Tentando desvendar o mistério



Harry acordou e viu Rony e Gina conversando perto de uma cama a seu lado, onde estava Hermione. Os dois ainda não haviam percebido que acordara, quando Melissa entrou e acenou sorridente pra Harry, fazendo seus amigos se voltarem pra olhá-lo.

-Harry? Quando você acordou? –Rony perguntou surpreso.

-Há alguns instantes. Como está Mione? –Harry pergunta preocupado.

-Bem, parece que só ficou muito cansada. –Gina explica e se aproxima da cama dele com o irmão.

-Deixe-me acordar Hermione pra conversarmos, acho que é necessário dar algumas explicações tanto da minha parte quanto da de vocês. –Melissa fala se aproximando da cama de Hermione e fazendo um movimento de varinha, que lança um feixe na garota que parece despertar.

-Você está bem, Hermione? –Gina pergunta se aproximando da amiga.

-Sim, só um pouco dolorida. –fala com a voz ainda fraca.

-Certo, então Harry, o que acha de me contar o que aconteceu com vocês? –Melissa pergunta se sentando de frente pras duas camas e conjurando cadeiras pros outros dois.

-Bom, assim que conseguimos fazer o feitiço, sentimos algo estranho e depois começamos a subir de repente, acho que o vento nos jogou pra cima e pra fora do castelo, ele nos levou até que o efeito do feitiço cessou e caímos... –Harry começa a falar, ocultando os fatos como combinara com Hermione.

-Vocês foram parar na floresta proibida? Por isso que você estava sem camisa? –Rony pergunta assustado, olhando-os preocupado.

-É, a usei pra confundir um bicho que nos perseguia. Mas passamos a noite escondidos, embaixo das raízes altas de uma árvore. Então pela manhã nós tentamos fazer de novo o feitiço, pra ver se ficava mais fácil de vir pra cá. –Harry faz uma pausa e se ajeita na cama. –Assim que conseguimos, de novo flutuamos e então Hermione concentrou a energia dela na direção do castelo e quando conseguimos chegar ao hall, desmaiamos. –Harry termina de falar sob os olhares ansiosos dos amigos e avaliador da professora.

-Rony, Gina, será que poderiam me deixar a sós com eles? – a professora pergunta de modo simpático e os Weasley trocam olhares com os amigos antes de saírem.

-Vamos ser castigados de alguma forma? –Hermione pergunta sem entender o motivo da profª. querer ficar a sós com eles.

-Eu sei que estão mentindo, assim como também sei que não vou conseguir fazer vocês confessarem sem usar veritasseum, então apenas me respondam. Vocês sabem controlar perfeitamente o feitiço? –pergunta tentando ser bem objetiva.

-Não sei se poderíamos dizer isso, mas eu consegui calcular mais ou menos o tempo que teríamos de duração do feitiço, assim como também conseguimos direcionar e controlar a velocidade com que nos movemos. Sendo que eu tenho um pouco mais de controle da minha energia do que o Harry.

-Entendo, mas já aviso aos dois que o que fizeram, executando o feitiço duas vezes em dois dias foi muito arriscado. Eu não aconselharia que o fizessem nas próximas duas semanas, assim como também não devem fazê-lo mais de uma vez por semana. O feitiço não só consome muita energia, mas também se usado à exaustão, pode lhe roubar anos de vida. –fala seriamente, tentando ser bem clara.

-Entendi, mas isso também significa que estamos fora das aulas? –Hermione pergunta intrigada a Melissa.

-Sim, mas ao mesmo tempo eu lhes darei livros sobre o tema, pra que possam aprofundar mais seus conhecimentos, e caso tenham alguma dúvida eu estarei a disposição pra respondê-la.

-Obrigada professora McGonagall, mas então poderemos usar o feitiço outras vezes? –Harry pergunta tentando esconder a ansiedade.

-Depois que lerem sobre o feitiço, entenderão que ele não deve ser tão utilizado assim, mas se está se referindo a uma proibição da escola. A única coisa que posso dizer é que não há como controlar o uso desta magia. –fala de modo gentil e sendo bem sincera com os dois. –Só peço que não saiam dos terrenos de Hogwarts, porque se o fizerem, com certeza serão punidos.

-Pode deixar, não temos a mínima intenção de quebrar as regras da escola, sei que Harry não é muito conhecido por cumprir regras, mas nós damos nossa palavra. –Hermione fala seriamente pra professora e Harry confirma o que a garota disse.

-Vocês devem ficar aqui até hoje à noite e pela manhã já poderão freqüentar as aulas. Agora, bom descanso, sei que estão querendo falar com seus amigos, mas vou pedir pra que eles só retornem mais tarde, ambos ainda estão muito fracos. –se explica já se levantando pra sair.

Madame Pomfrey retorna no mesmo instante e após a despedida de Melissa, começa a examinar os dois, logo depois dando uma poção do sono pra que os dois dormissem um pouco mais.

Rony estava sentado à beira do lago atirando pedras na água, quando sente alguém se aproximar. Não se vira tentando ignorar quem quer que fosse, pois agora que estava tranqüilo em relação aos amigos, queria se concentrar no seu problema loiro, de olhos azuis sonhadores. Na verdade, o problema era que agora os olhos azuis saltados lhe pareciam sonhadores e não mais lunáticos, como antes.

-Pensei que o Harry e a Hermione estivessem bem, mas pelo visto algo ainda te incomoda. –ele ouve a voz de Luna e percebe que fora a menina que se sentara a seu lado. Estava linda, não sabia o que exatamente Gina e Hermione haviam feito, mas a menina lhe parecera outra completamente diferente, só o seu novo perfume o deixava embriagado e sem fala, o resto então, ele tentava afastar da mente antes que fizesse besteira.

-Er... eles estão, eu só... só... só não acreditei muito na história deles, é como se algo não se encaixasse. –fala a primeira coisa que lhe vem à cabeça apesar de não ser uma inverdade, realmente tinha sentido algo estranho, mas resolvera deixar pra quando tivesse a mente vazia e estivesse a sós com os amigos.

-Porque não me surpreende? Aqueles lá vivem com segredos, na verdade acho que deve ser algum esporte de vocês inventarem segredos perigosos e completamente contra as regras! –fala com ar sonhador e uma pontinha de inveja.

-Bom, se você quiser, podemos ter um segredo, só nosso. –Rony fala num rompante de coragem, mas a olhando quase que maliciosamente.

-Mas nós já temos um, não temos? –Luna pergunta entre incerta e ansiosa, tocando com sua mão a dele. Nesse momento, Rony sente uma onda de calor o atingir e seu corpo estremecer, sentia como se seu coração quisesse lhe romper o peito.

-Er... temos? –fala olhando as mãos unidas e depois subindo o olhar, parando involuntariamente no decote dela. Que ao ver pra onde o olhar dele se dirigia, toca o queixo dele, o fazendo olhar nos olhos dela.

-Você não sabe qual é? –sussurra perto dele, fazendo o engolir em seco.

- A noite passada? –fala quase sem voz, os olhos presos nos lábios dela, que se aproximavam lentamente.

-Não, mas quando descobrir, me procure. –fala roçando seus lábios nos dele e depois saindo, deixando-o atordoado.

Rony até pensou em ir atrás dela, mas suas pernas se recusavam a lhe obedecer, seu corpo todo parecia dormente e sua mente não parava de se perguntar onde estava aquela menina lunática e esquisita que andava com sua irmã, pois certamente, aquela Luna não poderia ser a mesma pessoa.

Depois do jantar, Harry e Hermione chegaram ao salão comunal e foram bombardeados de perguntas, tendo que contar pelo menos três vezes a história e ainda inventar diversos desafios perigosos, enquanto os garotos simulavam as lutas e as meninas soltavam suspiros diante da coragem e força de Harry.

Com a desculpa que precisavam descansar, se dirigiram aos dormitórios de monitor e monitora chefe, mas ao chegar ao corredor que dava pro quarto de Harry, os dois verificaram se estavam sozinhos e depois seguiram pro quarto dele.

Como os amigos foram se deitar cedo, Rony resolveu dar uma volta antes de fazer sua ronda. Ainda estava perturbado pelo encontro com Luna aquela manhã e pra piorar não teve como ficar sozinho com Harry pra falar com ele sobre o que estava acontecendo com ele.

Foi imerso em pensamentos que viu a loira que o perturbava caminhando pelo corredor, ela parecia procurar algo no chão, então Rony resolveu ir até ela a ajudar.

-Oi, perdeu alguma coisa? –pergunta querendo parecer prestativo e inconscientemente deixando seu distintivo mais visível.

-Sim, eu estava usando um brinco que a Gina me emprestou e ele sumiu, não entendo como, mas sei que ela pode me matar por isso. –fala sentindo um frio percorrer a espinha ao lembrar da amiga de “mau humor”.

-Certo vamos fazer o caminho contrário do que você fez até aqui, depois que acabarmos de ver esse corredor, tudo bem? –Rony fala se lembrando de como sua mãe fazia pra achar alguma coisa perdida.

-Sim, eu já procurei pra lá, estava indo à direção das escadas. –fala ficando de quatro e olhando o chão de perto.

-Certo, então vamos procurar até achar o brinco. –fala confiante a deixando mais animada.

Já estavam procurando a quase uma hora quando chegaram a um corredor, onde Luna disse ter tido que passa correndo, pois Pirraça estava jogando algo verde e fedorento em vários alunos que estavam indo ou saindo da biblioteca.

-Ei, achei! –Rony fala ao ver uma argola prateada no chão, ao que Luna corre até ele e sem falar nada o beija demoradamente como agradecimento.

-Obrigada! Já estava começando a imaginar que maldições a Gina atiraria em mim amanhã... –ela falava até perceber que Rony estava olhando abobado, pra um ponto atrás dela. Virou-se achando que pudesse ter algo interessante, mas não vira nada. –Está tudo bem? –pergunta achando que ele estava pior do que ela costumava ficar.

-Sim, claro. –fala ficando muito constrangido. –Bom, agora que achamos o brinco acabamos a missão por aqui, não é? – fala querendo sair daquele corredor, que ainda tinha o cheiro da gosma verde que Pirraça havia jogado mais cedo.

-Sim, eu já vou pro meu salão comunal então. –fala tristemente, parecia que Gina e Hermione tinham razão em dizer que Rony não dava à mínima pra ela.

-Já? –Rony fala a fazendo parar e se virar pra ele. –Quer dizer, eu sei que já seria hora de você voltar pra lá, mas podemos ir andando devagar, talvez você queira fazer a ronda comigo, o que acha? –pergunta ficando pálido com a possibilidade de ser rejeitado.

-Ótimo, tenho certeza de que será muito divertido. –fala sorrindo aliviada, ao que Rony corresponde com igual intensidade.

Os dois passam a andar silenciosamente como se não soubessem o que dizer, ou apenas não quisessem estragar o clima. Depois de alguns minutos, que lhe pareceram agonizantes horas, Rony parece tentar descontrair aquele clima tenso.

-Então, o que tem achado da professora Melissa? –fala sem saber o que dizer, apesar de ter achado uma pergunta idiota.

-Acho que ela é muito parecida com a tia, mas ela também me lembra mais alguém, só não sei quem... Talvez sejam os olhos. –Luna fala distraída, aliás, o jeito meio distante dela, sempre parecera interessante a Rony, apesar de às vezes parecer que ela estivesse em outro mundo.

-Você mudou bastante, porque? –pergunta sem conseguir se conter.

-Você não gostou? –pergunta assustada, a hipótese seria realmente desesperadora.

-Não é isso, você está... linda. –fala sentindo as orelhas esquentarem. –É só que às vezes não parece ser você mesma, como hoje de manhã, outras vezes lembra mais a Luna de agora, que parecia completamente distante ao me responder sobre a professora Melissa.

-Ah! Eu sei que você não gosta muito de quando eu pareço distraída demais, quer dizer, sei que você e todo mundo me acham estranha por causa disso. –fala tristemente.

-Na verdade eu prefiro quando você está assim, distraída, do que como estava essa manhã... você me assustou. –fala se sentindo um idiota.

-Você acha mesmo? Você não se importa quando eu falo parecendo estar em outro lugar? –pergunta ansiosa, mas sorrindo belamente.

-Eu gosto de você do jeito que é, apesar de achar que esse visual ficou bem melhor em você! –Rony fala meio embaraçado, mas se arrepende quando vê olhos dela umedecerem. –Eu falei alguma besteira?

-Vo-você gosta mesmo de mim? –pergunta sem conseguir conter uma lágrima.

-Gosto... muito. –fala sentindo seu corpo vibrar e seu coração acelerar loucamente, fazendo sua voz não ser mais forte que um sussurro rouco.

-Eu te amo! –ela fala sem conseguir se conter, se jogando sobre ele, fazendo-o bater as costas na parede, enquanto era beijado apaixonadamente.

-Quer namorar comigo? –pergunta num impulso, ainda entorpecido pelo beijo.

-É o que eu mais quero! –fala sorrindo pra ele, mas não o deixando beijá-la. –Não seria melhor comemorarmos numa sala vazia? Acho que nenhum monitor vai nos pegar, não é? –pergunta maliciosamente pra ele, tocando o distintivo da monitoria com um dedo.

-Com certeza não, mas acho que tem um lugar mais interessante, onde podemos comemorar. –Rony fala com um sorriso maroto e com um brilho malicioso no olhar, enquanto a puxava na direção das escadas.

-Nossa, achei que não íamos conseguir escapar deles! –Harry fala se jogando em sua cama.

-Deles ou delas ? Porque mesmo antes da Gina me falar, ficou bem claro que os boatos sobre o físico definido do Escolhido andaram circulando por todo a o castelo e aumentando seu número de fãs! –Hermione fala emburrada e se sentando de frente pra ele, com os braços cruzados e olhar severo.

-Isso tudo é ciúme? –Harry pergunta bem humorado, mas Hermione fecha ainda mais o semblante. –Vamos, Mione, você sabe que eu te amo, não sabe? –Harry fala se aproximando e a abraçando.

-Eu sei, mas elas não! –fala no mesmo tom.

-Quer que eu espalhe por aí? Porque se você quiser, amanhã, durante o café da manhã, eu grito pra todo mundo ouvir...

-Deixa de ser bobo! Sabe muito bem que temos que manter tudo em segredo. –Hermione fala ainda séria, mas um pouco aliviada por saber que ele revelaria tudo se ela quisesse.

-Então pára de pensar nelas, até porque você sabe que eu nunca gostei dessa perseguição e como no ano passado, não vou aceitar presente de ninguém! –fala se lembrando dos chocolates cheios de poção do amor.

-Nem me lembre daquilo. De qualquer jeito eu confio em você, mas também não posso fingir que não me importo de ver elas se atirando sobre você, só faltando te agarrar! –fala o abraçando de jeito possessivo.

-Pode deixar que eu vou evitar elas, até porque não me interessa em nada ficar junto de você se tiver um monte de gente em volta, não é? –fala com um sorriso maroto, que a faz rir. –Agora sim, está bem melhor. –fala segurando o rosto dela e a beijando.

-Mas agora que já te mostrei meu lado ciumento, vamos ao que me trouxe aqui, certo? –fala se afastando dele, que parece contrariado.

-Certo, o que vamos fazer então? –Harry fala indo até a mesa do quarto dele e pegando o bauzinho que achara no quarto de Slytherin, onde também estava o mapa que acharam no quarto de Rowena, que Harry mandou através de magia pro seu quarto, antes de desmaiar.

-Pensei em por hora marcarmos os pontos aproximados dos quartos no mapa do maroto, depois podemos fazer um outro mapa, só pra marcar estes cômodos especiais, já que provavelmente teremos que achá-los sem usar o Transveho, pelo menos por enquanto.

-Vou pegar o mapa, vai olhando a parte do Salazar enquanto isso. –Harry fala e vai até o malão pegar o mapa, enquanto Hermione abre o bauzinho e retira as duas partes de mapa.

-Os mapas são opostos, isso dificulta muito pra gente achar seja lá o que for. –Hermione fala pondo os mapas em diagonal.

-Aqui, o mapa do maroto e pena pra marcar os pontos. –Harry fala e pondo o mapa do maroto sobre a cama. –Olha, pelo que eu contei, o quarto da Rowena deve ficar no quinto andar e mais ou menos por aqui. –Harry fala marcando um círculo num corredor no qual não se lembrava de já ter estado antes–E o quarto do Salazar fica num nível mais inferior das masmorras, e acho que mais ao fundo e a direita, talvez por aqui. –Harry faz um círculo maior, parecendo mais indeciso sobre a localização das masmorras.

-Eu concordo com você. Agora teremos que arranjar um jeito de irmos até esses lugares sem que ninguém perceba e confirmar a localização dos quartos. –Hermione fala pensativa.

-Meio difícil, Hermione, quer dizer, se nós não sabíamos nem como sair de lá, quanto mais como entrar. –Harry fala tentando ser bem objetivo.

-Mas temos que fazer algo, talvez ajude a achar os outros quartos. –fala dando de ombros –Mas talvez não seja tão fácil, olha só como antigamente os terrenos eram diferentes. –fala apontando o mapa formado pelas partes de Rowena e Salazar.

-É, o campo de quadribol era perto do lago, não tinha a cabana do Hagrid, talvez o campo de quadribol devesse abrigar outras coisas. –Harry fala olhando o mapa intrigado.

-Ei, talvez seja isso! –Hermione fala num estalo –Talvez se pegarmos um mapa mais antigo de Hogwarts, possamos descobrir alguma relação entre os quartos ou pistas do “tesouro”. –Hermione fala ansiosa.

-Acha que podemos encontrar isso na biblioteca? –Harry pergunta também ficando ansioso e animado.

-Não sei, mas qualquer coisa converso com o prof. Bins e digo que quero fazer uma pesquisa sobre a história de Hogwarts. –Hermione fala com um sorriso cúmplice.

-Vejo que depois de anos de esforço, eu e Rony estamos começando a obter resultados. –Harry fala com um sorriso, maroto e leva um tapinha de Hermione.

-Deixa de ser bobo e vamos guardar isso tudo, porque ainda temos que ler sobre o feitiço, antes de planejar uma outra “busca especial”. –Hermione fala e Harry recolhe os mapas pra guardar em seu malão.

-Mas será que tenho chances de conseguir um horário de descanso depois desse estudo todo? –pergunta se aproximando dela que sorri em resposta, mas pondo um livro entre os dois. –Ai, ai, que vida eu tenho. –fala se deitando e abrindo o livro enquanto ela fazia o mesmo.

Como passaram o dia todo dormindo, não tiveram problema em ler boa parte dos dois livros e ainda reservar um tempinho pra namorar, antes de irem se preparar pra descer pro café da manhã.

Desceram ainda bem cedo e saíram quando o salão ainda não estava muito cheio, aproveitando o tempo pra ir até onde achavam que era o quarto de Rowena. Ao chegarem procuraram por qualquer coisa diferente, algo que lembrasse Rowena, tentaram usar o mesmo que usavam pra ver a sala precisa, enfim, tentaram de tudo e não conseguiram obter nenhum resultado.

Ao chegarem à sala de Transfiguração, onde se sentaram junto com Rony, já pegando o material pra aula que estava começando. Por sorte a professora era Tonks, que não tiraria pontos deles pelo atraso.

-Onde vocês se meteram que não os vi nem no café da manhã? –Rony pergunta preocupado aos dois.

-Nós acordamos mais cedo e praticamente fomos os primeiros a tomar café da manhã, então depois ficamos estudando uns livros que a professora Melissa nos deu. –Harry fala baixo pra que só Rony escute.

-Depois, Rony. –Hermione fala ao ver que o amigo diria algo. –Não vamos querer deixar a Tonks chateada. –se justifica e vê os dois se voltarem pra professora que começava a explicar transfiguração humana.

Depois da aula os três se dirigem pra aula de Herbologia, aproveitando o caminho pra contarem a Rony o que aprenderam sobre o feitiço e suas limitações. Ao chegarem ao hall de entrada, encontram Luna que parecia sair da aula de poções.

-Olá! –Luna os cumprimenta e depois vai até Rony, o beijando brevemente. –Está indo pra onde? –pergunta sorridente.

-Aula de Herbologia, mas nos vemos depois, na hora do almoço! –Rony fala também sorridente e depois beija um pouco mais demoradamente a namorada. –Até! – se despede dela, que segue meio distante pra aula de feitiços.

-É impressão minha ou perdemos algo? –Hermione comenta após Luna sair.

-Ah! É, eu esqueci de contar... –Rony fala sem jeito, ficando com as orelhas tão vermelhas que se confundiam com seu cabelo.

-Nem vem com essa, pode nos contar tudo no caminho! –Harry fala sorridente pro amigo, enquanto recomeçavam o caminho até as estufas.

No caminho, Rony conta em detalhes sua conversa com Luna e como se acertaram, recebendo muitos parabéns de Harry e Hermione que se sentiram um pouco aliviados com a boa nova, afinal seria terrível se Rony descobrisse sobre Luna, antes de realmente gostar dela.

No fim do dia, o time da Grifinória iria fazer os testes pra escolher uma artilheira, única vaga disponível nesse ano. Gina ia até o campo de quadribol, quando ouve algo, era um barulho baixo e seco, qualquer um ignoraria, mas ela resolveu ver o que era. Ao se aproximar silenciosamente, esconde-se atrás de uma pilastra e observa alguém sentado a sombra do castelo.
Parecia um garoto, estava ajoelhado e de cabeça baixa, ele olhava fixamente algo em suas mãos, mas dali não conseguia ver o que era. Aproximou-se mais e devagar, podendo observar que ele parecia olhar pra uma varinha, além de fazer um barulho que se assemelhava a um choro tímido, que tentava ser contido.

-O que houve, posso te ajudar? –Gina pergunta atenciosa.

-Não, eu to bem. –Draco fala e se vira rapidamente pra sair dali, mas Gina o impede, se assustando ao ver sangue nas mãos dele, que seguravam uma varinha, que ela sabia não ser a dele.

-O que você fez, Malfoy? Quem você atacou? –Gina pergunta agressivamente, sacando sua varinha e apontando pro peito dele.

-Cala boca, Weasley, senão você é que vai ser atacada. –fala furioso, fechando as mãos firmemente.

-Eu não vou hesitar em usar minha varinha, então é melhor dizer de quem é essa varinha na sua mão! –fala tentando soar o mais ameaçadora que pode, mesmo sabendo que poderia realmente ser a próxima vítima.

-Da minha mãe! –fala de uma vez e alto, depois respirando rápido e mantendo o olhar em Gina, que estremece.

Gina observa Draco com mais cuidado, vendo suas roupas amarrotadas, os olhos vermelhos, havia rastro de lágrimas na pele pálida e levemente enrubescida, as mãos estavam sujas de sangue, mas vinham de feridas nos dedos do loiro e não de outra pessoa como havia imaginado, inclusive, sob a luz, dava pra se ver um leve inchaço, que a vazia supor que ele devia ter socado uma parede.

-Eu sinto muito. –fala baixando a varinha e contendo a emoção que lhe tomava.

-Não quero sua pena. –fala passando por ela e se encaminhando pro castelo.

-E meu ombro? –pergunta ainda de costas e ouvindo-o parar de andar. –Se precisar de alguém pra conversar, eu estou aqui pra te ouvir. –fala se virando e vendo-o parado, de costas pra ela e parecendo pensar em aceitar a companhia dela. Gina caminha até ele e toca suavemente seu ombro. –Não é bom ficar sozinho agora, fica aqui comigo. –fala oferecendo sua mão pra ele, que em silêncio aceita e se deixa guiar por ela, até uma parte mais escura do jardim, onde batia uma leve brisa.

Os dois ficaram um bom tempo sentados e em silêncio, um do lado do outro, mas Gina ainda segurava fortemente a mão dele. Draco não chorava, só tinha o olhar perdido, como se estivesse em outro lugar.

-Ela era a única pessoa que realmente me amou, a única que me conhecia e a única com quem me importava, além de mim mesmo. –fala distante, seu olhar perdido no horizonte onde o sol se punha.

Gina o observa atentamente, suas mãos envolvendo a dele, como se quisesse o confortar e aquecer. Ele às vezes falava coisas sem sentido e outras pareciam lembranças, estava emocionado, mas não chorava.
Ficaram sentados por tanto tempo que Gina perdeu a noção da hora, quando foi despertada rapidamente de seus pensamentos por Draco que levantou repentinamente. Ajeitou as roupas como se quisesse recompor sua imagem de garoto durão e frio e limpou as mãos nas vestes, guardando a varinha de sua mãe.

-Avise ao Potter que Voldemort é meu! Não me interessa o que ele ache ou faça, eu vou matar aquele mestiço imundo! –Draco fala firmemente e depois sai a passos firmes na direção do castelo.

Gina ficou estática por um tempo e depois resolveu voltar ao castelo, certamente havia perdido o jantar, mas podia ver se conseguia comer algo no salão comunal.
Ao chegar no salão comunal, ela vai direto a Harry, Rony e Hermione que estavam sentados em um canto mais distante, fazendo algum trabalho.

-Oi! –Gina fala e Rony a olha duramente, fazendo-a lembrar do teste pro time.

-Onde minha artilheira estava? –Harry pergunta em sua melhor pose de capitão. Depois de olhar, em volta, Gina se senta entre Hermione e Harry, como se isso pudesse protegê-la de Rony, preparando-se pra contar o que aconteceu.

-Eu estava indo pro campo, quando ouvi um barulho e fui verificar, vi alguém que parecia estar chorando e me aproximei pra ver se podia ajudar... era o Malfoy. –ela comenta depois de respirar fundo e todos a olham espantados e incrédulos.

-Você estava até agora com Draco Malfoy? –Hermione pergunta tentando confirmar aquela hipótese bizarra.

-Sei que ele é um idiota, mas... ele recebeu a varinha da mãe dele. –Harry ergue uma sobrancelha olhando como se perguntasse “E daí?” –Isso significa que ela morreu. Foi vocês-sabem-quem que deu a ordem e pra garantir que ela não fosse sofrer, Belatriz se ofereceu e a deixou escrever uma última carta pra ele. Não preciso dizer que ele estava arrazado, não é? –se justificou e todos ficaram em um silêncio constrangedor, ao mesmo tempo em que achavam que Draco merecia sofrer, achavam que perder a mãe daquela forma era muito até pra ele.

-E como ele está agora? –Hermione pergunta hesitante.

-Como o velho Malfoy de sempre, inclusive pediu pra que eu te desse um recado Harry. –nesse instante Harry a olha sem entender nada, principalmente quando ela parece tomar coragem pra dizer. –Ele disse que é pra você ficar fora do caminho dele, porque não importa o que você queira ou faça, ele é quem vai matar vocês-sabem-quem. –fala sem conseguir encará-los.

-Ótimo! Voldemort é todo dele, eu não incomodo em nada! –Harry fala se segurando pra não rir.

-Isso não tem graça Harry, ele pode estar pensando em fazer uma besteira e pode morrer! –Hermione fala seriamente.

-Portanto que antes ele consiga arrancar um braço ou uma mão de Voldemort, principalmente se for a da varinha, por mim tudo bem! –Rony fala dando de ombro e depois rindo com Harry.

-Idiotas! –Hermione fala e sai com seus livros e pergaminho, seguida por Gina.

-O que deu nelas? –Harry pergunta sem entender.

-São mulheres, não podem ver ninguém chorando, não da atenção! Ei, você ficou com as anotações da Mione? –pergunta olhando os pergaminhos na mesa e Harry mostra sorridente vários pergaminhos em sua mão.

Algumas horas depois, Harry bate na porta do quarto de Hermione, que atende pouco tempo depois, mas logo fecha a porta na cara dele, que a impede de fechar, com o pé.

-O que foi? –pergunta sem entender o porquê daquilo.

-O que você acha, senhor insensível? –pergunta ainda tentando fechar a porta.

-Não vai querer suas anotações? –cantarola, sentindo-a parar de fazer pressão na porta. –Só abrindo a porta. –fala ao ver o olhar dela pela fresta.

-Ok, me dá logo as minhas anotações e vai embora. –fala abrindo a porta, mas sem algum efeito, porque Harry logo entra no quarto e fecha a porta atrás de si.

-Você não vai ficar brava comigo, justamente quando temos a chance de oficializar nosso namoro! –fala se aproximando perigosamente.

-Se você não falasse tanta bobagem na onda do Rony, eu não teria motivo pra brigar com você. –fala pegando as anotações e guardando cuidadosamente em sua mochila.

-O que você quer, que eu peça desculpas? Que eu diga pro Malfoy que Voldemort é meu? –pergunta irônico.

-Eu só queria que você pensasse nele como outra pessoa, como se fosse um dos seus amigos, como o Neville, o Dino ou o Simas! Será que é pedir muito apenas pensar antes de falar? Ele está sofrendo e pode morrer por isso, não é como se eu quisesse que fosse você, mas ele não terá chances. –fala tentando articular sua linha de raciocínio apesar do olhar que Harry lhe dirigia.

-É difícil pensar que não terei mais Dumbledore pra me salvar, pra me fazer sentir que tudo vai ficar bem, mesmo que não o pareça. –fala cabisbaixo, sentando-se na cama e escondendo o rosto entre as mãos, os cotovelos apoiados no joelho.

-Eu sei, também me sinto assim. –fala se sentando ao lado dele e o abraçando. –Mas eu tenho o pressentimento de que esse mapa vai nos levar a algo que poderá sim, nos ajudar! –Hermione fala otimista, pra ele que a olha pasmo.

-Desde quando você acredita em pressentimento? –pergunta em tom divertido.

-Ora vamos, Harry, não é como se eu tivesse adivinhando, é só que tem lógica, já que achamos tantos livros e coisas que talvez possam nos ajudar, magia bem antiga inclusive. –Hermione fala sensatamente.

-Pode ser, mas pra isso vamos ter que descobrir os outros quartos. –fala sem muita empolgação.

-E nós vamos conseguir, nem que precisemos fazer aquele feitiço várias vezes! –Hermione fala confiante.

-Eu espero que isso ajude mesmo, porque pela primeira vez, tenho um excelente motivo pra viver. –fala a abraçando e aproximando seus rostos.

-Devo acreditar que esse motivo seja eu? –pergunta com um sorriso maroto.

-Nós, nós somos um excelente motivo. –fala maliciosamente, fazendo-a deitar e depois a beijando de modo provocante.

-Harry. –fala após o beijo, fazendo-o parar de beijá-la no pescoço e olhar pra ela. –Você acha que o Rony já está preparado pra ouvir sobre nós? –pergunta incerta.

-Não sei, talvez, porque? –pergunta querendo entender porque interromper o beijo pra falar sobre aquilo.

-Porque assim poderíamos assumir logo e não precisaríamos namorar escondido. –fala acariciando-lhe a face.

-Mas e quanto a Voldemort? Não quero que ele saiba sobre nós, acho que seria bom mantermos isso em segredo, entende? –fala receoso.

-Mas você acha que ele já não sabe? Quer dizer, a Belatriz viu a gente, você sabe. –lembra-o do ataque perto do Beco Diagonal.

-Mas como não assumimos, pode não ter levado a sério. –fala tentando não pensar no pior.

-Bom, só esperando pra ter certeza, não é? –fala sorrindo e depois voltando a beijá-lo.

N/A: Desculpem a demora, prometo que vou tentar não demorar tanto de novo, mas eu realmente precisava pensar nesse mapa, ainda num sei pq inventei aquilo rsrsrsrsrs

N/A²: Gostaram da parte R/L e D/G? Eu não sou muito boa saindo de H/H, apesar de já estar treinando D/G a algum tempo rsrsrs

N/A³: No próximo cap, finalmente descobresse os quartos de Helga e Godric! Alguém chuta onde estão?

Próxima fic a ser atualizada: O sucessor

N/A2(Karina):Bem..eu não concordo com a visão da minha parceira em relação à insensibilidade do Harry, mas como estava viajando e não pude ler o capítulo todo antes de ele ser postado,(já q esse cap ela qm escreveu..)..dai o tadinho do HP ficou injustiçado e a Hermione (Como sempre né Lily?!!!!!) ficou (frescamente) chatiada com ele...e vou dizer pq acho q ele nao teria essa reaçao..ele SABE como é perder os pais..bom..espero q continuem lendo nossa fic XD e aki..me digam..o q acharam do feitiço e dos "efeitos colaterais" dele? thankssss

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