A FESTA



As vezes eu me sentia um traidora tendo aula com um Malfoy, afinal ele ainda era um sonserino, mas ele nem era tão ruim assim, só um pouco, quando tinha aqueles ataques de prepotência e arrogância, mas era uma coisa que eu conseguia superar e vencer, era só olhar para ele como se ele fosse uma pilha de bosta de dragão, sempre funcionava. E não sei nem como ainda consegui tirar a nota máxima em um dever de Porções que o Malfoy tinha me ajudado.

- Oi Weasley. – ele falou quando eu cheguei para mais uma aula.

- Oi Malfoy, eu tenho uma novidade para você. – eu falei sorrindo.

- O que é?

- Isto. – eu falei mostrando para ele meu dever – Nota máxima! Obrigada Malfoy, essas aulas estão sendo muito boas para mim, como eu posso retribui essa sua boa ação?

Ele me analisou por um instante, e depois sorriu.

- Bem, está chegando meu aniversário, e eu queria dar uma festa, mas eu não sou muito bom organizador, você poderia me ajudar.

- Claro, tudo bem. – eu falei sorrindo.

- Então vamos a Porções, depois nós pensamos nessa festa.

Eu não posso negar que aquelas aulas estavam sendo produtivas, o

Malfoy ensinava muito melhor que o Snape, e enfim alguma coisa de Porções estava entrando na minha cabeça. A festa foi outra história, tinha que ser uma festa secreta, os alunos não tinha permissão para darem festas de aniversario ou qualquer outra coisa que fosse. Por isso Malfoy estava me induzindo a fazer uma coisa contra o regulamento, mas promessa é dívida e eu tinha que pagar a minha.

Resolvemos que a festa seria em uma das masmorras secretas, os convidados teriam uma senha para entrar, as comidas e bebidas eram muito fácil de se resolver, os elfos domésticos dava tudo que nós pedíssemos a eles. E enfim a data, escolhemos um dos finais de semana de Hogsmeade por que assim poderíamos comprar umas últimas coisas que faltavam.

Acho que eu estava mais empolgada para essa festa do que o Malfoy, eu adorava aquilo, organizar todos os detalhes, e a festa dele com certeza sairia perfeita, só a lista de convidados que não me agradava muito.

Minha vida estava uma maravilha, enfim eu entendia alguma coisa de Porções, ia pagar tudo que devia ao Malfoy com a festa e acho que estava até tendo um progresso com o Harry. Toda noite, depois das aulas do Malfoy, eu e ele ficávamos conversando na sala comunal, ele era uma companhia muito agradável e eu estava até achando que ele estava vendo além da “mais nova dos Weasley”, mas eu não sei o por quê eu sentia alguma coisa errada, não com o Harry, mas comigo.

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Enfim, o fim de semana da festa chegou e eu e Malfoy fomos para Hosgmeade, todo mundo fica olhando para agente andando juntos e achando muito estranho, acho que eu também acharia vendo uma grifinória e um sonserino andando juntos em plena Hogsmeade, eu acharia bizarro. Mas eu nem sei o por quê de tanto preconceito, eu também não poderia condenar, já que antes do conhecer o Malfoy, para mim todos os sonserinos eram cobras venenosas prestes a atacar. Fora que os pais de todo o pessoal da Sonserina eram comensais da morte e provavelmente seus filhos também seriam, essa era a idéia que mais me assuntava quando o assunto era Malfoy, eu não sabia se ele era um comensal da morte, e se ele fosse? Ele poderia até tentar me matar em nome do seu Lord. Mas também acho que a pessoa não pode fingir tanto assim, não é possível que ele tenha mentido todo esse tempo, e ele conseguiu conquistar um pouco da minha confiança naquele ultimo mês.

- Vamos naquela loja ali de decorações. - eu disse para ele apontado – Tem coisas bem legais.

- Decoração Gina? – ele me perguntou sorrindo com uma sobrancelha erguida.

- É claro Draco! Toda festa tem decoração.

Gina e Draco? Desde quando nós éramos tão íntimos que nos chamávamos pelo primeiro nome? Aquilo me assustou um pouco, mas eu me deixei levar.

Para a minha infelicidade eu encontrei o Rony e a Mione na loja de decorações, fazendo não sei lá-o-quê, o Rony ficou olhando para mim e para o Draco sem acreditar.

- Gina... - ele falou com a voz rouca – O que você este fazendo com esse... com esse...

- Rony não seja ridículo, eu não estou fazendo nada. – eu falei tentando não dar importância ao escândalo dele.

- EU RIDÍCULO? – ele agora estava todo vermelho – É VOCE QUEM ESTÁ COM ESSE SONSERINO!

Rony tinha esse dom de fazer uma tempestade num copo d’água, mas eu tentei continuar calma.

- Rony, para quê esse escândalo. Eu só estou fazendo um favor ao Draco.

- DRACO? É ASSIM QUE VOCE O CHAMA? VOCÊ ESTÁ LOUCA GINA? ELE É UM COMENSAL DA MORTE!

Eu gelei naquela hora, olhei para Draco mas ele continuou com a mesma expressão calma.

- Não seja ridículo Rony, é claro que ele não é um comensal!- eu falei tentando acreditar no que eu dizia, e olhando para Draco um pouco desconfiada.

Mione continuava em estado de choque, eu não sei porque de tanto estardalhaço daqueles dois, era só um favorzinho.

- COMO VOCÊ SABE? ELE PODE TER LHE ENGANADO! VOCÊ É QUE É A RIDÍCULA, SAINDO POR AI COM UM MALFOY! ELE É MEU INIMIGO!

- VOCÊ FALOU MUITO BEM, ELE É SEU INIMIGO! NÃO MEU! – não consegui mais agüentar aquele idiota, cabeça dura do meu irmão gritando daquele jeito.

- Gina, vamos sair daqui. - Draco falou calmamente.

- GINA? ELE AINDA LHE CHAMA DE GINA? VOCÊ NUNCA ME DISSE QUE ERA TÃO AMIGUINHA DELE!

Eu bufei, e estava preste a dar uma resposta bem desaforada para o Rony, mas Draco me puxou logo para fora da loja e nós o deixamos lá gritando sozinho.

- Para que isso tudo Gina? – ele me perguntou.

- Eu não consigo suportar ninguém gritando comigo. Porque você me puxou de lá? Eu teria dado uma boa resposta para aquele idiota cabeça dura!

- Calma, não se estresse muito não, porque você ainda tem uma festa para acabar de organizar.

Não sei como ele conseguia ficar tão calmo. Mas toda aquela calmaria naqueles olhos cinzentos me deixou um pouco mais calma também.

- Por que você brigou daquele jeito com aquele idiota do seu irmão? Só por minha causa?

Eu também não sabia porque havia brigado com ele daquele jeito. Mas toda a culpa tinha sido do Rony, eu estava quieta na minha, não estava fazendo mal a ninguém e ele veio com a grosseria dele para cima de mim, também não tenho sangue de barata!

- Eu não sei Draco. Meu sangue ferveu e eu não pude agüentar, você não precisava ter presenciado isso, me desculpa.

- Não precisava mesmo. - ele falou com a sobrancelha erguida.

- Tá bom Malfoy, não era para concordar também. – eu falei chateada.

- Vamos logo acabar de comprar o que nós temos que comprar que temos que voltar para Hogwarts para organizar tudo.

Com o resto da tarde acabamos de comprar as últimas coisas, eu o ajudei a preparar a festa na masmorra, quando eu já estava indo embora pensando como a minha cama estaria convidativa, ele falou:

- Você vem não é?

Eu olhei para ele meia surpresa, eu tinha pensado que era apenas para eu ajuda-lo com os preparativos.

- Eu... eu não sei. Pensei que fosse só para eu te ajudar a preparar tudo.

- Não. Você também está convidada, você vem não é? Vou te esperar. – ele falou virando as costas e indo embora.

Não vi outra solução se não ir para a maldita festa, acho que a idéia não me agradava, querendo ou não eram sonserinos, mas já vinha eu novamente com esse bendito preconceito, tudo bem, eu iria para a festa.

Me arrumei com todas as garotas olhando incrédulas para a minha cara, me perguntado para onde eu ia.

- Vou a uma festa. – falei simplesmente.

- Que festa? – Lya perguntou excitada – O Gaspar vai está lá?

- Talvez. – eu falei com um sorrisinho superior.

- Ai Gina! Por favor, me leva a essa festa!

- Só pode entrar com senha Lya, sinto muito. – eu falei sorrindo mais ainda.

Acho que era uma vingancinha que eu estava fazendo, por elas terem me torturado tanto com a história de Gaspar, só a remota idéia de que eu iria para uma festa em que Gaspar estaria já era um tortura para a Lya.

- Gina! Por favor!

- Já disse Lya, não rola. Só tenho senha para mim. Boa noite. – eu disse saindo do dormitório.

Para minha sorte nem o Rony nem o Harry estavam na sala comunal quando eu passei, quase ninguém notou que eu estava saindo, já que eu não poderia sair àquela hora foi bom.

Quando cheguei na masmorra e dei minha senha a primeira coisa que eu vi foi Gaspar.

- Oi dona da biblioteca. – ele falou me olhando daquele jeito novamente.

- Oi. Cadê o seu fã clube de gralhas? – eu perguntei olhando ao redor.

- Elas me deram uma folga hoje. Para ser só seu.

Eu ri, aquele garoto era pirado mesmo.

- Por que você acha que eu iria te que só para mim? – eu perguntei sarcástica.

- Nenhum ser do sexo oposto me resiste. – ele falou mostrando todos os dentes perfeitos num sorriso.

Eu ri mais e com mais vontade.

- Você bebeu Gaspar? – eu perguntei entre risos.

- Não, nada. Mas se você quiser eu vou ali pegar uma bebida para você, ou você só bebe suco de abóbora?

Eu não queria parecer frágil.

- Claro que não. Pode trazer o que você quiser que eu bebo.

- Certo então. – ele falou com um lago sorriso no rosto.

Me sentei em uma das mesas para esperar aquele idiota voltar, sabia que ele estava querendo me embriagar, mas já que tinha começado agora iria até o final.

- Oi, que bom que você veio. – era Draco.

- Oi, parabéns. – eu falei sorrindo – Bela festa, ótima organizadora você deve ter arrumado. – eu ri.

- Nem tanto, ela cobra muito caro, tive que consegui enfiar Porções na cabeça dela, que é muito dura. – ele falou com um largo sorriso.

Eu olhei para ele rindo.

- Não foi tão ruim assim, ou foi?

- Draco! Draquinho. – era Pansy Parkinson que havia acabado de chegar.

- Vai lá falar com sua namorada.

- Ela não é a minha namorada. Aproveite a festa. – disse ele saindo para falar com Parkinson.

Nessa hora Gaspar voltou com dois copos de bebida na mão. Estendeu um dos copos para mim.

- O que é isso? – eu perguntei desconfiada.

- Não coloquei veneno ai não tá bem... Não sou tão mau caráter como você pensa. É só vodka com uma bebida gasosa. – ele me falou com uma sobrancelha erguida.

Para ele não pensar que estava desconfiando tanto dele dei um gole na bebida, era até gostosinho, ele sentou-se na minha frente com um sorriso de orelha a orelha, me olhando daquele jeito de novo.

- Dá pra você parar de me olhar assim? – eu perguntei irritada.

- Assim como? – ele falou levando novamente aquela sobrancelha, aquilo já estava me dando nos nervos.

- Dá pra parar de levantar essa sobrancelha também?

Ele levantou a sobrancelha ainda mais, eu contei de um até dez e não adiantou, então a primeira coisa que eu vi na minha frente que poderia calar a minha boca foi aquele copo, aquele bendito copo, fechei os olhos e bebi ele inteiro em um só gole.

- Essa sabe beber! – falou Gaspar.

Eu abri os olhos desejando que ele sumisse dali naquele exato momento, fosse para os quintos dos infernos com aquela sobrancelha erguida, que eu não sabia porque me incomodava tanto.

- Vamos dançar. – ele falou olhando para mim.

Antes que eu pudesse responder ele me puxou, o que não foi bom. O mundo estava rodando mais do que deveria, Gaspar estava agarrado na minha cintura me rodando de um lado para o outro, o que também não estava ajudando nem um pouco. Às vezes o tempo parecia está se arrastando, outras vezes ele parecia andar muito rápido, mas naquela hora eu só estava pensando que eu não deveria ter bebido aquele copo tão rápido. Aquele idiota do Gaspar ainda não soltara da minha cintura, e eu parecia que estava girando cada vez mais rápido, a musica estava tão alta nos meus ouvidos que eu estava incessível a ouvir qualquer outro som.

Eu não sei muito bem o que aconteceu, só sei que de repente a boca de Gaspar estava muito perto da minha, não sei o que eu estava pensando naquele momento, mas a boca dele se aproximava mais e mais, o mundo girando, a boca dele tão perto daquele jeito, o que mais eu poderia fazer?

A boca mais perto, e mais perto, entreaberta, pedindo para eu chegar mais perto, e o pior é que eu fui chegando, o que eu estava fazendo? Eu nem pensei na hora, só sei que aquela boca pidona de Gaspar conseguiu o que queria, o que ela queria era a minha boca! A minha boca acabou encontrando a dele, o mundo girava e girava, fechei meus olhos, agora já era tarde para se arrepender, estávamos num daqueles beijos de cinema, e até que não foi nada mal, acho que no momento e até gostei. Quando abri os olhos novamente não estava mais no meio da pista de dança, estava encostada num das paredes da masmorra, e Gaspar estava na minha frente com aquele sorriso e aquela bendita sobrancelha levantada.

- Você também não me resiste Weasley.

Antes que eu pudesse protestar aquela boca dele veio de novo em direção a minha e me beijou, eu acho que retribui, não lembro muito bem, só sei que passei o resto da festa em companhia daquela boca, ou melhor, em companhia do dono da boca, que era PETER GASPAR.

Se tivessem me contado aquilo alguns minutos antes de eu ter bebido aquele copo de não-sei-o-quê, eu diria que essa pessoa tinha bebido cerveja amanteigada demais, se eu tivesse me visto ali eu também não acreditaria, mas agora o fato já estava consumado mesmo, eu ia era aproveitar, era o jeito mesmo.

Lá pelas três horas da manha, já estava na de eu ir embora para a torre da grifinória, alguém poderia acabar desconfiando da minha longa ausência. Não lembro como eu encontrei o caminho de volta para o meu dormitório, só me lembro bem da minha cama que naquela noite parecia muito convidativa, deitei e dormi como uma pedra.

N/A: Mais um capítulo... espero que gostem... e por favor continuem a dar sua opinião!! Muito importante para mim! Qualquer coisa mais uma vez meu e-mail é: [email protected] ... Valeu por tudo galera!! Até a próxima... Bejinhos!

Naty Evans

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