QUEM É PETER GASPAR?
Olhando assim de fora quem duvidaria que eu, Gina Weasley, não iria casar com Harry Potter e ser feliz para sempre como nos contos de fadas? Ele seria qualquer coisa bem-sucedida, e eu uma amorosa esposa que fica em casa cuidando da penca de filhos que teríamos. Talvez eu quisesse que a minha vida fosse assim, mas não foi assim que tudo aconteceu, o que talvez também tenha sido bom para mim, ou não.
Foi no sexto ano que começou toda a história, havia na tradicional cerimônia de seleção, um burburinho curioso que eu ainda não havia localizado a razão. Logo depois eu percebi porque de tanta excitação principalmente da população feminina. Entre os alunos do primeiro ano que iriam ser selecionados estava um garoto alto, esbelto, cabelos castanhos claro e olhos castanhos escuro. Só que ele era muito mais alto que todos os outros alunos da fila, com certeza não tinha apenas 11 anos, acho que uns 17 talvez. Uma garota do meu ano chegou do meu lado meia histérica.
- Gina você tá vendo!?
Eu dei outra olhada no garoto, e ergui um sobrancelha.
- O que tem ele? Não sei porque tanta histeria dessas garotas!
Ela pareceu não gostar muito do que eu disse, mas começou a falar como se eu tivesse feito um questionário sobre o garoto.
- O nome dele é Peter Gaspar, ele tem 17 anos, e vai acabar o colégio aqui em Hogwarts! Ele não é o Maximo! Ele poderia ficar na Grifinória!
Eu olhei para cara dela com a testa franzida mas ela não notou, não tirava os olhos do garoto.
- Só tem um detalhe. Sabe de quem ele é primo? - ela não esperou eu responder - Do Malfoy!
- Ele é primo do Malfoy?- eu repeti olhando de um para o outro - Então acho que ele não vai ficar na Grifinória...
Mas ela não pareceu ouvir, estava na hora dele colocar o chapéu seletor, e não deu outra, ele foi selecionado para a Sonserina. Depois de ter sido congratulado por todas as garotas ele sentou-se ao lado do seu primo.
Lya, a garota do meu ano, pareceu desapontada por Gaspar não ter sido selecionado para a Grinfinória, e passou o resto do banquete calada, o que eu não posso negar que foi bom, já que eu não queria ficar ouvindo ela falar daquele garoto outra vez.
Procurei pela mesa da Grifinória e logo achei quem eu queria, lá estava ele, ao lado do Rony e da Mione, segurando vela como sempre, já que aqueles dois não se desgrudavam mais depois que começaram a namorar. Nossa, ele estava lindo como sempre, aqueles olhos verdes, e aqueles cabelos despenteado, que eu achava que era o charme dele...
- Vamos Gina, já acabou o banquete, - Lya não parecia mais tão desapontada - e eu quero dar uma última olhada no Gaspar antes de ir para o dormitório.
Eu levantei com uma cara meio enjoada, ela queria ver um Sonserino! Eca! Mas parece que ela não foi a única a ter essa idéia, Gaspar estava no meio de uma multidão de garotas, que Lya me puxou para me juntar com aquelas tagarelas. Quando finalmente cheguei ao dormitório nem podia acreditar que eu ia passar a noite inteira sem ouvir aquele nome: Peter Gaspar, como eu estava errada! As cinco garotas que eram do sexto ano da Grifinória não paravam de falar esse nome, principalmente a Lya. Fui tomar banho enquanto elas discutiam qual era o perfume dele, talvez fizessem até um fã clube de Peter Gaspar, mas eu não queria me intrometer nisso. Fechei a cortina da minha cama e fechei os olhos tentando dormi, no mesmo instante aqueles olhos verdes e cabelos despenteados vieram como se estivessem tatuados na minhas pálpebras, mas assim eu não ouvia mais nada que as garotas tagarelavam, tudo parecia distante, e enfim eu dormi.
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No outro dia eu acordei mais feliz, talvez nem tanto, primeiro dia de aula, e parece que os professores estavam com todo o gás, era meu sexto ano e já estava na hora de eu prestar os meu NOM’s, o que para os professores significava trabalhos triplicados.
No final do dia eu já não estava tão feliz como no início, além de muitos deveres de casa para fazer eu ainda tinha presenciado uma patética cena entre Harry Potter e Cho Chang, fora que todo aquele burburinho sobre Peter Gaspar ainda não cessaram! Eu não estava nem um pouco feliz com a idéia de ter que ir para a torre da Grifinória e ter que ficar ouvindo aquelas tagarelas falarem sobre aquele idiota e o Harry suspirando pelos cantos, nem tão pouco ficar segurando vela do Rony e da Mione enquanto ele dava uma de irmão preocupado me perguntando o que estava acontecendo comigo, já que nas ultimas semanas das férias, que Harry havia passado na Toca, eu andava um pouco distraída ( e ele não sabia o por quê!). Então por essas e outra fui para a biblioteca, a fim de encontrar um pouco de paz para fazer aquela enorme pilha de deveres.
Bibliotecas são geralmente sinônimo de silêncio, mas não sei porque a de Hogwarts estava com aquele burburinho insuportável e que eu já conhecia tão bem. Só depois que entrei e me sentei me dei conta de quem estava na mesa atrás de mim, quem mais se não Peter Gaspar e seu fã clube de gralhas que não paravam de falar. A meia hora seguinte tentei ignorar todo aquele barulho, onde diabos estava a velha madame Pince quando se precisava dela? Deveria estar em mais uma de suas demoradas restaurações de livros que estão prestes a se desintegrar ou coisa do tipo, porque se estivesse na biblioteca com certeza não deixaria passar tanto barulho como aquilo. Mas eu não consegui suportar mais que meia hora com todo aquele barulho nos meus ouvidos, e se eu fosse uma garota normal eu teria girado meus calcanhares e ido procurar um lugar sossegado e silencioso para fazer aqueles malditos deveres. Mas eu era uma Weasley geniosa, e achava mesmo que poderia fazer algo para restaurar o silêncio da biblioteca. Em vez de girar meus calcanhares para a saída, eu não sei porque, mas eu os girei em direção a mesa do Gaspar. E de repente eu estava diante daquele garoto, que eu não podia negar que era bonitinho.
- Er...- eu tente chamar a atenção, ninguém pareceu notar - Com licença...- eu falei mais alto, ninguém ouviu novamente - COM LICENÇA!- eu gritei e todos pararam de falar e olharam para mim.
- O que você quer Weasley? - era Malfoy, eu nem havia notado que ele estava entre os barulhentos, e ele pronunciou meu nome com nojo, ou acho que era isso, mas assim eu consegui chamar a atenção até mesmo do próprio Gaspar, que parecia que era a primeira vez que ele notara que eu existia, o que pensando bem poderia ser possível.
- Bem, é que sabe... A biblioteca é um lugar que deve ser silencioso, um lugar de estudo, e vocês não estão, em... hum... sintonia com o ambiente.- eu falei querendo ter melhores modos que o Malfoy.
Todos ficaram olhando para mim em silêncio e meio incrédulos que eu estava dando carão sobre silêncio na biblioteca. Aquela era sem duvida a hora de agradecer pela a atenção e dar o fora bem rapidinho dali, mas antes que eu se quer pensasse no assunto, Gaspar perguntou a Malfoy.
- Quem é essa? - ele perguntou com uma sobrancelha erguida.
- Essa - Malfoy cuspiu a palavra, como se eu fosse lixo - é uma garota da Grifinória, uma Weasley, aquela que lhe falei ontem.
Malfoy falando de mim? Desde quando?
- Há sim, mas você não me disse que ela era assim.- disse ele com um sorriso me olhando dos pés a cabeça, o que me fez ficar vermelha.
As garotas não gostaram nem um pouco do jeito que ele me olhou, amarram a cara para mim e enfim eu percebi que já havia passado da hora de eu sair dali. Tentei me virar de fininho, mas a voz de Gaspar fez eu virar de volta bruscamente.
- Você não quer sentar conosco?
O que aquele garoto tinha na cabeça? Bosta de dragão? Sonserinos e Grifinórios numa mesma mesa!
- Peter, o que você esta fazendo? - a voz arrastada de Malfoy me tirou do transe.
- Eu só estou convidando a garota para sentar conosco Draco, que há de mal nisso? - disse Gaspar sorrindo para mim.
- Ela é uma Grifinória! - disse Malfoy entre dentes.
- Deixe ela mesma responder. Você quer ou não quer?
- Eu... - tinha perdido a fala, para que aquele estúpido sonserino queria a minha companhia? - Eu... - pela expressão nada amigável das garotas eu achei melhor recusar, não que eu não fosse recusar se elas não estivessem lá, mas aquelas expressões me situaram onde eu estava, entre sonserinos traidores - Não, muito obrigada, mas eu desisti de tentar fazer meus deveres ou qualquer outra coisa nessa biblioteca, já que o seu fã clube de gralhas não para de falar.
Porque eu tinha que ser tão desaforada? Eu poderia simplesmente ter dito que não e saído logo do meio daquelas cobras.
- Garota, - falou Gaspar - você é sempre desaforada e mal educada assim ou é só porque nós estávamos fazendo um barulhinho na sua biblioteca?
Eu respirei fundo mas não foi o suficiente.
- Na verdade, - tentei sorrir mas acho que aquilo no meu rosto não parecia com um sorriso - eu geralmente sou muito simpática e amigável, mas isso é só quando não estou entre cobras, que não perdem a oportunidade de chamar atenção.
- Do que você está falando Weasley? - perguntou Malfoy com uma sobrancelha erguida.
- Eu estou falando - nem eu mesma sabia direito do que eu estava falando - que o seu primo desde que chegou aqui em Hogwarts fica querendo chamar a atenção, e sai se exibindo por ai...
- Eu me exibindo? O que eu posso fazer se as mulheres desse colégio não me resistem? - ele falou cheio de si - Essa garota é louca...
Acho que naquele momento ele tinha razão na parte em que disse que eu era louca, mas é que todos aqueles comentários sobre Gaspar vinham enchendo minha cabeça desde que a Lya viera falar dele, eu não agüentava mais aquelas cinco tagarelas do meu dormitório buzinando sobre ele todo o tempo, e acabara de descontar isso nele mesmo.
- Weasley, porque você não vai embora para o seu dormitório encontrar com o seu Potter Perfeito e viver feliz para sempre bem longe de nós.
- Vou fazer isso com muito prazer, porque com certeza a companhia de Harry é muito melhor do que a de um sonserino traidor e um ridículo, prepotente e exibido.
- De quem você esta falando? - perguntou Gaspar irritado - Não é de mim, ou é?
- Bem, se a carapuça serviu... Até logo.
Enfim eu fiz uma coisa ajuizada e sai dali, deixando para trás um Malfoy que me chamava de louca e um Gaspar ainda irritado. Eu nem acreditava que havia ido lá e discutido daquela forma com aqueles dois. Porque Malfoy me tirava tanto do serio, e porque aquele idiota do Gaspar me olhava daquele jeito? Agora eu realmente não estava com cabeça para fazer os deveres de casa, quando cheguei na sala comunal me sentei em uma poltrona e fiquei olhando o fogo crepitar na lareira, e pensando as coisas mais estúpidas do mundo, quando sem eu perceber alguém sentou na poltrona ao meu lado.
- Oi Gina.
Quando olhei para o lado àqueles olhos verdes me encararam.
- Oi Harry.- acho que devo ter ficado vermelha, porque ele sorriu.
- Você tá bem? Pareceu estar chateada.
- Há não... Eu estou bem sim... E você tudo bem?
- É. Tudo bem sim... – ele pareceu pensar por um momento - Só me sentindo um pouco só. Você sabe né, o Rony e a Mione namorando...
- Sei... Pelo menos você tem a eles, eu acho que nunca tive um amigo verdadeiro aqui em Hogwarts, tem as garotas do meu dormitório, mas com certeza não é a mesma coisa de você, Rony e Mione.
- Mas você tem a seus irmãos... eu não tenho nenhum.- ele falou tristemente.
- Tem razão. Mas, Harry, e a Cho, vocês não estão namorando?- eu perguntei como se não quisesses nada, é claro que eu não poderia perder a oportunidade.
- Estávamos, acabou... - ele falou dando de ombros.
- Que pena. - aquilo não saiu nada convincente, até porque eu não consegui segurar um sorriso com a notícia.
- Bem Gina, agora eu vou para o meu dormitório, estou cansado de hoje sabe, primeiro dia de aula, e também aconteceram muitas coisas, então... Boa noite. - disse ele dando um sorriso fraco.
- Há sim... Também já vou dormi, boa noite Harry. – eu falei - Sonhe comigo, que eu vou sonhar com você. - eu falei em um sussurro inaudível.
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Depois de algum tempo eu acabei me acostumando com o novo astro de Hogwarts, eu particularmente pensava que ele iria ser esquecido com o tempo, mas estava enganada. Peter Gaspar há essa altura já havia ficado com metade das garotas de Hogwarts, se mostrara um galinha irrecuperável, que fazia as garotas se apaixonarem por ele e depois nunca mais olhava na cara delas. Mas foi nessa época que Malfoy acabou ganhando uns pontos comigo, já que ele desaprovava totalmente a atitude cafajeste do primo, por incrível que pareça, depois do incidente da biblioteca ele falou comigo, acho que uma semana depois. Eu estava num corredor indo para a aula de Historia da Magia, quando eu o ouvir falar.
- Oi
Eu procurei por mais alguém, mas só estávamos nós no corredor.
- Oi. - eu respondi para não ser mal educada.
A partir dali ele sempre me cumprimentava quando nos esbarrávamos. Não sei o por quê daquele novo comportamento de Malfoy comigo, mas também não fazia mal algum ser educada.
Era um final de semana e eu estava atolada em deveres, o cretino do Snape havia passado três redações sobre não sei o quê cada uma com no mínimo um metro e meio de comprimento. A sala comunal da Grifinória estava cheia de estudantes do terceiro ano excitados para a primeira visita a Hogsmeade, por isso resolvi tentar a biblioteca. Mas estava cheia, não havia nenhuma mesa vazia, procurei freneticamente mas não achei nenhuma, quando já estava desistindo ouvi uma voz arrastada me dizendo.
- Ei Weasley.
Eu olhei para trás, era Malfoy, ele estava sozinho na mesa, desde do começo do ano que eu não via aqueles dois brutamonte que sempre andavam com ele, Crabbe e Goyle, diziam que era porque eles haviam virado comensais da morte e largado o colégio.
- Malfoy? – eu me virei e encarei aqueles olhos cinzentos.
- Você não está procurando uma mesa? Sente-se aqui comigo.
Eu não acreditei, Malfoy me convidando para sentar na mesa dele? Havia algo errado, mas o que eu poderia fazer, era o único jeito de eu fazer aqueles malditos deveres, e depois eu pretendia acabar bem rápido e ir logo embora, então resolvi aceitar o convite.
Me sentei na frente dele e puxei meus pergaminhos da mochila.
- Porção da Verdade? – Malfoy perguntou olhando para o meu
pergaminho.
Eu levantei a cabeça das minha anotações e fiquei olhando para ele.
- Já sei, - ele continuou – três redações com no mínimo um metro e meio?
- Nossa, como o Snape é criativo...
- Pois é, ele passou a mesma tarefa ano passado... Eu tirei nota máxima! - disse ele com um sorriso exibido.
- Não precisa se gabar... Poções é uma das minhas piores matérias. Acho que nunca tirei nota máxima em nada de Porções... Para falar a verdade eu tô ferrada esse ano, nunca aprendi nada com o Snape. – eu realmente não sabia por quê eu estava falando aquilo tudo para o Malfoy.
Ele parou e pensou por um instante.
- Você que eu te ensine?
Eu olhei para ele incrédula, ele estava realmente me oferecendo ajuda?
- Vamos Weasley, eu não vou fazer nada com você, é só a boa ação do ano, é serio, também vai ser bom para mim revisar a matéria do ano passado.
- Tudo bem. – não sei nem porque eu estava aceitando aquela ajuda, mas é que eu realmente estava precisando aprender alguma coisa de Porções, se não nunca teria NOM’s suficientes.
- Então nós podemos começar agora mesmo, sobre a Porção da Verdade, você pode até escrever logo essas redações do Snape.
No final nem me arrependi tanto de ter aceitado a ajuda do Malfoy, ele realmente sabia a matéria, e nem foi tão difícil escrever aquelas redações, no outro dia marcamos mais uma aula, no mesmo horário. E assim continuou por mais umas semanas.
Notas da autora: Bem... Minha segunda fic e continua sendo muito importante para mim que vocês, leitores, dêem sua opinião. Essa historia é verídica, pelo menos uma parte dela, aconteceu comigo, ai tive a idéia de passa-la para o papel, em forma de fic. Claro que nem tudo aconteceu realmente, tiveram coisas que eu tive que enfeitar um pouquinho =]... E outras coisas tiveram que ser adaptadas. Espero que vocês gostem, e DEÊM SUA OPINIÃO POR FAVOR! Se quiserem entrar em contato comigo, para conversar potoca, para dar sua opinião, para me esculhambar e dizer que a minha fic é uma merda, ou qualquer outra coisa... Meu msn é [email protected]
Muito obrigada por terem paciência de ler... E prometo responder todos os recados que vocês deixarem... Naty Evans
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