COMO EU SOUBE DOS SEGREDOS ADA

QUARTO CAPÍTULO
COMO EU SOUBE DOS SEGREDOS ADAM KINNER
"As coisas voltaram a ficar claras e
perdi o controle. Caí, tonto na grama.
Quando tudo voltou ao foco
ví o rosto de Adam Kinner"

Adam fechou os olhos, instantaneamente, tudo ficou claro, muito claro. Fiquei, por um instante, cego diante da luz, mas as coisas começaram a aparecer nitidamente...

Adam, o mesmo Adam Kinner que eu conheci a menos de três dias, estava alí, parado diante de mim flutuando. Seus olho azuis estavam amarelos como o fogo. Ele abriu a boca e de lá saiu um grito um tanto arrepiante, triste.

- Adam, o que é isso?

As coisas ao medor começaram a rodar e tudo foi perdendo a clareza. Fechei os olhos, estava tonto. Quando o reabri, vi alguém andando furtivamente pelo castelo. Não era eu, mas parecia comigo. Os mesmo olhos...

Ele dirigiu-se para o banheiro das meninas e abriu a Câmara Secreta. Não era estudante, parecia ter mais de cinquenta anos. E suas vestes eram sombrias...

Odernou, em língua-de-cobra que as portas se abrissem e adentrou a Câmara de Salazar Slytherin. Lá, em frente a estátua do fundado da Sonserina, havia um rapaz. Era, inegavelmente, Adam.

O homem falou:

- Muito cedo... Cedíssimo. Isso significa que há algo que você queira me dizer!

- Há sim, meu senhor. Adam disse.

Reparando bem, mas não acreditando, percebi quem era aquele homem. Mas mal pude acreditar.

- Então... Conte-me logo antes que eu descubra sozinho... Você traiu Salazar Slytherin...

- Sim... eu o traí, meu senhor. Eu o traí.

- Tsc, tsc... É uma pena Adam, eu realmente pensei que poderia tê-lo ao meu lado. Eu realmente pensei isso.

- Vou-me embora, meu amo. Nunca mais me verá.

- Pensa que é assim, Adam? Pensa que é só dizer a verdade e sair?

- Perdoe-me, venerado.Per...

- Silêncio!, calmamente Salazar aproximou-se de Adam... - Até o dia que eu decida libertá-lo, você será meu. Meu servo durante o dia e um pássaro durante a noite.

- Você não faria isso a única pessoa que você amou!

- Eu nunca amei ninguém, já deveria ter aprendido isso.

- Diz a verdade, meu amo?

- Digo.

- Não! Não, você está brincando, Adam começou a desesperar-se. Sinto muito Salazar, mas não pode fazer isso comigo. Desculpe, eu sinto muito. Muito mesmo!

- Não há desculpa, Adam. Nunca houve.

Tudo voltou a ficar claro, cegamente claro. E quando as coisas ficaram nítidas eu estava voando, livremente voando. E lamentava-me da vida com um choro que era ao mesmo tempo um grito. Um grito assustador, triste. Enquanto voava sentí um forte poder me paralisar. Sentí que não conseguia mecher nada. E eu caía, caía rápido. Mas outro feitiço fez-me planar, e com cuidado, fui deitado no chão. Imobilizado... Não conseguia bater minhas asas...

Algum tempo depois alguém apareceu. E era eu mesmo! Conjurou uma gaiola e pôs-me dentro. Depois ficou abestalhado olhando o infinito. Por fim, tirou-me o feitiço paralisante e trancou-me lá dentro. Eu havia sido preso por mim mesmo. Da mesma maneira que eu havia prendido o pássaro dourado.

Horas depois, e aquelas horas passaram-se em um minuto, eu estava sozinho vendo o sol nascendo. E eu era um pássaro! Quando o sol nasceu, transformei-me em homem. Transformei-me em Adam Kinner.

As coisas voltaram a ficar claras e perdi o controle. Caí, tonto na grama. Quando tudo voltou ao foco ví o rosto de Adam Kinner.

- Então você..., eu disse, - é amaldiçoado! Por Salazar Slytherin!

- Eu o traí... Eramos amantes, mas o traí com outra pessoa.

- Quem é você Adam? Quem é você?

- Tom... Você é Salazar Slytherin, o seu herdeiro. Você pode me libertar!

- Adam...

Uma lágrima rebelde desceu dos meus olhos...

- Por que fez isso, Adam?

- Eu precisava ganhar sua confiança. Tom, eu realmente gosto de você. Podemos realizar todos os seus sonhos.

- Por que, Adam? Por que?

Meus olhos encheram-se de lágrimas nesse momento.

- Você - eu disse - me usou!

- Não!

- Sim!

- Não diga uma coisa dessas, Tom. Eu te amo!

- Você não me ama, Adam. Você me usou!

- Nós podemos viver juntos. Eu vou ser mais fiel companheiro! Você vai ter o mundo, Tom.

- Não preciso de você para ter o mundo!

- Claro que precisa, Tom... Você me ama!

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