Introdução
Numa noite que parecia normal, Buffy estava sentada no sofá, comendo pipoca. Xander dormia na poltrona ao lado, enquanto Willow dividia o sofá com a caçadora. Giles discutia com Faith sobre algo pouco importante.
“Como assim, pouco importante?”
“Faith...”, disse Giles, tirando os óculos e limpando-os na blusa. Faith o encarava como se a qualquer momento fosse pular em cima do vigilante e mostrar seus poderes de caçadora. “Harry Potter é simplesmente uma ficção”.
“Não, não é! Eu já vi o pai dele.”
“Você já viu Tiago Potter?”, perguntou Dawn, descendo as escadas. “Mas, ele não está morto?”
“Sim, mas quando eu era criança eu o conheci. Ele era uns anos mais velhos. Ele e a esposa dele, a ruiva Evans, eram tão lindos juntos. Eu sonhava com um amor daqueles...”, terminou Faith, olhando para o chão. Foi então que a campainha tocou. Faith ainda contemplava o chão, como se pensasse no sonho de achar um Tiago Potter para si mesma. Giles foi à cozinha, enquanto Dawn se acomodou no último lugar do sofá. Vendo que todos estavam com preguiça de abrir a porta, Buffy revirou os olhos e foi fazer o tal esforço que todos se recusavam a fazer.
“Angel?”
“Oi, Buffy...”, disse o moreno alto, com cabelos arrepiados. Os dois se encararam por um instante e, então, beijaram-se. Quando se separaram, Buffy viu Spike.
“Eu também não mereço um oi?”, perguntou ele, amargamente. Buffy pôde notar uma certa raiva em Angel.
“Oi, Spike.”, disse ela, abraçando-o. O telefone tocou, fazendo com que a caçadora o soltasse. Mas, foi Giles que atendeu o telefonema.
“Alô. Aqui fala o senhor Giles. Sim. Buffy Summers mora nesta residência. Sim, sou o vigilante dela. O que? Sim, entendo. Estamos indo.”, e desligou. Tirou os óculos e disse: “Preparem as malas. Estamos indo para a Inglaterra.”
Harry acordou com um trovão. Estava suado, pois tinha tido outro pesadelo com Lord Voldemort. Sentia que nunca conseguiria dormir tranqüilo com o inimigo livre e com Dumbledore morto.
“Oi, Edwiges. Como foi seu passeio?”, perguntou o rapaz, após colocar os óculos. Então, percebeu que a coruja carregava uma carta. Abriu-a e a leu.
“Harry, é o Lupin. Precisamos conversar. Ligue para a casa dos Granger. Espero que esteja tudo bem com você. Cuide-se.”
“O que será que aconteceu? Acho que vou ligar agora. Todos estão dormindo mesmo.”, disse, logo abrindo aporta e descendo as escadas. Pegou o telefone e discou o número.
“Alô.”, disse uma voz sonolenta.
“Alô. Eu gostaria de falar com Remo Lupin. Aqui é Harry Potter.”
“Um momento, Harry.”, respondeu a voz, que Harry identificou como sendo o pai de Hermione.
“Harry?”, era Lupin.
“Oi... Tudo bem? O que houve?”
“Você precisa arrumar suas coisas o mais rápido possível. Passaremos aí para te buscar em uma hora. Esteja pronto.”
“Certo. Até mais.”
“Até.”
Harry subiu as escadas correndo. Boa coisa não deveria ser.
“Giles, por que estamos indo para a Inglaterra?”, perguntou Buffy, pela milésima vez.
“Agora não posso dizer.”, respondeu Giles, pela milésima vez.
“Você tem que aprender a ser mais paciente, amor.”, disse Spike.
“Não a chame assim, ela não é seu amor.”, Angel já se levantara da poltrona.
“De novo, não...”, Buffy se levantou também. “Parem. Não quero mais ouvir a voz dos dois.”
Os vampiros fecharam a cara e resmungaram algo, mas não brigaram até o avião pousar.
“Que bom que já está pronto. Avisou seus tios?”, perguntou Lupin.
“Deixei um bilhete.”, respondeu Harry.
“Ótimo.”, o bruxo pegou o malão do rapaz e o colocou no porta-malas do carro. Então, os dois entraram.
“O que houve?”
“Depois te respondo, quando já estivermos na sede da Ordem.”
“Tudo bem.”
“Giles, chega de suspense.”. disse Faith. Buffy fechou a porta do quarto que estavam.
“Certo... É, Faith... Lembra-se da conversa que estávamos tendo antes de virmos para cá?”
“Que conversa?”
“Harry Potter?”, perguntou Dawn, incerta. Giles confirmou com a cabeça.
“Você... Bem, como posso dizer? Você estava...”
“Certa?”, completou Faith. Giles tirou os óculos e limpou-os na blusa.
“Sim, creio que sim... E, nós temos que ajudá-lo a enfrentar Voldemort.”
“Mas, Giles... Isso vai além de tudo que já fizemos.”, argumentou Buffy.
“E, já estou avisando: eu não quero perder outro olho.”, todos olharam para Xander. “Às vezes, eu realmente deveria manter minha boca fechada.”
“Buffy...”, continuou Giles, ignorando o comentário infeliz de Xander. “Eu tenho certeza que alguma coisa podemos fazer. O nosso único problema é... Bem... Vocês teriam que ir para Hogwarts.”
“Giles! Eu já estou um pouco grandinha para ir para escola!”
“Eu sei! Eu sei... Mas, não temos outra opção. Lord Voldemort está usando todos os recursos do inferno que ele pode. Precisamos ajudar o garoto Potter.”
Acho que ele pode se defender sozinho. O pai dele conseguia.”, disse Faith, deitando numa cama.
“Conseguia tanto que está morto. Abram os olhos!” Giles estava nervoso. O problema era sério mesmo.
“Eu sei que eu nem deveria estar aqui, mas vou ajudar aonde eu puder.”, disse Angel.
“Aí está o Capitão Testa fingindo se preocupar com a humanidade, senhoras e senhores!”, Spike fingia estar apresentando um personagem de circo.
“O que falei no avião?”, perguntou Buffy, ameaçadora. Spike ficou emburrado, enquanto Angel exibia um sorriso de vitória.
“Vocês irão para Hogwarts.”, disse Giles. “Precisamos estar perto de Potter.”
“Legal!”, comemorou Dawn.
“Às vezes, você também deveria manter sua boca fechada.”, falou Buffy.
“Voldemort arranjou novos aliados. Aliados perigosos, Harry.”, disse Lupin, sentando-se.
“Quais aliados?”
“Vários... A boa notícia é que nós também temos novos aliados. Aliados poderosos.”
“Quais aliados?”, repetiu Harry.
“Você já vai conhecê-los.”, responder Lupin, com um sorriso no rosto.
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