capitulo 03



As mãos de Miguel não paravam em minha cintura, elas circulavam por todo o meu corpo, fazendo-me sentir arrepios cada vez maiores.

- acho...Melhor pararmos-disse eu me afastando do corpo dele.

- por que? Eu sei que você quer...Esta estampado em seu lindo rosto...- ele sorriu deliberadamente enquanto passava o dedo indicador sobre minha boca-quer ir para outro lugar?

- acho...- eu tentei argumentar, estava sem aparentes motivos para recusar-é melhor...

Nós saímos da festa tentando manter a descrição, e principalmente me escondendo dos olhares de Draco, Harry e Rony.

Voltei a encontrar Miguel no coche dele. Durante o percurso a casa dele, trocamos algumas caricias e beijos ardentes.

Desgrudei os lábios dos dele para que eu pudesse ver melhor a casa. Linda. Uma casa de fachada branca, vitoriana, seus grandes vitrais pintados à mão, emolduravam as janelas do segundo e terceiro andar.

- não há ninguém em casa, somente alguns escravos-disse ele abrindo o portão para a minha passagem-vamos direto ao meu quarto.

Enquanto íamos subindo para o quarto, senti um olhar cair sobre mim. Mas não um olhar qualquer...Uma sensação de frio interno, de que estava sendo observada.

Olhei para fora da janela quando já estava no quarto de Miguel, mas nada vi, apenas a mesma sensação enquanto Miguel me abraçava pela cintura.

- venha querida...Deixe-me despi-la...- disse ele retirando o casado de veludo dele.

- Miguel... É melhor eu ir...Sabe...Alguém pode aparecer e não fica bem uma moça de família como eu estar aqui na sua casa...- eu fui me distanciando enquanto ele ia abrindo a camisa.

- não tenha medo...- ele se dirigiu à porta e a trancou-estamos seguros agora...- meu coração saltou algumas vezes, sempre parando em minha garganta.

-Querido...- ele se aproximou de mim e retirou minha luvas para logo em seguida beijar minhas mãos.

- shiii...Deixe-me ter aquilo que eu desejo desde que te conheci...- ele caminhou para as minhas costas e começou a abrir os feixes de meu vestido. Por fim, deixando-o cair lentamente, mostrando meu corpo seminu.

- que perfeição-ele tocou meu corpo com cuidado, como se ele fosse de porcelana-linda, pura e minha...

Eu nada mais podia fazer, as mãos de Miguel eram tão quentes e massageavam meu corpo me deixando com pequenos arrepios.

Voltamos a nos beijar novamente, e ele a me empurrar em direção à cama.

Ao longo de nossos beijos e caricias, quando ele já se colocava em cima de mim, eu senti novamente um olhar. Desviei o olhar do de Miguel e focalizei a janela, onde vi Draco me encarando friamente.

- Miguel...- eu o afastei do meu corpo-eu preciso realmente ir!

- para onde? Fica!- ele segurou meus pulsos na cama-você não sai daqui antes de fazer amor comigo!

- ME SOLTA!- gritei fortemente, me debatendo embaixo do corpo de Miguel. Foi então que uma forte ventania adentrou o quarto, fazendo com que Miguel me largasse.

Sai da cama e comecei a me vestir. Senti um vulto passar rapidamente por mim e me derrubar no chão.

- mas o que...- Miguel que estava sentado na cama não teve nem tempo de reagir. Draco o segurou fortemente pelo pescoço.

- ouça aqui mortal! Nenhuma mulher é como as vagabundas com quem você dorme! Vou lhe ensinar uma lição.- Draco mostrou seus presas esbranquiçadas.

- Draco não!- eu gritei me levantando e postando entre ele e o corpo de Miguel-por favor, não Draco...Na vale a pena se alimentar com o sangue de alguém tão sujo!- eu encarei os olhos avermelhados de Draco.

Ele ainda continuou segurando Miguel, ate que ele o soltou na cama.

- lembre-se bem disso mortal...Ela o poupou...Se fosse por mim você já não passava de um corpo!- Draco olhou para mim com cara de nojo-vamos embora-ele pegou no meu pulso e arrebentou a porta do quarto.

Quando já estávamos parados em frente ao coche, ele simplesmente abriu a porta e me empurrou pra lá com violência.

- Draco...Eu...- eu ia explicar, mas ele me interrompeu.

- não quero ouvir nada! Nenhuma desculpa esfarrapada!- ele cruzou os braços e seus olhos se perderam para fora da janela.

Ele preferiria pensar que eu não existia. Por vezes dentro do coche ainda eu tentei argumentar com ele, mas não consegui nada. Ele simplesmente ignorava tudo vindo de mim. Ignorava minhas palavras, meus gestos.

Ao chegarmos na mansão, Draco ainda não havia falado comigo. Enquanto subíamos as escadas eu pude escutar um ruído sair de sua garganta. Ele estava nervoso com o que tinha acontecido. No corredor que levava para nossos quartos, eu o vi lançar um olhar irritado para Harry e Rony.

- melhor você ir se deitar Gina-disse Harry abrindo a porta do quarto.

Eu não retruquei. Simplesmente acatei as palavras de Harry e segui para meu quarto ruído.

Quando entrei ouvi a forte batida da porta e em seguida alguns gritos e berros vindo de Draco.

Eu sentei em minha cama e tampei meus ouvidos com as mãos, desejando que ele parasse de gritar.

Após algum tempo, não ouvi mais ruído nenhum. Provavelmente Harry havia domado Draco ou ele simplesmente devia ter saído para matar e acabar com a frustração daquele dia.

Nem me dei ao trabalho de trocar de roupa. Simplesmente deitei em minha cama e desejei que aquilo passasse de vez.

Acordei um pouco depois do almoço, o qual eu dispensei, e fui procurar Harry. Burlei as regras que Draco tinha imposto para esses casos.

Sai de meu quarto e passei as maos pelas escritas em cada quarto, afim de tentar entender alguma coisa. Abri a primeira porta que vi e vi um caixão.

- que original- falei em voz baixa enquanto fechava a porta. Não havia luz nenhuma no quarto. As grossas cortinas de veludo não deixavam nada passar por elas.

- Harry! Harry! – eu fui lentamente ate o caixão e tentei empurrar a tampa- que...ai! – quando via a tampa levantou sozinha e dei de cara com um Draco seminu.

- o que quer? Eu não te disse pra não sair de seu quarto? Será que você não presta nem pra isso!- ele falou tudo muito rápido enquanto eu estava boquiaberta olhando para ele.

- erm...eu...eu...queria conversar com alguem...- eu estava muito vermelha. Eu sabia disso. Ele simplesmente levantou as sombrancelhas.

- e por isso achou que seria o Maximo sair de seu quarto pra incomodar os outros?- ele me olhou interrogativamente.

- desculpe...nao tive a intenção...

- não...voce nunca tem não é?- ele sentou no seu caixão.

Eu estava lá calada com um vestido de festa amassado e ainda aberto. Caindo sobre meus ombros. Eu estava literalmente vulnerável. Ele sabia disso, mas por algum motivo ele não falou mais nada, simplesmente deitou de lado e puxou meu pulso.

- deite-se aqui...- eu subi lentamente e me deitei também de lado no caixão. Ele fechou a tampa do caixão e ficamos lá, por um tempo nos encarando.

Eu não sei o que aconteceu, eu simplesmente me senti com muito sono. Senti Draco passar a mão sobre meu rosto e depois me puxar pra poder apoiar minha cabeça no peito dele.

Quanto tempo eu fiquei lá? Eu não sei.

Lembro que pode ter se passado horas e horas, eu não estava ligando.

Só acordei quando senti Draco se levantar e chamar por mim. Pelo jeito estava na hora dele ir se alimentar. Quando levantei do caixão com a ajuda dele. Eu fui direto pro meu quarto sem nem falar nada.

Tomei um demorado banho e quando sai de lá, não havia mais ninguém em casa, somente um bilhete falando que era para eu ficar em casa como castigo pela noite passada.

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