Prewetts

Muito longe de Hogwarts, numa pequena e humilde fazenda descansava uma família. Essa família não tinha os privilégios do dinheiro. Não, mas eram muito felizes. Composta por três irmãos, dois homens e uma mulher, esta já era casada, e com dois pequenos filhos. A família Prewett. Eles haviam perdido o patriarca da família há poucos anos, por isso ainda estavam traumatizados e desprotegidos.

Mas os irmãos, os homens, Gideão e Fábio, sabiam muito bem se defender. Haviam obtido notas excelentes nos N.I.E.M.s, principalmente em Defesa Contra as Artes das Trevas.

Foram convidados a entrar para os aurores, mas não estavam interessados no cargo por motivos familiares. A irmã, Molly, há três anos havia se casado com Arthur Weasley, um bruxo fascinado pela cultura trouxa e que recentemente entrou para o Ministério da Magia num trabalho sobre esta cultura. Haviam tido duas crianças, Guilherme e Carlos, este último era praticamente recém-nascido, com seis meses de vida.

Era um fim de semana tranqüilo, descansavam na fazenda que lhes foi deixada pelo pai, Marcius Prewett. Arthur dormia na rede levitada magicamente que estava na varanda. Molly estava amamentando Carlinhos, e cuidando de Gui. Fábio lia um livro sobre a vida de um bruxo que teve a família morta por Voldemort, e se abrigou numa espécie de casa de ajuda comunitária que Alvo Dumbledore criara. O outro irmão havia ido fazer compras na vila ao lado da casa. Gideão voltou ofegante da vila, parecia que acabara de correr uma maratona.

- O que foi, irmão?- perguntou Molly preocupada

- Ele... vila ... perto... fugir...- o homem não conseguia falar devido a seu cansaço, logo se sentou numa poltrona.

- O que houve, homem?- Fábio perdera a paciência e começara a balançar o irmão, mas foi impedido por Arthur, que acabara de acordar.

- Estão falando na vila que Voldemort está na cidade ao lado e vindo para este lado! Temos que fazer algo!

Os homens começaram a arrumar as coisas, enquanto Molly preparava os filhos para a fuga inesperada. Acabaram de se arrumar. Saíram de casa pelos fundos, cada um empunhando a varinha, menos Molly, que segurava os filhos. Não tinham rumo, a casa em que iam viver estava em construção e só tinham a fazenda como moradia, no momento. Mas isso não importava. Tinham que ir embora. Na fuga, pararam exaustos em cima de um monte e viram Voldemort destroçar a vila e muitas vidas.

Viram sua própria casa ser destruída.

Viram também quando um Comensal da Morte que estava entre os destroços da casa apontou para os Prewett, mostrando para os colegas.

Viram quando cinco deles vieram em sua direção.

Fugiram com toda a força, mas estavam muito cansados. Fábio tomou a palavra.

- Não dá mais para fugir. Molly, fique com as crianças dentro daquela caverna e não saia de lá por nada deste mundo. – a moça nunca vira o irmão tão sério.- Eu, Gideão e Arthur vamos combatê-los.

A moça respondeu afirmativamente, com lágrimas nos olhos e deu um beijo em cada um dos homens. Foi então para a caverna apontada pelo irmão e esperou, ansiosa, lá.

Os comensais chegaram. Fábio, Gideão e Arthur empunharam as varinhas. Cinco comensais começaram a atacar com feitiços de cores vermelha, verde e amarela. Os homens conseguiram desviar. Os irmãos atacaram e petrificaram dois dos comensais. Não era a toa que tiraram excelentes N.I.E.M.s em DCAT. Agora estava cada Comensal, um Prewett. Arthur lutava bem, Gideão fazia o Comensal parecer que não sabia lutar. Fábio tinha dificuldade, seu oponente era muito forte. Ele levou um Crucio. Começou a berrar de dor. Gideão fez seu oponente desmaiar e o amarrou com cordas conjuradas. Foi ajudar o irmão. Arthur estava lutando melhor agora. Seu Comensal estava cansado.

Molly estava orgulhosa do que via. Seus irmãos lutando com um Comensal que parecia forte e experiente. Seu marido e o seu Comensal estavam no mesmo nível. Com um movimento rápido e certeiro, o Weasley derrotou seu adversário. Restariam três amigos contra um Comensal se os dois petrificados não tivessem acordado. Ficou um contra um novamente.
O problema era que Arthur estava cansado, e já não lutava tão bem. Os irmãos conseguiam lutar contra seus respectivos Comensais. Fábio finalmente deixou o seu Comensal desacordado. Porém foi ajudar o irmão. Arthur estava a ponto de desmaiar. O comensal ia dar o golpe final. Levantou a varinha. Abriu a boca para falar um feitiço, mas não o fez. Seus olhos se arregalaram. Foi acertado por um feitiço vermelho na nuca. Caiu como uma pedra no chão, desmaiado. Arthur caiu para trás, cansado.

Estava feliz. Os irmãos acabaram com o último Comensal. Weasley vira de onde viera o feitiço vermelho.

Da caverna.

Decidiu ser eternamente grato a Molly. Levantou-se e foi à caverna. Foi acompanhado de Gideão e Fábio Prewett. Abraçou Molly e deu um beijo como nunca tinha dado na vida. Os bebês apreciaram. Ao largar, Arthur disse:

- Eu te amo como nunca amei nem vou amar ninguém, Molly Weasley.- Uma lágrima rolou pelo rosto de ambos.

Gideão começou a falar:

-Bem, pessoal, odeio interromper, mas para onde vamos? Não temos casa, ela foi destruída! E sem falar que não é seguro voltar à vila.- todos desanimaram.

Começaram a pensar. Algum lugar para ir. A futura casa dos Weasley não está pronta. A fazenda já era. A familia Prewett só tinha aquele bem, e mais algum dinheiro, mas não o suficiente. Repentinamente o rosto de Fábio se iluminou. Começou a pular de alegria.

- Que é Fábio?- disse Arthur ansioso

- Lembrei que hoje de manhã estava lendo um livro...

- O que o seu livro tem a ver com a história? – interrompeu Gideão

- Calma! Ele conta a biografia de um homem que perdeu tudo por causa de Voldemort...

- Que tem ele? É só um coitado.

- POR MERLIN GIDEÃO! Deixa-me falar! Bem, o homem vai para um tipo de abrigo que Alvo Dumbledore montou para proteger-se de Voldemort.

- Vamos pra lá então! – disse Gideão

- Mas tem um problema: não dá pra saber onde fica.

- Por que, Fábio?- dessa vez foi Molly quem perguntou

- Porque, para se proteger de Voldemort, Dumbledore põe um feitiço Fidelius no abrigo. Temos que perguntar para ele onde fica.

- Não tem problema. Conhecemos Dumbledore. Ele sempre gostou da gente. –Gideão falando

- Então temos que ir para Hogwarts? – Arthur perguntou

- Parece que sim.

Então a família Prewett aparatou para uma nova vida.

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