Flagra



Harry tirou o diadema de cima da peruca, ainda sem acreditar na própria sorte. Analisou mais detidamente a tiara oxidada, sentindo um agourento arrepio na espinha, enquanto a manuseava.


Sacou do bolso interno o Mapa do Maroto e monitorou os movimentos de Filch, por um tempo, até vê-lo se afastar dos arredores da sala do diretor. Quando concluiu que o caminho estava finalmente livre, esgueirou-se o mais rápido que pôde, até as gárgulas.


Após recitar uma profusão de doces trouxas, que fizeram com que o seu estômago vazio roncasse audivelmente em resposta, a escada até a sala do diretor foi liberada e ele a subiu, dois degraus de cada vez, ansioso.


Apenas um lampejo nos olhos de Dumbledore denunciou a sua surpresa ao abrir a porta mais de meia-noite e encontrar Harry, ainda com as vestes de quadribol e todo sujo de terra, mas com um sorriso no rosto.


– Que boas novas você traz, meu caro? – o diretor inquiriu, após deixá-lo entrar e fechar e porta.


– Professor, consegui conversar com o Hagrid, hoje! Ele é inocente! – comemorou. – E, graças a ele, eu encontrei isso... – e estendeu para Dumbledore o diadema.


O diretor segurou a tiara com as mãos trêmulas e a observou com avidez. Harry aguardou, em silêncio, que Dumbledore terminasse a sua análise. O garoto tentava compreender o olhar cobiçoso do diretor para o objeto, até perceber que as coisas estavam saindo do controle.


– ACCIO DIADEMA! – Harry gritou, pouco antes de Dumbledore colocar a tiara em sua própria cabeça.


Como se acordasse de um transe, Dumbledore voltou a si. Harry empunhava a varinha para ele, tentando não transparecer que não saberia o que fazer, caso o diretor resolvesse investir contra ele.


– Harry, desculpe-me por essa reação. Por favor, mantenha esta horcrux longe da minha vista! – pediu Dumbledore, envergonhado, levantando-se e dando as costas para o garoto.


– Professor, o que está acontecendo? – Harry inquiriu, ainda com a varinha em punho.


– Harry, você precisa perdoar um pobre velho, que quase se deixou levar por um desejo antigo. Durante muitos e muitos anos eu procurei por este diadema. A lenda que o cerca sempre me fascinou, e eu quase sucumbi ao desejo de experimentá-lo e ver se a mágica nele encerrada se manifestaria... – suspirou alto, e virou-se de volta para Harry. – Estimo que talvez Tom tenha imaginado que o bruxo que viesse a achar esta horcrux não hesitaria em experimentá-la, transformando-a numa armadilha... O que ele não conseguiu prever é o grande bruxo que você é: incorruptível.


Dumbledore voltou para a sua mesa, encarou Harry e este percebeu que, o que quer que tivesse acometido ao diretor, havia passado.


– Agora que encontramos todas as horcruxes, precisamos encontrar um jeito de destruí-las. – falou baixinho, meio que para si, enquanto Harry se sentava novamente, mantendo a tiara oxidada sob as vestes, o mais longe possível de Dumbledore. – É necessário que sejamos discretos... Diferentemente da única horcrux já destruída, as outras ele sabe da existência e da localização...


– Talvez fosse o caso de tentarmos destruir a que foi encontrada na escola, pois ele teria mais dificuldade em descobrir que ela foi achada... – Harry sugeriu.


– Concordo que ela deva ser a primeira, mas não apenas por isso, Harry. As outras horcruxes já foram tiradas de seus esconderijos originais. Eu tomei o cuidado de fazer uma réplica das que encontrei. Porém, basta que Tom se aproxime para perceber que se trata de uma cópia sem valor. E a que foi encontrada aqui, para mim, é a mais tentadora.


Súbito, um ronco alto da barriga de Harry interrompeu a conversa dos dois. O garoto queria desaparecer, de tanta vergonha, mas Dumbledore arqueou as sobrancelhas, divertindo-se com a situação.


– Perdoe a minha insensibilidade, Harry! Já está muito tarde e você perdeu o jantar, nesta missão.


O diretor conjurou um prato semelhante aos do salão principal, que se encheu de comida. Harry brevemente se preocupou com a possibilidade de sujar a mesa de Dumbledore, mas a fome falou mais alto e ele atacou.


Após Harry engolir sofregamente a comida, Dumbledore sugeriu que ele levasse a horcrux consigo e a guardasse, em segurança, até que descobrissem como destruir os objetos malignos que estavam de posse, e o acompanhou até o canteiro ao lado da casa de Hagrid, ouvindo o relato do garoto, sobre os acontecimentos referentes ao guarda-caça, que tinham ocorrido mais cedo.


Harry pegou a sua capa da invisibilidade e voltou para o castelo, escoltado por Dumbledore até a sala comunal da Grifinória.


Despediu-se do diretor e, após passar pela Mulher Gorda, Harry viu Gina sozinha, dormindo debruçada em uma das mesas. Teve que reprimir a vontade de acordá-la imediatamente, consciente do forte odor que estava exalando, resultado do treino pesado de quadribol e de ter ajudado Hagrid a cavar a cova de Aragogue.


Tomou banho rapidamente e voltou para a sala principal, contemplando a ruiva, cabelos esparramados pela mesa.


– Foguinho... – chamou, baixinho, acordando-a.


– Harry, eu estava preocupada! O que aconteceu?


– Hagrid é inocente, ruiva! – e começou a lhe contar a história de Aragogue, e tudo o mais que havia ocorrido.


Gina ouviu atentamente o relato, sem interrompê-lo. Quando Harry terminou de contar o que havia acontecido, a garota sorriu e o abraçou.


– Acabou, Harry! Você já fez tudo o que podia fazer! Agora podemos deixar que a Ordem cuide de destruir as horcruxes e derrotar V-Voldemort!


Harry não queria estragar aquela felicidade, mas não podia concordar com o que ela havia falado. Afastou-a delicadamente e fitou-lhe seriamente.


– Foguinho, eu não posso fazer isso... Preciso chegar até o final desta história! Você me entende?


O choro convulsivo que recebeu em resposta mostrou que ela não entendia. Harry a puxou para mais perto, para tentar consolá-la, mas ela não conseguia parar de chorar. Ele não sabia muito o que fazer, salvo esperar até que ela se acalmasse.


– Posso saber o que está acontecendo aqui? – Hermione se aproximou de onde os dois estavam. – O que você fez, Harry? Por que a Gina está chorando desse jeito?


– Mione! – surpreendeu-se Harry. – O que você está fazendo aqui?


– Eu acordei e me preocupei por Gina não estar no quarto. Desci e encontrei esta cena. O que está havendo?


Gina tentava explicar, mas não conseguia articular palavra. A ruiva lançou um olhar de súplica pra Harry e ele concordou com pedido tácito dela. Levantou-se, pediu que Hermione cuidasse de Gina enquanto ele já voltava, e foi pegar, pela enésima vez naquele dia, a sua capa da invisibilidade e o Mapa do Maroto.


Harry agradeceu intimamente por não ter vivalma nos arredores da torre da Grifinória, pois Gina não parava de chorar. Entraram em uma sala vazia próxima e imperturbalizaram o ambiente, Mione e Harry.


– Foguinho, fique calma! Vai dar tudo certo! – Harry se aproximou de Gina, que ainda soluçava, e a abraçou novamente, desalentado.


– Harry, por que você não me explica o que está acontecendo, enquanto Gina se recompõe?


Ele não queria sair de perto de Gina, mas ela lhe fez um sinal para que contasse para Hermione as novidades.


– Hermione, hoje eu fui até a cabana de Hagrid, e descobri que ele foi expulso de Hogwarts pelos motivos errados. Hagrid nunca abriu a Câmara Secreta, e muito menos foi o responsável pela morte de uma aluna nesta época... Se ele podia ser acusado de algo, era de ter criado uma acromântula no Castelo, Aragogue, que morreu hoje.


– Ai, Hagrid... É a cara dele tratar estas criaturas como bichinhos de estimação...


Harry concordou e contou-lhe como Hagrid foi expulso, a sua recusa em usar o seu álibi, por receio de que Aragogue fosse caçado e morto. A amiga ouvia o relato de olhos arregalados, e não conseguiu segurar uma observação, quando Harry lhe disse que ajudou Hagrid a cavar a cova e a enterrar a acromântula.


– Ainda bem que o Ron não te acompanhou! Ele não teria conseguido se mover, mesmo com Aragogue morto!


Harry intimamente agradeceu por ter ido sozinho. Era bem possível que Hagrid não tivesse se mostrado tão solícito quanto foi, caso sentisse alguma represália. Prosseguiu então o relato, contando para Hermione que Hagrid havia aberto o coração e contado a sua história, e que depois lhe deu os frascos com o veneno de Aragogue.


– Harry! Veneno de acromântula é altamente perigoso!


– Eu sei, Mione! Mas não podia deixar de aceitar o oferecimento de Hagrid, ia ser muita falta de educação! Além do mais, eu planejava entregar os frascos para Lupin, mas só quando fechei a porta do Castelo foi que percebi que havia esquecido a minha capa ao lado do canteiro de abóboras...


– Não me admira que Gina esteja reagindo dessa forma! Que história mais fantástica!


– Então se prepare, Hermione... Isso não foi nada frente ao que aconteceu depois! – Harry anunciou, prosseguindo no seu relato.


Contou-lhe que, por acaso, encontrou a última horcrux quando foi esconder as garrafas com o veneno de acromântula na Sala Precisa. Hermione quase não piscava, enquanto Harry falava, mas ficou em absoluto choque quando o amigo contou a reação de Dumbledore com o diadema.


– Dumbledore se descontrolou? – Mione se espantou.


– Fiquei apavorado! Nem sei o que poderia ter acontecido, caso Dumbledore tivesse colocado o diadema na cabeça!


– Isso foi muito engenhoso, da parte de Voldemort... Escolher uma horcrux com essa carga mágica faz com que ela praticamente se defenda sozinha! Afinal, ele imaginou que o bruxo que eventualmente a procurasse o faria por ganância, e provavelmente sucumbiria à tentação de experimentar o lendário diadema de Rowena Ravenclaw!


– Foi mais ou menos o que Dumbledore me explicou, mas nunca imaginei que ele poderia ser tentado por esse tipo de coisa...


E Harry continuou o seu relato, explicando que não faziam ideia de como destruir as horcruxes todas, por receio de talvez despertar Voldemort para o que estavam fazendo e perder a vantagem que hoje têm, de trabalhar sem levantar suspeitas.


– Deixa eu ver se entendi: Voldemort dividiu a sua alma em pedaços, e só pode morrer caso todos os pedaços sejam destruídos, correto? Agora já juntamos todos os cacos que ele conscientemente fez, e já foi destruído aquele feito por ele sem a intenção, o que estava com você... Isso quer dizer que você está livre, Harry! Não é você que precisa enfrentá-lo, a sua parte você já fez!


– Tá vendo, Harry? – Gina finalmente falou. – Tá vendo como é óbvio que você não precisa mais se arriscar?


Hermione encarou o amigo, esperando que ele contradissesse a afirmação de Gina, mas ele nada fez além de baixar a cabeça, confirmando tacitamente a acusação.


– Harry, você não pode estar pensando seriamente nisso! – Hermione começou a se desesperar. – Você sabe que ele é totalmente sem escrúpulos, é muito perigoso! E há muitos bruxos mais qualificados do que você e que poderiam atuar em conjunto, para tentar derrotá-lo... Você não pode continuar achando que pode enfrentá-lo!


– Eu não acho meramente que “posso” enfrentá-lo, mas sei que “devo” fazê-lo... A profecia foi muito clara em relação a isso: “aquele com o poder de vencer o Lorde das Trevas se aproxima... nascido dos que o desafiaram três vezes, nascido ao terminar o sétimo mês... e o Lorde das Trevas o marcará como seu igual, mas ele terá o poder que o Lorde das Trevas desconhece... e um dos dois deverá morrer na mão do outro pois nenhum poderá viver enquanto o outro sobreviver...”.


– Harry, nós vimos com a charlatã da Sybilla que profecias não devem ser levadas tão a ferro e fogo... – Hermione tentou argumentar, olhando para Gina, pedindo o seu auxílio, mas a ruiva finalmente entendeu a decisão de Harry.


– Foguinho, agora você compreende? Não tenho como fugir, e , mesmo se tivesse, não quero fazer isso! Não quero que mais pessoas se sacrifiquem por algo que cabe apenas a mim resolver! – Harry tentava convencer Gina.


– Desculpa, Harry! – ela o abraçou, depois de longos segundos o encarando.. – Desculpe-me por ter sido tão egoísta! Eu só pensei na sua segurança e na minha tranquilidade, e me esqueci no que pode se tornar o mundo, caso esse maníaco continue vivo!


Harry a abraçou de volta e a beijou. Ele imaginava como devia ser desesperador pra ela tudo isso, especialmente quando se imagina em seu lugar: ele nunca teria sangue-frio para saber que ela correria um risco desses, sem poder fazer nada para tentar impedir.


– HEM, HEM! – Hermione pigarreou audivelmente, lembrando-lhes uma servidora do Ministério da Magia, Dolores Umbridge, que tinham visto na TV enquanto estavam no Largo Grimmauld. Soltaram-se constrangidos, sob o olhar firme da amiga. – Espero que vocês parem de insultar a minha inteligência e me digam logo por que vocês esconderam que estavam juntos!


– Amiga, desculpa por não termos te falado nada, mas realmente não podíamos e continuamos não podendo assumir para todos que estamos juntos. – Gina tomou a palavra e pediu que Hermione se sentasse, já que a história seria longa.


A ruiva contou pra amiga que, depois do incidente com a poção do amor com o Malfoy, no Baile de Primavera, que havia descoberto que era a “Herdeira da Luz e da Pureza”, e que Harry era o seu Guardião.


O fato de Hermione nunca ter lido nada a respeito desta lenda os acalentou razoavelmente, pois seria ainda mais complicado manter o assunto em sigilo se fosse uma informação mais facilmente disponibilizada.


Gina prosseguiu, contando que não tinham pegado varíola de dragão, que as manchas tinham sido plantadas para que pudessem sair da escola e realizar o ritual da Herdeira. Harry tomou a palavra e relatou o seu “encontro” com o Sr. Olivaras e a destruição da horcrux não planejada de Voldemort.


– Eu nunca pensei que fosse algum dia dizer isso, mas a minha cabeça está doendo, devido à quantidade coisas que vocês contaram! E o “poder que o Lorde das Trevas desconhece” deve ser o fato de você ser o Guardião, Harry! – Hermione observou. – Olhem, eu até entendo a razão de terem mantido segredo, mas vocês acham mesmo que nós íamos traí-los? – perguntou, magoada. – Não estamos juntos nessa história desde que ela começou? Eu realmente não entendo...


– Mione, admito que fomos egoístas em termos guardado essa história para nós, mas o que de fato nos motivou a agir assim é que, se conseguíssemos convencer vocês, nossos amigos mais próximos, de que não estávamos juntos, ninguém teria motivos para achar o contrário. Não podemos esquecer que Malfoy provavelmente sabe de tudo e que deve estar nos monitorando... – Harry tentou argumentar.


– Não achamos, em nenhum momento, que vocês não fossem de confiança, mas precisávamos ter certeza de que conseguiríamos manter as aparências... – Gina complementou. – Além disso, por mais que o Ron e o Harry sejam amigos, não sei muito bem qual será a reação dele quando souber de tudo; não que eu me importe se ele vá aprovar ou não, isso é problema nosso... Mas acho difícil que ele seja muito discreto...


– É muito provável que o seu irmão dê uma surtada, Gina... – Hermione admitiu. – E por quanto tempo vocês planejam manter essa história fora do radar?


– Enquanto pudermos... Não sabemos ainda como destruiremos as horcruxes, muito menos como ou quando será o embate com Voldemort. – Gina não pôde reprimir um arrepio, ao ouvir Harry falar desse jeito. – Você acha que pode guardar esse segredo conosco?


– Não é por acaso que o meu nome significa “aquela que guarda um segredo”... – a garota suspirou, em resposta. – Mas quando o Ron descobrir, vai me matar...


– Não se preocupe com o Ron agora, Mione! Se eu sobreviver ao ataque dele, vou explicar que te obrigamos a guardar esse segredo por questão de segurança, especialmente para a Gina! – Harry completou.


Depois desta conversa equivalente a uma enciclopédia de muitos tomos, finalmente voltaram para a sala comunal da Grifinória. Hermione deixou que os dois se despedissem e depois arrastou Gina pela escada, lembrando que eles não deviam ser vistos sozinhos.


* * * * * * * * *


A rotina da escola estava cada vez mais corrida: o último jogo de quadribol estava marcado para a semana seguinte, e Corvinal ainda tinha um bom saldo de gols, mesmo quando confrontado com o resultado da Grifinória versus Sonserina.


Harry e Gina não conseguiam mais manter os seus encontros fortuitos, pois além da proximidade das provas finais, eles tinham, quase todas as noites, treinos extra de quadribol. Com o campeonato em jogo, Harry não conseguia se livrar de Ron em nenhum momento, pois o goleiro queria discutir as estratégias para o próximo jogo à fundo: tinha esperanças de que um olheiro viesse acompanhar a partida, e queria ter desempenho irrepreensível.


Três dias antes do grande embate, os ânimos dos jogadores estavam à flor da pele. Harry quase tinha voltado ao seu ditatorial comportamento do começo da temporada, e o time estava muito estressado e propenso a explosões.


Harry gritou tanto, xingou tanto, que Ron quase lhe deu um murro, para que calasse a boca. Quando finalmente o treino foi dado por encerrado, o time desmontou e começou a rumar para o Castelo antes mesmo de Harry descer da vassoura. Ao longe ele percebia que devia ser o assunto daquele aglomerado de cabeças unidas, mas não podia fazer nada para evitar isso.


Encaminhou-se para o vestiário masculino, consciente de que estava mais impaciente do que era aceitável, mas havia tanta pressão em cima dele que mal conseguia suportar: ele precisava ganhar esse campeonato para se igualar ao feito do próprio pai, de ganhar todos os campeonatos de quadribol que participou, enquanto estava no time.


Começou a tirar o uniforme de treino, ainda com raiva das discussões em campo e irritado consigo mesmo por talvez ter perdido a razão por ter gritado. Começou a praguejar, revoltado com a falta de compreensão do time com o momento que passavam.


– Será que vamos precisar lavar essa boca com sabão?


Harry levantou-se de um salto, assustado com a voz de Gina, que tinha acabado de entrar no vestiário e fechado a porta. Os olhos dele brilharam ao perceber a maneira cobiçosa com que ela o fitava e ele lhe deu aquele sorriso de amolecer joelhos.


– Aqui é um vestiário masculino, sabia? – brincou, enquanto ela se aproximava dele.


– Ouvi dizer que o chuveiro de vocês é ótimo! – comentou, num pretenso tom casual, enquanto se despia e se encaminhava para um dos boxes.


Harry não precisou de nenhum outro encorajamento. Livrou-se das suas próprias roupas e puxou a ruiva para debaixo do chuveiro. Fazia quase uma semana que não se viam com as mãos, e eles já estavam subindo pelas paredes.


– Ron, você tem certeza de que o Harry está aqui? – Hermione perguntou, num tom mais alto do que geralmente falava, para tentar avisar ao amigo que tinham acabado de entrar no vestiário.


Ron queria conversar com Harry sobre a loucura dele no último treino, e resolveu voltar para o campo para que tivessem uma conversa mais reservada. Até tinha pedido para Hermione não acompanhá-lo, mas estranhamente ela insistiu em vir.


– Claro que está, né? Senão, quem estaria debaixo do chuveiro? O Barão Sangrento? – respondeu, rindo da própria piada, e seguiu para onde vinha o som de água caindo.


Hermione entrou em pânico, quando percebeu, tarde demais, que havia dois uniformes de quadribol largados pelo chão. Correu para onde o namorado tinha ido, e presenciou ele abrindo a porta do box, perguntando se Harry estava tentando se afogar.


Gina estava com as costas apoiadas na parede e as pernas enganchadas ao redor da cintura de Harry, enquanto ele a beijava no pescoço e se movimentava dentro dela. Ambos tão concentrados um no outro que não perceberam a presença de mais ninguém.


Ron olhou a cena, estarrecido e em choque, enquanto parecia que todo o sangue do seu corpo estava indo para o seu rosto. Hermione tentou chamá-lo para sair dali, mas ouvir o próprio nome o tirou do torpor e ele reagiu.


– SAI DE CIMA DA MINHA IRMÃ! – gritou, antes de partir para cima dos dois.


* * * * * * * * *


Pessoas,


perdão pela demora, mas o meu tempo está bastante exíguo (tenho provas pesadas a ocorrerem até o final do mês, além de ter muita coisa no trabalho me demandando respostas)...


Para escrever este capítulo, precisei reler mais uma vez a fic inteira, para não deixar furos e fazer o fechamento das ideias. Para vocês terem noção, organizei o texto todo em um pdf, que ficou com mais de 280 páginas! ö


Devo admitir que estou impressionada com a repercussão que ainda tá rolando da história do Sirius e da Bellatrix! Claro que essa trama ainda vai se desenvolver, mas não sei se o final atenderá às expectativas.


Sobre a potencial fic Dumblewald, vou deixá-la no standby da minha cabeça insana e vou ver se rola mesmo de fazer!


Agradeço os votos e comments, e beijo grande para Láh Jane Weasley, loucapotterygina, LULU789, Martha Weasley, Nane Potter, pamela sa, Patitaa, potter e weasley e Stehcec!


Até o próximo capítulo (tá acabando...)! Comentem, votem, apareçam!
:***

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Comentários (5)

  • Juh Tralba

    Amei o capítulo! E esse flagrante do Ron foi PERFEITOAnsiosíssima para o #40 e triste por estar na reta finalAté o próximo capítulo!   ;) 

    2014-04-19
  • potter e weasley

    Adorei o cap... Eon ciumento..kk... Mais tbm ne encontra a irmã fazendo coisas inapropriadas Cm o mlh amigo dele...kkkk.. Adorando o cap

    2014-04-12
  • Larissa Granger

    To amando a fanfic, posta maaaais!! você escreve muito bem!! apaixonada 

    2014-04-11
  • Láh Jane Weasley

    AAHH!! Como ousas terminar o capítulo dessa forma? iashdaisudh' Dumbledore se descontrolando por causa de poder? Hmpf.. Típico. ¬¬ (Sim, odeio o tio Dumby) Entendo que o tempo esteja curto (o meu tb é mais ou menos assim), mas nada justifica deixar essa pobre leitora se roendo de curiosidade (cada vez mais... ¬¬) Um Arresto Momentun para que consigas arranjar mais tempo para escrever e até o próiximo capítulo. Aguardo ansiosamente, Bjs.

    2014-04-10
  • Digit Moony

    Amei esse capitulo como toda a fic *--* 

    2014-04-09
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