Lyss Miriam
Capítulo 13: Lyss Miriam
Na segunda semana de aulas aconteceria o primeiro jogo de Quadribol. Harry pôs a equipe para trabalhar a muito.
- O jogo vai ser fácil, mas isto é só uma premonição! Eles estão melhores, mais fortes, mais ágeis. Quero todos treinando muito, e quando digo muito é mesmo MUITO! Eles podem não estar à nossa altura, e garanto que não estão, mas que estão melhores, isso estão! durante essa semana vamos treinar dia sim, dia não, e nos outros jogos não será diferente! Quer a gente tenha o jogo no papo quer não, temos que dar tudo por tudo. E eu sou o exemplo disso em pessoa. No meu terceiro ano perdemos um jogo contra os lufa-lufas, apesar de termos treinado muito. – falou ele à equipe.
- Foi atacado por Dementadores… - murmurou Gina, mas se calou ao receber um olhar duro do capitão.
Assim fez. Harry, sabe lá como, conciliou os estudos com os treinos e passaram a semana no campo treinando.
Quando finalmente o jogo chegou estavam mais que prontos. Harry tinha assistido a alguns treinos deles de longe e tinham aprendido a se defender das táticas deles. As jogadas mais importantes do jogo não tinham sido ensaiadas, pois os Lufa-lufas poderiam ver como eram, mas estavam mais do que decoradas.
- E aí vem a equipe dos Grifinórios! O recém-nomeado capitão Potter, como apanhador! Os três artilheiros: Creevey, Campbell e Weasley! Como batedores temos os sucessores (aptos) dos lendários Fred e George Weasley: Jonas e Bright. E o grande herói do campeonato passado, como Goleiro: Weasley!
Uma salva de aplausos à equipe vermelha e dourada varreu o estádio.
- E agora os Lufa-lufas entram em campo liderados pelo capitão, Smith! Como um dos apanhadores, o resto dos três são Bones e Watson, os batedores são Londryin e Williams, a goleira Ravins e o apanhador Kohlers!
Outra sessão de aplausos correu o estádio.
O jogo começou com um excelente DuppleDefence (táctica em que os dois batedores batem ao mesmo tempo no mesmo balaço causando maior impacto e um ataque mais forte) dos dois batedores da Grifinória obrigando Ravins a usar o giro da preguiça dando oportunidade a Gina para marcar dez pontos a favor da Grifinória!
O primeiro truque estava feito!
A seguir veio a Woollongong Shimmy, a dança ziguezagueada a alta velocidade para confundiu os artilheiros e o goleiro dos “amarelinhos”, dando a Colin a situação perfeita para o gol, Situação que este não desperdiçou.
Mais dez pontos para Grifinória.
Seguiu-se um ataque da parte dos lufa-lufas, mas felizmente não deu em nada pois Ron defendeu.
Hawkshead Attacking Formation, foi outra das técnicas pesquisadas por Harry! Obrigando os adversários a afastarem-se perante a seta, formada pela equipe vermelha, liderada por Campbell. A goles saltava de mão para mão e deu uma volta completa antes de ir para às mãos do líder da seta.
- 30 para Grifinória, 0 para Lufa-lufa! Acho que nunca se viu nada assim! A equipe da Grifinória está utilizando os métodos mais raros!
Logo a seguir, Gina deu graças a Petrova Porskoff, uma artilheira russa. John Campbel se ergueu no ar e quando tinha quase todos os artilheiros amarelos atrás dele olhou para baixo e verificou que Gina estava mesmo por baixo, em posição. Lançou-lhe a goles e Gina marcou não dando hipóteses a Ravins!
A equipe da Grifinória estava mais ousada como nunca se tinha visto. Podiam ver os flashes da máquina de Dennis Creevey, afinal um jogo destes iria ficar para a memória!
Entre estes e outros ataques os Lufa-lufas marcaram dez pontos, mas nada comparado com o 5 gols que os Grifinórios já tinham marcado por essa altura.
(N.A.: esta vai ser das poucas partes em que o ponto de vista vai ser de outra pesoa se não Gina)
Lá em cima Harry , sorria orgulhoso da sua equipe. Voava lado a lado com Kohlers, à procura do pomo de ouro.
Finalmente, aos vinte minutos de jogo, avistou-a.
Numa espiral tão apertada que quase rodava sobre a própria vassoura começou a descer. Levava Ernest colado a ele. Era agora ou nunca. Retirou a mão do cabo da vassoura e preparou-se para fazer uma das fintas mais difíceis do Quuadribol. Não tinha explicado a ninguém, nem tinha avisado a equipe que ia usar. Parou de rodopiar por um bocado, ganhando mais velocidade como conseqüência, mas para sua felicidade Ernest conseguiu acompanhá-lo. Esta descida cortou a respiração ao público. Harry calculou que estava na posição ideal, estendeu o braço e recolheu-o tão rápido com o tinha estendido, fingindo assim um soco no nariz e assustando o adversário que parou a descida. Kohlers não sabia o que lhe tinha acontecido e ficou parado, dando tempo a Harry para acelerar a fundo e recomeçar a espiral. Pela segunda vez no jogo Harry esticou o braço, mas desta vez não foi para fazer a finta Transylvanian Tackle, foi para fechar a mão sobre a pequena bola dourada e sentir as pequenas asinhas a debater-se entre os seus dedos.
Ergueu o braço no ar e começou a subir em direção aos restantes membros da equipe!
- E GRIFINÓRIA GANHA! POR 230 A 30!!! NUM JOGO NUNCA ANTES VISTO!
Gina não conseguia acreditar! Harry tinha feito uma coisa praticamente impossível! A equipe toda junta desceu até o gramado. As duas equipes apertaram as mãos.
- Que jogo! Meu Deus! Vocês nem nos davam oportunidade de tocar na bola!
- Sabe como é… Não podíamos ter pena de vocês! – respondeu Harry com um sorriso deslumbrante.
- É nós notamos isso! – respondeu meia apatetada Susan Bones, com um sorriso.
Era incrível como aquela equipe conseguia estar sorridente depois de uma derrota daquelas!
Ambas as equipas seguiram para os respectivos salões comunais. Tomaram duchas e vestiram-se.
A tarde na sala comunal foi gasta a comentar as fintas. Harry tinha ido desenterrar as fintas usadas no Quadribol profissional.
- Harry! Como foi? Como é que tu fez aquilo?
- Também não sei, mas eu treinei várias vezes, mas sem ninguém, claro… - respondeu ele perante a cara interessada de Gina.
- É uma das fintas mais difíceis de sempre!
- Eu sei… – ele coçou a cabeça distraído – Mas contra o Malfoy vou usar a mais difícil…
- A finta Wronsky? Ta maluco! Ainda vai pro chão!
- Talvez… mas se eu for ele também vai…
- Então e para os artilheiros? Já arranjou mais estratégias?
- Nop, mas vou combinar algumas… e ver se dá.
- Vou tomar banho…
- Ta, eu também… falta uma hora para o jantar.
Os dois seguiram os caminhos opostos.
No jantar aguardava uma surpresa a todos os alunos.
- Boa Noite, a todos. Antes de mais nada queria parabenizar a equipe de quadribol da grifinória pela excelente exibição! Sem palavras! Digo que o espetáculo igual a este só na época da equipe liderado por James Potter… Tal pai, tal filho. – Harry sorriu de orelha a orelha e vários colegas lhe deram umas palmadinhas nas costas. – Dito isto, passemos ao importante, este ano, temos uma exceção. Uma aluna da escola de magia da Irlanda, vai juntar-se a nós. Por motivos de segurança não pode continuar na sua anterior escola e era muito importante que continuasse com os seus estudos. Já lhe fizemos os testes e ela entrará diretamente no sétimo ano. Vamos agora fazer a seleção para a casa para que todos os alunos possam saber e ter garantias de que ela está na casa correta quer em tempos positivos, ou negativos.
As portas abriram-se, entrou Argus Filch, carregando o banco tripé e o chapéu seletor. Seguindo o caminho do empregado vinha uma menina.
Ela vinha já com uniforme vestido. Tinha os cabelos mais bonitos que alguém ali alguma vez vira. As raízes eram vermelhas vivas e continuava dessa cor até à altura dos ombros, altura essa em que começava a clarear e a ficar cor-de-laranja, assim era até à cintura onde começava a ficar ainda mais claro, tornando-se loiro! Parecia fogo!
Nervosa debaixo de tantos olhares curiosos sentou-se no banco. Filch colocou-lhe o chapéu.
- Hum… Inteligente, sim, mas leal! No entanto, nem Ravenclaw, nem Huflepuff… Slytherin, talvez… Ou… Sim! Vejo Bravura, muita bravura! GRIFINÓRIA!
Os ombros dela desceram de relaxamento e a mesa de Godrico entrou num silvo de aplausos simpáticos.
- Lyss Miriam, o novo membro da Grifinória! – anunciou Dumbledore.
Lyss caminhou até à mesa. Olhou em volta, o trio e Gina, num reflexo de simpatia levantou o braço. Ela sorriu e sentou-se ao lado deles.
- Oi, bem-vinda a Hogwarts, eu me chamo Ronald Weasley! Mas prefiro que me chame por Ron.
- Olá.
- Sou a Hermione, mas Mione é mais fácil!
- Gina Weasley, Bem-vinda!
Lyss olhou durante um tempo para Gina.
- Tem um cabelo lindo! – disse ela.
- Nada comparado ao teu. – sorriu Gina.
- Na verdade a um certo ponto enjoa!
- Desculpem interromper uma conversa tão interessante, Harry Potter, prazer.
Ela inclinou a cara, como se não tivesse compreendido o que ele tivesse dito e depois um sorriso abriu.
- O prazer a todo meu! Imagina… O rapaz que sobreviveu!
- Cuidado! Se faz dele um Herói ele ainda te mata! – comentou Ron.
Ela não compreendeu nada do que Ron disse.
- Desculpa, ele não se expressou muito bem, o que ele queria dizer era que o Harry não gosta de ser considerado um herói, ele abomina a fama.
- Ah, obrigado Hermione.
O jantar iniciou-se e Lyss parecia deliciar-se a cada palavra e sorriso de Harry. Gina não gostou nada disso!
- É verdade, eu vi o jogo, e não pude deixar de reparar que pelo menos a vossa equipe é de extrema qualidade. – virou-se para Harry – Deves ser um ótimo capitão.
- Na verdade, é mais que ótimo! – Disse Gina, com uma pitada de orgulho mas também de ciúmes!
- Mas o que é um bom capitão sem uma boa equipa? – perguntou Harry passando o braço por cima dos ombros de Gina, isso acalmou-a.
- Pois, vocês os dois também estiveram um espetáculo! – elogiou a jovem Miriam.
- Obrigado! – agradeceu Ron.
- Fui ensinada a voar pelo meu irmão, que foi um excelente apanhador, acho que devia pelo menos, jogar bem…
- Harry, e tu? Quem te ensinou a voar? Quer dizer… cresceu com trouxas…
- Na verdade… ninguém.
- Ninguém?!
- É, desde o primeiro ano que eu sou apanhador na equipe.
- Tinha que idade?
- Onze. O meu pai era mesmo excelente! Pelo menos pelo que dizem… Enquanto ele foi capitão ganharam sempre a taça! Pena que eu só vou ser durante um ano!
- Deve ter saído ao teu pai.
- Deve, não! Saiu! – exclamou Ron.
A semana passou e Lyss foi se integrando cada vez mais no grupo de amigos. Harry e Ron recebiam olhares de inveja de alguns rapazes e Miriam foi várias vezes alvo de brincadeiras de mau gosto de meninas ciumentas. Gina estava cada dia mais insegura quanto a Harry. Ele parecia apreciar a companhia dela, mas no entanto também ganhara uma grande afinidade com a irlandesa, não esquecendo o fato desta estar obviamente apaixonada (ou melhor obcecada) por ele!
***
No fim do mês, na sexta –feira antes duma visita a Hogsmeade, Gina andava atarantada à procura do seu livro de poções. Quando chegou à conclusão que o deixara na sala de poções decidiu ir falar com a professora Minerva.
Estava chegando ao corredor que levava a sala e teve um choque.
Harry estava encostado à parede e Lyss estava de mãos apoiadas nas pedras a beijá-lo.
Gina não quis ficar para mais.
Virou-se sem fazer barulho e sem olhar para trás e voltou para a torre.
Passou a tarde toda chorando. Nem sequer saiu para jantar.
Porquê? Porque é que ela tinha de o amar, logo a ele?! Porque é que tinha de escolher um rapaz que a magoava tanto? Não que ele quisesse, claro. Mas logo com ela! Só a conhecia havia uma semana…!
Ela adormeceu, mas sempre com pesadelos e acordando de cinco em cinco minutos e assim se passou a noite.
Levantou-se as seis da manhã e se vestiu, arrumou-se como nunca tinha feito (só para festas). Poderia magoá-la ainda mais, mas ela iria a Hogsmaede ouvir o anúncio de namoro da boca dele, saber as razões. Em que é que ela, Gina, tinha falhado.
Estudou a manhã toda, enfiada no quarto, que nem uma marrente. Não tomou o café nem almoçou, não tinha fome alguma!
Era já de tarde e hora de ir. Desceu mas não encontrou ninguém, todos já tinham ido. Subiu até ao quarto para ver se Hermione ainda lá estava.
Qual não foi a sua surpresa quando encontrou Hermione lá, mas não estava sozinha, Lyss também lá estava.
Esta última chorava compulsivamente.
Gina fez um esforço para sentir pena dela, na realidade, não sentiu nenhuma. A voz saiu-lhe azeda, mas conseguiu disfarçar com um espirro.
- Que foi? Que se passa?
A “ruiva” levantou os seus olhos, castanhos quase amarelos, fixou-os nos da jovem Weasley, com imensa dor, como se tivesse percebido o azedume. Gina, envergonhada com os seus sentimentos desviou o olhar e de súbito sentiu pena de Lyss.
- Hei, Lyss, que foi? Porque está assim? – perguntou com uma voz mais doce.
Ela tentou falar, mas ao abrir a boca não saiu som nenhum sem ser outro soluço, olhou para Hermione e pediu-lhe, para começar, com os olhos molhados.
- Ela tentou arriscar com o Harry.
A verdade passou ao lado de Gina, ainda precisou de mais para perceber.
- Como assim?
- Tentei beijá-lo, bem, o beijei! Mas ele afastou-me e disse que só gostava de mim como amiga. Eu pensava mesmo que ele gostava de mim, eu gostava tanto dele. Divertíamo-nos tanto juntos! Parecia mesmo! Resolvi avançar… mas ele disse que não dava, que não conseguia, só me conhecia há uma semana e que… que…
- Que quê? – incitou Gina e lançou um olhar esperançoso a Hermione que apenas encolheu os ombros.
- Também não sei…
Lyss recomeçou a chorar ainda mais fortemente enquanto a verdade esbarrava em Gina, se ela tivesse ficado lá mais um pouco talvez tivesse visto Harry rejeitá-la. A esperança de alguma vez o conquistar voltou, por muito pouca que fosse.
- Lyss, o que foi que ele disse? – perguntou Hermione depois de meia hora de choro.
- Que… que… que ele já… j… gos-gostava de a-a-alguém… – disse ela entre soluços.
A esperança que tinha enchido o coração de Gina se desmanchou.
- Quem? – perguntou Hermione ansiosa.
- Não... –
Mas Gina não ouviu mais. De repente a sala começou a andar à volta e as vozes das duas outras meninas desapareceram, ficou tudo um turbilhão. Não conseguia nem pensar!
*
Abriu os olhos com grande esforço, uma dor de cabeça latejante impediu-a de os abrir totalmente. Quanto tudo focou ela viu o olhar preocupado de Hermione e Lyss sobre ela.
- Onde estou?
- Na enfermaria – disse uma voz vinda de longe – você desmaiou.
- Oh…
A jovem sentiu um forte espasmo no estômago, não comia nada havia horas!
- Gina, tu comeu alguma coisa ontem no jantar?
- Não, Hermione, nada desde o almoço de ontem…
- Excelente! A menina por acaso sabe que o corpo precisa de energia, essa energia é dada por nutrientes e que esses nutrientes residem na comida? – perguntou Madame Pomfrey zangada.
- Sei… – respondeu envergonhada.
- Coma isto e depois beba isto. A seguir pode ir. Têm três horas ainda para a hora de vir de Hogsmaede, sugiro que coma rápido e dêem uma voltinha. Vocês verifiquem que ela come!
- Claro – falou Miriam.
Gina comeu tudo de bom grado, tinha muita fome!
Fizeram como a enfermeira sugeriu, Lyss, ainda muito cabisbaixa apenas as seguiu sem grande vontade de ir.
Felizmente quando encontraram os rapazes eles estavam um pouco longe e as duas evitaram que a amiga visse Harry.
Beberam umas cervejas e foram até à loja de doces. A seguir foram visitar o mais novo estabelecimento da vila.
- Gemialidades Weasley…? Weasley não é o teu sobrenome?!
- Está prestes a entrar na loja dos meus maninhos!
Mal entraram, dois rapazes de 19 anos iguais como duas gotas de água vieram cumprimentá-las com grandes sorrisos.
- Mana! Como vão as coisas? Quem é esta beleza? – inquiriu Jorge ao reparar em Lyss, que corou violentamente.
- Chama-se Lyss Miriam. – respondeu Hermione.
- Ahhhh, então é de você que todos os meninos falam! A Irlandesa! Ten sotaque? – interrogou Fred.
- Sim, algum…
- Algum? Já deu pra notar em duas palavras! Mesmo! De qualquer forma, maninha, nós queríamos mostrar-te algo!
- Jorge? O que é vocês tão aprontando?
- Nada de graves conseqüências…
- Se for tudo feito como deve de ser! – completou Jorge.
- E o que é que tem de ser feito como deve de ser? – perguntou Lyss curiosa.
- O remédio dos renegados! – Anunciou Fred teatralmente, e igualmente assim Jorge completou:
- A NOVA Poção do Amor! Dose de um dia, uma semana “eeeeee” um mês!!!
- ESTÃO MALUCOS? Já pensaram nos danos psicológicos que isto pode causar!
- Hermione, minha querida cunhada! Nós pensamos nisso, por isso é que contém uma fórmula de esquecimento para ambos consumidores E “vítimas”!
- E ouve só a parte brilhante da coisa: só te esqueces da paixao e coisas sobre feitas durante ela!
Hermione estava agora mais que atenta.
- E para termos a certeza que o nosso amigo tímido não fica ainda mais tímido por ser negado, a pessoa que toma esta poção torna-se fascinante para o seu alvo.
- E se o “alvo” estiver no meio duma relação? Acaba a relação por causa duma poção estúpida?
- Calminha aí! A poção, ou melhor nós não somos estúpidos! - disse Jorge parecendo ofendido – o fato é Que tu ainda não percebeu que nós pensamos em tudo quando inventamos a mais nova versão da poção do amor!
- Pessoas em relações amorosas, NUNCA são o alvo! Nesse caso, o cérebro, estimulado pela poção, irá escolher a primeira pessoas descomprometida que lhe apareça à frente.
- E como descomprometida, queremos dizer, não apaixonada!
- E se essa pessoa tiver alguém atrás dela? Magoam-na!
- Nesse caso, minha cara, temos duas coisas a dizer-te:
- 1ª: Isso já acontece na vida real!
- E 2ª: essa pessoa que compre a poção e vê se consegue apanha-lo ou apanha-la.
- E se – preparou-se Hermione para contra-atacar – o amor durante o efeito da poção se tornar verdadeiro, fica apagado pela fórmula de esquecimento!
- Isso é regra geral no mundo da magia!
- Em todos esses livros que leu nunca te apareceu lá que nenhuma fórmula mágica
- Por mais forte que seja
- Não apaga amor verdadeiro…?
- Oh… – Hermione fez uma cara pensativa – E se… Oh! Esquece. Tenho de admitir, está perfeito!
- Bem, Fred… Se impressionamos esta menina impressionamos todo o resto!
- Menina? – disse Herm ameaçadoramente
- Menina…? – perguntou Fred inocentemente
Gina olhou em volta à procura dum relógio, encontrou.
- Nós temos que ir! Ficamos de ir ter com o Neville e com a Luna ao Três Vassouras!
- Ok, a gente vê-se, na próxima visita.
- Espero que sim! Estou curiosa com estas brincadeiras todas! Extraordinário! Até! – despediu-se Lyss.
- Esperamos ansiosos pela tua próxima visita! – disseram os gêmeos juntos – Thau!
O resto do tempo foi passado no 3 Vassouras, com Neville e Luna, conversando sobre banalidades e tentando ao máximo desviar o nome Harry da conversa. Esse mesmo tivera a decência de não as ir procurar.
O dia foi cansativo, porque cada vez que Harry passava por elas os olhos de Lyss Miriam enchiam-se de lágrimas e ela soluçava silenciosamente.
Durante os primeiros dias de Fevereiro as coisas não melhoraram muito, apesar de não chorar Lyss ficou a semana toda extremamente calada.
Era dia 6 de Fevereiro, quinta-feira, Lyss veio conversar com ela, já era de noite.
- Gina, hum… eu acho que já não sinto nada pelo Harry…
- Isso é bom! – exclamou ela, mas sentia que aquilo não era tudo.
- No entanto… acho que… que… estou apaixonada por…
- Pelo meu irmão…?
- Não! Por um menino Corvinal…
- Como é que ele se chama?
- Neil, é loiro e alto, bonito, é aquele com do sorriso mais lindo!
- Ahh, do sétimo ano, é bonito mesmo! Vai em frente.
A partir daí Lyss afastou-se dos amigos Grifinórios e aproximou-se dos Corvinais, não demorou muito até ter Neil a seus pés, e na verdade Gina não estava muito triste em perder a amiga.
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