A detenção
Estávamos em uma aula sobre dementadores e minha conversa pertubou tanto que ele chamou meu nome:
- Lavínia Beckforth. - ele disse me olhando nos olhos- você ao menos sabe sobre o que eu estive falando até agora?
- Dementadores. - eu respondi o olhando com sarcasmo. Esqueci propositalmente de chama-lo de Sr. - você acabava de falar que a única coisa que pode afastá-los é um feitiço patrono.
- Certo... - ele murmurou se afastando e ainda me olhava quando eu voltei a conversar.
Eu era encrenqueira. Gostava de brigar, enfrentar os outros. Costumava brigar com Franklin Marvin, o capitao do time de Quadribol da Grifinória. Geralmente nos insultávamos sempre que nos encontrávamos, mas eu achava que era só uma maneira que o Franklin arrumava pra falar comigo. diziam que ele era apixonado por mim.
Um dia começamos a nos ofender quando Severo passava. Franklin me encheu tanto que eu larguei a varinha e dei um soco nele.
- Lavínia Beckforth! - a voz de McGonagall soou pelo corredor. ela vinha até nós com Severo atrás. - que tipo de coisa é essa?!?!?
- Um soco professora! - eu disse peturante.
- Detençao Beckforth. - Severo disse, intervindo antes que McGonagall me matasse - Na minha sala. Agora.
Eu fui andando atras dele até a sala de DcAT sem dizer uma palavra. Ele entrou. se entou na mesa e pegou um pedaço de pergaminho. Anotou dia e hora da detenção. Me entregou olhando firmemente:
- Você devia dar exemplos melhores. Você é monitora.
- E você devia ficar calado. - eu disse e dei as costas esperando que ele me matasse pela minha falta de respeito.
Mas pro meu espanto ele não revidou.
Não posso negar que estava tensa quando cheguei a sala no outro dia a noite pra detenção. E não tinha certeza do por que. Só sabia que a tensão nao era de medo, era de expectativa.
- Aqui. - ele disse quando cheguei - Você vai organizar esses livros para mim. - ele mostrou uma caixa velha com muitos livros e apontou uma estante vazia no fim da sala.
- Ótimo. - eu disse irritada. Ele tinha que me castigar e nao me fazer de escrava!!! - Termino essa detenção em meia hora então!!!
- Veremos. - ele disse com um sorriso sarcástico e sumiu no quarto que era dele e que ficava adjacente a sala de aula.
Nem ficar lá pra me vigiar ele ia!!!!
Eu fiquei com tanto ódio que jogava os livros na estante aleatoriamente, sem cuidado. Por que ele não ficava ali?! Mas depois eu pensei.... O que eu estava querendo?
E uma voz na minha cabeça disse: "Talvez voce estivesse esperando que ele te tomasse nos braços e...."
- Cale-se!!!! - eu praticamente gritei comigo mesma e joguei o ultimo livro no chão com tanta força que fez um estrondo enorme. Ele voltou a sala, me olhando intrigado.
- O que aconteceu aqui? - ele perguntou
- Nada. - eu disse recolhendo o livro - Só estava brigando com meus demônios internos... - eu murmurei
- É. Você gosta de brigar. - ele disse cínico
- E você gosta de encher o saco! - eu disse a ele com raiva e coloquei o livro no lugar - Pronto! - eu praticamente rosnei pra ele - Seus livrinhos estão no lugar!!
-Você tem que aprender a respeitar os professores Srta. Beckforth! - ele estava parecendo com raiva pela primeira vez
- Pelo menos se você fosse um professor digno de respeito! - eu gritei pra ele
- Quer dizer que eu não fui duro o bastante com você hoje? - ele perguntou sarcástico
- Eu quero dizer que você deveria ter me colocado pra fazer alguma coisa de útil!! - eu falei ainda chateada
- Mas foi útil.... pra mim! - ele disse simplesmente
- ah!!! - eu retruquei - claro! Você e somente você com suas preocupações!!
- Você quer que eu realmente me preocupe com sua educação mocinha? - ele perguntou usando o mocinha só pra me irritar. Mocinha eu já tinha deixado de ser há tempos! - sente-se! - ele mandou apontando a escrivaninha dele com um tom ameaçador. me deu pergaminho pena e tinta e falou - 50 cm de pergaminho escritas! a frase é: "Eu não devo mais ser uma menina má".
Eu me sentei bufando de raiva: Linhas! Ele estava me mandando fazer Linhas com uma frase estúpida!!!
Escrevi tudo o que tinha que escrever e sai de lá antes que jogasse todos aqueles livros na cabeça dele (e provavelmente dessa vez ele me mataria de verdade!).
Mas eu queria ter visto a cara dele quando ele pegou o pergaminho que tinha escrito os 50 cm de "Eu não devo mais ser uma menina má" e leu embaixo de tudo: EU TE ODEIO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Eu nao o odiava, nao mesmo. Pra falar a verdade eu estava ficando preocupada com os meus sentimentos por ele. Eu queria admirá-lo, mas não me apaixonar por ele!!!
Era um fim de tarde em que eu estavera treinando quadribol. Eu não gostava muito de quadribol, mas estar no time da Sonserina era uma maneira de irritar e maltratar Franklin (principalmente por que a Sonserina estava ganhando o campeonato e a última partida era contra a Grifinória que nao tinha chance nenhuma de ganhar com aquele time horrível!!!)
Todos já tinham voltado pra sala comunal mas eu fiquei no campo, sentada e perdida em meus pensamentos sobre Severo.
E Franklin chegou.
- Sozinha Laví? - ele perguntou me chamando pelo apelido que eu odiava - Posso ficar aqui? - ele se sentou do meu lado.
- Pode. - eu disse docemente - Eu tô indo embora mesmo. - e me levantei.
- Fica! - Franklin disse e me puxou de volta pro chão com um movimento brusco - Você não me escapa hoje!
- Escapar do que garoto idiota?! - eu disse da minha maneira "carinhosa" de sempre - Me larga que eu tenho mais o que fazer!!!
- Lavínia, aqui não tem ninguém pra te ajudar!!!
- Eu nunca precisei de ninguém pra me ajudar!
- Mas agora vai! - ele disse com um sorriso malicioso e me forçou a deitar no chão.
Ele era forte e num segundo tinha deitado sobre mim e me imobilizado. Eu comecei a espernear e chutá-lo, mas era mais "charminho". Eu estava até gostando quando ele começou a me beijar, mas uma voz seca nos interrompeu:
- Marvin! - eu ouvi a voz de Severo gritar. Ele saiu das sombras que estava e agarrou Franklin pelas vestes o tirando de cima de mim - Você está de detenção - ele disse a Franklin - Amanhã ás sete horas E saia daqui antes que eu resolva fazer algo pior!
Severo parecia furioso. E eu adorei vê-lo daquele jeito
- Voce é louca de ficar aqui sozinha com ele?! - ele se virou pra mim
- Eu sei me virar. - eu disse olhando-o com desprezo.
Ele me observou longamente. Detalhou o meu rosto, meus cabelos ruivos, e volumosos com grandes cachos, os olhos verdes e amendoados, a boca carnuda. Depois chegou mais perto. Tão perto que pude sentir seu cheiro e a sua respiração quando ele disse:
- Não parecia.
- Eu não preciso de ajuda de pessoas como você! - eu disse. Tudo teatrinho! Tinha adorado que ele se preocupasse, estava adorando a proximidade dele!
Ele, por sua vez, se afastou um pouco e olhou pra mim de novo. Eu percebi que um lapso de seu passado correu por sua mente, ou foi o que me pareceu. Ele sorriu:
- Bem - Ele respondeu friamente - Não vou me incomodar no futuro.
E foi embora.
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