Sonhos
"JURO SOLENEMENTE NAO FAZER NADA DE BOM"
Estava muito escuro, não conseguia sentir o chão sobre seus pés, apenas sabia que estava ali e teria que andar mesmo não querendo, aquilo já lhe era muito familiar, sabia o que viria depois...
_ Eu preciso de ajuda Dumbledore. Sei o que a ordem pensa do meu filho mais olhe para ele, é só uma criança. __ A mulher aflita mostrava o filho inocente que agarrava as suas saias sem entender o que ocorria.
_ Faço parte da ordem Brygh, mas não me tome como ela. Não concordo com a decisão do conselho. No que está ao meu alcance, terá minha ajuda. O mais seguro é não continuar aqui, é uma base para ele, temos que pensar em outro lugar, por hora, ficará aos cuidados de aurores de minha inteira confiança; Os Potters. Acho que já ouviu falar, não é?
_Sim o Sirius é muito amigo deles. Os conheci no natal do ano retrasado. _Respondeu Dorot.
_ Pois bem, mandarei chamá-los imediatamente.
Brygh olhou para o seu filho com um sorriso ainda muito triste e abatido e o abraçou com força.
_Não se preocupe meu querido, tudo ficará bem. Eu prometo.
Lembrava perfeitamente daquela cena, e como queria esquecê-la, esquecer...
De repente tudo começa a girar, sente uma dor de cabeça muito forte que o cega e quando abre os olhos o cenário havia muda completamente.
A casa com cortinas brancas rasgadas, poeira, vento forte que fazia um barulho ensurdecedor. Não, não queria continuar a andar, mas tinha que faze-lo. A visão da sala como um mausoléu, os gritos e então a mulher petrificada no chão, sua mãe, a quem tanto amava, com olhos que nada mais poderia ver, a pele tão branca que se comparava às cortinas, a boca entreaberta numa expressão facial de pânico e terror. Baixou-se aos poucos e tocou na sua pele gelada, segurou em sua mão como se tivesse poder para revive-la, não era mais dor, era ódio o que sentia, ódio daquele que a havia levado, e medo, medo de encarar os fatos.
Ouviu um barulho de passos firmes vindos à porta, levantou a cabeça aos poucos e o viu. A mais perfeita imagem do terror e ódio que agora o dominava por completo. A capa preta cobria suas feições mais sabia quem era e como era. As seguintes cenas lhe passaram em câmera lenta, desde o impulso do ataque inútil até a total escuridão...
_ NNNÃÃÃÃOOOOO...!!!_
Acordou assustado de mais um pesadelo. Pegou a varinha e olhou esbaforido o estabelecimento que se encontrava. Não havia nada ali, sabia disso, mas sempre era assim, os freqüentes pesadelos com sua mãe o amedrontava e não o deixava dormir direito, a não ser quando se estava totalmente bêbado. Andou até a cabeceira de sua cama e pegou o relógio.
_hum... 3 da manhã.
Foi ate a geladeira e pegou uma bebida trouxa para lhe saciar a sede, limpou os cantos da boca com as costas da mão e desmanchou a careta que o gosto amargo da bebida lhe tinha causado. Sentou na cama ainda com a garrafa na mão e deu mais uns goles antes de deitar novamente.
“Será que nunca vou me livrar desses pesadelos” _ pensou
Devia ter uns quatro anos quando sua mãe foi, aos prantos, pedir ajuda a Dumbledore. Ouvirá dizer que essa seria sua ultima alternativa, antes fugiam por conta própria, recebiam a ajuda apenas de um velho amigo e primo distante de Brigh; Sirius Black. Mas as coisas vinham ficando cada vez mais difíceis. Lembrava perfeitamente da agonia de sua mãe, do desespero. Sentiam fome, frio e estavam sozinhos, com todos os perseguindo, não podiam se manter em lugar fixo só que também já não havia mais lugar algum que pode-se ser o mínimo seguro, até que o Direto de Hogwarts lhe estendeu a mão. Tinha na memória vagamente os Potters, lembrava um pouco mais da Sra. Potter, que comumente consolava sua mãe e dava-lhe força para continuar.
Fechou os olhos tentando apagar aquelas imagens e voltar a dormir quando escuto um barulho semelhante a pedras batendo em sua janela. Pegou a varinha que tinha deixado na cabeceira da cama e num movimento rápido abriu a janela já tendo um feitiço para aplicar a posto, mas apenas o que se encontrava ali era uma corujinha preta com olhos da mesma cor e que lhe estendia a perna com um pequeno pergaminho amarrado.
Athos olhou em volta e pegou o pergaminho. De imediato a ave voou de volta para o lugar de onde veio. Ele a olhou passivamente, fechou a janela e abriu o embrulho que segurava na mão. Nada escrito. Sabia exatamente de quem era.
_Lummescurs _ disse apontando a varinha para o papel em branco e logo letras começaram a brotar do mesmo.
Encontre-me na Rua certa a hora normal o mais rápido possível.
Atenciosamente,
ªD.
Pegou novamente sua varinha e apontou para a carta.
_Exclariatos _ e o papel pegou fogo e se desintegrou por completo.
Era sempre assim, ninguém deveria saber de sua existência, muita menos onde se encontrava. Costumava comunicar-se por cartas para o único bruxo que naquele momento confiava e tinha respeito; Dumbledore. Essas correspondências normalmente vinham em códigos, e com segredos só revelados para o portador da senha. No mais, quando tentado ver o segredo por um feitiço de revelação como o “exclariatos”, o papel se desintegra.
Dirigiu-se até o banheiro e lavou o rosto para melhorar a cara de cansaço em que se encontrava. Fitou a imagem no espelho com rachaduras por alguns instantes. Nos seus olhos cor amarelos acastanhados podia transparecer toda a dor sentida ao longo desses anos, mas somente para ele mesmo, pois aos outros seu olhar só demonstrava a sua força interior. Tinha cabelos castanhos claros que sempre estavam assanhados, seu rosto trazia uma cicatriz na sobrancelha e outras mais espalhadas pelo corpo, seus músculos eram rígidos como se praticasse musculação e tinha uma pele muito branca devido ao fato de nunca sair a luz do dia.
Pegou a toalha e enxugou o rosto, escovou os dentes, colocou uma roupa, pois até então estava nu (gostava de dormir assim), pegou o seu casaco e saiu porta a fora.
Respirou fundo ao sentir o ar fresco da manhã no rosto e começou a andar.
“A rua certa significa rua Crimmer Solt’s, num bairro afastado de Londres, possivelmente no armazém abandonado. A hora normal era 5 da manhã e o mais rápido possível queria dizer que era naquele mesmo dia. ªD. igual a Alvo Dumbledore”. Decifrava o código em questão de segundos enquanto andava para o local do encontro.
_Então, o que há de tão importante para se falar? _ Disse Athos ao avistar uma figura alta completamente coberta por uma capa preta e acompanhada por mais duas figuras não tão altas mais também vestidas do mesmo modo.
_ Me esperem lá fora _Falou um dos encapados, o que estava à direita do mais alto.
Ao ouvir aquela voz Athos deu um passo de recuo e franziu a testa numa expressão de completo espanto.
_Calma! Sou eu mesmo! _ O homem se aproximou dele e tirou a capa revelando feições de apenas 40 anos. Possuía olhos extremamente azuis e cabelos negros com uma pequena mescla branca ao redor, seu olhar era terno, calmo, maduro e extremamente sábio. O mesmo olhar de...
_Dumbledore!?!?!
_Sim. Achei que teria essa reação de espanto. _disse rindo da face contraída do garoto.
_ Mas... Mas... Que diabos lhe aconteceu??_ Indagou ainda em pânico.
_Bem... É uma longa história, creio que não haja tempo suficiente para relatá-la. Só o que irei adiantar é um breve resumo. _ Parou um tempo para respirar fundo. Olhou mais atentamente e jogou:
_Para toda a população bruxa, nesse exato momento, eu estou morto e muito bem enterrado.
Athos franziu ainda mais a testa.
_Sei. Mas me diga senhor; Como posso saber se você é realmente o Dumbledore?
_Ora, ora. Vamos Athos, nós dois sabemos perfeitamente o que é capaz de fazer. Isso inclui reconhecimento de pessoas e feitiços de controle aplicados sobre elas. Olhe-me bem, acha que não sou Dumbledore?
O jovem o olhou de cima abaixo, parando especialmente nos seus olhos. É aquela expressão de olhar era inconfundível.
_Tudo bem. Você venceu. Mas eu não vou aceitar fazer nada sem uma explicação significativa para toda essa mudança.
_E as terá meu rapaz. As terá... Só que não aqui, não agora e nem ditas por mim. Explicarei o que quero de você e, ao decorrer, as informações precisas serão dadas. _ Parou um tempo para respirar profundamente, e finalmente depois de alguns segundos falou:
_Athus as coisas não estão muito boas para os agentes da ordem. Voldemort está ficando cada vez mais forte e seus seguidores ainda mais audaciosos. E ainda por um infeliz acidente que mais tarde saberá os motivos estou tendo que me ausentar da ordem. Só quem sabe que estou vivo são pessoas da minha confiança a quem passo informações, mas não posso continuar me expondo tanto. _ Parou um pouco para respirar fundo novamente e prosseguiu _ Desculpe-me, ainda estou um pouco cansado. Irei direto ao assunto, nosso tempo está se esgotando:
_Preciso que se integre a ordem da fênix. Tem muito que ser feito. Sabe de muita coisa sobre o Voldemort; Suas táticas, o modo que dá seus passos, será muito útil. Mas a sua principal missão é ensinar ao pequeno Potter como se defender melhor das artes das trevas. Ele tem que aprender como Voldemort luta e só assim poderá um dia enfrenta-lo. Faça isso sutilmente, ele não pode perceber que está tendo tratamento especial...
_Não tem como eu ensina-lo defesa das artes das trevas sem que ele desconfie. _ interrompeu Athus.
_ Hogwarts está fechada._Limitou-se a dizer isso_ Tomei providencias para que ele fique diretamente ligado a ordem. É um garoto muito forte, de muita garra e perseverança. Nesse momento deve está fazendo de tudo para melhorar suas habilidades com magia, um integrante da ordem que se proponha a ajudá-lo não será um suspeito. _ esclareceu.
_É arriscado para mim. Sabe perfeitamente dá minha situação. A ordem é uma casa forte contra ele, lá estão todos os segredos de como iram combatê-lo, eu não sei se seria bom me infiltrar, talvez não seja o melhor caminho. _ Disse mantendo a cabeça baixa.
_Meu caro. Eu acabei de dizer-lhe que só as pessoas da minha inteira confiança sabem que eu estou vivo. Acha mesmo que se eu não confiasse em você o colocaria a par de tudo? Até mesmo da minha falsa morte?
Dumbledore o observou atentamente.
_Não seja tolo.
_ Se assim é a sua vontade eu cumprirei. _ Disse Athus erguendo a cabeça.
_Perfeito! Minha neta, Juliet, estará lá para acompanhá-lo e integra-lo ao grupo. Ela lhe contará com mais detalhes o porquê da minha falsa morte e de tudo que vem acontecendo. Naturalmente terá que usar o seu antigo sobrenome: Brouclynn, não esqueça. Tome_ Disse entregando-lhe um envelope_ Ai contem todos os seus documentos necessários para o caso de precisão.
Athus abriu-o rapidamente e verificou todo o seu conteúdo com atenção. Depois ergueu a cabeça para encarar melhor o homem a sua frente e perguntou um pouco aflito:
_Ela não sabe sobre mim, sabe?
_Sabe apenas que é muito necessário. Não se preocupe seu segredo não será revelado. _Disse dando uma pausa, possivelmente para refletir se já tinha dito tudo que precisava_ Por enquanto é só. Mais informações serão passadas com o transcorrer do tempo.
Dumbledore o fitou por alguns instantes como se quisesse tirar dos seus olhos amarelados uma resposta de algo ainda não formulado.
_Grave isso na memória
Aproximou-se e em seu ouvido sussurrou:
_“A sede da ordem da fênix encontrasse no largo grimmauld, nº 12, Londres”.
Athus estreitou os olhos e gravou cada palavra dita.
_Agora vá e boa sorte _ ordenou o bruxo. Imediatamente Athus sumiu, sem deixar ao menos a impressão de que estivera há algum tempo ali.
Os bruxos que antes se encontravam ao lado de Dumbledore entraram e tomaram seus iniciais postos. Ele os olhou e com uma leve expressão de preocupação no rosto e declarou:
_Espero que meu plano dê certo.
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Esperamos que gostem...
comentem...
"MAL FEITO,FEITO"
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