Péssimo Começo



OBS.: putz!!! eu to morrendo de vergonha, nervosismo sei lá...! essa é minha primeira fic, comentem se estiver MUITO ruim!!!!! Valeu!!!

- seja bem vinda a Grifinória! – foi o que ela ouviu quando sentou-se naquela enorme mesa, muitos rostos encarando o seu com uma expressão curiosa, alguns sorrindo, outros não. Tentou se manter calma e olhou tudo a sua volta sorrindo ao se sentar. As mesas das casas, os professores estranhos, as vestes diferentes, tudo parecia tão irreal que ela tinha medo de acordar.
Mais alunos do primeiro ano estavam se sentando naquele banco e colocando o chapéu que falava na cabeça e, após uma pequena análise, o chapéu gritava o nome de uma casa.
- Sonserina! – ela ouviu ele anunciar enquanto examinava os pratos, talheres e copos de ouro parados na sua frente.
Ela sempre soube que não era normal, mas estar ali era de mais até pros seus sonhos mais mirabolantes. Desde que soubera que iria pra Escola de Magia e Bruxaria Hogwarts tinha comprado coisas estranhas como um caldeirão e varinha, visto pessoas falando de voar em vassouras e fazer feitiços e agora estava sentada no meio de muitos aprendizes de bruxos, esperando para ser um deles.
Sorriu levemente saindo de seus pensamentos quando encontrou o olhar bondoso do homem de longos cabelos e barbas grisalhas olhos azuis e óculos de meia lua sentado no meio da mesa dos professores. Ele tinha a guiado de certa forma até aquele mundo estranho tirando-a de um orfanato “de trouxas”como ele dissera e dado a ela novas expectativas.
Não que o mundo em que ela vivia fosse terrivelmente desprezível, o orfanato não era o pior lugar do mundo, mas não era o que ela poderia chamar de fácil esconder as coisas estranhas que aconteciam com ela. E eram bem estranhas as coisas que aconteciam com ela. Colocar fogo nas coisas espontaneamente simplesmente com o toque de um dedo não era normal, muito menos se tornar invisível quando estava com muita vergonha ou raiva ou mesmo quando assim desejava, assim como conseguir mover as coisas e segura-las só de apontar o dedo pra elas não era normal. Além é claro de coisas que ela não sabia como fazia e simplesmente fazia, como fazer seu pé de feijão crescer em apenas uma hora o que ele não tinha crescido em uma semana, quando teve que fazer uma experiência de ciências pra escola e não tinha trabalhado em nada e estava morrendo de medo de ser castigada, ou ter feito Julia, sua odiada colega de quarto, ter tufos de cabelo crescendo pelas orelhas num acesso de raiva.
Este simpático homem sentado ali na mesa dos professores, Dumbledore era seu nome, tinha a explicado o que tudo isso queria dizer. “você é uma bruxa”ele disse como se fosse simples “mas não uma bruxa comum” ele continuou e explicou que ela tinha nascido de um encontro de um bruxo e de um ser fantástico (uma Gray, ele tinha dito).
Ela levou muito tempo pra vir a entender o que era um ser fantástico. “elas são seres mágicos, possuem uma aparência como um ser humano normal, mas não são nem um pouco um ser humano” Dumbledore tinha explicado. Pra que ela entendesse melhor ele comparou esse ser fantástico com um elfo dos livros que a menina costumava a ler no orfanato. Eles se pareciam com humanos, mas não eram humanos. Eles tinham poderes. “As Gray” ele continuou depois que ela entendeu “Tem poderes prórios dos da sua espécie e eles servem pra que elas possam se defender nas profundas florestas que elas habitam. Elas podem se tornar invisíveis quando querem, elas podem mover as coisas com um tipo de energia chamada psionica e que emana livremente de seu corpo e podem também lançar raios de fogo quando ficam realmente furiosas”. Ele observou o rosto dela longamente “você tem a beleza característica da raça Gray: cabelos longos e encaracolados, grandes olhos azuis. Elas são muito bonitas sabe, e você herdou isso. e se não me engano um pouco mais.”
E foi então que ela soube que tinha poderes herdados da raça Gray e eles eram a capacidade de queimar as coisas se tornar invisível e de mover objetos com sua energia prionica, eles não podiam ser mudados mas somente manipulados e ela só poderia fazer isso treinando e usando a sua própria mente pra controla-los.
Mas ela tinha também poderes mágicos. “lembre-se, você é filha de um bruxo” Dumbledore disse quando ela perguntou por que estava indo a uma escola de Magia.
E era isso que a levava a estar ali agora, sentada naquela mesa esperando para receber treinamento e saber como desenvolve-los com a ajuda de uma varinha. Ela tentou digerir essa informação o melhor que podia, mas afinal se sentia melhor ao saber que não era uma aberração como vinha desconfiando a todos esses anos.
- se você não está com fome, eu estou. Me passa essa travessa de batatas! – uma voz a despertou de seus pensamentos
- ah... – ela disse encarando o bonito menino de cabelos e olhos muito negros que tinha falado com ela e pegou a travessa de batatas na sua frente passando a ele. Comida havia surgido em toda parte a volta dela e ela não tinha percebido. – aqui.
- Obrigado. – o menino disse simplesmente e se servindo, pôs-se a comer.
Sua fome falou mais alto do que seus devaneios e serviu-se rapidamente do que mais lhe parecia gostoso por ali e comeu sem conseguir pensar em nada que não fosse sua fome e na comida.
Depois que terminaram de jantar e que o diretor da escola, Dumbledore, tinha dado os usuais avisos, que pra ela soaram muito estranhos. Eles se levantaram aos poucos e foram seguindo os monitores de cada casa para poderem aprender o caminho em direção a cada um de seus dormitórios. Andaram por longos corredores de pedra sempre com muitos quadros expostos nas paredes e qual não foi a surpresa dela ao ver que as pessoas dentro dos mesmos se mexiam e acenavam. Depois disso não foi estranho ver que as escadas, muitas escadas com milhões de degraus (foi o que ela imaginou), se moviam mudavam de lugar, tornando os caminhos mais longos ou mais curtos dependendo de suas vontades. Mas um aluno do primeiro ano, um pouco mais descuidado que ela, escorregou em um vão de uma escada que se movia e cambaleou perigosamente para uma enorme queda. Ela, o mais rápido que pode e com o recurso que tinha naquele momento: um de seus poderes herdados de sua mãe, o de segurar as coisas com sua “energia mental”. Fazer isso ela já tinha aprendido sozinha, ela simplesmente apontou as mãos para o menino e imaginou-se o segurando, e logo o garoto estava sendo colocado seguramente no chão como se alguém invisível o segurasse pelas costas da veste e estava são e salvo, longe da enorme queda. Um silêncio longuíssimo caiu sobre o local que estava cheio de alunos passando e os rostos de todos estavam sobre ela.
- que tipo de coisa é você?! – um aluno muito mais velho que ela estava a observando de perto disse com um rosto assustado e um pouco enojado.
- Eu... não... eu só... – ela murmurou tentando entender se fazer aquilo não era perfeitamente normal entre eles. Pelo visto não era.
- Obrigado... – o menino que tinha sido salvo disse olhando pra ela agradecido e se aproximando
E de repente um burburinho das pessoas cochichado e apontando ela, se fez em sua volta e lentamente as pessoas ali se moviam de volta aos seus caminhos e a olhavam de esgoela ainda comentando o ocorrido. Ainda um pouco pasma ela ficou estática num canto sentindo os outros passarem por ela quando um menino de olhos negros foscos, cabelos tão negros quanto e com um emblema da Sonserina no uniforme a olhou muito de perto e parou a encarando:
- como você fez aquilo? – ele perguntou com um suave interesse.
- Eu não sei... como todo mundo aqui faz... não faz...? – ela disse confusa
- Não... não fazem... eu só tinha ouvido falar sobre esse tipo de poderes... a não ser que... – ele pareceu pensar – qual seu nome mesmo...?
- Melanie... Melanie Gray... – ela disse ainda se acostumando com o sobrenome que ela tinha acabado de receber, quando saiu do orfanato.
- Ah... – ele disse dando um leve sorriso como se entendesse algo e estendendo a mão a ela – Severo Snape. Me procure se precisar de algo.
Ele soltou a mão dela e virou a direita, sumindo numa escada que descia.



A noite foi no mínimo agitada. Dormir estava fora de cogitação pra ela depois de acontecimentos tão estranhos em uma noite só e quando resolveu não entender mais nada e simplesmente ver o que acontecia no outro dia de manhã.
E no outro dia de manhã as coisas estavam piores do que ela imaginava. A desconfiança dos outros sobre ela parecia ter aumentado e a desconfiança de que ela continuava a ser tão estranha lá quanto era no orfanato cresceu mais ainda.
A primeira semana foi no mínimo deprimente e ela começou, nos últimos dias, evitar estar no meio dos outros alunos e começou a ficar sozinha no final das aulas e depois das refeições. O problema era que todos corriam quando ela aparecia. Eles parecima não querer ficar perto dela de maneira alguma e ninguém tinha se dirigido a ela com educação depois do ocorrido no dia que ela chegou. Agiam como se ela tivesse uma doença contagiosa e muitos a chamavam de Sangue-ruim, o que não fazia sentido nenhum pra ela.
No primeiro sábado que iria passar naquela escola ela decidiu que ficaria na cama da hora que acordasse até a hora de voltar, sem ao menos descer pra tomar café, mas frustrou-se quando sua determinação morreu ao primeiro ronco de sua barriga. Ela então desceu ao salão principal e roubou algumas torradas da mesa do café e saia de lá, sob o olhar curioso de muitos, pra comer escondida atrás de alguma árvore no pátio.
- ela parece sozinha. – disse um menino do segundo ano levemente pálido com cabelos castanhos e olhos também e que estava na mesma casa que ela ao comentar com seus amigos.
- Ela é estranha o bastante pra estar sozinha não é? – disse friamente o menino que tinha se dirigido a ela na noite em que tinham chegado, pedindo por batatas. – com todas aquelas coisas que ela pode fazer... você sabe o que significam não sabe Remo? – ele disse ao menino de pálido.
- Sei... – o garoto murmurou – mas ela não precisa ser necessariamente desprezada, precisa... só por que ela é mestiça...?
- Por falar em estranho... olha quem parece ir atrás dela. – disse outro menino sentado perto deles, os olhos castanhos muito vivos e cabelos extremamente bagunçados. – Seboso.
- Se ela já não era desprezada o bastante... – disse um menino sentado na frente deles, olhos miúdos e de rosto gordo, parecendo muito com um rato em forma de gente observando o garoto de ia pra porta aberta no fim do salão – agora ela vai ser...
Sentada atrás de uma árvore comendo distraidamente as torradas ela observava a espessa massa de água que formavam o enorme lago da escola. Estava bem distraída imaginando que tipo de criaturas que viviam ali quando uma voz baixa soou atrás dela:
- teve uma boa semana? – Snape perguntou um pouco sarcástico sentando-se ao lado dela.
- Terrível. – ela respondeu quando conseguiu terminar de tossir a torrada com qual havia engasgado por causa do susto de ouvir alguém falando com ela. – as pessoas parecem correr de mim.
- Isso já era esperado não era? – ele perguntou catando algumas pedras no chão em que estavam sentados.
- Não... eu quero dizer, eu achei que aqui as pessoas iam me achar normal.
- Como assim...? – ele perguntou parando de pegar as pedras – não é nem um pouco comum ser meio gray.
- Não?!
- Ninguém te disse isso? – ele perguntou começando a jogar as pedras de forma desajeitada no lago à frente deles espalhando muita água. – quem de sua família é meio gray, sua mãe ou seu pai?
- Minha mãe é uma gray... – ela murmurou pra si mesma lembrando-se disso
- Uma gray legitima ? – ele disse de jeito frio sem a encarar – eu devia ter imaginado, você é bem forte pra ser da terceira ou quarta geração...
- Dá pra você me explicar o que você está falando?! – ela perguntou irritada
- Bem... você realmente não tem noção do que você está me falando? – ele perguntou olhando dentro dos olhos azuis celestes dela que continuou o encarando firme – você não tem idéia do que significa ser uma meio gray?
- Não! – ela disse ficando furiosa
- Eu achei que você estava mentindo pra... não chamar atenção. – ele disse voltando sua atenção ao lago e suspirando – Grays são criaturas malignas por isso que eles fogem de você. – ele disse em tom frio e apontando o castelo como se indicasse as pessoas dentro dele.
- Malignas...? Más...? Como assim, más?
- Más, cruéis, sanguinárias, chame como você quiser. Matam sem motivo, usam seus poderes para o lado das trevas e se aliam a bruxos que o seguem sempre que podem.
Ela ficou calada por um longo tempo e depois se levantou jogando as torradas que estavam em seu colo longe.
- e você então, por que está aqui?! Não tem medo de que eu vá te matar não? – ela disse com raiva. Ela não era má. Não poderia ser. Nunca tinha se achado cruel nem de longe.
- Eu me interesso muito pelo lado das trevas e pelas criaturas que se interessam por ela também. – ele disse se levantando e a olhando – se você decidir que quer se interessar e seguir sua natureza, é só me procurar.
Ele virou as costas pra ela e partiu a deixando com seus próprios medos. Aquele lugar já estava demasiado ruim pra ela e ela, com sua fome saciada, decidiu voltar ao seu dormitório.
Disse a senha ao retrato que servia de porta do dormitório pra ela e os alunos de sua casa e entrou lá, deixando as pessoas que estavam na sala comunal assustadas por ver o buraco se abrir e ninguém passar por ele, já que ela estava invisível usando seus poderes. Subiu a escada do dormitório das meninas quase cega de raiva e quase alcançava a porta de seu quarto quando topou em outra garota, olhos muito verdes e cabelos ruivos, que saía abruptamente de um quarto. A menina olhou em volta assustada e ficou um pouco mais assustada quando viu Melanie se materializar na frente dela. Depois disso a expressão da menina se tornou suave e ela sorriu:
- eu estava esperando te ver de novo! – a ruiva falou sorrindo
- me ver? – Melanie perguntou surpresa, sua raiva passando um pouco – não tá me confundindo não?
- Nem um pouco. – a menina ruiva disse rindo – você é única por aqui que pode ficar invisível e usar energia psiônica não é?
- Você não se importa com isso?
- Nem um pouco, por que? Deveria?
- Bem... dizem que eu sou má, não dizem?
- Sim... bem... mas você é má? – a ruiva perguntou de maneira inocente
- Não! – ela disse rapidamente
- Então quem são eles pra te julgar? Ser meia gray não é pré-requisito pra maldade é? Isso só depende de você! – a menina sorriu e estendeu a mão a ela – meu nome é Lily Evans, e você?
- Melanie Gray. – ela respondeu segurando a mão da menina meio desconfiada.
- Então bem vinda Melanie. – a menina sorriu – eu só queria que você soubesse que todo mundo vai deixar de te encher logo. Geralmente eles adoram maltratar os sangue-ruins do primeiro ano, eu sei, eu passei por isso ano passado.
Depois dessa frase que pareceu ao menos obtusa pra Melanie elas sentaram-se em cadeiras na sala comunal e conversaram longamente, com Líly explicando tudo o que ela podia e uma Melanie ávida por informações. Era estranho, mas quando elas se despediram naquela noite, indo cada uma ao seu quarto, Melanie sentiu que talvez a segunda semana não fosse tão insuportável assim.

E realmente não foi. Com o tempo as pessoas pareciam deixar de lado toda hostilidade que dedicavam a ela no primeiro dia, mas nem de longe ignoravam o fato de Melanie carregar o Sobrenome Gray. Mas pra ela isso importava cada vez menos por que ela estava se divertindo com a vida que levava ali.
Adorava aprender tudo que podia sobre aquele novo mundo e não tinha uma aula que ela achasse que poderia ser chata. Nos primeiros deveres ela logo se destacou como a primeira da classe.
Mas fora da classe ela ficava sempre muito sozinha. Encontrava Líly é verdade, mas nem sempre os horários livres das duas batiam por serem de anos diferentes, e Lily tinha suas próprias amizades, e elas não estavam tao dispostas quanto Lily a conversar com Melanie de modo que as meninas ficavam pouco tempo juntas.
Severo era quem a procurava periodicamente pra conversarem. Ele insistiu bastante no assunto artes das trevas (Melanie não tinha muita idéia do que isso era, mas tinha aprendido a odiar desde que soubera que os outros corrima dela por ela descender de uma raça que gostava de artes das trevas), mas com as recusas dela a falar no assunto e a carência que ela tinha por amizade com o tempo ele falava mais em coisas normais e insistia cada vez menos no tema artes das trevas e ia ficando cada vez mais “amigo” da menina. Ele parecia muito solitário também e ela era a única pessoa que geralmente era vista na campainha dele, o que ela fazia de bom grado pois ele tinha sido a primeira pessoa a falar com ela e tinha a tratado relativamente bem.
Frank Longbottom, o menino que ela havia salvado no primeiro dia, geralmente se juntava a ela também. Ele era egradável e engraçado, tinha uma gratidão muito grande com Melanie por ela ter salavado a vida dele e por isso, durante as aulas eles sempre estavam juntos. Ele foi o responsável pela adaptação dela em muitas coisas. Mudar pro mundo mágico que ela vivia agora não era fácil, mas ele tinha ensinado e explicado muita coisa a ela
E crescendo com as próprias pernas nesse mundo ela acabou descobrindo a si mesma, vendo que podia ser mais forte do que imaginava e mais feliz também, independente do que os outros diziam disso. Aprendeu a enfrentar as pessoas que gostavam de enfrenta-la e insulta-la, fazendo uso de sua fama de “malvada” e fazendo ameaças de brincadeira as pessoas tolas o bastante pra incomoda-la.
Mas nunca utilizou de seus poderes pra causar dano a ninguém, pois não queria tornar os medos dos outros com relação a ela verdadeiros. Pra falar a verdade ela raramente usava seus poderes e geralmente só o fazia quando não havia ninguém por perto.
Mas, utilizando a sua má fama, ela, às vezes, tomava as dores de Severo que geralmente era atormentado por “James Potter e sua turma de idiotas”, como geralmente Lílian se referia aos garotos que haviam comentado avidamente sobre ela na mesa de café da manhã do primeiro sábado que ela havia passado na escola.
James Potter, o menino de olhos castanhos e cabelos bagunçados, era o eu poderia se chamar de líder dessa turminha, seguido por seu melhor amigo, Sirius Black, um menino muito bonito que tinha pedido batatas a Melnie na mesa da primeira refeição dela em Hogwarts. Remo Lupin, o menino pálido, era extremamente inteligente e quieto e Melnaie se perguntava o que ele fazia no meio de garotos arrogantes e idiotas como Potter e Black. Já Petter Pettigrew era o menino que parecia um rato, e fechava a turma deles. Era tímido e frágil sempre precisando da ajuda dos outros três pra fazer qualquer tipo de coisa. Geralmente eles costumavam fazer todo tipo de zoação e infantilidade com Severo, principalmente Potter e Black o perseguiam e perseguiam Melanie também unicamente pelo fato dela ser diferente e andar com Severo, e algumas vezes Melanie tinha interferido o que fez com que Severo ficasse realmente chateado com ela apesar dela não entender o por que já que ela estava tentando ajuda-lo.
Numa tarde, ainda no primeiro mês de aulas ela estava sentada em uma banco de pedra no pátio à frente de algumas salas de aula, acompanhada por Severo quando eles chegaram, com suas risadas e conversas.
- vamos sair daqui... – Severo disse a ela quando eles se aproximaram. Ele pegou o pesado livro que carregava e se levantou.
- Eu não vou sair daqui só por que eles estão chegando! – ela disse a ele. tinha aprendido rapidamente a enfrentar aquele tipo de pessoas. Se não o fizesse tinha enlouquecido nos primeiros dias de aula. – por que você faz isso?
- Eu não costumo compartilhar o mesmo ar com pessoas como ele! – o menino disse observando Potter com um olhar de desprezo. Ele agarrou o punho dela e puxou a fazendo levantar – anda, antes que ele venham encher o saco.
- Seboso!!! – Potter disse indo até eles.
- Idiota... – Severo murmurou ainda puxando Melanie. Ela se levantou, mas não queria sair do lugar.
- Quem é você pra falar com ele assim?!?!? – Melanie disse encarando firmemente o Potter.
Mas sem aviso prévio o menino olhou pra ela e riu. Riu tanto que não conseguia parar, quando conseguiu falar algo, virou-se pra seu amigo Black e disse:
- tá vendo Sirius?! Você viu isso?! – ele ria – o Seboso arrumou alguém pra defender ele!!! uma menina! – ele se virou pra Severo – é sua namorada?!
Severo contorceu seu rosto numa careta de raiva e largou a mão de Melanie.
- você não tem nada a ver com a gente, por que fica se intromenetendo? – Melnaie disse chateada
- e ela ainda é valente, James! – Sirius disse rindo tanto quanto o amigo.
- Não enche o saco Black! – a menina disse encarando os olhos negros do menino
- Vamos sair daqui. – Severo disse entre os dentes pra Melanie.
- Eu não saio daqui! – ela disse se sentando-se de novo – se você quiser Potter, continue fazendo suas piadinhas com seus amiguinhos, mas se você me irritar eu não me resposabilizo pelos meus atos! – um brilho maldoso passou pelos olhos dela e Potter e Black souberam que ela falava de usar seus poderes.
- Eu adoraria te ver nervosinha. – Potter respondeu displicentemente a provocação olhando pra ela com um brilho tao intenso nos olhos que ele parecia realmente querer ver os poderes da menina.
E pela primeira vez ela estava disposta em usa-los, tanto que os garotos tinham provocado, mas antes que pudesse fazer qualquer coisa ouviu uma voz enérgica soar pelo pátio:
- algum problema aqui, senhores...? – a professora McGonagall disse vindo até eles – eu percebi uma certa agitação.
Melanie olhou da professora pra Potter que ainda a encarava como se a desafiasse, mas olhou de volta pra professora:
- nada. Estávamos de saída. – ela deu as costas a eles e saiu com Severo atrás dela.
Quando o ano chegava ao fim e eles estavam a um dia de tomar o trem de volta pra suas casas ela foi chamada a sala do diretor.
Achou estranho pois não tinha falado com ele intimamente desde antes do começo das aulas e não conseguia se lembrar de ter feito algo tão ruim que fizesse com que ela fosse intimada por ele.
Ela tinha tido um numero bom de detenções ao decorrer do ano é verdade (a maioria por brigar com Potter e sua guangue), tinha desrrespeitado uma regra ou outra da escola, tinha esquecido de devolver alguns livros da biblioteca no tempo certo, mas tinha concertado tudo e não eram coisas graves.
Talvez ela tivesse ido muito mal nos exames, foi a única coisa que pode imaginar, por isso chegou na porta da sala dele levemente tensa. Bateu nas enormes portas de carvalho e entrou timidamente quando ouviu uma voz serena a mandar entrar. Ela se sentou na cadeira à frente da mesa que ele ocupava, e logo disse, aflita:
- o que eu fiz de tão ruim?
- Nada. – o diretor sorriu levemente a observa-la sob os óculos de meia lua – talvez tenha sido eu a fazer algo muito ruim.
- o.... o senhor?
- Sim. – ele disse ficando mais sério – ao lhe tirar daquele orfanato no inicio do ano letivo pra traze-la a escola Melanie, eu encontrei um obstáculo inconveniente: você não tinha pais e a instituição de trouxas, que dirigia o orfanato, não podia de maneira alguma ter a mínima idéia de pra que tipo de escola eu estava te trazendo. Então a melhor maneira que eu encontrei de não priva-la de vir pra cá, foi a de me responsabilizar, junto ao orfanato e ao governo, por você.
- O senhor... – ela disse devagar, processando a informação devagar – o senhor me adotou...?
- De certa maneira sim. – ele disse sorrindo – eu me tornei seu tutor.
- Isso quer dizer... – ela disse pensando alto – que se você é meu tutor agora... eu não vou voltar pro orfanato nas férias...?
- É sobre isso exatamente que eu queria te falar. Esse castelo passou a ser de certa forma sua casa em tempo integral, não só durante o período letivo. Eu não havia lhe dito isso antes, quando estive explicando a você tudo que iria acontecer pois eu imaginei que talvez você se assustasse com essa noticia e não aceitaria vir. Agora que você está bem adaptada eu creio que não vá ser nenhuma surpresa desagradável.
- Bem... eu vou ficar na escola durante as férias? – ela disse fazendo uma careta que estava entre a tristeza e uma gargalhada – isso vai ser estranho!
- Talvez não mais estranho que tudo que você já encarou aqui durante o ano. – ele disse sorrindo a ela.
- Bem. uns meses a mais uns meses a menos não vão me matar, vão?! – ela perguntou abrindo um singelo sorriso.

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