Contrato Negro



Silenciosa, era assim a ilhota rochosa que guardava a prisão mais temível do mundo bruxo ou pelo menos da Europa, algumas árvores cresciam retorcidas e com folhagens já secas, era como se toda vida delas fosse tirada antes mesmo de brotarem do chão, poucas criaturas viviam entre aquelas árvores, entre elas corvos maiores que o normal com grandes olhos vermelhos sangue. Tais pássaros levantaram rapidamente quando onze presenças surgiram na ilha, sendo dez delas tão sombrias e sem vida quanto o próprio local.

_Por que você quis vir mesmo? -Perguntou Harry olhando para Jhonata McGuin ao seu lado, este apenas sorriu. _Tanto faz, mas você só pega os que estiverem fora da fortaleza. -Disse Harry sabendo que aquilo o seguraria pelo menos por enquanto, então se virou para os outros que o acompanhavam e suspirou mais uma vez. _Matem somente os comensais, não transformem ninguém, e se morderem algum comensal, pelos deuses, curem a ferida.

_Sim senhor. -Falaram os nove vampiros ao mesmo tempo.

_Não queime a fortaleza nem a nós. -Falou Harry para McGuin, que apenas confirmou com um aceno e desapareceu em seguida. _Vamos esperar.

_Esperar o que? -Uma intensa luz azul clareou a noite.

_Isso. -Respondeu Harry. _Vamos esperar cinco minutos.

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McGuin apareceu em frente aos imensos portões de Azkaban e os comensais que a guardavam tremeram, pois mesmo de longe puderam avistar olhos de um vermelho escarlate muito forte, com um brilho divertido e assassino.

_Venham brincar. -Murmurou McGuin, em seguida comensais aparataram em sua volta, eram dez no total e então raios verdes foram em sua direção, ele sorriu com escárnio, os olhos ficaram mais vivos ainda, os raios atingiram o alvo fazendo um forte barulho, mas quando o clarão verde passou, eles viram o invasor intacto. _Vamos lá, vocês podem fazer melhor que isso. -Falou McGuin, então apareceu outro comensal mais ou menos da sua altura, olhos de um castanho escuro e profundo e cabelos loiros escuros.

_Vejam só se não é a besta escarlate. -Falou o comensal com um tom de desdém, em seguida fez um movimento com as mãos e da terra saiu uma jaula de prata que aprisionou McGuin.

_Usuário da terra. -Murmurou o dominador das chamas, então uma grande massa de calor se desprendeu de seu corpo, em seguida o corpo fora tomado por chamas azuis claras e fortes que clarearam metros se não quilômetros, a jaula simplesmente derretera e os olhos escarlates brilhavam entre as chamas azuis. Depois de um sorriso branco, algo apareceu nas mãos de McGuin e ele avança para o Usuário da Terra, que desvia por pouco, sentindo um pequeno corte em seu rosto, os comensais que circulavam os dois estavam espantados e criaram escudos para se proteger do calor.

McGuin não ligou para o comensal que desviou, apenas continuou até chegar perto de outro que tinha erguido um mero protego, que se estilhaçou como vidro com a simples aproximação da besta escarlate. As chamas azuis de repente sumiram e todos puderam ver uma adaga longa, cravada no abdômen de seu companheiro, e McGuin sorrindo com aquilo, ainda segurando a adaga, então ele fez força e ergueu a arma fazendo-a rasgar a barriga e o peito parando a poucos centímetros da garganta, quando retirou a adaga do local e deu as costas.

O sangue espirrou, mas se vaporizou antes de tocar McGuin e logo o comensal caiu para trás, com o impacto do chão seu peito abrira mostrando um coração ainda pulsante e, por incrível que pareça, o sorriso do homem de cabelos roxos assustou aos outros comensais. Em seguida cerca de mais vinte comensais apareceram no local. McGuin ergueu a lâmina da adaga manchada de sangue e lambeu-a, deixando os comensais perceberem que a lâmina era azulada. Mais um feitiço da morte, só que dessa vez ele se abaixara, o que fez a maldição bater em outro comensal que caiu sem vida, o usuário da terra correu na direção de McGuin e lhe acertou um soco no rosto, em seguida berrou de dor levantando a mão que atingira o adversário, dos dedos restavam somente a carne, toda a pele havia sido queimada.

_Queime. -Murmurou McGuin, em seguida o usuário da Terra rompeu em chamas azuladas e começou a berrar de dor e agonia, as chamas pareciam não consumir sua pele e já sem força ele caiu no chão, olhos escarlates se abaixou perto dele. _Chamas especiais, ela não consume sua pele, mas a sensação de estar sendo queimado vivo continua e sempre vai continuar até que alguém tenha pena de você e te mate. -Se levantou e deu as costas, viu os outros comensais tremerem. _Eu não sou alguém piedoso.

_Bem que você poderia se juntar a nós. -Falou alguém no meio dos comensais. Era alto, cabelos brancos, apesar da aparência não passar dos vinte e dois anos, os olhos de um verde muito claro. _Pelo menos você tem estilo.

_Legal, um usuário da Luz. -Falou Mcguin em um tom de divertimento. _Há tempos não mato um.

_Meu nome é Bernard Jonson. -Falou o comensal se curvando levemente. _O Seu humilde carrasco. -A risada alta de McGuin ecoou pela ilhota, os olhos dele se fecharam, os comensais tremeram ao perceber que a risada mais parecia um rosnado do que outra coisa. Quando ele abriu mais uma vez os olhos puderam ver pupilas como as de um gato.

_A Luz corrompida é algo tão engraçado. -Uma explosão de chamas, todos os comensais tentaram se defender com escudos, mais uma vez. Esses simplesmente estilhaçaram e a maioria dos humanos rompeu em chamas, assim como tudo em volta tinha pegado fogo, a ilhota era chamas azuis escuras, gritos de dor foram ouvidos. Por alguma razão a fortaleza não queimara, nem mesmo um pequeno grupo de dez pessoas que entraram sem ninguém perceber, o único inimigo que continuara de pé fora o tal usuário da luz, que era protegido por um escudo verde claro. Ele olhava com desdém para o adversário. _Você é somente uma criança querendo brigar com um adulto.

_Não sou criança. -Falou Jonson.

_Por que alguém como você está do lado de Voldemort? -Pergunta McGuin levemente interessado e nem ligando para a reclamação dele.

_Lorde Voldemort é a única verdade nesse mundo, um deus em forma de homem, o ser mais perfeito que veio a esse mundo para purificá-lo. Se centenas de milhares tiverem que morrer para tal coisa, que assim seja, pois no futuro bilhares se ajoelharão perante o deus homem. -Os olhos verdes claros tinham um brilho fanático e enlouquecido, ele fora envolto pelas cortinas da loucura, fora iludido.

_Pelo jeito você ta apaixonado por ele. -Zombou McGuin, em seguida ele viu uma enorme foice de cabo cinzento e lâmina estranhamente branca, aparecer a frente de Bernard. _Seu lorde é um merdinha que se acha grande o suficiente para conquistar o mundo, eu já vi centenas como ele e todos acabaram se afogando no próprio sangue, com ele não vai ser diferente.

_Limpe sua boca impura antes de falar de meu mestre, sua besta dos infernos. -Gritou Bernard, avançando rapidamente ele agitou a foice para cortar a cabeça de Mcguin, mas este não se mexeu.

Quando a lâmina branca estava a menos de cinco centímetros de seu pescoço, McGuin levantou a adaga azulada, que ainda estava manchada de sangue, e se protegeu, a terra pareceu tremer com aquilo, dois elementos acabaram de se colidir com força, as chamas azuis escuras se apagaram, mas o grito do comensal atingido pelas chamas azuis claras ainda eram ouvidos.

_Humanos são lixos descartáveis e de vez em quando aparece alguém como o seu mestre que quer ser mais do que isso, quer mudar o seu destino, mas tudo que ele vai conseguir é morrer. -Falou McGuin ainda segurando a lâmina da foice com a adaga, o rosto de Bernard estava a centímetros do seu. _Se bem que não se pode chamar alguém como aquela coisa de humano. Eu o vi uma vez, a única vez em que ele teve coragem de me desafiar, eu o fiz voltar com o rabo entre as pernas. Depois disso soube que ele teve de reconstruir grande parte de seu corpo por minha causa, se ele já era feio há quinze anos, imagino agora. -Uma aura branca surgiu em volta de Bernard, a fúria era vista em seus olhos, então ele perdeu o equilíbrio e caiu no chão, isso aconteceu por que McGuin desapareceu como se tivesse sido engolido pela terra e depois reapareceu, pisou nas costas de Bernard que gritou, uma fumaça saía de suas costas bem no local em que olhos escarlates pisava.

_Meu mestre é tudo, ele me salvará. -Gritava Jonson em meio à dor, parecia que suas costas estavam sendo perfurada por adagas flamejantes.

_Pobre criança que acredita em contos de fadas. -Falou McGuin tirando o pé das costas do inimigo, em seguida o ergueu pelos cabelos e lhe deu um soco na barriga com a mão livre, que o fez cuspir sangue e quase desmaiar. _Ah não, assim você acaba com a brincadeira. -Falou McGuin. _Em que nível você está? Guerreiro ou cavaleiro?

_Guerreiro. -Murmurou Jonson.

_E como você, uma mera formiga, iria querer lutar com alguém mais poderoso que você? -Perguntou McGuin sem surpresas. _Nossos níveis são diferentes, se você se comparar a mim será apenas uma formiga perante um leão, aprenda isso e se arrependa pelo resto de sua vida. -Murmurou o dominador das chamas em tom de chacota. _Sinta-se feliz, pois ela não durará muito. -Ele arremessou o adversário em direção da fortaleza, só que uns vinte metros acima, o fazendo bater de cara na parede, o sangue espirrou e ele gritou, não caiu no chão de vez.

Ele sentiu seu corpo ser pressionado com força na parede, em seguida se sente sendo virado, agora estava de costa para a parede e de ponta cabeça, então ele viu quatro estacas flamejantes indo a sua direção, duas delas atravessaram suas pernas um centímetro acima do joelho, a dor era imensa, o grito foi ouvido até mesmo dentro da prisão, as outras duas estacas se alojaram entre as clavículas rompendo o osso, uma quinta estaca aparece, suas chamas eram negras, ela voou em direção ao comensal e lhe acertou bem do lado do coração, ele urrou de dor, sentia seu interior queimar aos poucos.

_Bom acho que acabou a brincadeira, essas chamas negras farão você queimar pouco a pouco por dentro, sua morte será lenta e dolorosa, ninguém no mundo poderá acalmá-la nem extingui-la. Aprecie essa dor como um presente que eu lhe dei, pois ela será a primeira que receberá aqui na terra, mas no inferno sentirá dores piores. -Em seguida McGuin se calou e olhou para o céu, viu o que parecia ser comensais desesperados, fugindo por vassouras, sorriu e apontou o dedo indicador para eles, uma pequena esfera vermelha se formou em frente de seu dedo e voou em direção de um comensal, que foi atingido e começou a pegar fogo e cair da vassoura. Ficou brincando de tiro ao alvo com os comensais que tentassem fugir, provavelmente algum dos vampiros impedia que qualquer um aparatasse da ilha.

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Duas horas, era o tempo em que o ataque se mantinha naquela prisão, como previsto alguns comensais tentaram matar seus prisioneiros até por alguns deles terem boas informações, que foram obtidas pelos vampiros e Harry agradecia o fato de serem ótimos na leitura da mente ou legilimencia. Agora ele ia para onde queria, soubera que ela estava ali, era a ala mais segura de Azkaban conhecida como “A entrada para a Morte”. Um corredor longo e com archotes que emitiam uma luz arroxeada e fraca, sua própria sombra parecia viva, naquele local o cheiro de morte e medo se misturava, ouviu gritos no fim do corredor, estava próximo, ao longe viu uma grande porta de madeira negra como a noite, quase se camuflando com as paredes, a pessoa ali dentro parecia em agonia profunda e sem limites, provavelmente tinha alguém a torturando.

Harry encostou a mão na porta negra e sentiu magia corrompida, magia impura e familiar, era um derivação das artes das trevas. A magia negra não era como a que ele usava, era pior, algo corrompido, uma imitação vulgar das verdadeiras Artes das Trevas. Então ele sentiu dentro da sala a presença de três pessoas, uma estava caída e sem forças, mesmo assim gritava a plenos pulmões, as outras duas demonstravam diversão, estas eram descartáveis já a que estavam sem forças, ele tinha planos para ela e não abriria mão desse plano, pelo menos não por enquanto, então murmurou algo e a porta se estilhaçou como vidro, ainda com sua mão encostada.

Os dois comensais que estavam dentro da sala se assustaram com aquilo, aquela porta era magicamente protegida, nem mesmo um gigante conseguiria derrubá-la, muito menos destruí-la de tal maneira. Viram a figura de Harry Potter passar por onde um dia estivera uma porta, mas estava diferente, uma aura negra o circulava e olhos amarelos como os de uma besta brilhavam em seu rosto, aquele sorriso frio fez um mau pressentimento se apoderar dos comensais.

_Eu não tenho interesse em vocês, então saiam. -Ordenou Harry, mas os comensais não se mexiam.

_Se deixarmos nossos postos, nosso lorde nos mata. -Falou um dos comensais erguendo a varinha.

_Se vocês não saírem, eu que mato vocês. -Falou Harry, o tom grave, o sobretudo negro que se agitou e pareceu por um segundo refletir a luz arroxeada do archote mais próximo do corredor.

_Um fedelho como você não pode nos fazer mal. -Falou o outro comensal em tom presunçoso. _Provavelmente foi Dumbledore que quebrou a porta, vai ver ele nos está esperando do lado de fora para nos pegar, é uma arm... -O Comensal nunca terminou sua frase, pois caíra para trás e uma adaga branca como osso estava cravada em sua testa e atravessara a cabeça.

_Pensa o mesmo que seu amigo? -Perguntou Harry que aparentemente não saíra do lugar, o outro comensal se encostou à parede tentando manter a maior distância possível de Potter e saiu da sala, sem nem olhar para trás. O coitado conseguiu sair da fortaleza, mas do lado de fora encontrou alguém pior que Potter. _Há quanto tempo não te vejo. -Falou Harry com a pessoa caída no chão, vestes marrons grosseiras e em pedaços, o sangue dela se misturou com o do comensal morto, ela tremia fortemente e murmurava coisas sem sentido e nem nexo. _Desde que você fracassou em me pegar nas férias. -Murmurou Harry se aproximando mais ainda e com o pé fez o ser caído ficar com o rosto para cima, ele viu a pele em um branco anormal como o de um cadáver, os cabelos longos e negros como a escuridão, embaraçados, dando uma aparência enlouquecida, o que era bem possível e aqueles olhos azuis escuros dignos de uma Black. _Minha cara Bella, o que ele te fez! -Não era uma pergunta apenas uma constatação.

_Meu mestre é bondoso, meu mestre me ama, eu merecia eu mereci. -Murmurava Belatrix Lestrange, seus olhos sem foco, ela ainda sentia grandes espasmos de dor, sua mente estava em frangalhos ou quase isso.

_Seu mestre é um retardado. -Falou Harry. _Bela, ele te tirou tudo o que você tinha, tirou a única pessoa que você amou na vida e que te correspondeu, e não só uma vez, mas duas. Ele fez você matar essa pessoa. -Harry se abaixou e tocou o rosto de Belatrix. _Foi por causa dele que você se separou de Sirius pela primeira vez, é por causa dele que você o matou, mas de que adianta eu te falar isso, você está cega, sua mente está destruída, não conseguirá se vingar. -Pela primeira vez naquela conversa Belatrix cravou os olhos em Harry, bem no fundo da mente dela ele conseguiu ver um lampejo de consciência, de sanidade, ela queria vingança. _Ele te manteve aqui você foi abusada e torturada por aqueles que você achava serem seus amigos, mas eu sou diferente, eu posso te livrar da dor de seu passado e de seu presente, posso fazer você construir um novo futuro, um futuro em que você não se lembre de tudo de mal que você já passou, basta você querer. -Ele suspirou, seus olhos ficaram mais amarelos, ele estava entrando na mente de Belatrix, era algo doloroso de ver. Fragmentos de uma infância dura e cruel onde ela era torturada pelos próprios pais por desobedecê-los ou por não ser boa o suficiente, mas tudo eram fragmentos, ela viu a imagem de Sirius em um quarto escuro, mas não quis ver mais além daquilo, se aprofundou mais ainda e viu ela desolada em um beco, fora torturada pelo pai até não conseguir se mover, aparentemente ela tinha se recusado a fazer algo, então ele viu a figura alta e esguia de Voldemort, apareceu na frente dela sua aparência já era deformada, mas nem tanto.

_Mestre. -Com essas palavras Harry saiu da mente de Berlatrix, ele viu mais do que queria, já sabia da maioria das coisas ali, afinal conseguira de uma fonte bem confiável, o próprio Voldemort, que de vez em quando nas férias deixava sua mente aberta na esperança de localizar Harry.

_Ele te abandonou. -Falou Harry em tom baixo. _Mas eu posso te dar sua vingança, você a merece, só depois dela terá sua paz. -Ele passou a mão pelo cabelo dela. _Você aceitaria mesmo que para isso tivesse de me dar sua alma? -Os olhos da ex-comensal estavam cravados nos de Harry.

_Aceito. -Foi a única coisa que ela disse na conversa, o que fez parecer que ela entendia alguma coisa ao seu redor, o brilho isolado de sua mente parecia ter aumentado como se ele mesmo gritasse que aceitava.

_Que assim seja feito. -Murmurou Harry. _Az Katz mals pklin noztk. -Aquelas palavras pareceram fazer a própria terra tremer, ao longe ele ouviu um som forte como de um trovão e uma brisa veio pelo corredor que não tinha janelas. _Artes das Trevas, que o contrato negro seja selado com o consentimento e vontade de Belatrix Black, a estrela guerreira.

O Corpo de Belatrix começou a flutuar e Harry se afastou lentamente dela, ainda mantendo os olhos fixos, viu uma luz vermelha aparecer nos olhos e na boca de Belatrix, seus braços estendidos, as roupas, ou melhor, os trapos que ela usava simplesmente se despedaçaram e sumiram, agora toda a pele dela emitia um brilhos vermelho sangue, da cabeça dela saiu uma nuvem negra como a escuridão e, com um movimento da mão, Harry a desfez para sempre, então um fio dourado saiu do corpo da ex-comensal e foi até o moreno, grudando em seu peito. Harry fechou os olhos por um instante e depois reabriu, um leve brilho azulado apareceu no fundo dos olhos amarelados e logo sumiu, ele fez um aceno com a mão e um manto se enrolou no corpo de Belatrix, assim que a luz vermelha parou de irradiar um vampiro apareceu ao lado de Harry.

_Pegue-a. -Ordenou Harry e o vampiro assim o faz segundos antes de Bela despencar, agora ela estava nos braços do vampiro. _Está tudo completo?

_Sim senhor. -Falou o Vampiro, ele tremeu com aqueles olhos, lembrava a primeira vez que viu os olhos amarelados.

_Vamos embora. -Depois de dizer isso um grande rodamoinho tomou a sala envolvendo a Harry e ao vampiro que estava com Belatrix, os dois desapareceram.

Aos poucos todos os vampiros abandonaram Azkaban, o último a sair fora McGuin, ele não podia aparatar, afinal não era um bruxo nem um vampiro, mas tinha uma chave de portal dentro das vestes e antes de ir embora ergueu o braço esquerdo, uma imensa bola de fogo subiu aos céus brilhando em um vermelho forte e espalhando sua luz, no centro da bola havia uma íris como a de um gato. Depois disso ele também desaparecera desapontado por não ter se divertido mais.

Meia Hora depois um grupo de reconhecimento da Ordem da Fênix fora fazer uma varredura na ilha, viram que não restara um único comensal vivo, o que estava mais perto disso estava pendurado por estacas numa das paredes externas da fortaleza e gritava a plenos pulmões, mas isso durou pouco até que o silêncio recaiu no local, os prisioneiros estavam intactos, alguns em choque por terem visto o que realmente acontecera ali, em algumas partes corpos estavam empilhados ao lado do grande portão, uma pequena pilha queimava e no céu o gigantesco o olho em chamas brilhava.

_O que aconteceu aqui? -Perguntou um novato da Ordem a Remo Lupin.

_Uma batalha. -Fora tudo o que o lobisomem dissera. _Está tudo certo, vamos sair antes que os aurores cheguem. -Falou mais uma vez, em seguida o grupo de reconhecimento desapareceu, Remo ainda teve a piedade de descer o comensal pendurado.

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Rony e Hermione já estavam na mesa do café, eles olhavam para os lados a procura de Harry, pelo que o ruivo dissera, ele não aparecera no dormitório na noite passada, então ele voltaria hoje. A monitora chefe passou perto deles lhe entregando os horários das aulas e quando ela procurou Harry ao lado deles não achou.

_Onde está o Potter? -Perguntou a monitora-chefe.

_Dormindo. -Falou Rony rapidamente antes que a amiga dissesse algo. _Eu entrego o horário a ele.

_Certo. -Falou a monitora sem ligar muito.

_Que legal, vamos ter DCAT na segunda aula. -Falou Rony , ele conhecera o professor quando fora chamado por Dumbledore em sua sala.

_Henry é muito legal. -Falou Hermione distraidamente. _E sabe ensinar muito bem.

_Henry? -Perguntou Rony em tom sarcástico fazendo a amiga corar levemente.

_Vamos rápido estamos atrasados para Herbologia. -Falou Hermione desviando do assunto e se levantando rapidamente, deixando o ruivo por um segundo sem ação, mas logo ele voltou ao normal ao ser puxado pela amiga.

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Harry não havia aparecido na aula de Herbologia, o que deixou seus amigos muito preocupados, principalmente por que eles descobriram o que ele fora fazer, ou melhor, descobriram em partes, pois só lhe informaram que ele tinha coisas a resolver em Azkaban. Rony e Hermione já estavam esperando a porta da Sala de DCAT se abrir, isso seria até motivo de alegria se Alex não estivesse na mesma turma, já que tanto ele quanto a irmã pareciam ter um horário semelhante ao de Hermione e estavam no sexto ano.
_Oi Mione. -Falou Alex deixando de lado o pequeno grupo de admiradoras de lado, o que as fez lançarem olhares mortais para Hermione.

_Não enche palhaço. -Falou Rony antes que a amiga respondesse.

_Cuidado com o que fala cabeça de fósforo. -Rebateu Alex com um sorriso superior.

_Você quer que eu quebre seu nariz de novo? -Perguntou Rony em um tom ligeiramente mais alto, fazendo os outros ouvirem e rirem baixinho, principalmente os meninos. Alex ia falar algo quando aporta da sala de aula abriu, então resolveu ficar quieto já que o professor poderia ouvir.

Aos poucos todos entraram na sala de aula que estava totalmente diferente do que eles já tinham visto não, havia nenhuma cadeira, apenas almofadas e pufes espalhados em cima do que parecia ser um tatame vermelho claro, nas paredes estavam algumas armas como espadas e lanças de diferentes tipos e tamanhos, onde era para ser a lousa tinha um diagrama que mostrava como fazer vários feitiços, a mesa do professor desaparecera.

_Sejam bem vindos a minha aula. -Falou Henrick aparecendo ao lado da porta e assustando a todos, já que ninguém o vira ali. _Meu nome é Henrick Dumbledore, mas me chamem de Henrick ou Prof. Henrick por que se me chamarem pelo sobrenome pode ficar confuso. -O Tom de voz dele era simpático e de cara quase todos gostaram dele, salvo Alex e Rony, que tinha um ligeiro desconforto na presença do neto do diretor, talvez fosse o jeito que ele olhava para Hermione. _Muito bem, quero que todos façam um grande círculo e se sentem rápido. -Foi uma correria, vários pegando almofadas e se sentando perto de amigos e em questão de dois minutos todos estavam sentados. _Hoje eu só irei mostrar o que vocês aprenderão e talvez deixarei alguém duelar com algo bem interessante.

Ele começou a explicar detalhadamente o esquema de sua aula que parecia muito puxado, deixara claro que o clube de Duelos era uma atividade complementar, porém separada da de DCAT e por mais que os alunos pedissem, ele não falava quem era o professor de Duelos. Depois de ele explicar seu esquema de aulas que durara quase uma aula inteira, ele tirou de dentro da vestes três chaveiros, ou pelo menos era o que parecia, em forma de pequenos bonecos sem rosto.

_Estes Bo... -Henrick fora interrompido por batidas na porta. _Entre. -Falou sem se virar, a porta se abriu rapidamente e logo se fechou. _Está atrasado Potter.

_Tive de resolver coisas importantes. -Falou Harry em um tom monótono de voz que fez Henrick se virar para o moreno, seus olhos incrivelmente azuis se encontraram com os verdes do rapaz, ambos ficaram se encarando.

_Já que o Sr. Potter chegou atrasado, creio que não se importará de testar esse equipamento que será usado nas aulas. -Falou o neto do diretor com um sorriso um tanto quanto sádico nos lábios, de cara todos os alunos souberam que tanto Harry quanto Henrick se odiavam, isso era fácil de perceber visto que o jeito que um falava com o outro era igual ao de Snape. _Como eu ia dizendo, esse boneco é uma nova invenção do Departamento de Aurores, durante o treino você o coloca no chão e ele tomará a forma de um bruxo que você escolher, geralmente aquele que você quer enfrentar, o boneco terá uma parcela da força do seu oponente desde que você já o tenha enfrentado, é algo muito complicado de se explicar então é melhor demonstrar. -Ele pegou dois bonecos e entregou a Harry, ou melhor, jogou para o moreno como se nem ao menos quisesse tocá-los. _Potter, coloque os bonecos no chão e pense em dois oponentes que você queira enfrentar, se você se sair bem eu escolherei o seu terceiro oponente.

A turma estranhou, pois se o que o professor dissera fora verdade, provavelmente dois bonecos dariam trabalho. Hermione que até então ficou tensa, ao perceber o desagrado do amigo e do professor um pela presença do outro, agora ficara preocupada, conhecia o moreno muito bem e provavelmente saberia quem seriam seus oponentes de testes.

Harry colocara os bonecos no chão e dera três passos para trás, fechou os olhos por um instante e um dos bonecos começou a brilhar e a crescer rapidamente, a face branca e cabelos castanhos avermelhados, roupas bruxas azuis celestes e olhos de um azul muito claro, ali estava uma copia fiel de Henrick Dumbledore. Em seguida o outro boneco irradiou um brilho negro e mesmo antes do boneco tomar forma, um mal pressagio e um frio assustador tomou conta da turma, o boneco cresceu rapidamente, era maior que o boneco de Henrick só que era mais branco, não tinha cabelo, o rosto meio achatado, olhos vermelhos sangue com pupilas em fenda, o nariz era apenas dois riscos no rosto assim como a boca quase sem lábios, as vestes eram negras e luxuosas.

Por um instante houve silêncio, todos incluindo o professor ficaram petrificados diante daquela imagem, em sua frente estava um boneco a imagem e semelhança de Lorde Voldemort, o maior e mais temido bruxo das trevas de todos os tempos e então houve um barulho, Neville caíra para trás de pavor, os demais se afastaram o máximo possível do falso Voldemort, menos o professor e os amigos de Potter, murmúrios de medo escondiam um grito desesperado, era como se eles temessem que mesmo aquele boneco quisesse matá-los. Henrick não sabia o que fazer, ficou indignado com a audácia de Potter, o maldito o colocara no mesmo patamar que Riddle, indiretamente, mas colocara, e também estava preocupado com os alunos, muitos ali já ouviram como era o Lorde negro, mas vê-lo era outra coisa, o medo que exalava deles era assustador.

_Não importa o quanto eu vejo, Voldemort continua feio feito o diabo. -Falou Harry inclinando a cabeça para o lado num ato um tanto quanto infantil, um sorriso apareceu em seus lábios, aquele sorriso frio que mostrava uma felicidade enorme por enfrentar alguém forte ou pelo menos que parecia forte. Mesmo sendo bonecos, os dois exalavam uma grande força mágica, a de Voldemort era mais acentuada e sua lembrança estava tão viva na mente do moreno que provavelmente o boneco estava com pelo menos um teço da força do mestre das trevas.

_Crucio. -Falou o boneco de Voldemort de súbito, até os olhos dele estavam injetados de fúria como o verdadeiro e, por pouco, Harry desviara do feitiço que batera na porta atrás de si e abrindo um buraco, aquele feitiço era forte o suficiente para causar um dano físico.

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_Professor, pare isso rápido. -Falou Hermione, mas o neto do diretor não fizera um movimento, se Potter procurara aquilo, ele que se virasse.

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O boneco do professor desaparecera por um instante e reaparecera as costas de Harry, que fora pego de surpresa, o que era algo bem incomum. Sentiu a varinha, provavelmente falsa, do boneco encostar em sua nuca e viu o verdadeiro Henrick sorrir, como se aquilo tivesse acabado, mas não daria esse gostinho a ele. Ouviu o feitiço ser pronunciado pelos lábios do boneco, mas antes que ele dissesse a última palavra, o moreno já se abaixara e pegara o braço do boneco Henrick, o lançando no chão, mas com isso se distraiu de Voldemort.

_Reducto. -Gritou o boneco Voldemort, o feitiço acertara o moreno bem no peito o lançando para trás, ele atravessou a porta e todos ouviram um forte barulho do corpo batendo na parede, silêncio. Os bonecos ficaram um do lado do outro como se esperassem algo, então eles ouvem uma risada baixa e Harry pula para dentro da sala, seu sobretudo antes verde agora estava negro. _Avada... -Antes que o falso Riddle terminasse a maldição, Harry já se encontrava a dois palmos dele, sorriu e encostou a mão em seu peito.

_Expulsorium. -Voldemort fora para trás com força batendo na parede, que rachou.

_Flipendo. -Gritou o boneco do neto do diretor, uma barreira vermelha protegeu Harry que de repente de abaixou mais uma vez e passou uma rasteira no boneco do professor, que caiu de costas, o moreno rapidamente se levantou e fechou o punho, ia dar um soco no peito do boneco com uma enorme satisfação.

_Glacius. -A voz fria de Voldemort murmurou, mas todos ouviram e viram o jato branco bater no braço de Potter. No canto da sala Alex sorria, queria que Harry se ferrasse e quando viu que o braço de Harry começara a ficar azulado, ficou mais satisfeito ainda. _Inferno. -Murmurou mais uma vez Voldemort, uma bola de fogo muito grande foi em direção ao moreno que se abaixou, tentou desviar, mas sentiu seu corpo preso, olhou para trás, não percebera quando vira o boneco de Henrick se levantar, mas agora era tarde já estava sendo segurado por ele.

_Lux. -Murmurou o boneco do professor de DCAT, então surgiu um clarão branco misturado a uma grande onda de calor provocada por Voldemort.

_Harry. -Gritaram Hermione e Rony.

Certamente se aqueles bonecos só tinham uma parte da força de quem imitavam, imagine o verdadeiro pensou Hermione ainda de olhos fechados por causa do grande clarão. Se era aquele o nível de pessoas que estariam atrás de Harry, então ele estivera certo tanto ela quanto Rony ainda eram fracos demais para acompanhá-lo e provavelmente o ruivo estava pensando a mesma coisa. Já o Prof. Henrick estava surpreso, Potter tinha uma boa idéia de seus limites e os de Voldemort, por isso os bonecos estavam tão fortes, teria de reforçar os limitadores de força dos bonecos depois. O clarão sumiu rapidamente e todos voltaram a enxergar, mas a maioria voltou a fechar os olhos ao verem aquilo.

O Corpo de Harry envolto por chamas vermelhas, mostrando apenas os contornos dele, mas se podia ver claramente olhos amarelos brilhando por entre as chamas. O boneco de Henrick e Voldemort estava a pelo menos dez passos do moreno, o fogo ficou negro como o ébano e emitiu uma luz vermelha sangue, logo depois se dissipou e eles puderam ver o sobretudo negro, estava com rasgos como o resto das roupas, cujas as calças foi tudo o que sobrou, o sobretudo sobrevivera por pouco, mas aos poucos os rasgos dele se fecharam sozinhos. Harry abriu as duas mãos, então adagas negras surgiram, pareciam não serem feitas de nada conhecido e o neto do diretor sabia que elas foram moldadas com energia negra.

O moreno avançou e desviou de um soco do boneco Henrick, em seguida desapareceu e reapareceu atrás dos dois bonecos, ele ainda de costas para eles sorriu, o som de lâminas perfurando a carne foi ouvido. Uma das adagas atravessara a cabeça do boneco Henrick, espirando um sangue azulado, o boneco caíra e antes de chegar ao chão já voltara ao normal, em seguida eles viram o boneco de Voldemort dar alguns passos, a lâmina negra saía de seu peito, ele deu meia volta e olhou para Harry.

_Maldito Potter. -Murmurou antes de cair para trás e voltar a ser um boneco, as duas adagas negras desaparecerem ainda antes de tocarem o chão e os bonecos se partiram ao meio, realmente aquilo fora divertido, mas só mostrou a Harry que ele ainda tinha de ficar mais forte. Se voltou para o professor que ainda estava surpreso com o nível do rapaz, o viu fechar o sobretudo negro, ou melhor, o sobretudo se fechar em sua volta para cobrir-lhe o peito nu, dando apenas mobilidade para as penas.

O silêncio foi unânime, Alex xingava Harry mentalmente, ele conseguira roubar o seu brilho mais uma vez, agora todos pensariam que ele era o mais forte da escola. Já Carol estava surpresa, não pensava mal do moreno, para falar a verdade não tinha nada contra ele, só não demonstrava isso para apoiar seu irmão, ela olhou para Rony e Hermione, ambos também pareciam surpresos e pensativos e imaginou se os dois eram tão fortes assim, não ficaria atrás depois de ver aquilo queria ficar mais forte e se sentiu motivada, não se seguraria mais por causa de seu irmão. Aos poucos todos os alunos começaram a bater palmas, menos é claro Rony, Hermione, Alex e Carol, o restante parecia realmente achar aquilo divertido.

_Fracos. -Murmurou Harry sem olhar para os alunos, agora ele olhava diretamente para o professor que sorria com desdém.

_Fora muito bem Potter. -Falou Henrick à contra gosto. _Dez pontos para a Grifinória. -Falou mais uma vez, então ele colocou o terceiro boneco no chão e murmurou algo, toda a sala mais uma vez ficou silenciosa para esperar o que estava por vir, muitos imaginaram que o boneco se tornaria o diretor, mas se enganaram. Primeiro viram cabelos de um vermelho muito intenso, em seguida a pele ficou alva e curvas belas apareceram denunciando um corpo feminino, alguns garotos assoviaram principalmente quando viram o rosto belo aparecer e os olhos verdes esmeralda idênticos aos de Potter, então alguns compreenderam e viram a semelhança entre Harry e a mulher, mas somente aqueles mais chegados ao moreno como Rony, Hermione e Neville souberam quem era. Hermione colocara a mão na boca, provavelmente contendo um grito de surpresa, olhou para o professor, não acreditara que ele fizera aquilo. _Todos tem alguém que não podem atacar, sempre tem aquela pessoa que o faria recuar por ser incapaz de machucá-la, sua missão é enfrentar essa m... -Henrick se calara e os alunos não entenderam de início, mas depois uma presença tão sinistra, que ate alguém sem treino poderia sentir, se instalou no local, era como uma fera pronta para matar, com uma forte intenção assassina e, apesar de estar direcionada somente ao professor, todos sentiram. Olharam mais uma vez para Harry, uma aura negra o circulava, os olhos amarelos que todos pensaram ser somente uma miragem brilharam com força, o sorriso desaparecera dos lábios, houve um feixe de luz e o som de algo metálico, o boneco da mulher caíra para trás e em questão de segundos voltou ao normal só que ele estava em pedaços. Com um movimento súbito Harry estava a um palmo do professor, seus olhos amarelos encaravam os olhos azuis e quando a voz saiu foi como um pequeno rugido grave.

_A próxima vez que você simplesmente pensar em profanar a imagem de minha mãe. -Ele deu uma pausa longa, não notou que sua oclumencia fora pros diabos e que toda sua fúria estava sendo transmitida para Voldemort, nem notou o medo dos alunos que ficaram surpresos por saberem que aquela mulher linda era sua mãe. _Eu juro que te mato e levo pessoalmente sua alma para o canto mais profundo e sombrio do inferno, onde nem toda a luz que você conseguir criar possa lhe salvar da escuridão esmagadora. -A sala parecia tremer levemente, o quadro negro partira ao meio e portas no corredor eram arrancadas, o sinal bateu, mas para todos aquilo só foi um som ao longe, demoraram a perceber que os dois períodos de DCAT passaram voando. _Esteja avisado e cuidado com a escuridão, pois ela pode te engolir. -Depois de dizer isso ele saiu da sala.

Passaram quase dois minutos até que os alunos se tocaram que a aula tinha terminada e trataram de sair rapidamente dali, Henrick viu os olhos azuis do Weasley cravados nos seus por um segundo, mas soube que a partir daquele momento encontrara de certa forma um inimigo entre os Weasley, procurou os olhos de Hermione, mas tudo que viu foi seus cabelos segundos antes de sair da sala, que ficou silenciosa de repente, era algo estranho, não teve como ter ação, mas a imagem de Lílian Potter não lhe saía da mente, lhe parecia muito familiar, claro que ele já havia visto fotos dela, já que seu avô era amigo dos Potter, mas era diferente e não sabia dizer como. Virou-se e ficou olhando o quadro partido em dois, em seguida ele sente pequenas pontadas no rosto e ouve tecido rasgando, ficou mais surpreso ainda ao ver um corte profundo no rosto, suas roupas estavam rasgadas em vários pontos como se por uma faca.

_Potter.

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Voldemort estava curvado para frente, nunca sentira tanta dor em sua vida e as malditas imagens e lembranças que Potter lhe transmitira sem querer não ajudara muito, ele sentia sua cabeça ferver e só aí notou que a proteção que ele roubara de Potter só funcionaria em contatos diretos, os mentais seriam mais desgastantes. Mas a fúria que Potter exalou surpreendeu o lorde, ele se endireitou em seu trono, o suor em sua testa brilhou com a pouca luz do aposento, então alguém abre as grandes portas, a imagem da pessoa era recortada pela luz que entrara junto com ela, tornando impossível lhe ver o rosto, mas pelas formas era uma mulher, que se ajoelhou ali mesmo.

_Meu mestre. -A voz da mulher ressoou pelo aposento e morreu rapidamente.

_Minha queria e mais fiel seguidora. -Disse Voldemort deixando de lado a dor que sentira, não queria que alguém percebesse aquilo. Então lhe veio uma lembrança de Potter, eram palavras da língua negra, em seguida um anel parecido com uma aliança só que tinha runas em toda sua extensão, brilhando em vermelho, depois disso ele não viu mais nada, a mente do pirralho se fechara. _Você sabe qual é sua missão, então a cumpra rapidamente minha querida.

_Sim, meu Lorde. -A mulher se levantou e deu as costas, mas antes de sair ela falou. _Azkban caiu e nenhum comensal saiu vivo, o corpo de Bellatrix desapareceu. Em seguida ela sumiu e as portas se fecharam, um grande ódio se apossou do lorde das trevas.

_Dumbledore. -Murmurou pensando que o velho diretor seria o único a conseguir aquilo. _Não, o velhote não faria isso, ele é piedoso demais, iria preferir convencer alguns dos meus homens a se unir a ele ou mantê-los vivos para informações. -Ele se levantou e olhou para o teto escuro. _Talvez ele esteja se movendo e se for assim talvez esteja contra mim, isso ou outro ser patético queira tentar me derrubar. -Chamas de um vermelho sangue desprenderam do corpo de Voldemort, seus olhos vermelhos brilharam. _Eu juro que matarei quem fez isso.

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Harry saiu a passos apressados, atropelando quem se atrevia a ficar a sua frente. Hermione correu atrás dele e o chamou várias vezes sem sucesso, tendo que correr e puxá-lo pelo braço para conseguir ter sua atenção.


-Harry, espera, calma... -Hermione pede ofegante e ele a interrompe não entendendo como ela poderia lhe pedir calma.

-Calma? Aquele cabeça de ferrugem brinca com a memória da minha mãe e você quer que eu fique calmo?


-Eu admito que ele exagerou, Henry não deveria...

-Você o chamou de que? -Harry pergunta a segurando pelo braço e olhando tão em fundo em seus olhos, que Hermione pensou que poderia estar lendo sua mente.

-Henry, ele disse que eu poderia chamar assim...

-Quando? -vociferou a interrompendo novamente

-Ontem, quando fui conversar sobre as aulas sobre a dominação de Terra.

-Aquele sujeito não vai te ensinar nada! -o tom era tão brusco e ele fazia tanta força segurando seu braço, que Hermione não retrucou. -Eu vou falar com Dumbledore e arranjar qualquer outro com o DOM da TERRA.


-Hen... o professor Henrick é muito capaz, nós tivemos uma ótima primeira aula ont... -novamente Hermione foi interrompida.

-Você não vê que aquele sujeito só quer usar você contra mim? -Harry fala não acreditando na cegueira de Hermione. -Ou já está tão apaixonada pelo senhor engomadinho que não consegue ver? -aquelas palavras tiveram a intenção de machucar, mas Hermione não se abateu, ergueu o rosto pronta para revidar.

-Eu não estou apaixonada pelo Henry, apesar dele ser um homem maduro, responsável, gentil e educado , além de muito atraente. -fala enfatizando as qualidades que o professor tinha e que estavam faltando a Harry.

Harry não respondeu, apenas empurrou-a contra a parede e a beijou com todo ardor que possuía, fazendo Hermione se agarrar a ele para não cair, pois suas pernas haviam perdido completamente a firmeza.

-Acha que seu homem maduro e responsável seria tão viril assim? -pergunta de modo malicioso, o sussurro rouco prendendo a atenção de Hermione em seus lábios, os quais ela capturou sem se dar ao trabalho de responder.


Já que a morena preferia agir a falar, não seria ele a propor o contrário. Usando de mais habilidade do que se lembrava de ter, Harry abriu uma porta que estava a seu lado e conduziu lentamente para dentro, sem quebrar o ritmo, nada gentil, que a morena empregava ao beijo.

As mochilas ficaram pelo caminho e os corpos pararam ao encontrar a primeira mesa. Rapidamente Harry a ajudou a se sentar na mesa e logo as capas que usavam já voavam pela sala, agora as mãos percorriam as costas do outro. Harry passou a beijá-la no pescoço, uma de suas mãos acariciava sua coxa por baixo da saia, a outra a puxa para si. Hermione gemeu baixinho quando ele apertou sua coxa e mordicou seu pescoço, a terra pareceu estremecer e isso provocou um sorriso satisfeito em Harry, que logo foi puxado pela gravata, tendo seus lábios ferozmente capturados pelos dela. Uma das mãos de Harry tocou a pele sob a camisa, e adentrou devagar, novamente a terra estremeceu.

-Vocês não sabem ser discretos, não é? -Alex pergunta ao entrar na sala onde os dois estavam. Hermione empurra Harry e salta da mesa se dando conta do que acontecera. Harry, furioso, faz Alex voar contra a porta fechada que se quebra rapidamente o fazendo cair de costas no corredor, Hermione estava sem ação, ela olhou para o moreno e depois para o primo e fez uma coisa não muito racional, saiu correndo da sala com a cabeça baixa, os cabelos escondiam o rosto, ela passou por Alex que já estava se levantando.

_Ah você está pedindo isso há muito tempo. -Murmurou Harry, olhos amarelos substituíram os verdes, ele avançou para Alex que sorriu, suas roupas balançaram levemente o que fez Harry parar e pular para a esquerda, em seguida ele olha para trás e a mesa em que Hermione estava sentada, agora estava partida em duas.

_A arte dos céus, lâminas de vento. -Falou Alex com um sorriso irritante sem nem ao menos tremer com os olhos amarelados do oponente. _Eu disse para você, Potter, que se eu quisesse não sobraria um pedaço seu. -Harry fecha os olhos por um instante, sente uma corrente de ar na sala, que não tinha janelas, ouviu um silvo baixo e deu um passo para a direita, ouviu o barulho do quadro negro que caiu. Agora eram vários silvos, ele abriu os olhos, uma barreira vermelho sangue se formou a sua frente, o impacto mesmo assim era forte, ele sentiu suas vestes se rasgarem. _Não se pode bloquear os ventos, Potter.

_Você me paga. -Falou Harry, o escudo se desfez, ele correu em direção à porta, ouviu outro silvo, ergueu o braço direito e uma carteira velha voou para sua frente, ela se partiu em duas e impediu que o vento cortante lhe acertasse, pelo jeito Alex não tinha colocado muita força naquilo, mas era tarde, o moreno já estava a menos de vinte centímetros do loiro, ele sorriu, fechou os punhos e acertou o peito de Alex com força, este arregalou os olhos, sentiu seus pés deixando o chão e seu corpo ser arremessado bruscamente para trás, só parou ao bater na parede, onde bateu a cabeça junto, tudo ficou meio turvo. _Não me subestime seu merda. -Falou Harry chutando o estômago do loiro, que tossiu sangue e direcionou seus olhos azuis com raiva para Potter.

Harry sentiu seu corpo ser içado no ar por uma forte corrente de ar, olhou Alex se levantando e o olhando com fúria e desdém. Alex ficou mais furioso ainda ao ver que o moreno parecia se divertir, então levantou a mão direita para ele e a fechou rapidamente. Harry sentiu todo ar de seus pulmões sair teria de agüentar, se concentrou e outra barreira se formou em sua volta, só que essa era cinza chumbo, uma barreira circular que ao terminar de aparecer caiu rapidamente no chão e era muito densa, interrompendo assim o contato visual de Alex com Harry. O Moreno sentiu o ar voltar aos pulmões, parecia que Alex ainda tinha de manter o contato visual para usar aquela arte, olhou para as paredes, o corredor de certa forma era escuro e iluminado por archotes.

_Alex meu caro. -Falou Harry fazendo o escudo desaparecer, ele sorria como se aquilo fosse uma brincadeira. _Como eu já lhe disse, cuidado para a escuridão não engoli-lo. -Em seguida todos os archotes se apagaram e o corredor ficou mais escuro ainda, estava difícil de ver a Harry, mas para o moreno era muito fácil enxergar o oponente então rapidamente deu-lhe um soco no rosto e em seguida tirou a varinha do interior das vestes girando em torno de si e se abaixando ciente que Alex tentaria acertar acima de sua cabeça, ele queria potencializar o feitiço por isso pegou a varinha. _Flipendo. -O jato azul bateu no peito de Alex que voou para trás, os archotes voltaram a se acender com tanta força quanto antes, Alex percorrera um bom caminho e caíra no chão, sentiu seu corpo dolorido, ouviu o som dos sapatos de Potter bater no chão de pedra de uma forma lenta, como se ele somente caminhasse para um passeio. Pareceu uma eternidade, mas por fim o som dos sapatos parou e o rosto de Potter apareceu, em seus lábios o sorriso de desdém. Harry se abaixou e pegou o loiro pelo calcanhar, depois saiu o arrastando como se fosse apenas um saco de roupa suja, sem se importar se Alex estava batendo a cabeça no chão. Rapidamente chegou a um lance de escadas, olhou para baixo, para além do corrimão e viu o vazio. -“Benditas sejam as escadas de Hogwarts”- ele soltou o calcanhar de Alex e sem nem ao menos olhá-lo, o fez flutuar acima do corrimão, viu o medo se estampar nos olhos do adversário. _Espero que saiba voar. -Falou Harry em tom casual, deixando o corpo do loiro cair em direção ao vazio, depois de quase cinco metros percorridos, uma escada se move e o loiro cai em seus degraus inconsciente. _Malditas escadas. -Fala Harry olhando para o corredor escuro, era naquela direção que Hermione fora, sem nem ao menos pensar duas vezes ele seguiu aquele caminho, sem se importar com o corpo inerte do corvinal.

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_Ei, você sabe onde a Hermione está? -Perguntou Rony para Parvati na hora do jantar.

_Não a vejo desde a aula do professor Henrick. -Respondeu a garota que olhou para Lilá.

_Bom, eu acho que ela deve estar na biblioteca. -Falou Lilá. _Ah, olha ela ali. -Disse apontando para Hermione, que acabara de entrar no salão principal e veio caminhando lentamente até onde estavam, se sentou ao lado de Rony, mas antes disso olhou bem em volta.

_Onde você estava? -Perguntou Rony.

_Por aí. -Murmurou Hermione um tanto aliviada por não ver Harry. _Cadê o Alex? -Perguntou notando o sumiço da prima e do primo.

_Parece que ele foi encontrado inconsciente em uma escada do terceiro andar. -Falou Lilá como se contasse uma grande novidade. _Ele está na Ala Hospitalar, mas se nega a dizer quem fez aquilo com ele, mas parece que os professores já sabem.

_Será que foi... -Hermione não terminou o que ia dizer, o que deixou o ruivo ao seu lado curioso. _Onde Harry está?

_Bom, ele precisou sair agora. -Falou Rony.

_Parece que ele foi levar a Gina para algum lugar a mando de Dumbledore. -Falou Parvati.

_Você sabe de alguma coisa? -Perguntou a Hermione para o ruivo.

_Papai me disse que se ele me contasse eu ia querer bater no Harry. -Murmurou Rony não gostando nada de ver que Lilá e Parvati estavam atentas a conversa.

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_ Gina venha logo. -Gritou Harry para a garota, que estava ainda parada na beira da Floresta Proibida.

_O que nós vamos fazer aí? -Perguntou a garota tremendo levemente.

_Seu pai na lhe contou? -Perguntou Harry, agora levemente curioso.

_Contou o que? -Perguntou Gina preocupada, agora sim sabia que algo estava acontecendo. _O que meu pai tinha de me contar?

_Que você é usuária das chamas. -Falou Harry olhando para ela como se fosse a coisa mais normal do mundo. A garota ficou pálida.

_Eu não sou nada disso. -Murmurou à ruiva dando um passo para trás, porém quando se virou ficou surpresa ao ver Harry ali, olhou para trás e depois de novo para sua frente.

_É sim. -Falou Harry em um tom quase que agressivo de voz. _Uma usuária das chamas, um ser que controla o elemento que fez o humano sobreviver, algo que ajudou a própria vida a florescer. -Ela recuava a passos vacilantes para trás. _Um elemento que do mesmo jeito que ajudou a construir vidas e civilizações, também as destruiu de uma forma tão brutal e cruel que os gritos ainda são ouvidos hoje em dia. _Volte e ouça a verdade. -Gritou Harry ao ver Gina entrar na floresta proibida correndo sem olhar para onde ia.

_Para alguém que pretende ajudá-la, você foi um tanto cruel. -Falou McGuin aparecendo ao lado de Harry.

_Você viu o estado dela. -Falou Harry.

_Está para explodir. -Falou Jhonata Mcguin. _Vamos?

_Você primeiro. -Falou Harry segundos depois os dois sumiram como por encanto. Do alto da torre central, Alvo Dumbledore observava tudo, ao seu lado estava o casal Weasley, sabendo que a partir daquele momento a sorte estava jogada.

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Gina corria desesperada, não no podia ser igual aquela pessoa, não podia controlar aquilo, algo tão brutal. Ela não tinha nada dele, era impossível, ela não queria, não era dela, era dele, somente dele, o culpado era ele.

_Você tem as chamas dentro de você. -Falou Harry aparecendo em sua frente como se tivesse caído das árvores, o que a obrigou a parar. _Medo, dor e desespero. É isso que você pensa que pode causar com tal poder...

_Ele não é meu. -Berrou Gina. Ela fechou os olhos e se viu com doze anos na Toca, onde num acesso de raiva fizera seu cobertor queimar. _Eu não sou ele.

_Não importa o quanto você negue, não importa o quanto você deseje que isso não seja verdade. -Falou McGuin aparecendo ao lado de Harry. _O Dom é seu, você faz parte dele, é um mero instrumento.

_Ele não é meu! -Gritou Gina, um calor imenso desprendeu de seu corpo, as plantas mais perto morreram e secaram em questão de segundos, ela viu aquilo. _Eu não sou o Tom, isso é dele, ele me contaminou. -O barulho de madeira caindo foi ouvido, uma imensa árvore caiu entre ela, Harry e o tal estranho então aproveitou e tentou correr para outro lado, mas parou olhando para o vazio.

“La estava ela sobre a pilha de mortos queimados, seus olhos vermelhos sangue, possuía um sorriso de escárnio e puro prazer ao sentir o cheiro da morte, ela conhecia aquele sorriso, conhecia aqueles olhos, não eram dela, eram de Tom, o mesmo que a usara para cometer tantos atos ruins.”

“_Se renda aos seus reais desejos. -Falou sua imagem do alto da pilha em chamas, a olhando no fundo dos olhos, viu seu próprio reflexo e então piscou e voltou ao normal.”

_Eu não sou ele. -Murmurou Gina, lágrimas brotaram de seus olhos, mas secaram antes mesmo de alcançar o chão. _Eu não trago a morte.

“_Tem certeza minha querida? -Perguntou uma voz familiar a sua direita, ela se virou e viu a figura alta e bela do jovem Tom Riddle, aquele que ela um dia achou que fosse seu único amigo, o único que a compreendia. _Nós já somos um, vivemos as mesmas emoções, eu conheço seus segredos mais íntimos e você conhece minha face, conhece minha mente, sabe quem eu sou, compartilhou isso e gostou.

_Sai daqui. -Gritou a ruiva, ela tava descontrolada. Do alto de uma árvore Harry e McGuin somente observavam. _Você não é real.

“ _Sou sim, sempre fui. Eu vivi em você e pouco a pouco fui te consumindo, pouco a pouco uma vez acabei com toda sua vontade e tomei o controle de sua mente, mas agora quero sua alma e então pouco a pouco vou queimando-a ”

_Saia. -Murmurou a garota se abaixando no chão com a cabeça entre as mãos. _Desapareça, você não existe, não é real. -Ela viu uma luz dourada e voltou a olhar para Riddle, ele estava em chamas, os olhos agora vermelhos a encaravam com um sorriso.

“_Viu, minha querida, você é igual a mim, você me fez isso, você e somente você, mais ninguém. Aceite que sou parte de você. -Falava Riddle.”

_NUNCA. -Aquele grito fora muito forte, ecoou pela floresta, pássaros voavam por uma luz dourada da clareia até o ponto mais profundo da floresta, ponto esse visto de Hogwarts e, bem no meio da escuridão da floresta proibida, árvores caíam pelas chamas tão quentes que até rochas pareciam derreter, Riddle desaparecera, ele era parte dela.


_Você não é igual a Voldemort. -Falou Harry caindo suavemente em frente a ela, em seguida o estranho de olhos escarlate fizera o mesmo. _Voldemort consome nossas esperanças e sonhos mesmo quando não está por perto, não o deixe fazer isso com você, ele não tem esse direito, o DOM é seu, nasceu e cresceu dentro de você.

_O medo de ser igual a ele a fez trancar uma parte sua, que ficou desesperada para sair. -Falou McGuin oferecendo a mão para ela levantar, no que ela relutou, mas aceitou.

_Não chore Gina. -Falou Harry. _O DOM das chamas pode ser terrível, mas também pode ser maravilhoso, não tema algo que faz parte da sua existência, se a recusar estará recusando sua própria alma e é isso que Voldemort quer. -Falou Harry, apesar do tom frio de voz, ela se sentia confortada por aquelas palavras. _No momento em que você abdicar de uma parte de sua própria alma, estará se tornando igual a ele.

_O que eu devo fazer? -Perguntou em tom baixo e tremendo levemente.

_Às vezes tem de se sofrer para aprender uma lição. -Falou Harry em tom sábio. _Um dia eu vou precisar de sua força, vou ter de depositar a confiança em você e quero que você esteja preparada para o que está por vir.

_Eu sou Jhonata Mcguin. -Falou o homem de olhos escarlates. _Sou a besta de olhos escarlates, seu mestre. Sobreviva ao meu treinamento e verá as maravilhas e temores das chamas, subrepulge seu medo e quando encontrar a raiz dele, ruja em fúria e o faça temê-la. -Ele fez uma pausa e olhou para Harry.

_Torne-se a princesa escarlate e se vingue por tudo que ele lhe obrigou a fazer. -Falaram os dois ao mesmo tempo, Gina estava em choque, aquele rapaz de no máximo dezenove anos era o terror de muitos, o terror até mesmo dos comensais, o maior e talvez mais cruel mestre das chamas, ali estava Olhos escarlates McGuin, também conhecido como a besta escarlate.

Não sentiu medo, não temeria, não fugiria, não recuaria, agora estava pronta para aceitar seu destino, um criado com suas próprias mãos, um caminho que seria percorrido com suas pernas, nem que para isso tivesse de derramar o seu sangue, mas faria Tom Riddle lamentar fazê-la sofrer, mesmo que ele não se lembre disso, mas ela o faria pagar por cada pesadelo e noite não dormida.

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N/A: Desculpem a demora mas eut ive de sumir por uns tempos por isso tava sem net ae demorou para eu pegar o cap com minha beta................SORRY....................Espero que gostem nao ta muitom bom mas ta ae.............t+

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Comentários (1)

  • rosana franco

    Aliança com a Bella isto é fantastico e muito útil,o Henrick é mesmo um palhaço,mas ele tem alguma ligação com a Lillian e sendo assim com o Harry,não quero nem ver a Hermione defendendo ele vai realmente deixar o Harry descontrolado,o Alex monitora a Hermione como?O treinamento da Gina ja começou e tenho certeza que ela sera muito forte.

    2011-03-26
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