Por trás da floresta proibida



- Harry, acorde, por favor. – uma voz maternal chamava Harry, que ainda dormia no quarto de Ron.
- Ah, bom dia Sra. Weasley. – disse Harry, que se sentou na cama.
- Bom dia querido. Arrume suas coisas no malão.
- Já vou voltar para Hogwarts? – disse Harry, que ainda não havia acordado direito.
- Ainda não. Você irá para a nova sede da Ordem.
- Nova sede?
- Exato. Agora arrume suas coisas, estão todos lhe esperando na cozinha. – ao dizer isso a Sra. Weasley saiu do quarto.

***

- Bom dia Harry. – disse Ron, quando o amigo se sentou ao seu lado e começou a tomar o café da manha.
- Bom dia. Onde estão as meninas?
- No quarto de Gina, arrumando suas coisas. Nós também vamos para a Ordem. Parece que meus pais julgarão que lá será mais seguro.
- Pelo menos eu não vou ficar sozinho lá. – disse Harry, se lembrando do Largo Grimmauld, nº12. – Quem é o guardião do segredo dessa vez?
- Se eu fosse você, eu preferiria não saber.
- Não me diga que é aquela garota!
- A nova sede é a casa de Dumbledore, como ela é a dona da casa, e de total confiança dele, ninguém questionou. – disse Ron desanimado.
- E aonde fica? Em Londres?
- Não sei. – Fred, Jorge e Clementine entraram na cozinha e se sentaram para tomar café, Ron começou a encarar Clem – Hoje você resolveu comer a comida da minha mãe?
- Ron, fica quieto. – disse Fred, deixando Rony ainda mais irritado.
- Se você não percebeu, nem hoje eu resolvi comer. – disse Clem, que realmente não havia tocado em nada.
- Clem para de frescura, come um pouco. – disse Jorge.
- Então agora já é Clem? Quanta intimidade! – disse Rony, irritado.
- O que eu te fiz? – disse Clem calmamente.
- Nada de importante, só é grossa e arrogante. – disse Harry, que não se segurou e começou a atacar a garota também.
- Parem vocês dois! – disse Fred.
- Não se preocupe, eu não me importo. – disse Clem para Fred.
- Eu não consigo entender porque Dumbledore me pediu para confiar em você! – disse Harry, fitando a garota.
- Você não precisa confiar se não quiser. – disse Clem, que se levantou, tirou o anel de Slytherin do dedo e o colocou perto do prato de Harry. Depois foi para o jardim.
- Que decepção Harry. – disse Jorge, olhando inconformado para o Harry, que ainda olhava para o anel, espantado.
- Vem Jorge, ainda temos que arrumar nossas coisas. – disse Fred, que se levantou e rumou para o quarto, seguido pelo irmão gêmeo.
- Não me diga que esse é o anel de Slytherin! – disse Rony, mais espantando que Harry.
- É sim. Eu o vi na mão de Dumbledore durante as aulas particulares. – disse Harry, que só agora se atreveu a pegar no anel.
- E o que aquela garota fazia com isso?
- Nós estávamos nos perguntando isso ontem. – disse Hermione, que entrou na cozinha acompanhada de Gina.
- Vocês não perceberam que ela já estava com esse anel ontem? – disse Gina, se sentando ao lado de Harry e pegando o anel de sua mão.
- Não! – respondeu Ron.
TAC
- Bom dia! – disse Tonks, que havia acabado de aparatar na cozinha.
- Bom dia. Onde está Clem? – perguntou Lupin que também havia aparatado.
- Está lá fora com os gêmeos. – respondeu Gina.
TAC
- Rony, por favor chame Clem e os gêmeos. E você Gina, chame seus pais e seus irmãos. – disse Moody, que mal havia aparatado já estava dando ordens.
Gina e Rony se levantaram e foram chamar o resto da família. Menos de cinco minutos depois já estavam todos reunidos na cozinha.
- Clem, o Sr. Weasley me disse que você tem uma nova sede para a Ordem. – disse Moody, examinando a garota.
- Sim. É a casa de Dumbledore, que agora pertence a mim. – disse Clem, que fitava Moody com olhar decidido.
- E a casa é segura? – perguntou Lupin.
- Claro. Possui o mesmo sistema de segurança que Hogwarts. Porém, também é protegida pelo segredo, do qual eu sou a guardiã. – disse Clem, ainda encarando Moody.
- E onde fica? – perguntou Gui.
- Entre umas montanhas e a Floresta Proibida. Tendo fácil acesso a Hogsmeade e a Hogwarts. Claro, fácil acesso para quem conhecesse as passagens. Já que é fácil se perder entre a floresta. – disse Clementine.
- E então, vamos para lá? – perguntou Carlinhos impaciente.
Moody, Lupin, Tonks, Sr. e Sra. Weasley trocaram olhares.
- Acredito que será um bom lugar. – disse Moody finalmente.
- Sendo assim, o que estamos esperando? – perguntou Fred, que já estava com as malas na mão.
- Estamos esperando a Professora McGonagall voltar no St. Mungos com notícias de Estúrgio. – disse Tonks.
- E como faremos para chegar lá? – perguntou Lupin á Clem.
- O melhor seria aparatarmos em Hogsmeade. E depois fazermos uma caminhada até lá, assim, já aprendem o caminho. – respondeu Clementine.
- Não é perigoso passar pela floresta? – perguntou Molly.
- Que lugar é seguro nos dias de hoje? – questionou a garota.
- Peguem suas malas. – disse o Sr. Weasley – Minerva já deve estar chegando.
Harry, Rony, Hermione e Gina foram buscar suas malas.
- Como é a primeira vez que vamos para lá, acredito ser mais seguro aparatarmos direto lá. – disse Moody.
- Por mim tudo bem. – disse Clem, que se sentou em uma cadeira.
TAC
Minerva aparatou na cozinha.
- Bom dia a todos. Então, tudo pronto? – disse a diretora.
- Quase. – disse Arthur – Harry, Ron, Gina e Mione, só faltam vocês! – os quatro voltaram para a sala com suas malas.
- Certo. – disse Clementine, que se levantou, tirou uma foto do bolso e mostrou a todos. – Aqui – apontou para a foto – é a Fazenda Fênix, fica em Hogsmeade, sem número, ao lado da Floresta Proibida. – disse a garota, revelando o segredo para todos os presentes.
- Gina, segure firmemente em mim. – disse Molly.
TAC
Todos se foram.

***

Aparataram em um bonito lugar, era impressionante como a Fazenda era grande. Clementine começou a explicar o que era cada imponente construção.
- Bem, aquela construção, que fica no centro, - apontou para uma casa de madeira – é o salão, onde existe uma cozinha e uma grande sala de jantar. Tem 5 chalés a esquerda – apontou para 5 chalés de 3 andares cada – o primeiro andar é uma sala, e os outros dois são quartos. Enquanto aquilo ao fundo – apontou para uma construção um pouco menor que o salão, porém de dois andares, e parecia ser feita de espelhos – é o escritório, quem está do lado de fora não enxerga quem está dentro, porém quem está dentro vê e ouve perfeitamente tudo que está do lado de fora, assim como quem está no segundo andar pode ouvir e ver quem está no primeiro, mas o mesmo não acontece com o contrário. E por último, ao lado direito temos a torre – apontou para uma torre de pedra de 5 andares, que ficava bem afastada das outras construções – único lugar onde peço que vocês não entrem, o resto da fazenda podem utilizar a vontade. E ainda á esquerda tem o campo e o jardim, como podem ver – o campo e o jardim ficavam entre o salão e a Torre – alguns animais e criaturas mágicas vivem nesse campo e no jardim, peço que eles não sejam incomodados, principalmente os unicórnios e as fênix. Lembrando que os hipógrifos nem sempre são amigáveis, por isso tomem cuidado. – disse isso apontando para alguns animais. – Ah, todas as construções são ligadas por passagens subterrâneas, ou melhor, por um labirinto subterrâneo, mas dentro do salão tem alguns mapas, é melhor pega-los antes de usarem as passagens. – nesse momento 5 elfos domésticos apareceram e se posicionaram em fila, estavam uniformizados e pareciam muito felizes – Esses são os elfos que trabalham aqui, lembrando que eles são empregados e não escravos, embora estejam prontos para realizarem o que pedirem, não abusem. Seus nomes são: Tiny, Lyll, Any, Syssy e Huge (o único elfo homem). Alguma dúvida? – disse Clem, com um enorme sorriso no rosto, finalmente se virando para os hospedes.
- Podemos jogar quadribol? – perguntou Fred.
- Claro. Tiny, por favor, mostre a ele onde ficam as bolas e as vassouras e etc. – pediu Clem a elfa, que pegou na mão de Fred e o levou até um alçapão de onde ele tirou algumas vassouras, bastões e uma caixa com o pomo, balaços e goles. – Vocês podem utilizar tudo isso, sem problemas.
Rony, Jorge, Harry e Gina foram até Fred e logo organizaram um time e começaram a jogar, tendo apenas Hermione como platéia.
- E onde podemos colocar as malas? – perguntou Molly.
- Any e Huge, por favor, acompanhem os novos moradores até os chalés. – os dois elfos pegaram as malas e as levaram para os chalés, acompanhados por Molly, Tonks, Gui, Carlinhos e McGonagall.
- Nós temos alguns detalhes a resolver, podemos utilizar o escritório? – perguntou Lupin.
- Como eu disse, somente a Torre não deve ser utilizada. Lyll, leve-os até o escritório e depois certifique-se de que o almoço seja servido na hora.
Lupin e Moody foram levados até o escritório, acompanhados por Lyll, restando somente Clementine e Syssy na entrada da Fazenda.
- O que aconteceu Syssy? Você parece ansiosa. – perguntou Clem.
- A senhorita já completou 17 anos. Já pode abrir. – disse a elfa.
- Você vem comigo?
- Será uma honra senhorita!
Clementine e a elfa seguiram em direção á Torre, ao passar pelo lado de Hermione, Clem parou de andar, porém não olhou para Mione, continuava fitando a Torre.
- Não se preocupe Mione, esses elfos recebem salário, tem férias e tudo que precisam. – ao dizer isso Clem sorriu para Syssy e depois continuou até entrar na Torre.

***

A distribuição dos chalés já estava feita quando todos se reuniram no salão para o jantar, após passaram uma deliciosa tarde jogando ou assistindo quadribol. Os únicos que não se divertiram foram Lupin e Moody, que ficaram trancados o dia inteiro no escritório, não saíram nem mesmo para o almoço, e o mesmo fez Clem, que passou o dia inteiro na Torre.
- Repassando a divisão dos chalés. – disse Mcgonagall que começou a ler uma lista, que já fora alterada inúmeras vezes durante a tarde.

Chalé nº1 – Molly, Arthur, Gui e Carlinhos
Chalé nº2 – Eu e Tonks
Chalé nº3 – Lupin e Moody
Chalé nº4 – Gina e Hermione
Chalé nº5 – gêmeos, Harry e Rony

- E você Clem, em qual chalé ficará? – perguntou a professora, como Clementine havia passado o dia inteiro na Torre, e ninguém se atrevera a opinar por ela, ainda não tinha chalé definido. – Você pode ficar comigo e Tonks, ou então com Gina e Hermione. - Clem parecia estar longe demais para se quer escutar o que Minerva havia falado. – Clementine? – Fred que estava ao lado de Clem, cutucou seu braço.
- Pois não? – respondeu a garota, que só agora parecia ter voltado á realidade.
- Em qual chalé você ficará? – dessa vez foi Tonks quem perguntou.
- Já lhes disse, não se preocupem comigo, eu dormirei na Torre. Prefiro assim. – Clementine respondeu, finalmente. – Eu já ia me esquecendo – todos olharam para ela – apenas mais um aviso sobre a propriedade, só se pode aparatar para dentro desse salão ou então nas áreas externas, portanto, não tentem aparatar para os chalés, escritório e muito menos para a Torre.
- Senhorita. – disse Lyll, que havia acabado de entrar no salão e estava do lado de Clementine – aqui estão. – a elfa mostrou a Clem alguns papéis.
- Muitíssimo obrigada Lyll! Por favor, entregue á todos. Você os fez nominais como lhe pedi? – disse Clem a elfa.
- Exatamente como a senhorita ordenou. – respondeu a elfa orgulhosa pelo próprio trabalho.
- Muito bem. Pode entregá-los e depois ir descansar. – disse Clem á elfa, que se pos a entregar os papéis. – Esse é o mapa de toda Fazenda, passagens subterrâneas, caminhos para chegar até Hogsmeade, Hogwarts e atalhos para ir ao Ministério, St. Mungos e Beco Diagonal. Como devem ter percebido, são nominais, ou seja, só podem ser lidos pela pessoa á qual ele foi destinado, por isso seus nomes estão na capa.
- Belo trabalho Clementine. – elogiou Moody, satisfeito ao ver o cuidado com a segurança.
O resto do jantar seguiu sem grandes discussões. Até que todos se retiraram e foram para seus chalés, através das passagens subterrâneas, que realmente pareciam um labirinto, apenas Clementine andava por ali com muita facilidade.

***

- Achei! – disse Hermione, muito feliz ao perceber que finalmente havia encontrado o quinto chalé, onde dormia Harry, Ron e os gêmeos. Gina a acompanhava.
- Vocês demoraram! – reclamou Harry, que se levantou do sofá e deu um forte abraço na namorada.
- Gostei desse lugar, bem melhor do que a antiga sede. – disse Fred – Não se ofenda Harry! – acrescentou rapidamente. Harry estava ocupado beijando Gina para escutar.
- Pena que temos que ir embora amanhã. – disse Jorge.
- Porque vocês têm que ir? – perguntou Rony, que tentava não olhar para Harry e Gina.
- Negócios caro maninho. – disse Jorge.
- Não podemos deixar a loja eternamente nas mãos do Jordan. – disse Fred.
- Jordan está cuidando da loja? – perguntou Harry.
- É, ele trabalha para a gente. – respondeu Jorge.
- Hermione no que você está pensando? – perguntou Rony, ao ver o olhar distante da namorada.
- Eu só queria saber o que tem de tão importante naquela Torre para que Clementine não queira que ninguém entre lá. – disse Hermione, ainda pensativa.
- Essa garota é misteriosa demais pro meu gosto. As coisas que ela fala não tem sentido! – disse Harry, que se sentia irritado só de ouvir falar o nome dela.
- Eu tenho nome sabia? – perguntou Clementine á Harry, ela acabara de surgir na sala do quinto chalé, fazendo com que todos a olhassem assustados.
- Você disse que não era possível aparatar para dentro dos chalés! – disse Hermione.
- E quem disse que eu aparatei? – disse Clementine encarando Mione.
- Então como você apareceu aqui do nada? – perguntou Harry, que já estava irritado.
- Isso não vem ao caso agora. – respondeu Clem.
- Mas se isso não vem ao caso, você pode nos dizer o que veio fazer aqui? – perguntou Gina.
- Convidar Harry para destruir isso! – disse Clementine, mostrando a Harry a taça de Helga Hufflepuff, um dos Horcruxes.
- ONDE VOCÊ ARRANJOU ISSO? – perguntou Harry, que se levantou brutalmente do sofá e pegou a taça da mão de Clem.
- Na hora certa você saberá. – respondeu Clementine, rispidamente, pegou a taça de volta. – Então, vocês vão ficar aí ou virão comigo?
- Fred, Jorge e Gina, talvez seja melhor vocês ficarem aqui. – disse Harry.
- Eu discordo. Eles já sabem sobre os Horcruxes. – disse Clem, fazendo com que Harry a olhasse assustado e depois olhasse para Hermione e Rony, que estavam apavorados.
- Harry, agente ia te contar. – disse Hermione – Eu juro...
- Vocês contara para eles? – disse Harry, irritado.
- Será que eles vão demorar muito? – sussurrou Clem, para Fred e Jorge. Nesse momento ela estava sentada na janela.
- Espero que não. – disse Fred.
- Harry, sinceramente, você precisa confiar mais na gente! – disse Gina.
- A questão não é essa Gina! – disse Harry, cada vez mais irritado – O problema foi que eles contaram o que não deviam!
- Sei que nós erramos, mas agora é tarde! Eles já sabem! – disse Ron.
- Quem tanto sabe? – perguntou Harry, temendo a resposta.
- Todos nós, Luna e Neville. – disse Hermione.
- Por que vocês fizeram isso? – disse Harry, que começou a se acalmar.
- Porque nós achamos que você iria precisar de ajuda, e então resolvemos contar para os membros fiéis da AD. – disse Ron finalmente, Harry o fitava com descrença.
- Clem, como você sabia que agente sabia? – sussurrou Jorge para Clementine.
- Eu sou leglimente, e vocês não tem a menor idéia de oclumência. – respondeu Clem.
- Então ontem você ficou invadindo nossa mente? – perguntou Fred, um pouco preocupado.
- Não se preocupe. Eu só queria saber isso mesmo, portanto não mexi em outras memórias. – disse Clem, calmamente.
- Que bom. – disse Fred aliviado.
- Harry, juro para você que a idéia era ajudar. Afinal os membros da AD já fizeram tanto! Se não fosse por eles ano passado os comensais teriam dominado Hogwarts! E muito mais mortes na Ordem teriam sido provocadas! – disse Hermione, esperando que agora que Harry estava calmo que ele conseguisse compreender.
- Ainda acho que isso foi errado. Mas não vou ficar brigando com vocês. Já que agora vocês sabem, não há nada que eu possa fazer. Porém, nenhum de vocês vão se meter nessa história, eu vou cumprir tudo isso sozinho, e que mais ninguém fique sabendo! – disse Harry, muito chateado com Hermione e Ron.
- Podemos destruir isso agora ou eu vou ter que fazer isso sozinha? – disse Clem, mostrando a taça. Harry apenas a encarou irritado. – Vamos lá fora, acredito que isso possa causar uma pequena explosão, portanto não é segura fazer em lugares fexados.
- Quem vai fazer isso será somente eu e você! Eles ficam! – disse Harry.
- Eu acredito que ir ou não é uma decisão deles. – disse Clem, muito calma, o que só deixava Harry ainda mais irritado. – Eles não são mais crianças, sabem que será perigoso, a decisão de se arriscar é deles. – ela passou o olhar por todos presentes – Quem quiser vir, me siga.
Clementine abriu o alçapão que levava para as passagens subterrâneas e foi andando pelo labirinto com muita naturalidade, seguida por Harry, Ron, Hermione, Gina, Fred e Jorge. Até que ela subiu uma escada e abriu outro alçapão, ao sair estavam todos no campo, onde haviam passado a tarde jogando quadribol.
- Será que não devíamos chamar os membros da Ordem? – perguntou Hermione.
- Para que? Para que mais gente saiba sobre os horcruxes? – disse Harry, voltando a se irritar – Se é que vocês não contaram a eles!
- Não contamos Harry. – disse Ron.
- Eu sou membro da Ordem Hermione, se isso lhe tranqüiliza. – disse Clem, que se virou para Harry – Quer destruir?
- Obrigado. – Harry pegou a taça e começou a observá-la, não sabia como destruí-la, ao perceber isso Clem pegou a taça de volta.
- Deixa que dessa vez eu faço isso, observe e aprenda. – disse Clem, que se dirigiu para o centro do campo – Formem um círculo em volta de mim, e estejam com suas varinhas em punho, afinal eu não sei o que pode sair daqui. – como ela parecia saber o que estava dizendo, todos obedeceram. – Se afastem mais.
Sendo assim, um grande círculo estava formado sobre Clementine, que esticou o braço, ainda segurando a taça. Quando soltou a taça ela permaneceu flutuando no ar, Clem deu alguns passos para trás, tirou a varinha de dentro das vestes, apontou para a taça e gritou.
- AVADA KEDAVRA!
Um raio verde saiu da ponta da varinha de Clem e acertou diretamente a taça, de onde fantasmas começaram a sair, porém não eram fantasmas normais, não eram transparentes, e sim negros, como fumaça.
- Merda! – sussurrou Clem, magia negra avançada atacando a todos não estava em seus planos. – EXPECTO PATRONUN! – uma fênix saiu e começou a atacar os fantasmas.
- Expecto patronun! – ao ver que o feitiço de Clem havia tido efeito Harry fez o mesmo.
Um veado e uma fênix tentavam espantar os espíritos, enquanto isso Clem tentava encontrar os outros em meio a escuridão que se formara com os fantasmas, que pareciam ter provocado uma névoa negra.
- AHHHHH! – provavelmente era Gina gritando desesperada.
Cada vez mais gritos podiam ser escutados, e pareciam estar cada vez mais altos e mais desesperados, Harry já não conseguia mais diferenciar um grito do outro. Tentava manter a calma, porém estava escutando gritos de dor vindos de todos os cantos do gramado. Não sabia para onde correr, sentia como se estivesse ficando maluco. Nesse momento os gritos estava causando ecos, e os fantasmas também gritavam. Harry começou a correr não sabia para onde, não conseguia enxergar nada, estava desesperado, algumas lágrimas escorriam seu rosto. Até que ele trombou com algo e caiu no chão.
- Harry, eu sei que você não gosta de mim. Mas me escute só dessa vez! – Harry reconheceu a voz de Clementine, podia sentir a respiração ofegante da garota, sabia que ela estava ao seu lado, embora não conseguisse vê-la – Ache seus amigos e os retire o mais rápido possível daqui! Utilize os unicórnios! – então a respiração de Clem desapareceu, ela não estava mais ao seu lado.
Porém, só o fato de alguém saber o que fazer, já foi suficiente para deixar Harry muito mais tranqüilo, a ponto dele conseguir voltar a raciocinar. Começou a seguir as orientações de Clem, porém não havia entendido a parte do unicórnio. Mas entendeu quando um deles parou ao seu lado e agachou. Harry subiu nele, que começou a correr, a névoa estava menos densa, já conseguia enxergar um pouco. Foi quando viu Jorge desmaiado e ao lado dele um unicórnio. Colocou Jorge sobre o dorso de um unicórnio, que saiu carregando-o para algum lugar, Harry não tinha certeza para onde, em meio a névoa havia perdido o senso de direção.
Olhou para o lado e viu que o unicórnio estava novamente agachado. A névoa estava quase desfeita e agora ele já conseguia ver Clem salvando Fred assim como ele fizera com Jorge, e também via os dois patronos afugentando os espíritos. Sem perceber o unicórnio o havia levado até Ron, onde já havia outro unicórnio, Harry fez o mesmo que havia feito com Jorge. Subiu novamente no unicórnio.
A névoa havia se desfeito, os patronos já haviam desaparecido, a única coisa que impedia Harry de ver ela a escuridão da noite. Dessa vez o unicórnio levou Harry até o salão. Ao entrar lá Harry encontrou Ron, Gina, Hermione, Fred e Jorge desmaiados e 3 Fênix voando ao redor deles chorando. Clementine estava sentada em um canto do salão, encostada na parede, com a respiração acelerada, ainda segurando a taça.
- Eles vão ficar bem? – perguntou Harry, que se sentou ao lado da garota.
- Vão. Lágrimas de Fênix e uma poção á base de benzoar deverão ser suficiente. – respondeu Clem, ainda fitando a taça – Os elfos já estão preparando a poção, daqui a pouco estará pronta.
- O que foi aquilo?
- Octusempra. São espíritos de pessoas que foram muito torturadas antes de morrer, provavelmente Voldemort os prendeu dentro do Horcruxe.
- Tem alguma relação com o feitiço sectusempra?
- Digamos ser a conseqüência dele. Quando uma pessoa sofre um sectusempra completo, ela se transforma em um octusempra.
- E por que eles nos atacaram?
- Provavelmente acharam que fomos nós quem os torturaram, queriam se vingar. – disse Clem, que agora observava os elfos dando a poção para quem estava desmaiado.
- Eu achava que o patrono só servia contra dementadores.
- Serve contra qualquer espírito negro. Almas que se tornaram fantasmas por terem causado muito sofrimento, ou então por terem sofrido muito. São espíritos que não são puros.
- Por que os unicórnios nos ajudaram?
- Porque eles são espíritos puros, que tem como natureza querer salvar outros seres puros, ou então se defender de espíritos negros.
Os dois permaneceram em silêncio por alguns minutos, ficaram apenas observandos os elfos levando Hermione, Gina, Ron e os gêmeos para os seus chalés.
- Comam um pouco. – disse Tiny, oferecendo chocolates á Harry e Clementine – Estão fracos e cansados.
- Obrigada Tiny. – disse Clem, pegando chocolates. Harry apenas sorriu e pegou um também. A elfa se retirou, mas deixou a bandeja, que ainda continha mais algumas barras.
- Amanhã eles acordarão com um pouco de dor de cabeça, corpo dolorido e sensação de cansaço. Mas ficarão bem. – disse Clem, comendo o chocolate.
- Por que eles desmaiaram e agente não? – perguntou Harry, que também comia.
- Nós já enfrentamos mais coisas do que eles, isso nos deu uma certa resistência. E também nós conseguimos lançar o patrono, que nos defendeu.
- Pelo menos a taça não é mais um horcruxe, certo?
- Certo. Bem Harry, eu acho que devo a você e aos seus amigos um pedido de desculpas. Eu não tinha nada que ter colocado vocês nessa história.
- É, eu disse que não seria seguro levar eles. Mas, tenho que lhe agradecer por ter me chamado.
- Acho melhor irmos tentar dormir um pouco. – disse Clem enquanto olhava pela janela – Daqui a pouco os membros vão começar a acordar e não vai ser uma boa idéia eles nos encontrarem aqui. – ela se levantou.
- Também acho. – Harry se levantou também – Até daqui a pouco então.
- Até. – disse Clem, só agora os dois estavam se olhando – Mais uma vez, desculpa.
Harry apenas sorriu. Então ela se virou e foi andando calmamente em direção á porta, as 3 fênix que ainda estavam dentro do salão saíram junto com ela, que rumou direto para a Torre, atravessando o gramado, que apesar de ter sido palco de uma luta, estava intacto.
Depois de uma última observada na sala, Harry pegou mais um chocolate e foi para o seu chalé. Lá encontrou, no segundo andar, os gêmeos dormindo tranquilamente, subiu as escadas e em uma cama estava Ron, que também dormia, e a outra cama estava vazia. Terminou de comer o chocolate, deitou sem pressa na cama. Clementine não era tão ruim quanto ele pensava, muito pelo contrário se mostrara muito confiável.
Ainda preocupado com os amigos Harry tentou se manter acordado, porém o cansaço falou mais alto, e a cama parecia estar tão confortável, que ele não conseguiu ficar acordado por muito tempo, adormeceu.

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Bem, um capítulo um pouco mais animada. Leiam e comentem por favor.

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