Um Dia



Obrigado pelos comentários^^
E, na verdade, Harry não usou não a tática do “beijo acidental”. Ele é um bom garoto – Ou quase.
Eu não lembro quem foi, mas eu não entendi, como assim estudante de direito ou advogada? Eu não sou não^^’ - quem me dera.

***

Capítulo 15 – Um Dia

-Vocês não prestam!

-Quando foi que descobriu? Quando o Simas nos espiou ou quando Justino “acidentalmente” beijou você.

-Ele não me beijou! – retrucou corada.

-Menos mal – ele murmurou para si mesmo.

Hermione o olhou de lado. “Descobri quando você me beijou, Harry James Potter” - Onde estamos indo? À sala precisa?

Harry deu uma risadinha. – Oh, não! Rony pediu que ficássemos o mais longe possível de lá. Se é que me entende...

-Eu posso imaginar. Por que ainda está com a capa?

-Caso seja necessário, Hermione – sua pedrinha brilhando em seu colo. – O que você prefere, ao Dedos de Mel ou a biblioteca?

-Não creio que seja permitido ir para o Dedos de Mel.

-Dedução brilhante esta.

-Tudo bem – ela ponderou. - Preciso de alguns doces - Harry a olhou surpreso. – Quer que eu desista? – indagou de sobrancelha erguida.

-Nem por um segundo isto me veio à cabeça, senhorita Granger.
**

-Estava mesmo procurando por vocês... – Slughorn, o professor de poções, falou, assustando-os. - Espero não lhes estar atrapalhando.

-De modo algum, professor – Hermione disse simpaticamente. Eles estavam no terceiro andar e o homem os parou quando estavam seguindo para a estatua que leva a Hogsmead.

-Bom, serei breve, tenho para mim que atrapalho – Harry sorriu apenas. Mas seu pensamento concordava com o senhor. - Segunda-feira, amanhã, organizei mais uma reuniãozinha... Espero que estejam lá, estarão certo?

-Bom. Professor é que... Bem...

-Vocês não fariam essa desfeita dessas comigo, hã? As oito, está bem? – para o choque dos adolescentes, o senhor gorducho lhes deu as costas e saiu.

-Ele pirou de vez – Harry murmurou.

-De fato. Ainda pôs numa segunda... Como se eu não tivesse tarefas para organizar.

-Deixa pra lá. Acho que ele está longe o bastante – dizendo isso, Harry apontou a varinha para a bruxa de um olho só.
**

Ele entrou sorrindo pela passagem da bruxa de um só olho.

-Não, não há ninguém. Só tome cuidado, aqui está meio escuro – murmurou estendendo a mão.

-Nossos pés... Estão cheios de lama. Se o senhor Filch nos pega... – ela falou mordendo o lábio inferior, prendendo o ri. – Ou aquela gata...

Como se fosse chamada, Madame Norra apareceu, os olhando seriamente, como se repreendesse. Ela miou. Um instante de silêncio e tensão e logo a voz praguejante do velho era ouvida. Eles se entreolharam e então agarrando as mãos da amiga, Harry passou a correr.

-Que boca, hã?! – ela não respondeu, estava puxando ar suficiente para acompanhá-lo. Eles desceram as escadas e viraram à esquerda, pegando um atalho. – Não! Pára. Por que, exatamente, estamos correndo?

-Bom, Pra começar: o período de rondas, que por sinal, não fizemos... Passou a exatos sete minutos. Tempo suficiente para já estarmos em nosso salão comunal! Segundo: poderia ser até relevante Filch nos encontrar fora da cama, mas não com esses sapatos imundos! Mas se você quer levar uma detenção... Harry Potter!

Harry pareceu ponderar sob olhar incrédulo da amiga. – Tudo bem, eu sou a favor da corrida! Mas tenhamos a cabeça no lugar, se estamos fugindo, por que não estamos indo ao salão comunal?! Nós estamos descendo as escadas, ao invés de estar subindo, se ainda não reparou.

-Eu pego vocês suas pestes! – Filch gritava furiosamente. Harry e Hermione se olharam, suas vistas baixando para os pés.

-Merda! – ela murmurou sacando a varinha. – Se estamos fugindo, não deveríamos deixar pistas!

-Bravo – Harry exclamou quando toda sujeita sumiu. – Sem provas, sem crime.

-Onde está sua capa?

-Deveria estar na minha mão. Devo ter deixado no esconderijo.

-Não, sério?! – falou sarcástica.

Harry virou os olhos, agarrando novamente o braço de Hermione e eles voltaram a correr. A voz de Filch estava perto, o rapaz não entendia como o senhor ainda os estava seguindo. Ele a empurrou no primeiro vão escuro que encontrou. Eles até prendiam a respiração, tentando não fazer barulho algum. Filch estava mais perto e mais perto.
Ele parou na frente deles, Hermione fechou os olhos, enfiando o rosto no pescoço do rapaz. “Ah Merlim, seremos descobertos”. Harry engoliu em seco, o que menos precisava nesse momento era de uma detenção. Por sorte o velho continuava de costas para aquele lugar.

-Ele se foi – Hermione ouviu a voz de Harry segundos depois. A morena se afastou dele sem ar, aparentemente nervosa demais para dizer qualquer coisa.

Ela abriu a boca e levou o dedo indicador até ela – como se pedisse silêncio. – balançou a cabeça, fechando os olhos e passou a caminhar sem nada dizer.

-Não foi tão mal assim – ela lhe lançou um olhar que dizia tudo. Então eles caminharam rápidos e silenciosos.

A caminhada até o quinto andar foi bem tranqüila, pelo menos até eles ouvirem passos.
Eles se esconderam, desta vez, ao lado de uma das inúmeras estátuas do castelo, uma que, por sorte, os cobria completamente, ao menos a altura deles. E a escuridão, agora, estava ao lado deles.
Enquanto Hermione se encostava ao máximo à parede, Harry tentava espiar. Em um momento, o rapaz pressionou seu corpo contra o da amiga, seus lábios ao encontro do ouvido dela – Seja quem for, está vindo pra cá – ele ofegou.

-Por que certas coisas só acontecem quando estou ao seu lado? - Hermione não lastimaria por muito tempo.

Harry pôs o indicador nos lábios dela, impedindo que falasse mais. Os passos, estranhamente cautelosos, estavam se aproximando. Ela levantou os olhos, sua respiração entrecortada, os lábios entreabertos.
Harry apoiou o braço na parede, acima da cabeça dela, ele estreitou os olhos, seu instinto dizendo que deveria agir.

-Isso não é um acidente, Mione – ele murmurou antes de acabar com a distância de seus rostos.

O beijo que se sucedeu, era um beijo de descoberta. Ele não era como o primeiro... Nele, não havia nada de incerteza ou medo.
Mordiscando o lábio inferior dela, Harry sorriu levemente por não sentir tensão alguma em Hermione. Ele se afastou olhando-a, por um segundo ou dois.
A morena tinha um ar sereno, quase segura demais. E ele se viu querendo tirar toda serenidade dos olhos dela... Trazendo seu rosto mais junto ao dele, Harry a pressionou mais contra si, sua mão na nuca dela. Os lábios deles transmitindo calor, um ao outro.
Hermione agarrou a gola da blusa do amigo com uma das mãos - a outra estava na parede, a fazendo se equilibrar. -, puxando-o mais para si. E então aquele lugar tornou-se muito quente.
Harry retirou o braço que – achava ele. – lhes dava equilíbrio da parede e segurou a cintura de Hermione, retirando-a de perto da parede. Seus lábios estavam em uma luta tão incessante que o ar ficava completamente subjugado a um segundo plano; plano esse, pouco paralelo...

Hermione o sentiu se afastar um pouco, tempo suficiente para um rápido aspirar. Não... Não queria perder tempo. Ele queria estar com ela. Os lábios dela estavam prontos para ir ao encontro dos dele quando ouviu uma exclamação, as costas de Harry.
Eles suspiraram e, definitivamente, aquilo tinha mais que o medo de terem sido apanhados. Frustração era o nome certo.

-Ai Merlim! Eu não queria... não queria atrapalhar – gaguejou uma Gina ruborizada.

-Besteira Gina – Harry respirou fundo, passando uma das mãos no cabelo. Hermione ainda estava sentida demais com a amiga para dizer alguma coisa. – Mas o que você faz aqui?

-Ouvi um barulho, vim saber o que era. Mas e vocês? Quer dizer... – falou, olhando para baixo, corando ainda mais. – Se Filch lhes pega...

-Nós sabemos. Estávamos fugindo dele há pouco. É melhor irmos para o salão comunal - Hermione ainda preferiu não falar enquanto assentia e passava a andar.

Quando Harry a alcançou, instintivamente lhe puxou para perto, abraçando-a de lado. – Você não parece legal – Gina preferiu andar alguns passos atrás do “casal”.

-Não é nada, Harry.

-É claro que é. Você apenas não quer falar, eu entendo – ela o olhou de lado. – Não deveria ficar tão chateada... A Gina não fez por mal. Ela, no fundo, sabe que você não seria capaz de fazer algo tão ruim assim.

-Ela duvidou de mim, Harry – seu tom era magoado. – Não creio que já tenha dado motivos para que ela... – seus olhos decaíram para o peito dele, lá a pedrinha vermelha da correntinha de Harry enfraquecia seu brilho. – Não quero falar sobre isso.

Quando por fim passaram pelo retrato da mulher gorda, os três pararam em frente as escadas que levavam aos dormitórios. Harry já estava lhes desejando boa noite quando Hermione segurou seu braço. – Você fica – ela disse lentamente, observando a lareira.

-Boa noite, então – Gina murmurou. A morena a olhou por alguns segundos, mas nada respondeu. Logo, Gina subia as escadas sentindo-se péssima.

Hermione continuou imóvel – segurando ainda Harry. - por certa de um minuto, o tempo que Gina levou para, apressadamente, subir as escadas. – Explique-se – ela exigiu virando-se completamente para o rapaz, seu braço se afastando dele.

Ele deu de ombros. – Imaginei que não poderia ser Filch ou algum professor andando desse modo. Todo precavido.

Hermione sentiu uma onda quente de raiva lhe invadir o corpo. - Aí você me agarra? – indagou incrédula. – O que você pensa que eu sou?

Harry não gostou do tom dela, ela estava o acusando? - Não lembro de você ter reclamado, Hermione – retrucou sarcástico.

Ela abriu a boca sem ação. – Não acredito que pôde dizer isso - exclamou ofendida. – Acho que nosso pacto está indo longe demais, Harry. Não lembro de ter concordado que haveria beijos.

O moreno desviou o olhar por um momento. – Certo então. Ótimo... Amanhã mesmo podemos resolver esse problema. É um “namoro”, pode haver o “término” dele. E não se preocupe, eu ainda posso lhe dar as malditas aulas de DCAT – retrucou secamente. – Até amanhã, Hermione. E desculpe o incomodo e por ter sido tão inconveniente hoje e por meu atrevimento – ao terminar, ele subiu as escadas de dois em dois degraus.
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(Continua)
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Capítulo curtinho...
Espero que tenham gostado... E comentem, é claro.
Desculpem algum erro ^^’.

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