Promessa e Vingança
Pouco tempo depois Dumbledore apareceu na casa de Mel e Sirius. Encontrou Lily tentando acalmar Mel, que ainda chorava muito e agora queira ir atrás de Sirius. Lily explicou rapidamente o que tinha acontecido e perguntou como ele tinha ficado sabendo:
- tive um pressentimento – Dumbledore explicou – e vocês estavam demorando. Imaginei que poderia ter acontecido alguma coisa. – depois ele se virou pra Moody que estava com ele – Moody, leve Lily e Harry pra casa deles em segurança. É melhor que eles se protejam agora que isso aconteceu. – ele olhou Lily que estava preocupada com Mel – eu cuido da Mel. – depois se virou pra Lupin que também estava lá – reúna algumas pessoas e vá atrás de James e Sirius. Eles vão precisar de reforços.
Eles concordaram e saíram do quarto deixando Dumbledore e Mel sozinhos. Mel andava de um lado pra outro chorando:
- eles levaram meu filho Alvo! – ela falava – Eles vão matar o Tony, eles vão machuca-lo Alvo!
- Não, não vão Mel. – ele tentava a acalmar, a abraçou fazendo-a parar de andar e a sentou na cama do quarto dela – nós vamos encontra-lo, mas você tem que se acalmar.
- Eu tenho que ir ajudar o Sirius! – ela se levantou – eu tenho que salvar meu filho!
- Mel você não está em condições... – Dumbledore disse a vendo andar em direção a porta do quarto.
Mas ela não pode sair. Alguém barrou sua passagem. Severo Snape tinha aparatado na porta do quarto.
- o que você está fazendo aqui?!?!?!?!?! – ela gritou pra ele se afastando – veio terminar o serviço dos seus amiguinhos?!?!
- Eu não tenho nada a ver com aquilo. – ele disse com calma e em tom firme, a encarando. Depois olhou Dumbledore que tinha parado atrás de Mel, com uma das mãos no ombro dela – eu não sabia que isso ia acontecer. Eu sequer sabia que o Lord poderia vir a perseguir os Potter depois da profecia.
- Mentiroso! – Mel gritou, se aproximou dele dando tapas e socos em qualquer parte do corpo dele que conseguia alcançar, simplesmente tentando desabafar sua raiva – Idiota mentiroso! Você é um deles!
- Mel, acalme-se. Acalme-se Mel! – Dumbledore a segurou e a afastou de Severo. Ela sentou-se na cama em prantos, com a cabeça apoiada nas mãos.
Severo se aproximou de Mel, sempre sob o olhar vigilante de Dumbledore que, ao encarar os olhos negros dele sabia que ele estava falando a verdade.
- eu tenho uma dívida pra com você. Eu falhei em te proteger e agora eu quero cumpri-la.
- Eu não quero nada seu! – ela gritou pra ele – não quero nada que venha de você seu traidor!
- Eu quero ajudar... – ele disse em tom baixo
- Ajudar como você ajudou da outra vez?!? – ela disse raivosa – eu não quero!
- Eu posso ajudar a procurar seu filho. – ele disse do mesmo jeito.
Ao ouvir isso Mel parou. Respirou mais forte pra se acalmar. Tinha visto a chance de fazer com que Severo fosse útil. E uma idéia repentina lhe veio a mente. Ela o encarou:
- eu não quero nada seu, não quero sua ajuda, eu mesma, eu e o Sirius é que vamos achar nosso filho. Mas você vai cumprir sua dívida sim. – ela se levantou e chamou Dumbledore pra ficar a frente de Severo – você vai prometer servi-lo e ajuda-lo no que for preciso, você vai espionar Voldemort e passar informações pra nós sobre ele e ser útil pelo menos uma vez na vida. – ela o encarou – se você quer fazer alguma coisa por mim, pela amizade que um dia tivemos, pelo carinho que um dia eu tive por você, faça isso. Ajude a proteger meu sobrinho do jeito que você não pôde ajudar a proteger o meu filho. – ela parou pra respirar e ele ficou a olhando – promete Severo?
Ele respirou fundo, como se preparasse pra fazer algo mortal:
- prometo. – respondeu finalmente.
Ela pegou um pequeno punhal em uma gaveta ali perto, tomou a mão esquerda dele e repetiu o ritual da divida de honra:
- se você quebrar essa promessa eu tenho sua vida em minhas mãos. Você aceita Severo?
- Aceito. – respondeu sem emoção.
Ela terminou o ritual e se virou pra Dumbledore:
- eu não vou deixar que façam com Harry o que fizeram com Tony. E ele vai nos ajudar nisso.
E caiu sentada na cama, chorando.
Quando Sirius voltou Severo não estava mais lá. Somente Mel e Dumbledore que tinha preparado uma poção pra acalma-la. Ela dormia, dopada, em sua cama. Sirius chegou na casa não conseguindo segurar as lágrimas, se fechou no quarto, e ficou um longo tempo, sentado no chão, chorando e murmurando palavras desconexas enquanto segurava fortemente a mão de Mel, que dormia.
James e Lupin se juntaram a Dumbledore na sala:
- havia um pequeno corpo carbonizado na casa. – James disse desolado – não havia como saber de que ou de quem era, não há como dizer que seria Tony ou não. Mas também não tivemos pistas de que o bebê pode estar vivo, temos que continuar procurando. Como está Mel?
- Dormindo. Tive que dar uma poção a ela, um calmante. E Sirius?
Lupin balançou a cabeça negativamente:
- arrasado. – e ele também estava pelo repentino acontecimento com seu afilhado – teve uma discussão imensa com a mãe, xingou toda a família de nomes que eu nem sequer conhecia.
- Se não tivéssemos segurado acho que ele teria matado alguém.
- Teria matado Regulus, ele o deixou muito ferido... – Lupin falou olhando James
- Era Regulus quem estava lá, além do pai e da mãe de Sirius? – Dumbledore perguntou
- Sim.- James respondeu – por que Alvo...?
- Suposições, James. Meramente suposições. – ele respondeu se levantando – mas é algo em que devo trabalhar agora. – ele olhou James – é melhor você ir pra casa. Lily estava preocupada.
- Certo. – James se levantou – ela e Harry estão bem?
- Sim, Alastor está com eles. Em ótimas mãos você deve convir. – Dumbledore se preparava pra ir embora. Olhou Lupin – Remo, você poderia ficar? Tanto Sirius quanto Mel estão muito transtornados pra ficarem sozinhos.
- Pode deixar. – ele consentiu – eu fico com eles.
E Dumbledore e James foram embora.
Lentamente Mel foi despertando. Sentiu a cabeça latejar um pouco e ficou se perguntando por que sentia aquela dor terrível no coração. E se lembrou.. “Foi só um pesadelo” pensou febrilmente “só um pesadelo terrível e quando eu abrir os olhos Sirius vai estar do meu lado, com Tony no colo, me perguntando por que eu não levantei pra amamentar o bebê...”. Abriu os olhos lentamente e lentamente a realidade foi lhe envolvendo.
Sirius deitado ao seu lado. Os olhos vermelhos, uma expressão dolorida no rosto a observando temerosamente. Mel o sentiu tomar uma de suas mãos segurar fortemente, leva-la até os lábios e dar um beijo suave. E uma lágrima quente queimou pelo rosto dela
- o que acontece agora...? – ela perguntou baixinho – como eles poderiam me machucar mais...?
Ele a puxou pra perto e a abraçou. Ela sentiu que ele chorava também.
- o que eles fizeram com nosso bebê Sirius...?
Ele não podia responder. Por mais que falassem que o corpo que estivera na casa não era de seu filho, por mais que James insistisse que eles deviam procurar mais, ele tinha certeza de que ele estava morto. Ele sabia que sua família seria capaz de tamanha barbaridade. E ele ouviu com todas as palavras sua mãe dizer que tinha feito. E não sabia como contar isso a ela.
- Tony não está morto.... está...? – ela pediu mais uma vez, o olhando. – por favor...
Em resposta ele só pode aperta-la mais contra seu corpo. E chorar.
- por que...? – muito rápido ela entendeu o que o silencio queria dizer – que culpa ele tinha...?
E o pior era que o bebê não tinha culpa alguma...
No meio da tarde ele conseguiu sair do quarto. Encontrou o Lupin esperando na cozinha, o almoço já frio, um ar triste. Assim que Sirius entrou na cozinha recebeu um abraço do amigo, ambos muito chateados pra poder falar qualquer coisa. Sentaram-se a mesa em silêncio.
- como a Mel está...? – finalmente Lupin encontrou sua voz.
- Eu.... não sei... – Sirius tinha uma voz rouca – ela está... estranha...
- Estranha...?
- Eu sei que não é certo ficar sedando ela, mas... eu dei um pouco mais de poção e ela dormiu. Remo, ela estava falando coisas desconexas depois que... você sabe... quando ela viu que o Tony... – ele se calou por um momento – eu temo que ela não... se recupere...
- O que... você quer dizer com isso Sirius...?
- Ela está muito agitada. Às vezes ela fala como se ainda estivesse com o bebê... nos braços...
- Foi tudo muito forte Sirius... ela vai ficar bem. Ela só precisa de tempo e de você ao lado dela.
- E se... – ele tinha um ar preocupado – isso não for suficiente...?
E com o tempo as coisas melhoraram. Um mês depois os “delírios” que ela teve nos primeiros momentos, passaram. Mas ela ainda não aceitava que o seu filho tinha morrido. Sirius contou o que tinha acontecido. James contou o que havia acontecido. Remo também contou, mas ela não acreditou em nenhum deles.
Sem que a irmã soubesse James também não acreditava fielmente que seu sobrinho tinha morrido e mantinha algumas investigações. Ele só não o fazia abertamente por que, não queria dar falsas esperanças a ela, caso a investigação acabasse confirmando que o bebê tinha morrido.
Mel simplesmente não aceitava, e falava constantemente que acharia seu filho.
E como que pra compensar o que haviam feito com ela, ela se empenhou cada vez mais no trabalho e nas missões da Ordem.
- e eu acredito que a melhor pessoa pra fazer isso, é você Melanie. – Dumbledore se virou pra ela, numa das reuniões da Ordem, um mês depois da morte do bebê.
- Mas... eu teria que deixar de atuar como auror... – Mel o encarou pouco entusiasmada com a idéia. Dumbledore tinha sugerido que alguém da Ordem se infiltrasse no Departamento de Mistérios, entre os Inomináveis, pra tentar descobrir qual deles estava do lado de Voldemort, passando informações. E essa pessoa também estaria encarregada de proteger a profecia que estava segura naquele mesmo lugar. – e como um auror podeira se tornar um Inominável assim... tão de repente...?
- Eu sei que você preferia manter seu cargo, querida. – Dumbledore a encarou com calma – mas... a resposta pra sua questão é exatamente você.
- Como assim...?
- Segundo minhas informações – continuou Dumbledore – Temos um estudioso Italiano, Lorenzo Dammazio, vindo para chefiar o Departamento de Mistérios, ele irá desenvolver uma pesquisa sobre os poderes dos Grays e então, com alguma persuasão eu posso convencer o Ministro da Magia a ceder que você esteja assumindo o cargo de assistente do Sr. Dammazio, digamos que por certo interesse pessoal na pesquisa.
- Faz todo o sentido. – Sirius apoiava a idéia. Ele achava que ela estava tão empenhada em vingar a morte do filho que poderia acabar se machucando e se ela aceitasse essa missão ficaria longe “de campo”, segura dentro do ministério.
- Realmente é mais plausível do que se outra pessoa assumisse o cargo. – Moody disse – chama menos atenção.
- O que você me diz querida...? – Dumbledore a encarou, e ela parecia pensar sobre o assunto.
- Ok... – ela suspirou. Não tinha gostado muito da idéia, mas com toda certeza queria ser útil – sem problemas. Quando eu começo...?
- Dammazio chega daqui a cinco dias, e então você será apresentada a ele e ao cargo. – Dumbledore sorriu, satisfeito que ela tivesse aceitado.
- Então, eu acho que não temos mais nada a acertar, não é? – James estava apressado. Não gostava de ficar muito tempo longe de Lily e Harry depois do que havia acontecido a Tony e do “aviso” que tinham deixado.
- Na verdade sim, James. – Dumbledore fez um sinal pra que ele se sentasse e um pouco agoniado ele se sentou – eu irei precisar de todo o reforço possível pra algo que irei fazer amanhã.
- Reforço...? – Lupin que estivera até pouco acompanhado a reunião calado, resolveu se manifestar. Ver Dumbledore pedindo reforços não era nada comum.
- Exatamente Remo. – Dumbledore deu uma olhada geral na mesa, as pessoas presentes sentiram que ele tinha algo muito importante a falar. – segundo um dos meus informantes... – ele disse e seu olhar cruzou com o de Mel. E ela soube de quem ele falava. Severo. – Voldemort ainda está ávido por informações sobre a profecia. Ele ainda não atacou realmente por que precisa desvendar o que as palavras que ele sabe querem dizer. E pra isso ele vai, segundo esse informante, procurar amanhã uma pessoa que sabe muito sobre profecias. Uma pessoa muito conhecida e que está na Inglaterra há pouco tempo, acho que todos vocês conhecem Ângela Ap Wydryn.
Um murmúrio de concordância se fez. O nome de Ângela era muito conhecido. Uma das ultimas descendentes direta de Merlin, ela e toda sua linhagem tinham sido amaldiçoados o que os condenava a morte inevitável assim que todos eles completassem 30 anos. Quando Ângela ainda era somente um bebê fizeram uma profecia onde ela era saudada como a única capaz de quebrar essa maldição e desde que ela tinha aprendido a ser independente ela vagava pelo mundo a procura de conhecimento que a ajudasse em seu “fardo”. E um dos conhecimentos que ela tinha adquirido com o tempo era o exatamente sobre como interpretar profecias.
- infelizmente tenho que dizer que já há algum tempo tenho ouvido rumores de que Ângela é uma antiga conhecida de Voldemort. E de maneira alguma podemos deixar que ela diga a ele tudo o que ele precisa saber sobre a profecia. Eu preciso de reforços por que temos que interceptar Voldemort antes que ele encontre Ângela. Não podemos deixar que ele a encontre amanhã. Então, preciso do maior numero de pessoas possível pra afastar os Comensais da Morte de Voldemort enquanto eu tento convence-la a não passar essas informações a ele. Eu gostaria de saber quem pode vir comigo.
Mel rapidamente se prontificou. Sempre que podia ela procurava Comensais, ela tinha a necessidade de exterminar todos eles. Além de que, um embate contra Comensais era o lugar perfeito pra encontrar Bellatrix Lestrange.
E ela já tinha jurado Bellatrix Lestrange de morte, só ainda não tinha feito isso abertamente por que Sirius não tinha deixado. Disse que não valia a pena ir pra Azkaban daquela maneira, simplesmente por invadir a casa dos Lestrange durante uma noite qualquer e os matar enquanto eles ainda estivessem dormindo (esse era abertamente o desejo que ela tinha), mas se por um acaso Mel novamente encontrasse Bellatrix sob a mascara de Comensal da morte, como naquela noite, ela tinha o aval da justiça de a matar primeiro, e se justificar depois.
- eu acredito que seria melhor você ficar Mel. – Dumbledore podia claramente ver o que se passava na mente dela. E ela tinha consciência disso.
- Você não vai me privar disso, vai Alvo...? – ela pediu, como quem pede a seu próprio pai.
- Você sabe que pode ser perigoso Mel. – Sirius disse a ela de maneira muito rígida. – você sabe que não tem tido o controle exato dos seus poderes e quando você fica com raiva você perde a noção do que está fazendo! Você pode se descontrolar...!
- Eu não vou me descontrolar Sirius! – ela disse até de maneira irritada – e você ouviu o que Alvo disse: ele precisa de todo reforço possível!
- Eu não vou deixar você fazer uma besteira qualquer! Você ainda não percebeu que pode acabar se machucando?! – ele começou a ficar impaciente.
- Você não pode me impedir de me vingar Sirius! Você não pode! – ela tinha se levantado da cadeira que estava e quase gritava
- Mel. – James a segurou pelo braço e a fez sentar novamente – é pro seu bem...!
Ela se escondeu o rosto nas mãos, respirou fundo pra se acalmar.
- por favor... – pediu com a voz mais calma agora – eu só quero ser útil...!
- faça o que você quiser... – Sirius murmurou ainda chateado – mas você sabe que eu não acho certo. E eu só quero que você não se machuque.
- Eu não vou. – ela disse o encarando – eu prometo.
Noite seguinte, e um número incrível de pessoas estava espreitando Voldemort e seus comensais. Dumbledore dava as Ordens, naturalmente, e deu as coordenadas onde cada um deveria ficar, e que só deveriam “atacar” sob seu comando. Ele observou um numero muito pequeno de comensais “montando guarda”no beco escuro que dava acesso ao ministério da Magia. Observou o próprio Voldemort se deslocar pra dentro do beco. E viu que era hora.
Deu ordem pra que atacassem e afastassem os comensais que estavam ali e ele se deslocou em direção a Voldemort. E o encontrou junto de Ângela:
- Eu acho que ela não tem nada o que falar. – Dumbledore disse a Voldemort irrompendo em meio à batalha que já se formava a sua volta. Antes de encarar Ângela Dumbledore percebeu que Mel se atracava com um dos Comensais. E pelo olhar de triunfo no rosto da menina percebeu que ela tinha encontrado quem procurava.
- Dumbledore. – Voldemort disse parecendo impressionado. Olhou pra Ângela – eu ficarei muito decepcionado se você tiver armado isso.
- Eu não conheço esse homem. – Ângela disse encarando Dumbledore.
- Mas eu conheço você. – Dumbledore se dirigiu a ela – Ângela Ap Wydryn, não é mesmo?
- Sim. – Ângela disse mas não se impressionou, muitos a conheciam. A maldição que ela carregava a fazia famosa.
- Ah sim, a linhagem da minha família e da sua se encontram em algum lugar do passado. – Dumbledore disse como se ignorasse a presença de Voldemort ali. Voldemort por sua vez parecia muito absorto na conversa pra poder fugir. A batalha agora acontecia em volta deles. Os comensais, em menor numero, sofriam na um ataque maciço.
- É verdade? – Ângela perguntou interessada – e como você ainda não está morto?
- O sangue de Merlin que corre em minhas veias não é tão puro quanto o que corre nas suas. Por isso a maldição não me atingiu.
- Sorte sua. – Ângela disse com sarcasmo. Feitiços passavam pelas suas cabeças eles pareciam não se importar.
- É assim que você pretende me parar Dumbledore? – Voldemort falou finalmente – conversando com Ângela sobre o passado dela e fazendo com que ela se interesse pelo seu lado?
- Não Tom. – Dumbledore disse calmamente – eu simplesmente estou evitando que ela faça uma coisa da qual se arrependerá por toda sua vida.
- Ela não pode ser controlada por você Dumbledore, - Voldemort respondeu – Ninguém pode controlar Ângela. Nem eu consegui isso.
- Essa guerra não é minha... – Ângela disse mais calmamente ainda e se afastou indo embora dali sem perceber que Voldemort e Dumbledore agora duelavam.
Mel rapidamente percebeu que estava duelando com Bellatrix. Aqueles olhos doentios e irritantes por debaixo da mascara só podiam ser dela:
- como vai você, sua sangue ruim desprezível? – a mascarada gritou pra ela e ela teve certeza.
- O que você fez com meu filho?! – Mel desembainhou a espada e partiu pro ataque
Bellatrix desviou os feitiços repetidos que Mel lançou, mas não escapou de uma rajada de energia que a ela lhe direcionou e foi lançada muitos metros atrás, caindo entre algumas latas de lixo. Mel foi até ela
- você quer que eu te conte com detalhes o que fizemos com seu bebezinho é? – Bellatrix perguntou em tom irritante – você tem certeza que quer os detalhes?
- Eu vou te matar sua desgraçada! – uma raiva crescente estava se apoderando de Mel, ela não via mais nada a sua volta a não ser Bellatrix, tinha se esquecido o que tinha vindo fazer ali e só queria poder fazer aquela mulher na sua frente sofrer como ela tinha sofrido todos esses dias.
- Tente! – Bellatrix provocou mais uma vez, enquanto apontava a varinha pra ela.
Mas Mel não deu tempo pra que ela atacasse. Derrubou Bellatrix mais uma, duas, três vezes, fez ela se levantar, a atacou com a espada, tirando sangue dela quando acertou os braços da mulher. Queria fazer aquilo durar a eternidade, mata-la aos poucos.
- por que você não faz suas piadinhas agora hein Bella? – Mel tinha a encurralado contra a parede, a espada encostada na garganta dela, sentindo a respiração difícil que ela tinha e certo pânico em seus olhos. – me diz Lestrange! – Mel levou a mão a cabeça dela e tirou a mascara do seu rosto. – quem é desprezível agora? Quem?!?
- Você! – ela ainda tinha a altivez de revidar – você é desprezível!
- Mesmo? – Mel riu de maneira selvagem. Já não era ela, mas sim o sangue cruel das grays que corria em suas veias que governava. – então por que você está encurralada e eu não?
Nesse momento três comensais vieram até as duas, atacando Mel. Num ato de reflexo estupendo Mel se virou, se livrou deles rapidamente, esquecendo a magia e dispensando golpes de espada cruéis e certeiros. Quando terminou com eles, se virou procurando Bellatrix mas essa não estava mais lá. Rapidamente a percebeu correndo em direção a Voldemort que ainda estava absorto em seu embate com Dumbledore.
Apontado à espada na direção dela Mel a prendeu em uma redoma de energia pisionica. Se aproximou dela e a puxou por um dos braços:
- corra Bella, corra. – Mel disse de maneira até mesmo doentia. Tinha nos lábios o sorriso frio e zombeteiro característico das gray – ou eu vou te matar aqui e agora.
Abrindo espaço entre a batalha Bellatrix correu, assustada, soltando aleatoriamente feitiços por cima do ombro. Mel se despistou deles e dos outros Comensais que tentavam a parar com uma facilidade até mesmo impressionante. A sua fúria a fazia mortalmente perigosa. Sirius observava aquilo com certo medo. Moody, entre um comensal e outro, observava tudo aquilo assustado:
- o que diabos aconteceu com a Mel...? – ele perguntou quando teve a oportunidade de chegar perto de Sirius.
- Aquela não é a Mel. – Sirius respondeu sombriamente – não é mais ela, ela já não tem mais o controle. Aquela é somente a gray...
Mel parou Bellatrix com um feitiço e ela caiu no chão, se aproximou, a virou pra poder olha-la nos olhos, e pisou sobre ela.
- eu quero que você implore por uma morte rápida e indolor Bella... – ela disse em tom sibilante, enquanto cortava o rosto de Bellatrix com a ponta da espada – implore ou eu vou te torturar pra sempre!
- Eu nunca irei implorar a você! – Bellatrix não perdia a altivez
- Ótimo. – Mel disse entre os dentes enquanto a jogava de encontro a parede, com sua energia, de maneira muito forte.
Bellatrix bateu contra a parede do beco com um baque surdo e escorreu por ela até o chão. Tentou se arrastar pra longe de Mel que chagava mais perto:
- você conhece a dor Bellatrix? Você algum dia já soube o que é dor? – Mel apontava a varinha pra ela – eu acho que não, por que nunca tiraram de você um filho como você fez comigo.
- Ele era só um bastardo! – ela gritou de volta, arfante.
- Não se atreva a falar dele! – Mel a levantou com sua energia, a bateu contra a parede de novo. Agora Bellatrix sangrava muito.
Algumas pessoas tentaram intervir. Mel criou um campo de energia em volta das duas pra que ninguém interrompesse. Sirius tentou chegar perto, mas Dumbledore gritou que ele se afastasse, não adiantaria falar nada com ela agora. No estado que estava Mel só pararia quando sentisse o cheiro da morte.
Mel levantou Bellatrix mais uma vez, a puxando com a própria mão pela garganta e a colocou encostada na parede:
- eu quero que você morra vendo os olhos de quem te matou Bella. – Mel disse, a outra mulher arfava, muito machucada, a beira da morte. Novamente encostou a espada no pescoço dela, com uma força tão grande que já arrancava sangue – quero que no inferno você se lembre de mim!
Foi quando com um feitiço muito forte o campo envolta delas foi quebrado. Voldemort havia se livrado de Dumbledore e agora, de maneira inédita e como ele ainda não tinha feito por nenhum dos seus comensais, intercedia por Bellatrix. Com a extinção do campo Mel foi jogada pra longe de Bellatrix. E Voldemort foi até ela:
- não me faça ter que te matar, querida. – ele disse calmamente, com a varinha apontada pra ela – você ainda vai me ser muito útil.
Com um grito de raiva Mel atacou Voldemort, sem noção do que fazia. Ele duelou com ela como se a analisasse e sorriu “encantado” quando o atingiu levemente algumas vezes, algumas dela com a espada:
- você é tão boa como eu imaginei. – ele espreitava os olhos dela. Ela atacou de novo. Ele a jogou longe. – Uma pena... – ele sorriu, sarcástico - eu vou ter mesmo que te machucar Lady Gray...! Mas não se preocupe, eu não vou danificar algo que ainda quero usar. Nós ainda nos encontraremos de novo...
E com um feitiço simples, mas forte, ele a desacordou.
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