Capitulo 8*
Prometi novamente a Harry que iria ensina-lo toda a matéria de Poções. E desta vez tinha que cumprir, pois não poderia deixa-lo ser reprovado por Snape. Claro, não é nenhum castigo passar a tarde de domingo na biblioteca com Harry... Só fiquei meio sem jeito, depois da conversa com Gina... Sabendo que Harry também teve aquela mesma conversa com ela!
Mas, me pareceu, que esta seria uma dessas coisas que ficam implícitas entre amigos, sabe? Todos sabendo, mas sem comentar nada um para o outro... Apenas pareceu...
Entretanto, antes de falar sobre a tarde de estudos, primeiro deixe-me contar como foi que FINALMENTE terminei o namoro com Guilherme. Foi neste mesmo domingo pela manhã... Depois do café.
Ele me chamou para ir até a Corvinal, ver um trabalho que ele tinha feito. Eu fui, já sabendo que não poderia deixar que aquele namoro durasse mais nenhum dia. Estávamos lá, olhando o trabalho de Transfiguração (muito bem feito, por sinal) e eu só esperando o momento de dizer as palavras que havia pensado desde a noite anterior.
-Guilherme, preciso que me escute... – eu falei, olhando-o nos olhos, precisava ser forte para não ceder a pedidos bobos.
-Estou ouvindo. – ele disse, me encarando e ficando sério.
-Eu não posso mais deixar esse namoro ir adiante... – eu comecei, ele ficou meio agitado – Não posso namorar alguém que não amo... Mesmo que você me ame também.
-Mas Mione... Eu te amo, por favor, você havia me dado uma chance!
-Eu sei. Mas meu coração não ama você... E não posso mandá-lo amar!
Ele apenas ficou em silêncio. E eu me virei para ir embora. Me doeu muito, claro, ter deixado alguém assim triste. Mas seria pior se não o tivesse feito.
Almocei no Salão Principal, com a consciência mais leve por não dever nada para ninguém, somente para mim mesma. Terminei de comer e fui chamar Harry para estudar, fomos pegar o material na Grifinória e rumamos para a biblioteca.
-Não, Harry, se misturarmos a cauda da planária com a essência de abóbora, não irá formar o antídoto a menos que acrescentemos a raiz de mandrágora! – eu explicava, pela segunda vez, a página 463 do livro. Ele parecia não entender as minhas palavras.
-O Cooper sabe que você está aqui? Quero dizer, ele não costuma deixar os seus domingos muito livres... – ele falou, a receita dos antídotos parecia muito longe de sua cabeça.
-Ele não sabe. Nós terminamos. – disse, diretamente.
-O que? Quando? – ele perguntou alto.
-Hoje de manhã, depois do café. – eu falei, olhando para o livro.
-Ah, Mione, sinto muito... Você com a cabeça cheia de problemas e eu te fazendo me ensinar Poções...- ele me olhava, arrependido,com aqueles lindos olhos verdes.
-Não tem problema algum... Eu precisava terminar mesmo... – eu disse, tentando parecer fria. Agora com a conversa de Gina bem clara em minha mente.
-Não precisa esconder o que sente, Mione, eu mesmo sei que não é fácil... – ele falou, pegando em minha mão e dando um sorriso lindo.
Ele estava errado, terminar fora fácil demais... Difícil é esconder o que sinto, estar ali com ele sem ter, ao menos, coragem para perguntar se nós dois tínhamos a mínima chance juntos.
-Harry, por favor, vamos para o capítulo 21... – eu disse, largando sua mão e pegando o livro de volta. Mas, nessa hora, uma voz conhecida chegou em nós, falando bastante alto para uma biblioteca.
-Vocês vão, não é? – era Parvati, que chegara nos entregando papéis, que ao lermos, percebemos que eram convites.
-O que é isso? – Harry perguntou.
-É o seguinte, - disse ela – próximo final de semana, iremos novamente a Hogsmead, e será meu aniversário e de Padma...
-Que bom... – eu falei, acho que de uma forma não muito animada, pois a partir daí Parvati passou a olhar somente para Harry, me evitando.
-Bom, como será nosso aniversário de 17 anos, maioridade (nessa hora ela deu risinhos), nossos pais resolveram alugar o Três Vassouras para que pudéssemos dar uma festa! Todos da Grifinória e Corvinal serão convidados!
-Ah obrigada, Parvati, nós iremos sim... – disse Harry, parecendo conter o riso, pois Parvati só faltava dar saltinhos de contentamento.
-Ok, vou esperar vocês, então... – ela saiu, tão rápido quanto chegara.
-Porque disse que nós iríamos? Francamente, como ela fala alto... – eu falei, impressionada como alguém poderia falar tão alto numa biblioteca.
-Ah, Mione, nós vamos estar lá mesmo... – ele disse, parecendo achar engraçado tudo isso.
Eu sorri, sem saber porque...
Bom, sábado chegou e eu, Harry e Rony fomos para Hogsmead. Os dois ficaram tentando me convencer a entrar no Três Vassouras, para dar uma olhadinha na festa. Quase todos os alunos tinham ido para lá, apesar de só duas casas terem sido convidadas.
Então Luna apareceu, encheu Rony de beijinhos, e o levou com ela para o aniversário. Harry me convenceu a irmos com eles.
Quando abrimos a porta, a música alta pareceu surgir do nada. Pois, graças a um feitiço, ela não poderia ser ouvida pelo lado de fora das paredes. O Três Vassouras parecia mais lotado do que nunca esteve, as mesas haviam sido retiradas... A única coisa boa era que lá dentro estava quentinho, diferentemente do lado de fora, onde nevava.
-Vou buscar cervejas amanteigadas para nós. – Harry falou, logo depois se misturando à multidão. Lá na frente eu pude ver “Parabéns, Padma e Parvati!” lampejando magicamente na parede. Todo mundo dançava alegremente, fui pisada muitas vezes... Tinha que me espremer por entre as pessoas para poder sair do lugar...
Harry voltou logo depois, pobrezinho! Tentando equilibrar os copos e se manter de pé ao mesmo tempo com todas aquelas pessoas... Ele me entregou e disse alto, por causa da música:
-Está realmente lotado, não?
-Falei pra você... – eu gritei em seu ouvido, deixando derramar um pouco da cerveja na camisa dele. – Ah, Harry, me desculpe! Deixa que conserto isso, só um minuto... – eu me agitava, tentando pegar minha varinha, já com a outra mão ocupada e ainda sem raciocinar com aquele barulho todo.
-Deixa... – ele sinalizou para mim negativamente – Vou até o banheiro masculino e já volto. – e se afastou com dificuldade.
Eu fiquei lá sozinha... Bom, relativamente sozinha... Pois este adjetivo era pouco apropriado para a situação aglomerada em que me encontrava. Terminei de tomar a cerveja amanteigada e fui colocar o copo em cima do balcão.
Tentei passar novamente pela multidão, e me encontrei com Gina. Ela disse alto:
-Boa festa, não?
-Ah, sim, ótima. – eu disse, só pensando em sair daquele aperto o mais rápido possível.
Continuei andando até que cheguei ao meio do salão...
Vi uma cena inesperada.
Guilherme, meu ex-namorado, que há uma semana atrás chorara para mim dizendo que me amava, estava lá, parecendo muito feliz agarrado com Padma Patil. Eu fiquei imóvel... Tamanha a indignação! Como era descarado, mentiroso... Como podia ser tão cínico... A cada momento eles pareciam mais agarrados, e era até engraçado pensar que eu tive pena daquele idiota um dia!
Me virei para sair dali, precisava ir embora... Mas antes de dar um passo, senti alguém me puxar pelo braço... Meu coração parou:
Era Harry. E antes que eu pudesse falar algo, ou entender algo, ele me envolveu pela cintura... Beijou-me intensamente... Eu segurei em seu pescoço, sem pensar em nada, apenas em seu perfume tão inebriante!
Aquele beijo apaixonado, guardado por tanto tempo, e que havia principiado há algumas semanas atrás...
Agora acontecia de verdade... E por desejo de ambos...
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N/A: Pessoal, esse foi o penúltimo capítulo! Enrolei, enrolei... mas já to chegando lá! Continuem comentando tah? Adoro todos =) Bjussssss =******
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