COMO EU CONTEI OS MEUS SEGREDO



TERCEIRO CAPÍTULO
COMO EU CONTEI OS MEUS SEGREDOS Á ADAM KINNER
"Ele era tão justo, tão bom. Fiquei em dúvida
se deveria realmente contar á ele. Por
fim decidi que devia contar"

Acordei pela manhã ás sete e fui comer algo no Salão Comunal. Naquele domingo muitos alunos iam á Hogsmead, eu havia esquecido disso. Por sorte, eu seria o único monitor que ficaria na escola para monitorar o alunos que não iriam. O castelo estaria com metade de seus estudantes o que significaria mais lugares a se explorar, minha imaginação se aflorou...

Fui ao local marcado com Adam. Ele estava lá, de costas para mim, mirando á árvore da colina. Quando se virou, vi que estava com os olhos lacrimejantes e haviam muitos cortes no seu rosto.

- O que aconteceu? - perguntei preocupado.

- Nada...

- Adam, confie em mim. Pode me contar!

- Um garoto do sétimo ano...

Ele começou a chorar. Não deixei ele dizer mais nada. Ele chorou no meu colo. Estava claro que alguém o batera.

Eu o abracei forte. Ele chorou como um bebê no meu colo.

- Quem foi? Quem foi?

- Não quero dizer. Não vou dizer!

- Não acredito nisso... Maldito! Quem fez isso vai ter que pagar. Me diga quem foi Adam, me diga!

Ele continuava a chorar.

- Na confusão, perdi seu desenho, Tom! O seu Tom, o seu!

Segurei o queixo dele e fitei os lindos olhos de Adam.

- Não se preocupe. Você pode me desenhar sempre quiser.

Adam abraçou-me forte e disse em sussurros.

- Eu te... Eu te amo, Tom! Eu te amo!

Eram palavras muito fortes e muito recentes para ser ditas, eu pensei. Mas mesmo assim lhe respondi a verdade, respondi á ele o que realmente estava sentindo.

- Eu... Eu acho também. - Dizer isso foi muito difícil para mim, jamais havia amado alguém. Nada, absolutamente nada me fazia amar alguém. Pelo menos até conhecê-lo.

- Adam... Tenho coisas para te contar.

Ele olhou para mim surpreso. O olhar inocente dele encontrou os meus olhos frios que naquele instante perdera a frieza.

Antes de revelar meus segredos a ele. Percebi que o pássaro não estava mais alí.

- Cadê o pássaro? Você viu? Gostou do presente?

- Ah... Claro! - Ele sorriu. - Mas tive que soltá-lo, não achei justo prender uma coisa tão bela como aquele pássaro. Foi maldade sua prendê-lo, mas mesmo assim, obrigado - Ele me deu um beijo. Seu choro havia sumido.

Ele era tão justo, tão bom. Fiquei em dúvida se deveria realmente contar á ele. Por fim decidi que devia contar.

E então contei-lhe a verdade, tudo! Sobre o quem eu queria ser. Sobre a Câmera Secreta. Sobre minha obsseção por eliminar trouxas. Contei-lhe minha vida toda. Naquele instante, para Adam, revelei meu coração. Contei-lhe não só isso, mas fui além. Contei sobre o ódio que tinha do meu pai trouxa. E o quanto um dia adoraria matá-lo por me abandonar em um orfanato. Abri meu coração. Uma única vez na vida, uma pessoa pode me conhecer de verdade. Anos mais tarde voltaria a pensar nesse mesmo dia e chamaria-me de tolo.

Já passava da hora do almoço quando terminei de dizer para ele.

- Eu não me importo Tom. Não me importo.

Fiquei muito feliz com a resposta dele. Beijei-o.

- Eu sabia que você me ajudaria Adam. - e beijei-o de novo.

- E então... Quem foi que lhe bateu, Adam?

- Foi você Tom!

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