Capitulo 01



Foi em 1792 que o conheci. Um lindo jovem, bem mais jovem do que hoje e um tanto velho para a época, Com seus cabelos castanhos longos e olhos tão profundamente verdes que ilumina a mais pura alma. Devo começar de onde o conheci, ou de como me transformei no que sou? Seria...Antiético começar pelo meu despertar Na época eu era uma jovem cobiçada, rica, interessante para a sociedade, o que contava realmente para certas ocasiões. Em minha mente sádica, eu havia nascido para apenas um propósito, ser uma boneca. Cabelos ruivos como o fogo que ardia nas maiores paixões já escrita por shakespear, olhos verdes acastanhados, boca...Um...Bem alinhada para o ano em que viva...Vermelha, carnuda...Normal hoje em dia... Enfim, tudo em mim fazia um conjunto de pureza e nobreza européia, que a todos conquistavam. Sustentava em meu pescoço, parte de uma crença. Uma cruz cravada dos mais puros diamantes, lapidados, e alinhados, contrastando com a minha pele branca. Em um dos Grandes bailes dados pela corte francesa, eu o vi. No meio de tantos 'almofadinhas' ele se destacava por tal beleza e gestos inconfundíveis. Acompanhado deste estava um Loiro bem distinto já se via ao longe. Olhos famintos que há pouco tempo depois eu acabei sentindo o peso deles... Entendam, os bailes só eram dados com alguns 'propósitos', no caso este era oferecido pela viúva Saint Brown , uma dondoca que acusou um pobre negro de ter matado seu marido. Todos da corte sabiam que ela tinha um certo dom para sumir com seus maridos ricos... Alguns dias apos este baile, a madame foi encontrada morta junto com seu servo e mais seus adoráveis (impertinentes) poodles...Um alivio para a corte... Ao longo do baile, enquanto meus pais se distraíram com conversas e fofocas alheias, me dirigi ao jardim, sem mais nada a fazer. Meu olhar cruzou ao dele, poucos minutos...Segundos, mas o bastante para me deixar vermelha. Fui em direção ao jardim. Ao olhar em minha volta, Vi meu pai com seus amigos, cobiçando algumas jovens que ali se insinuavam. Meu pai como tantos outros senhores, tinham uma fissura por garotas jovens de peles sedosas e frágeis ao toque. Pedófilos...(¬¬) Bem...Em uma de minhas saídas ao jardim, eu vi que meu lindo cavalheiro estava na companhia da viúva e que se dirigiam ao um pequeno lago que se localizava muito mal atrás das arvores. Quanto mais eles foram se aprofundando na escuridão, mais receosa eu fiquei...Não fui verificar o que eles foram fazer, por que meu pai decidiu que já era hora de ir para a casa. Durante o trajeto, eu nada prestei atenção à conversa de meus pais, afirmava, mas não escutava uma só palavra. Perdi-me nas orbes da Lua, que estavam azuis indicando perigo não tão distante... E tendo mais alguns pensamentos, eu adormeci, em minha cama, a Sonhar com Meu cavalheiro de olhos verdes.

Na manha seguinte fui acordada por minha mãe de uma maneira bem sutil, dizendo algo sobre visitantes noturnos. Aos poucos fui me levantando e criando coragem para ir ate a casa de banho e fazer a minha higiene matinal, onde demorei um pouco pra ver se despistava a minha mãe. Quando retornei ao quarto novamente, tive a visão de um belo vestido em cima de minha cama. Lindo. Era o único adjetivo que vinha a minha mente. Brando com um decote ousado, todo modelado em brilhantes azuis. O tecido sem duvida era seda chinesa.

Enquanto eu me deleitava a admirar o vestido, minha mãe rompeu pela porta dizendo que não era para eu tocá-lo, então ela o guardou novamente.

Ao longo do dia eu fiquei imaginando quem seriam nossos adoráveis convidados, mas logo um temor se apossou de mim quando eu lembrei do olhar do Loiro para mim. Seria capaz...? Não...Estaria eu muito desesperada para ver meu cavalheiro. A noite foi se aproximando sorrateiramente quando eu me pus a tomar banho e a vestir-me para aquele jantar. O vestido tinha cabido em mim perfeitamente. Egoísmo meu na época caros leitores. Prendi meu cabelo num rabo de cavalo alto, deixando meus cachos se sobressaírem na cor do vestido.

Eu fui chamada por um dos escravos. E ao descer as escadas meu coração deu um pulo ao ouvir tantas vozes.

- Ahhh...Aqui esta minha filha Virginia -disse meu pai se postando ao lado da escada e me dando a mão para descer os últimos degraus.

- Uma admirável filha devo lhe dizer meu caro Weasley -disse uma voz arrastada ao lado do sofá, perdida entre a escuridão da sala.

- muito obrigado senhor...?- parei ao lado de meu pai, esperando que a voz mostrasse sua verdadeira face.

-Malfoy, mas pode me chamar de Draco-disse o loiro da festa passada. Fiquei maravilhada com a brancura de sua pele e com o toque gélido dele em minhas mãos ao beijá-las delicadamente-e este é meu irmão mais novo, Harry-em seguida foi à vez de Harry me cumprimentar. Ahhh...Meu coração quase explodiu de tanto desejo ao ver aqueles olhos mais de perto.

- Muito prazer em lhes conhecer-disse eu me sentando delicadamente no sofá, ao lado de Harry. Voltaram a conversar sobre negócios é claro.

- sabemos que o senhor esta vendendo suas terras senhor Weasley -disse Draco colocando seus olhos sobre mim. Tive a impressão dele estar entrando em minha mente.

- sim, apenas uma parte, já que a outra ira como dote quando minha filha casar-disse meu pai se servindo de outro copo de licor. É realmente humilhante o fato de meu pai tratar sua filha única como se fosse gado pronto para o abate.

E foi assim que eu notei os olhares furtivos de Harry. Mas sempre com receio. Bem naquela época não podíamos fazer nada. O Maximo que nos era permitido era uma troca calorosa de olhares e esperar que ele entendesse.

Draco que nos observava silenciosamente, veio em minha direção e pousou sua mão em meu ombro. Refreei um gemido com o toque dele.

- Pois bem, eu lhe trago uma proposta-disse lestat apertando meu ombro.

- e qual seria?- perguntou meu pai, sorvendo mais um gole de licor barato.

- o que acha de me vender as suas terras? Ofereço uma quantia alta-Disse ele se postando atrás de mim.

- Seria interessante...

- mas também a mão de sua filha-Disse ele lançando olhares de esguio a Harry.

- hum-foi o único barulho emitido por meu pai. Seria meu pai tão estupidamente egoísta a preferir dinheiro a um Bom casamento para sua filha? Certamente que sim!

- e devo lhe adiantar que ela será tratada com toda a mordomia necessária, praticamente como uma rainha francesa.- minha mãe abriu um longo sorriso, quanto a mim só restava rolar os olhos discretamente e fingir que adorei a proposta.

Por assim a noite se seguiu. Assuntos sobre terras, casamento, casas, lotes caríssimos e bailes.

Tédio. Era assim que eu me sentia por estar naquela conversa.Percebi que tão pouco interessava a Harry, já que ele só afirmava as indiretas de Draco.

Em uma certa hora, durante o “Brandi”, eu pedi licença e sai em direção aos jardins, passando pelas rosas vermelhas de minha mãe e fui ate um banco onde tinha uma visão plena da lua. Senti-me tão bem ao ser banhada pela lua que nem percebi a presença de Harry.

- o que fazes aqui?- perguntei virando levemente meu rosto para observá-lo

- vim apreciar a noite, como você faz-disse ele-às vezes ela pode nos mostrar a verdade sobre nosso futuro sabia?

- o que você quer dizer com isso?- perguntei encarando os olhos verdes dele-como podes saber disso?

- por que muitas vezes só de olhá-la podemos pensar em alternativas. E então percebe que tem um destino a seguir, mas que só é alcançado quando você tenta uma das alternativas.- ele retribuiu meu olhar.

O olhar de Harry pode ser tão inofensivo quanto o de um lobo selvagem.

Senti-me atraída por ele, me aproximei lentamente ate poder tocar sua pele branca com a ponta de meu nariz. Desejo. Eu vi no olhar dele.

Ele podia Ler minha mente, eu sabia, por isso pensei em varias hipóteses, e uma delas era sentir os lábio dele. Eu o queria.

Quando nossos lábios iam se tocar, eu ouvi um grito vindo da casa. Desviei o olhar do dele e me levantei, colocando a mão no meu crucifixo. Mais um grito. Comecei a correr em direção a minha casa, sendo seguida fielmente por Harry que tentava me agarrar. Não prestava mais atenção em nada, nem mesmo as minhas pernas sendo machucadas pelos espinhos das rosas de minha mãe.

Ao chegar na sala, vi o corpo de minha mãe sendo rodeada rapidamente por uma poça de sangue. Louis segurou meu pulso.

- me solte!- eu gritei me debatendo, tentando me livrar dele.

- quieta!- ele apertou ainda mais meu pulso

-arrrrrrrr-eu rugi de raiva-me solte! Agora! Quero achar meu pai!

Consegui me soltar e correr ate o escritório dele. No caminho eu vi o corpo de um dos escravos e me desesperei. Ao chegar na porta (que estava escancarada) vi Draco segurando meu pai firmemente enquanto mordia-lhe o pescoço. Quando Draco notou minha presença o largou e veio em minha direção.

- minha criança...Minha futura esposa...Irei lhe proporcionar a chance que eu nunca tive.-ele estava se aproximando cada vez mais.

Quando eu bati as costas na parede, senti seu hálito em meu pescoço, me induzindo a estendê-lo para ele. Senti algo lutar contra minha pele.

- Draco!- era Harry-vamos levá-la...Servira como conexão ao mundo dos mortais.- o Loiro olhou atentamente pra mim, parecendo pensar.

- Vá pegar suas coisas. Irei terminar de pegar algumas coisas aqui-disse ele saindo de perto de mim e indo ate Harry-vá com ela!

Harry veio ate mim, pegando fortemente no meu braço e me levando escada acima.

Enquanto eu arrumava minhas coisas, Harry olhava atentamente as pinturas que havia nas paredes.

- isto é da Vinci?- perguntou ele passando os dedos na borda do quadro.

- sim-disse eu secamente arrumando meus vestidos e minhas jóias dentro de um baú velho que estava ao lado de minha cama-me diga, o que vocês realmente são?Ladrões? Seqüestradores?

-vampiros-respondeu ele se postando ao lado da porta. Eu simplesmente ri. Ele se aproximou-é a mais pura verdade. O que você viu agora a pouco é a nossa forma de alimento.

- mas...- eu me sentei na cama tentando digerir tudo, lembrar de cada fato-quer dizer que...Ele ia fazer a mesma coisa comigo?

- não. Draco costuma transformar mulheres bonitas em vampiras e trata elas como se fossem objetos...- ele pegou meu baú e se dirigiu ate a porta.

- e o que acontece quando ele se cansa delas?- eu me levantei e comecei a tirar alguns quadros.

- ele as mata-disse Harry suspirando-vamos antes que ele se irrite.

Eu concordei, afinal não há nada que eu possa fazer. A minha cabeça estava a mil, mas entre tantas eu tinha um lado ruim e um lado bom...

O lado bom: Ótimos! Vampiros vivem eternamente, seria interessante ver os séculos passar e eu continuar jovem.

O lado ruim: o que aconteceria comigo se Draco cansa-se de mim? Seria morto por apenas existir?

Quando sai de meus pensamentos, notei que o coche havia parado há algum tempo e somente eu estava dentro dele. Fiquei deslumbrada pela mansão em que o cocheiro nos trouxe. Ainda perdida em alguns pensamentos, ate que fui puxada bruscamente pelo pulso por Draco.

- já vi que educação não é uma virtude sua não é?- grite ao puxão.

- certamente minha doce madame, e ira notar também que sua virtude não é ficar calada.- ele dirigiu sua fúria para seus olhos prateados.

Nada respondi...Somente fitei aqueles olhos por algum tempo, tentando entender o do por que de tanta revolta. Vi a mão dele se dirigir ao meu rosto e o toque gélido de seus longos dedos em minha face rosada.

- Sabe...Em Ti eu não sinto apenas atração física, mas algo que me faz querer poupar sua vida-ele roçou levemente seu dedo em meu lábio. Ia retrucar, mas Harry já estava nos observando.

- Draco! Preciso lhe falar-disse ele delicada e pausadamente. Draco fez apenas um sinal de aceitação.

Levaram-me ate um longo corredor, onde pude ver muitas portas. Ao que parece meu quarto era ali, numa porta ruída por cupins e caindo os pedaços.

- fique aqui, este será seu quarto ate que eu decida o que fazer com você. Ate lá, servira de comida para quando quisermos-disse Draco me empurrando para dentro do quarto e em seguida me largando lá, com meus baús de roupas.

Eu me larguei na cama e fiquei observando o teto mofado de minha nova moradia. Passando o olhar pelo quarto, notei uma portinhola que levava a uma singela varanda.

Ao abri-la, com um grande rugido senti a brisa fria do começo de uma madrugada. Uma lua cheia que iluminava a rua com seus estranhos passeando. Vi ao longe uma senhora sendo assaltada e poucos minutos após, sendo brutalmente assassinada. Fiquei a olhar para a rua novamente. Suas casas mórbidas, seus moradores decadentes, famintos, ansiosos por vidas de luxuria.

Quando decidi me recolher já passava da uma da manha. Troquei meu pesado vestido por uma camisola fina, de renda branca. Em minha mente Draco não daria a cara mais em meu quarto.

Quando já estava completamente perdida em sonhos e acontecimentos, senti uma mão pousar em minha cintura. Prendi o fôlego e fechei os olhos, querendo e desejando que aquela sensação de frio passasse. Soltei um longo gemido ao notar a mão dele em meu seio.
Rapidamente me afastei, batendo as costas na cabeceira da cama.

- Calma pequena...Não irei te fazer mal...
- o que você pensa que esta fazendo?- eu disse sentando melhor na cama.
- vim me alimentar-ele respondeu lentamente, deixando cada palavra sua fluir em minha cabeça-eu lhe avisei não?
- você já não se deu por satisfeito com o sangue de meu pai?-eu disse enquanto ele deitava seu corpo por cima do meu.

- na verdade não...Harry já deve ter dito que sou insaciável...Não é?-disse ele pausadamente, se postando no meio das minhas pernas-não ira doer...Será bem rápido e quando perceber já terá acabado...

Ele foi ao poucos beijando todo o meu ombro. Dando pequenos e molhados beijos que me faziam querer mais. Mas suas presas me perfuraram e eu não pude evitar um gemido longo e doloroso. Sentia meu sangue ser drenado a cada segundo, sentia minha pele se abrindo cada vez mais. Pareciam fios que passavam por todo o meu corpo, numa velocidade extraordinária. Segurei fortemente os cabelos de Draco e pedi para ele parar.

Ele atendeu meu pedido, fazendo com que eu tivesse um pouco de respeito pelo ato que ele fez. Após ele ter parado, senti meu corpo pesar, meus pescoço ardia profundamente, mal percebi quando ele me colocou direito na cama e puxou as cobertas em minha direção.

- calma pequena...Você vai sobreviver...Ficara um pouco fraca. Só isso...- ele passou a mão que agora perecia aquecida pelo meu rosto-tem comida na dispensa, caso queira. Devo-lhe avisar para não entrar em mais nenhum aposento desta casa...Ela contem segredos dos quais você nunca devera saber...- ele se levantou e saiu.

Com muita exaustão, dormi. Num sono profundo, sem sonhos, um sonho para os desesperados.

N/A: oie!!!!
estou postando o primeiro capitulo da minha fic, espero que voces gostem^^ hehehehehe
deixem comentarios!!!!
bjos!!!!

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.