achando que vai me enrolar está muito enganada, alguma ela está aprontando e eu não vou cair.” –pensa amargurado, estava cansado das pessoas se aproximando dele por interesse.

Gina entra a passos apressados na biblioteca, queria se esconder de todo mundo antes que descontasse em alguém, mas parando ao ver Harry e Hermione debruçados sobre um livro enorme e grosso.

-Oi, o que estão fazendo? –pergunta ainda irritada, sentando-se de frente pros dois.

-Nossa, pelo visto você não está de muito bom humor! O que houve? –Hermione pergunta ao ver a expressão fechada que Gina mantinha.

-Fui falar com aquele idiota do Malfoy, estava preocupada, mas o cretino me acusou de estar sendo gentil pra dar o golpe no baú nele! Só porque agora ele vai herdar tudo. –Gina fala ainda pasma com a acusação feita pelo sonserino.

-Mas também por que você tinha que procurar ele? –Harry fala em um tom que beira a repreensão.

-Realmente Gina, até nós estranhamos sua atitude, quanto mais ele! Quer dizer, se fosse o contrário você também não acreditaria nas boas intenções do Malfoy. –Hermione fala sensatamente.

-Mas eu sou uma pessoa decente e ele é um idiota insensível! –Gina retruca cruzando os braços e fechando a cara.

-Gina, o Malfoy não está acostumado a ser tratado bem e desinteressadamente ao mesmo tempo, geralmente quem se “preocupa” com ele tem algum interesse oculto, portanto você não pode querer que de uma hora pra outra ele aceite sua preocupação. –Hermione tenta amenizar as coisas e Gina parece pensar a respeito.

-Que seja! Mas e vocês, o que estão fazendo aqui com esse livro ao invés de aproveitar que o Rony ta com a Luna pra irem se agarrar? –pergunta com um sorriso malicioso, mas baixo pra que ninguém além dos três ouvissem.

-Nós não ficamos nos agarrando por aí, Gina! –Harry fala muito vermelho.

-Isso mesmo, vê se uma monitora chefe vai ficar se agarrando pelos cantos? –Hermione fala muito constrangida e sem tirar os olhos do livro.

-Ok, não ta mais aqui quem falou, mas que vocês deviam aproveitar a folga, deviam! –Gina comenta com um sorriso cúmplice pra Harry, que indica discretamente o livro.

-Eu adoraria, mas temos que estudar e é pra ontem! –Hermione fala com ar cansado e virando uma página.

Durante os quinze dias seguintes, Harry e Hermione estudaram os mapas e os perfis dos fundadores, percebendo que Salazar tinha seu quarto perto do salão comunal sonserino e da antiga sala de poções, Rowena, no entanto tinha o quarto bem próximo de onde ficava a antiga biblioteca, que se mudou pra poder suportar uma quantidade maior de livros. Tendo esses parâmetros pra comparação, Harry e Hermione foram a um corredor no primeiro andar onde tentariam achar o quarto de Helga, que segundo suas sua pesquisa era professora de Herbologia e desenvolvia diversos experimentos, criando novas espécies e estudando outras, pra que depois Salazar pudesse usar tais estudos pra elaborar novas poções com diversas finalidades, mas principalmente na área médica.

-Está pronto? –Hermione pergunta parando de lado pra parede.

-Sim, vamos logo! –Harry responde ansioso segurando uma das mãos de Hermione.

Ambos se concentram e nivelam suas energias, logo depois tentando realizar o feitiço Transveho. A primeira e a segunda tentativa falham, então os dois se entreolham e cadenciam suas respirações, tentando se concentrar ainda mais até finalmente conseguirem na terceira tentativa.
Os dois atravessam a parede e percorrem dois metros pra esquerda até entrar em um quarto decorado em amarelo, azul, verde e rosa, todas em tons claros e postas harmoniosamente, dando um clima bem alegre e um pouco infantil a decoração. O quarto, assim como os outros dois, era composto de uma área principal e um quarto separado da sala por uma cortina.

-Eis a janela que dá pro campo de quadribol, ou melhor, pras antigas estufas! –Hermione fala com um grande sorriso, observando uma janela que ficava a frente de uma mesa onde Helga deveria trabalhar.

-Você, como sempre, teve uma idéia brilhante! –Harry a parabeniza e logo depois lhe beija brevemente. –Por onde começamos a procurar? –Harry pergunta olhando em volta.

-Pela sala, afinal os outros pergaminhos estavam em passagens secretas nas salas. –Hermione fala e se dirige a parede onde havia uns quadros imóveis.

Durante vinte minutos, procuraram por toda a sala nos mínimos detalhes, mais parecia que não havia nada lá. Harry ia tentar o quarto, mas Hermione insistiu na sala, dizendo que deveriam olhar tudo atentamente. Ela se dirigiu novamente aos quadros, tentando achar algo de diferente, já que os outros quartos não tinham quadros.

-Hermione dá uma olhadinha aqui. –Harry a chama e aponta alguns desenhos que saiam da tapeçaria com a árvore genealógica de Helga e completava os desenhos da parede. –Parece uma planta, não parece? –pergunta intrigado com o sutil desenho.

-Sim, é uma espécie de visgo do diabo... –Hermione mal falara e foi ouvido um barulho que parecia ao de uma passagem sendo aberta na parede.

-A parte de trás da tapeçaria! –Harry fala afastando a tapeçaria e vendo a caixa onde devia estar o pergaminho. –Agora só falta o de Griffindor. –fala olhando o pergaminho.

-Melhor irmos, talvez possamos aproveitar o tempo pra tentar achar o de Griffindor perto da torre. –Hermione fala e Harry assente.

Os dois seguem rapidamente até a torre da Grifinória, vasculhando os corredores próximos no tempo restante, mas não encontrando nada. Mas assim que o feitiço cessa, os dois seguem ao quarto de Harry, pra unir as partes e ver se conseguem chegar a uma conclusão.

-Não dá pra ser muito preciso, quer dizer a escala é reduzida e seja lá o que for, parece estar enterrado. –Hermione fala observando as três partes que formavam um mapa quase completo, agora com o castelo aparecendo.

-Então precisamos encontrar o mapa de Griffindor, o que eu imagino vá ser bem mais difícil. –Harry fala com ar cansado, o que era em parte culpa do feitiço.

-Está muito cansado? –Hermione preocupada, deitando-se de modo a ficar de frente pra ele.

-Só um pouquinho, mas como é sábado eu não estou nem aí! –fala sorrindo calorosamente pra ela que entende as intenções dele.

-É, acho que podemos pensar num jeito de achar o quarto de Griffindor mais tarde. –fala fazendo um movimento com a varinha, que faz as três partes voarem e “se guardarem” numa das caixas.

-Que bom que concordamos, porque eu ando muito carente com todo esse estudo no tempo livre. –Harry fala manhosamente, se aproximando e deitando por cima dela.

-Temos até o almoço pra acabar com essa carência. –ela sussurra, enquanto ele se aproxima, logo depois a beijando calma e longamente.

Gina caminhava a passos apressados pelo corredor que levava a sala precisa, parando a frente à tapeçaria e passando por ela três vezes, caminhando pesadamente e com cara de pouco amigos. Uma porta surgiu e Gina respirou fundo antes de entrar em uma sala escura, iluminada apenas por uma lareira, na frente da qual estava Draco Malfoy.

-O que faz aqui, Weasley? Esta me perseguindo agora? Eu sei que sou lindo, mas amores obsessivos não me agradam, muito menos vindos de alguém como você. –fala irritado pela presença não desejada.

-Primeira pergunta, “alguém como você”, isso se refere a eu ser uma traidora do próprio sangue assim como você? –pergunta irônica, também não queria estar ali, mas acabaria com aquela situação de uma vez.

-Não falei nada disso! –Draco resmunga incomodado, na verdade esse sempre foi um dos principais fatos pra sua família odiar os Weasley.

-Ora vamos, Malfoy, não sabe mais como me ofender? Afinal nem pobretona eu sou não é? Com meu pai num cargo importante no ministério e meus irmãos ganhando bastante dinheiro com as invenções deles, minha família está indo muitíssimo bem! –Gina fala provocando-o e fazendo-o olhar pra ela.

-O que você quer, Weasley? Porque se eu sou uma figura tão detestável assim não tinha porque vir me incomodar! –Draco fala já sem paciência alguma.

-Eu vim te procurar porque você me deixou plantada e sozinha na aula especial! –fala como se fosse óbvio.

-Ora, Weasley, nós nunca vamos conseguir fazer aquele feitiço, nunca conseguiríamos fazer nada juntos, então não tenho porque perder meu tempo com aquilo! –fala usando o mesmo tom que ela, e voltando a se sentar de frente pra fogueira.

-Você está certo! –Gina admite indo se sentar ao lado dele que estranha à concordância e a proximidade. –Nós não vamos conseguir outras duplas e eu quero aprender aquele feitiço, assim como acho que você também quer, então temos que achar um jeito de resolver as pendências. –fala seriamente, afinal teriam que se sacrificar um pouco se queriam aprender algo realmente poderoso como o Transveho.

-Está propondo que fiquemos amiguinhos? –pergunta surpreso e se virando pra encará-la, como se esperasse que houvesse sido apenas uma brincadeira.

-Não, até porque sua amizade não me interessa, eu quero apenas conversar, pra acabarmos com as diferenças, já que se nos conhecermos um pouco melhor podemos conseguir algum avanço. –Gina tenta explicar pacientemente.

-Nos conhecer melhor? –pergunta erguendo uma sobrancelha e sorrindo maliciosamente, enquanto seus olhos passavam pelo corpo da ruiva, como se medindo se valeria o “esforço”.

-Você é mesmo um cretino! Não sei o que eu tinha na cabeça quando resolvi vir aqui, você é um caso perdido! –fala irritada e se levantado rapidamente pra sair dali.

Draco apenas sorriu com a atitude da ruiva, que saiu ainda mais furiosa do que quando entrou, batendo a porta com violência e marchando furiosamente. Ao ver a varinha que estava a sua direita, um pouco escondida pela escuridão do lugar, o seu sorriso sumiu, na verdade Gina era a única que conseguia faze-lo sorrir ultimamente, já que a maior parte do tempo ele vinha dedicando a pensar num jeito de se vingar, apesar de todos parecerem bem improváveis.

No meio da tarde, Harry e Hermione chegam à frente da parede que separava o corredor do quarto de Rowena. Harry olhava a parede, pondo a mão sobre ela enquanto Hermione observava recostada a parede oposta.

-Não poderemos fazer o feitiço até o mês que vem, então precisamos descobrir como entrar nesses quartos. –Harry fala pensativo. –Já usamos diversos feitiços e não apareceu nenhuma porta ou nada do tipo, duvido que conseguiríamos quebrar a parede...

-Harry! Francamente, quebrar a parede não nos ajudaria em nada! Ninguém além de nós pode saber desse lugar. –Hermione fala olhando pra ele seriamente, ainda não entendia o porquê de estarem novamente naquele lugar.

-Hermione, o que sabemos sobre a personalidade de Rowena? –Harry pergunta ignorando o que a namorada dissera.

-Que ela era bastante parecida comigo, era ávida por conhecimento, escreveu diversos livros inclusive. –fala pensativa, tentando encontrar qualquer outro traço marcante mencionado no que já havia lido sobre a bruxa.

-E qual era o assunto favorito dela? –pergunta parecendo bolar uma estratégia.

-Não sei, ela publicou livros sobre diversos assuntos diferentes, suas leituras também não indicavam alguma preferência. –Hermione fala estranhando o jeito de Harry. –Porque essas perguntas? –inquire já não agüentando mais de curiosidade.

-Porque o jeito como encontramos o mapa no quarto de Helga me deu uma idéia, quer dizer, talvez só precisamos dizer uma palavra, não acha? –Harry fala de modo perspicaz ao que Hermione sorri abismada.

-Claro, como não pensei nisso antes! –fala impressionada. –Se não estivéssemos em um corredor te daria um prêmio! –fala com um sorriso maroto que o faz sorrir.

-Então é melhor essa porta aparecer agora! –ele fala ansioso.

-Bobo! Temos que pensar numa palavra. –Hermione fala pensativa, começando a andar de um lado pra outro no corredor.

-Ei, como se diz apareça em latim? –Harry fala em misto de curiosidade e divertimento.

-A porta não vai aparecer porque você quer, Harry! –Hermione fala rindo, do que ele falara.

-Não custa nada tentar. –fala dando de ombros.

- Appareo, eu acho. –fala sem ligar muito pra idéia de Harry.

-Appareo? –Harry repete estranhando a sonoridade, mas depois se afastando ao sentir algo se mexer em suas costas. –A porta! –Harry fala num misto de admiração, espanto e divertimento, se controlando pra não rir da cara de Hermione.

-É claro, isso não é um esconderijo secreto, é apenas a porta de um quarto que tem de estar acessível aos professores! –Hermione fala batendo com a mão na testa. –Bom, me deixa tentar abrir. –Hermione se aproxima, mas ela está trancada. –Aperio. –fala e novamente tenta abrir a porta, mas desta fez nada acontece. –Não deu certo. –Hermione fala pra ele que fica um pouco decepcionado.

-Ela criou algum feitiço pra trancar ou abrir coisas? –Harry pergunta a Hermione que sorri, como se houvesse descoberto algo.

- Alorromorra -fala apontando a varinha e escutando um clique vindo da porta. –Deu certo! –fala abrindo a porta e entrando no quarto.

-Nossa, qualquer um pode abrir essa porta, quer dizer, é tão simples! –Harry fala pasmo, entrando no quarto e fechando a porta atrás de si.

-Na época quase ninguém conhecia este feitiço, então não era tão simples assim! –fala pra ele sorrindo e vendo que tudo estava como deixaram.

-E será que podemos mudar o feitiço, só por prevenção? –fala se recostando a parede que ficava na divisão da sala pro quarto, a cortina estava aberta como haviam deixado.

-Acho que sim, depois tentamos. –fala indo até ele e o abraçando.

-Hora da minha recompensa? –pergunta com um sorriso maroto, ao que ela responde o beijando intensamente. –Nossa, vou ter idéias boas mais vezes! –fala a abraçando mais forte.

-Assim espero, amor. –fala antes de beijá-lo de novo, mas Harry logo a afasta.

-Outra porta? –Harry fala surpreso, ao ver uma porta surgir, quase que no mesmo lugar onde estava encostado antes.

-Será que é por que te chamei de amor? –Hermione fala surpresa. *bom, partindo do ponto de que Harry e Hermione falam inglês, ela resolveu brincar com ele chamando-o de amor, que é a palavra em latim pra love* .

-Então pra onde será que ela nos levará? –pergunta curioso e já entrando no local que parecia um fosso de elevador, tendo apenas dois metros de largura e três de cumprimento, mas uma altura incalculável.

-Acho que temos de subir. –Hermione fala observando ao redor.

-Mas como faríamos isso sem uma vassoura? –Harry pergunta observando-a.

-Subindo ali. –Hermione responde apontando uma pequena plataforma que estava sobressaindo um pouco do chão. –Mas seja lá o porque disto, foi projetado pra uma pessoa só. –fala observando que os dois não caberiam ali, mesmo que bem juntos.

-Sem problema! –Harry fala pegando Hermione nos braços e subindo na plataforma, que imediatamente começou a flutuar.

-Não sei se gosto muito da idéia! –Hermione fala não querendo olhar pra baixo e se agarrando mais em Harry.

-Não se preocupe, eu não a deixaria cair. –ele fala e depois lhe beija a face carinhosamente.

Cerca de dois minutos depois, os dois param e Hermione aponta uma porta atrás de Harry, que se vira pra porta, a qual Hermione abre, girando a maçaneta.
Harry dá um passo em direção ao local que se ilumina magicamente, revelando mais um quarto, mas este decorado em vermelho e dourado, com algumas armas na parede em frente, sobre a lareira e uma pequena estante com alguns livros, do outro lado da lareira uma tapeçaria que parecia conter uma árvore genealógica. Harry pôs Hermione no chão, depois caminharam pela sala, que tinha móveis confortáveis e uma divisão feita por uma cortina vermelho sangue, que dava para o quarto.

-É o quarto de Godric Grinffindor! –Hermione fala sorrindo ao ver a tapeçaria.

-Então Godric e Rowena tinham um caso! Quem imaginaria isso, não? –Harry fala em tom divertido, ao que Hermione também ri.

-Pelo visto hoje é nosso dia de sorte, afinal não íamos descobrir tão cedo o quarto de Godric se não fosse essa ligação secreta. –Hermione fala olhando em volta.

-Agora temos que achar o mapa... sabemos que Godric adorava uma boa briga, trabalhava com DCAT, duelos, acho que devia fazer o tipo atlético, conquistador, afinal não é qualquer um que faria Rowena Ravenclaw criar uma passagem secreta ligando seu quarto ao de um homem. –Harry fala pensativo e olhando em volta, mas mudando o tom pra divertido no fim da frase.

-Bom, se lavarmos em conta o quanto ele era lindo e charmoso, não é tão difícil assim. –Hermione comenta também observando o local.

-Que negócio é esse de “lindo e charmoso”? –Harry pergunta enciumado a virando pra si e fazendo-a olhar pra ele.

-Não acredito que está com ciúme de um homem que morreu amais de quinhentos anos! –Hermione fala não contendo o riso.

-Eu não estou com ciúme, só não gosto de ver minha namorada falando assim de outro! –fala emburrado.

-O Godric podia ser lindo e charmoso, mas ainda não chega ao seus pés! –fala charmosamente e o beijando, ao que ele aceita apesar de ainda estar um pouco contrariado.

-Não quer achar o mapa? –pergunta depois do beijo.

-Ainda é cedo, poderíamos ficar mais um pouco, você não quer? –Hermione pergunta insegura, ao que ele sorri marotamente a pegando nos braços e levando pro sofá.

Depois de duas horas de beijos e carinhos, os dois começam a procurar o mapa, começando pelas armas na parede, ao que Hermione encontra a caixa com o mapa em uma abertura na parede, atrás de um escudo selado magicamente, com um feitiço semelhante ao que prendia o quadro da mãe de Sírius.

Em posse do mapa, os dois juntaram a quarta parte, o que fez o mapa se unir em um só pergaminho, mostrando a localização precisa do “tesouro”, que estava no jardim, bem perto do lago da lula gigante.

Esperaram anoitecer e na hora do jantar, seguiram pro jardim atrás do “tesouro”, chegando até o local indicado pelo mapa. No entanto, ao chegarem se depararam com uma enorme árvore, que aparentava ser bastante antiga e estava bem em cima do local indicado.

-Mas que droga! Como vamos achar o tesouro com essa árvore aí, porque provavelmente derrubar uma árvore dessas levaria a detenção pesada ou até expulsão no meu caso. –Harry fala irritado.

-Essa árvore é bem antiga, talvez eles a tenham plantado aí justamente pra proteger o que enterraram. –Hermione fala pensativa, sob o olhar interrogativo de Harry. –Eles não iam querer que derrubássemos a árvore, provavelmente deve ter outro jeito.

-Cavar do lado e mais fundo até tentar achar a “arca”. –Harry fala sarcástico.

-Não meu caro, a chave são as palavras, as simples palavras, como você mesmo descobriu! –Hermione fala com um sorriso enigmático. - Revellis . –Hermione fala apontando a varinha pra árvore.

Segundos depois, uma linha azulada corta o tronco da árvore ao meio e este se divide, revelando um “caminho” até uma caixa, igual a que guardava os pedaços de mapa que Harry e Hermione acharam. Os dois trocaram um sorriso cúmplice e Harry pegou a pequena caixa, logo depois à árvore se fechou novamente, voltando ao normal.

-Quem abre? –Harry pergunta ansioso.

-Você, afinal foi você quem descobriu o “tesouro”, a maior parte dos mapas e como entrar nos quartos. –Hermione fala mostrando orgulho por Harry ter descoberto tanta coisa.

-Certo, então vamos ao nosso tesouro. –fala levando a mão até a tampa da caixa e logo depois a abrindo.

Assim que a tampa foi aberta, um raio dourado saiu da caixa em direção aos céus, fazendo-os se levantar e seguir os “objetos voadores”, até que dois dos quatro feixes foram em direção ao castelo e outros dois desceram velozmente e atingiram Harry e Hermione no peito, logo depois os fazendo desmaiar.

N/A: Oi, o cap não está betado então desculpem qualquer erro.

N/A²: Finalmente acharam o tesouro, mas o que será este tesouro? Quem acertar ganha prévia do próximo cap!

N/A³: Bom, pra quem me conhece, sabe que eu escrevo H/H e estou tentando fazer D/G em algumas de minhas fics, então aos D/G que lêem esta fic, desculpa se o shipper ainda não está sendo bem escrito, mas acho que aos poucos eu vou pegando o jeitos, mas aceito sugestões e criticas!

Próxima atualização: O Sucessor

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