Hora da verdade



Aviso: Todas as personagens do universo Harry Potter, assim como as demais referências a ele, não pertencem ao autor deste texto, escrito sem nenhum interesse lucrativo, mas a JKR.

Por favor, não me processem! Só peguei emprestado para me divertir e divertir os outros!

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Cap. 13 – Hora da verdade

- Estão o quê? – Rony estava com os olhos arregalados de horror. – Não isso não... isso não...

Todos os Weasley e Fleur tinham a mesma expressão surpresa no rosto olhando para onde estava o casal e os garotos. Minerva observava os três com uma expressão muito próxima de indiferença.

- Já esqueceu como ela o defendia, Rony? Ela parecia entender muito de relacionamentos. Isso não deve ser de pouco tempo.

- Está errado, Harry. – Hermione o olhou. – Não devia se precipitar dessa forma.

- É Harry, está errado. É a Hermione cara, lembra? Andava sempre conosco.

Harry sorriu desdenhosamente de Rony. Gina agora tenha toda sua atenção voltada para Harry.

- Então como você explica o fato dele ter atendido ao pedido dela para sentar-se?

Rony, tentou responder alguma coisa mas sua voz não saiu. Gina acenou levemente a cabeça em negativa para a atitude de Harry.

- Vamos Hermione, vai explicar para todos nós o que estamos esperando ou não?

- Não para “todos nós” Harry. Alguns já têm ciência do que você acabou de descobrir.

- Ah que bom. Então voltei a ser o Potter idiota que foi o último a chegar nessa Ordem.

- Está começando a fazer jus ao título de idiota que vivem lhe oferecendo. – Ela devolve-lhe com azedume.

Os olhos dele brilharam em ódio. Não estava reconhecendo sua melhor amiga, a garota que fazia seus deveres, a garota que ajudou-o a passar pelos obstáculos até a Pedra Filosofal, que foi petrificada por um Basilisco, que o ajudou a salvar seu padrinho dos Dementadores, que continuou ao seu lado quando todos achavam que tinha se inscrito no Torneio Tribruxo, que o aconselhou quando teve sua primeira namorada. Agora havia uma estranha ali na sua frente, fazendo-se passar por Hermione Granger e tentando convencê-lo que não estava errada.

- Então Hermione, já que vou ser o último a saber de suas “aventuras” podia começar pelo que deu em troca pelo antídoto que levou para mim?

- POTTER! – vociferou Snape, pondo-se de pé.

Hermione pôs sua mão no ombro de Severo - O que disse Harry? – Perguntou calmamente ao rapaz.

- Ouviu o que disse. – Harry encarou-a

- Ouvi o que um idiota diria. Não me conheceu por tempo suficiente para saber que não deve me julgar dessa forma? Achei que o conhecia Harry, mas vejo que não. Nunca em toda minha vida imaginaria você me insultando assim.

- Engraçado Hermione, nunca na minha vida inteira imaginaria você com esse covarde.

Severo partiu para cima de Harry, Hermione se interpôs.

- Deixe, isso é entre ele e eu. Vamos Harry, diga logo o que quer me dizer.

Hermione cruzou os braços sobre o peito. Os adultos somente assistiam. Lupin ainda fez menção de intervir, mas Minerva o impediu.

- Como você deixou isso acontecer? Onde foi parar sua inteligência?

- Está onde sempre esteve, dentro da minha cabeça. Quanto a sua não imagino onde a deixou, se é que realmente já teve alguma Harry. O que me magoa não é você me insultar insinuando que me vendi pelo antídoto. Considerava-o especial demais, pode ter certeza que faria isso se realmente fosse necessário. Daria qualquer coisa para salvá-lo. O que deixou de dizer é o que me incomoda. Não faria isso por mim não é mesmo?

- Não sabe o que está dizendo Hermione. Não estava na minha pele quando achei que tinha morrido no Departamento de Mistérios.

- Não me faça rir Harry. Você nos levou até lá, se culparia o resto da vida. Sabe a que conclusão cheguei sobre você Harry? Descobri porque todas as pessoas que lhe amam vão embora... Você não as merece, é um egoísta. A única pessoa nessa sala que o tratou como sempre mereceu foi o Snape. Só assim você respeita alguém, quando ela demonstra desprezo por você. As pessoas só são importantes para você quando se vão. Foi assim com Sirius, está sendo assim comigo.

- Está louca! Não sabe o que é não ter ninguém por perto! Sempre foi mimada demais, sempre teve tudo, família, amigos e quando se viu sozinha tratou de arrumar um amante!

- Cala a boca – Lágrimas de ódio desciam pelos seus olhos – Você nunca vai entender Harry! Todo mundo tem o que merece, não sabe metade das coisas que aconteceram com o Severo e eu para nos julgar!

- Poupe-me dos detalhes, Hermione, acha que quero uma descrição de como faz sexo com ele?

Um tapa estalou alto. Harry, manteve a mão sobre o rosto no local da pancada.

- Nunca... Nunca...

Hermione tentou falar mas não conseguiu controlar o choro, saiu correndo até a lareira deixando um silêncio desagradável atrás de si. Severo o olhou com desprezo e repugnância.

- Tem sorte por ela gostar de você, porque dessa vez não escaparia da maldição da morte com apenas uma cicatriz.

Severo caminhou a passos duros até a lareira e também se foi. Minerva fitava as fagulhas verde esmeralda que restaram da viagem de Snape, respirando fundo.

- Ah que ótimo, quer receber os parabéns agora Harry? – Gina disse com sarcasmo. – Aquela era a sua melhor amiga e acabou de perdê-la.

- Aquela não era a minha melhor amiga. A Hermione de verdade nunca faria isso.

- Por acaso passou pela sua cabeça que as pessoas evoluem? Ou acha que todo mundo fica estacionado nos 11 anos?

- Vai querer brigar também Gina? Deveria ir atrás dela se está tão preocupada.

- Não é ela que me preocupa, é você.

Harry se virou para encarar a garota nos olhos, viu a mesma expressão decidida de quando terminaram o relacionamento a alguns meses e que parecia estar a muito tempo atrás. Abriu a boca para responder com a mesma moeda, mas a voz da senhora Weasley o impediu.

- Chega de discussões por hoje, vamos ter um jantar ainda.

Ele não despregou os olhos de Gina que também sustentou seu olhar com a mesma carga de frieza.

- Desculpe Sra. Weasley, perdi a fome. – Harry levantou-se e dirigiu-se em direção a porta, subiu as escadas correndo.

Minerva olhou para todas as pessoas ao redor. - Lupin, pode ir até lá?

Lupin confirmou e subiu as escadas em direção para onde o garoto desapareceu. Minerva o seguiu com os olhos e voltou a encarar os presentes na cozinha.

- Molly, esqueça o jantar. Todos aqui devem estar se perguntando o que houve entre eles.

Ninguém disse uma palavra mas os olhares de total atenção às palavras da bruxa confirmaram que não haviam entendido o que havia acontecido.

- É mesmo verdade o que o Potter deduziu. A senhorita Granger e o Severo estão mesmo juntos.

- Juntos... juntos? O que a senhora quer dizer por juntos, Diretora? – Rony Weasley se recusava a entender.

- O que o senhor entende por juntos sr. Weasley? – Rony baixou a cabeça – A senhorita Granger esteve conosco tempo suficiente para sabermos que ela sempre teve a cabeça no lugar, todos reconhecemos isso. Quando soube do relacionamnto entre eles, inicialmente eu mesma não acreditei, mas o fato é que aconteceu e eles se entenderam. Aconselho os senhores à não julgá-la. Viram como são as reações de ambos hoje à noite. Não nos diz respeito como, quando ou porque tomaram essa decisão, mas se estão aliados a nós, para lutar contra as Trevas pouco importa a vida pessoal deles. Contamos com ambos pelas qualificações que tem e pelos bruxos excepcionais que são para ajudar nessa guerra, é assim que todos devemos enxergá-los.

- Não posso acreditar... não posso... isso é... isso é...

Rony balançava a cabeça em negativa, não era nada do que imaginava um dia acontecer com Hermione. Snape, como ela ficou apaixonada por aquele... aquele bruxo? Isso só podia ser um grande mal entendido. A sra. Weasley sentiu a torrente de dúvidas sobre a cabeça do seu filho mais novo.

- Rony querido, lembra da conversa que tive com você no hospital? Estava tentando lhe mostrar que ela amadureceu. – Molly disse carinhosamente.

- Amadureceu? Ela enlouqueceu, essa é a palavra certa. Ela olhava para ele com... com... nunca a vi olhar assim para ninguém. – Ele levantou-se também da mesa, mas em vez de seguir para o quarto onde iria passar a noite, dirigiu-se a lareira. – Preciso de uma bebida!

Molly não o impediu, olhou pro marido com a expressão triste e sentou no lugar que ele havia deixado vago à mesa. Um silêncio pesou sobre o ambiente que foi quebrado pela voz contagiante de Tonks:

- Bem, se querem minha opinião, acho que eles formam um lindo casal.

Os gêmeos balançaram a cabeça negativamente. O restante dos Weasley a olhou horrorizada. Gina ergueu as sobrancelhas.

- Há quanto tempo sabem disso? – Gina perguntou.

Minerva tomou a frente para responder.

- Sabemos desde aquele dia que fomos buscá-la na enfermaria onde o Potter estava, srta Weasley.

- Então já faz tempo que estão juntos...

- Isso, só posso supor, Gina Weasley. Os dois são reservados demais para dar detalhes da vida pessoal deles e não sabemos o exato momento que a srta. Granger o encontrou.

Gina considerou a resposta por um tempo. - Vou me deitar, já tive emoções demais por hoje.

- Poderia dar uma forcinha ao Lupin, Gina? – A sra. Weasley pediu – Ele a ama, e você é uma mulher, talvez lhe entenda melhor.

- Não ajudarei o Harry a continuar fazendo papel de criança, mamãe. Ele só vai crescer quando deixar de contar com todos nós. Não entenda a minha atitude como uma Hermione, mas o Harry me dá náuseas com essas crises de recém nascidos.

Saiu em direção as escadas também balançando os longos cabelos pelas costas. Minerva e Slughorn despediram-se dos Weasleys e também se foram pela lareira.

- Lá se foi o jantar, vão todos para suas camas, ou embora também. Ninguém vai ter apetite depois duma bomba dessas.

- Ah mamãe esqueceu de nós? – Os gêmeos já estavam atacando a panela na mesa. Mas a senhora Weasley conhecia muito bem os filhos para saber que era somente para deixá-la alegre. Ela lhes deu um sorriso forçado e se juntou a eles na refeição.

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- Harry?

- Veio me acusar também, Lupin? Pode ir embora se quiser.

- Vim ajudá-lo Harry.

- Não preciso de ajuda. Sabia que é uma pessoa que amo também? Devia arrumar suas coisas logo e ir partir assim que acabar pode acabar morrendo. Não ouviu o que ela disse?

- O que a Hermione disse não é nenhuma novidade para mim, Harry. Eu já sabia que estar próximo a você é sinônimo de perigo e isso e não me assusta, porque o fato de saber que sou amado por você me alegra muito mais. Mas eu espero somente morrer após vê-lo provar que essa afirmação está errada.

- Errada? Você não quer que eu enumere as pessoas que se foram porque tiveram algum contato comigo quer?

- Quero que não a afaste de você Harry. Ela sofreu por você e continua em constante risco por sua causa. Ela, assim como eu, nunca se importou de correr perigo porque você a amava como uma irmã.

- Ela não está correndo riscos Lupin, está se divertindo, Não viu o sorriso na cara daquele canalha?

- Não fale assim do Snape, Harry. Prometeu que faria qualquer coisa pelo bem da Ordem. Precisamos dele conosco.

- Acontece Lupin, que eu não confio nele.

- Acha que todos confiamos? Entendemos que nessa Guerra tudo vale e qualquer ajuda é bem vinda, as informações dele sempre foram verdadeiras, se recusarmos o que ele está oferecendo voltaremos a tatear no escuro. Nós precisamos pôr as diferenças de lado nesse momento Harry, precisamos de união. Vou deixá-lo refletir, mas você devia lembrar de tudo que a Hermione abriu mão por você, não é justo que ela tenha que renegar mais um fato na sua vida, ela poderia não ter resistido àquela sessão de tortura se não tivesse um motivo tão forte.

Lupin saiu do quarto e deixou-o sozinho, fechou a porta atrás de si, não sem antes escutar a respiração pesada de Harry amenizar e o choro dele começar a sair.

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Severo encontrou-a no meio dos lençóis, abafava o choro com o travesseiro, mas os soluços escapavam por entre a peça de cama. Ele percebeu que aquele momento pertencia apenas a ela. Aquela era uma parte da vida de Hermione que ele não fazia parte. Respeitou seu momento, aproximou-se dela e beijou-a no topo da cabeça.

- Estarei lá embaixo se precisar. – Sussurrou baixinho.

Encontrou Draco e Alinne na sala bebericando um chá. Ela sorriu para o irmão. Ele não retribuiu o sorriso e serviu-se de uma dose dupla de wisk de fogo.

- Já jantaram?

- Não estávamos com fome. – Respondeu a contragosto.

- Pois deveriam se alimentar bem, para quem passou a tarde inteira trancados no quarto, vocês deveriam estar famintos.

- Não estou para brincadeiras Alinne.

- Eu também não, Severo, estou preocupada com sua saúde.

Draco deixou um sorriso escapar.

- Achou engraçado Draco? Deveriam abrir um circo os dois, dariam um belo par de palhaços.

- Só se você aceitar ser o atirador de facas Sevie. Topa? – Alinne não deixou-se intimidar – Afinal lançar farpa nos outros é sua especialidade.

- Pode calar a boca Alinne? Estou saturado hoje.

- Puxa Sevie, você nunca janta conosco e quando aparece está com esse humor...

- Este é o meu humor, passou tanto tempo longe para esquecer dele? E pare de me chamar desse apelido ridículo, sabe que detesto.

- Humpf! Chega de grosserias Severo Snape! Estou começando a ficar com ciúmes dessa sua namoradinha, ela fica com o seu melhor e nos deixa com o resto.

- Ela não é minha namoradinha! E chega de besteirol por hoje. Draco, por acaso pode se comunicar com sua titia?

- Sim Snape, porque?

- Quero que pergunte a ela quantos são os aliados do Lorde das Trevas. Sutilmente, não deixe suspeitas de que estou interessado.

- E porque você mesmo não pergunta a ele, Snape? Não é o preferido?

- Tenho minhas razões para querer saber essas informações através dela. E não se faça de engraçadinho para cima de mim Draco, continuo de olho em você, NADA está me distraindo.

- Está bem senhor. Amanhã entrarei em contato com ela.

- Bem melhor agora. E quanto a você, o que faço com você? – Encarou Alinne que sorria maliciosamente para ele.

- Ah, que tal me abraçar e dançar um tango comigo?

- Não se cansa de falar besteiras? Nem parece minha irmã.

- Jura? Pois o Draco disse que há muito de você em mim.

- O Draco costuma falar muita besteira de vez em quando, assim como o pai dele. Pra mim chega de vocês por hoje.

Severo levantou-se e saiu da sala em direção ao laboratório. Parou a meio metro de distancia do corredor, sem se virar falou numa voz letal:

- Se fizer isso novamente lanço um feitiço em você que ficará paralisada até que eu ache necessário.

Alinne soltou uma gargalhada e voltou para sua poltrona. Severo continuou seguindo pelo corredor e Draco a olhava abismado.

- O imito direitinho não acha?

- Não tem medo dele? Sabe... o Snape costuma cumprir suas promessas, ele pode mesmo enfeitiçá-la.

- Ah, você não conhece o Sevvie, ele é um docinho, só que não mostra para todo mundo. Você tem que saber acompanhar o humor dele.

- Você é louca!

- Não... Você entendeu tudo errado, tenho apenas o mesmo sangue que ele nas veias.

Draco balançou a cabeça em negativa e continuou seu chá. Alinne sorria sozinha, admirando o céu pela fresta da janela.

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N/A: Final de capítulo com uma amenizada nos ânimos. No próximo capítulo, mais doses de humor e o ínicio da intriga que vai anteceder a grande batalha. Está chegando o final! Reviews sempre bem vindos!

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