Capítulo I
Capítulo um
A mulher estacou na frente de Kirsten
com um bule de café e balançou-o impacientemente para ver se tirava-a de seus
devaneios; como sua tentativa tivesse falhado, ela pigarreou suavemente e,
depois, disse em uma voz irritada.
- A senhora aceita café?
Kirsten ergueu os olhos azuis e então
lembrou-se que estava sentada ao balcão, uma xícara vazia à sua frente e
pessoas ao seu redor caminhando calmamente, tomando conta de suas vidas; a Califórnia
mantera o seu calor natural desde que ela saíra de lá; porém,
desacostumara-se dele, desde que fora para a Inglaterra com seu frio gélido
varrendo as ruas e becos.
- Aceito, obrigada - murmurou à
mulher, forçando um sorriso amarelo.
- Nada - disse ela, despejando café
até a borda e depois voltando-se para um homem que acabara de passar pela
porta, batendo-a com selvageria ao passar. -, ei, você... sem ignorância...
Kirsten voltou-se para o líquido em
sua xícara e tragou um gole seco; não estava como ela queria; voltou os olhos
para os lados, para ver se alguém a observava e como
percebeu que não havia ninguém, puxou uma garrafa de bebida e
despejou-a no café, misturando-os levemente com o dedo. Levou o líquido aos lábios,
saboreando o doce sabor do álcool...
Como aquilo era bom... e fazia-a bem.
O seu sangue fluía mais depressa nas veias, mais prazerosamente.
Naqueles últimos dias, ela
hospedara-se em um hotel de estrada; o quarto revestido de papel de parede velho
e puído, descascando nas bordas; pelo menos haviam algumas bebidas no frigobar
embutido, que ela aproveitara demasiadamente.
Seus devaneios foram novamente
interrompido por um par de mãos que cerraram-se em torno de seus olhos;
primeiramente, ela sobressaltou-se, mas, então, deu em ombros, sem saber quem
era.
- Depois de tanto tempo, acabou
esquecendo de mim hein - disse alguém e então ela teve sua visão recuperada e
perdeu o fôlego ao ver quem era.
- Adam? - ela exclamou, animadamente e
então abraçou-o com ferocidade. -, quanto tempo... quanto...
- Sim... você desapareceu desde que
seu pai foi assassinado - disse ele, desvencilhando-se e beijando-a ao lado do
rosto. -, você soube dele, não foi?
- Não... não - mentiu ela, tentando
expressar incredulidade. -, quem seria capaz de fazer algo com ele?
- Você, provavelmente - murmurou
Adam, sorrindo maliciosamente. -, depois de tanto tempo te amando, Kirsten, eu
conheço seus passos e suas estratégias...
Uma veia tremeu em sua têmpora.
- Você está me acusando de ter
matado meu próprio pai? - perguntou ela, baixinho.
- Você admite seus próprios atos,
querida - respondeu ele, mantendo seu sorriso ileso. -, mas o que tem feito
desde que seu pai morreu? Para onde fugiu?
- Para a Inglaterra - disse Kirsten,
engolindo em seco. -, foi uma estada bastante desagradável, eu poderia dizer...
- Encontrou alguém lá? - perguntou
Adam, curioso.
- Encontrei um homem - disse ela. -, nós
adotamos um filho, mas eu os abandonei...
- Bem típico seu, mesmo...
- Você parece conhecer bastante o que
é e o que não é típico meu - murmurou Kirsten, seriamente.
- Um pouco, sim - disse ele. -, eu
convivi bastante tempo com você, Kirsten... sei quem é...
Ele aproximou-se dela a tal ponto que
ela conseguia sentir o seu hálito próximo de si... seu lábio era tão
delicado mas ao mesmo tempo rústico... fora naqueles lábios que ela se
deleitara tanto há anos atrás... o amor de sua vida...
"Eu
te amo para sempre... e nunca deixarei de te amar..."
Os momentos em que eles viveram juntos
foram tão perfeitos... mas tudo passara e ela não poderia fraquejar, afinal, já
sabia toda a jornada de um amor. O conhecimento e depois ela perdendo para o álcool...
- Afaste-se, por favor - murmurou,
voltando-se para o balcão; seus dedos lívidos fecharam-se envolta da xícara e
ela levou o café rapidamente à boca, que estava seca.
- Não tente se desvencilhar, Kirsten...
até hoje eu te amo - continuou Adam, calmamente, pousando a mão sobre seu
ombro. -, nunca consegui te esquecer...
- Pois vai ter que esquecer, tá
legal? - ela exclamou, levantando-se abruptamente. -, isso não pode
acontecer... não de novo...
- Por que não? - sussurrou ele, seus
lábios próximos a sua orelha. -, por quê?
Ele lambeu de leve a ponta da orelha e
depois foi deslizando até encontrar a boca da garota; sua língua pressionando
contra a dela, sua mão passando até encontrar sua cintura.
Ela envolveu-o com os braços e
entregou-se ao beijo. Não sabia o que dizer e nem o que sentir...
N/A: Sim, eu te amo e não tente
mudar isso, queira ou não u.u' agora voltando ao texto neh x]~ bem... tô
escrevendo... espero que consiga mais de dez capítulos, pelo menos o_o eu sei
que ninguém l~e essa joça exceto tia clare e tia nah XD~ mas nem tudo é
perfeito né e eu tô gostando de escrever isso por estar passando alguns dos
meus sentimentos para alguns personagens... é isso...
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