Alquimista



Capitulo 2 – Exploradores de Cômodos Parte 1- Alquimista





Em pouco mais de uma semana Lorde Districh e sua esposa Lady Silvara partiram, com uma grande comitiva de criados levando o que era mais valioso e delicado ( Cuidado com esse conjunto de porcelana! –gritava Lady Silvara a uma criada mais moça que levitava a grande e pesada caixa ). Os móveis e outras coisas mais pesadas foram despachados através de um portal de lareira que o Lorde, lá de sua nova mansão, criara. O trabalho dos criados consistiu em levitar as coisas até a lareira. Entendo que criados a que me refiro são os elfos domésticos. O Lorde possuía muitos, e aqueles foram os elfos mais arrumados que eu já vira na vida! Usavam uniformes e tudo o mais. Perguntei a Lady Silvara se eles não fugiam, já que lhe eram dadas roupas. Mas ela retrucou sabiamente:
- Se eles fugissem de nós, não haveria casa alguma que os quisesse abrigar. Morreriam de fome! E além do mais, meu esposo é severo porém muito justo com eles. Sabem que se ficarem na linha tem uma vida muito é boa! – terminou ela rindo.

Despedimo-nos e logo partiram. Meu senhor chamara alguns de seus amigos e suas esposas para conhecerem o castelo. Neste instante há uma confusão por parte dos elfos que mandamos ajeitar tudo. Segundo os criados, toda parte leste está desabitada há séculos e não ficará pronta para os hóspedes visitarem. Em compensação, o resto do castelo está limpo e alguns quartos da ala oeste foram preparados para os visitantes assim como as salas do térreo. Para o resto, de fato, tínhamos que esperar a chegada do Senhor Gryffindor e das Senhora Hufflepuff e Senhorita Ravenclaw. Faltavam também as masmorras. Mas como meu senhor suspeitava que talvez houvesse mais do que apenas masmorras lá embaixo, ele esperava que chegassem seus homens de confiança para as explorarem.

Eu estava no segundo andar, dando uma espiada nos cômodos. A maioria das peças estava vazia, sem nada de mais. Tentei abrir a última porta à direita. Neste corredor, a escada para cima estava bem ao lado desta porta. Bem no instante em que coloquei minha mão na maçaneta de latão ouvi um grito estridente que me gelou os ossos. Rapidamente peguei minha varinha das pregas de meu vestido e corri em direção ao grito. Tinha vindo do fim do corredor. Chegando lá, encontrei a grande porta sob o arco que dava para ala leste daquele corredor. Era como se fosse outro lugar! O corredor era quase que infinito, através da ilusão óptica de perspectiva com a qual fora feito. A poeira era tanta que abafava o som do salto de minha bota sobre a pedra. Entrei devagar, um pouco oprimida pelo aspecto do lugar.

Quando estava a três ou quatro passos da porta esta se fechou com um estrondo. Meu primeiro desejo foi correr de volta e tentar sair dali. Mas meu treinamento como bruxa me acalmou. Avistei então um vulto ao longe. Decidi ver quem era. O vulto entrou em uma porta a esquerda no fim do corredor. Sem perder um segundo, corri até lá. Foi muito estranho! Quanto mais eu corria, mais longo me parecia o corredor! “Isto é algum tipo de mágica muito poderosa!” Afinal, encantar um corredor inteiro não é pra qualquer um! Parei então, relaxei minha mente e visualizei exatamente onde queria chegar. Deu certo! Entrei porta adentro, meu coração pulando de nervoso. Uma longa escada em espiral, coberta com um tapete dourado! Desci afobada e curiosa.

Quase não acreditei no que vi! Um grande salão, iluminado por muitas tochas, cheio de bancadas de pedra com os mais estranhos aparelhos de vidro, muitos potes com diversas e coloridos líquidos nas prateleiras em nichos na pedra, e então eu a vi: uma mulher esplendorosa, vestida de vermelho e ouro, com olhos e cabelos vermelho vivos! Mais parecia uma fênix em forma humana!

Minha agitação foi tanta que não soube o que fazer. Ela observou nervosa minha varinha e replicou numa voz musical:

- Não vai precisar disso.Vou me apresentar: sou Lexiciania Kalandor.

- Não a conheço de nome, mas pode me dizer o que faz aqui?

-Você é rude menina! Muito bem –disse, ainda fitando a varinha – Sou uma alquimista. Se minha jovem senhorita consentir, acompanho-a até seu pai e senhor e explico minha situação.

Concordei com um aceno de cabeça, a varinha em riste. Pelo que minha ama me contara, os alquimistas mágicos há muito tinha se perdido, na maioria mortos por bruxos ignorantes que os acusavam de maldades. O fato é que poucos sobreviveram e ninguém sabia onde estavam! O conhecimento de tais homens e mulheres era incrível e afirmava-se que podiam, com seus compostos mágicos, viver muito mais que qualquer ser humano comum e que podiam viajar no tempo!

Logo chegamos ao escritório provisório de meu senhor, na grande sala onde fomos recebidos pela primeira vez em Hogwarts.

- Ah, ai está você, Magnólia –repreendeu ele, sem levantar os olhos de uns papéis sobre a escrivaninha. – Já devia estar lá em cima se banhando e se vestindo! Daqui a pouco nossos convidados irão chegar e...

-Acho que tenho uma novidade útil, meu pai!

Ele arqueou as sobrancelhas, intrigado com meu tom de voz e me olhou, avistando em seguida a mulher fênix.

-Sente-se –convidou a mulher –abaixe a varinha, minha querida, pode ficar tranqüila agora. –concluiu com um aceno de mão para mim.

- Então, quem é você, nobre dama?

- Meu nome é Lexiciania Kalandor. O antigo Lorde não sabia de minha estada na ala leste, apenas sua esposa me dera permissão para morar lá.

Bem, venho pedir-lhe para renovar meu contrato, mediante claro o pagamento de aluguel.

- Mas você ainda não me disse o que faz aqui, Lexiciania?

- Tenho meu laboratório de alquimia, senhor..?

- Slytherin. Hmm. Pode continuar em seus aposentos, minha cara! Mas devo adverti-la de que terei hóspedes em breve... Não quer se juntar a nós?

- Certamente, senhor! O senhor é muito gentil.

- Então, tenho certeza que minha filha ficará satisfeita se a acompanhar.

Subimos então ao primeiro andar, onde ficava meu quarto, com banheiro adjacente. Emprestei uma das roupas de minha mãe que ainda ficavam grandes em mim. Um vestido de cetim verde oliva com babados cor de creme. Contrastou lindamente com seu cabelo e olhos. Por minha vez, vesti um vestido cor de rosa forte. Eu particularmente gostava deste pois davam mais destaque aos meus cabelos e olhos negros e minha pele branca. Ao contrario de meu pai, que tinha a pele morena dos mouros, puxei a minha mãe, que era tão clara quanto o leite.

Descemos então para o salão. Teríamos ainda uma longa espera...

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