Olhos Escarlates
Olhos Escarlates
Eram sete da manhã e Harry estava amaldiçoando Dumbledore por ter marcado aquela maldita reunião para as oito, principalmente porque não haveria aula e a cerimônia de boas-vindas seria dada as nove, ou seja, eles só teriam uma hora para discutir as coisas, o era pouquíssimo tempo. Não que Harry se importasse, pelo contrário, e até sorriu ao lembrar-se de quando ele chegara ao salão comunal na noite anterior.
Flashback
Harry estava de frente para o retrato da mulher gorda e procurava não pensar na conversa com o diretor, respirou fundo e seu sobretudo verde se agitou levemente como se algum vento tivesse passado, colocou as mãos nos bolsos, que até então não existiam. A imagem aos olhos da mulher gorda era um tanto assustadora, cabelos desgrenhados e grande até quase os ombros escondendo levemente os olhos verdes muito claros, era uma aparência um tanto selvagem, principalmente com a pele tão alva do rapaz, era como ver uma fera, e sabendo o que havia acontecido na cerimônia, apenas girou ao ouvir a senha.
Ao entrar, Harry viu e ouviu todos na sala comunal se calarem, a maioria dos alunos estavam comendo, alguns cochicharam quando ele começou a andar pelo salão comunal até as escadas do dormitório masculino, quando ele colocara os pés no primeiro degrau, ouviu uma voz feminina reclamando no fundo do salão.
_Argh, todos os chás estão muito frios. - Ele sorriu com aquele comentário tosco e deu uma olhada em volta, vira várias canecas com chá e realmente estavam frios, porém deteve os olhos em uma ruiva que parecia não perceber o que estava acontecendo em volta, pois estava de olhos fechados com uma xícara cheia de chá fumegante, o vapor subia levemente. Harry pareceu ser o único a perceber aquilo, então a ruiva abriu os olhos e pareceu estranhar a quietude do local. Voltou a subir as escadas, mas ao chegar no quinto degrau ele sente que tinha gente o observando e se vira gritando.
_Bu! - Todos aqueles que o observavam se assustaram. Rindo alto, subiu achando graça daquilo e em seguida mais algumas pessoas no salão comunal riem achando aquilo uma idiotice. _Tolos. - Falou ao entrar em seu dormitório. Ficou com a cama perto das janelas, mas não estava com sono, algum tempo com os vampiros fora o suficiente para ele ficar mais tempo acordado de noite do que de dia, porém deitou e fechou as cortinas da cama para praticar oclumência, cerca de uma hora depois ele ouviu seus colegas de quarto entrando, a maioria falando baixo, somente Rony falava alto, mas não prestou atenção, apenas fechou os olhos e depois de vinte minutos voltou a abri-los, se sentou na cama e um pergaminho e uma pena azul marinho apareceram em sua frente, o pergaminho flutuava e a pena anotava exatamente o que estava pensando, quando terminou o pergaminho se dobrou sozinho e sumiu com um chiado deixando apenas uma fumaça cinzenta para trás, a pena também desaparecera.
Fim do Flashback
Era sete e meia e o moreno resolveu sair do quarto, os movimentos dele eram tão silenciosos que nem mesmo quando se trocou os outros acordaram. Desceu as escadas pensando no que descobrira, devia ter imaginado, sentira algo diferente vindo da caçula Weasley quando entrou no Salão Principal no dia anterior, mas estava mais focado em humilhar Fudge e somente no salão comunal ele percebera, tinha de prestar mais atenção nos outros alunos, talvez deixara escapar algo e faria isso, hoje receberia a resposta de Malivan, poria seu plano a prova e só teria de convencer os Weasley e Dumbledore.
Estava tão entretido em seus pensamentos que se sentiu um pouco surpreso por já estar de frente para as gárgulas que guardavam a entrada para a sala do diretor.
_Sorvete de Limão. - O Gárgula pulou para o lado e revelou uma escada que subia sozinha, o rapaz pulou no primeiro degrau e ficou parado esperando a escada chegar ao seu destino, quando estava a poucos passos da porta de Dumbledore, ouviu o que parecia uma discussão.
“_Não concordo com isso Professor. - Falou uma voz conhecida para Harry, era a de seu professor ou melhor ex-professor de DCAT, Remo Lupin, aparentemente ele não estava muito contente com algo. _Não irei manipular Harry dessa maneira.”
“_Veja bem Lupin, se o garoto continuar agindo dessa forma tão imprudente ele prejudicara a nós e aos alunos. - Falou uma voz meio asmática, pertencia ao auror Alastor Olho Tonto Moddy. _Temos de fazê-lo acreditar que aquela coisa, filha do tal mestre vampiro, é perigosa e retirar sua proteção dela, assim nós podemos expulsá-la sem que o Potter saia.”
“_Concordo em expulsar aquele monstro. - Aquela voz seca e cortante ele conheceria em qualquer lugar, era Severo Snape. _Mas não creio que Potter seja retardado o suficiente para acreditar nisso.”
“_Não chame Harry de retardado. - Falou uma voz feminina em tom de desagrado e com um quê de proteção materna, talvez a Senhora Weasley. _Eu também não confio em vampiros, para falar a verdade não arriscaria ficar muito tempo perto de um, mas se Harry acha que ela é confiável, ela é confiável, acredito nele tanto quanto eu acredito em você Alvo.”
“_Nossa família deve muito ao Harry. - A voz masculina era claramente a do Sr. Weasley. - Ele é parte da família e se vocês planejam usá-lo dessa maneira, quero que saibam que eu estou fora desse esquema e toda minha família sai junto. - O Sr Weasley não era alguém que se alterava fácil, mas aquele tom de voz que usou era duro e não admitia ser contrariado.”
“_Concordo com Arthur. - Falou Lupin juntamente com uma voz feminina, um silêncio incômodo se instalou no local, era clara a divisão da ordem em relação a ele”
_Mas.... -Começou a dizer Moody em seu tom áspero, quando parou e Harry se lembrou de seu olho mágico, e já certo que todos saberiam que ele estava ali, resolveu entrar de uma vez. A sala do diretor estava totalmente diferente do dia anterior, parecia maior, longas cortinas vermelhas com detalhes dourados cobriam a parede, o ar era sério e ele notou que tinha membros da ordem que ele não conhecia, estavam sentados em volta de uma grande mesa redonda. Viu Lupin sentado a direita de Tonks, suprimiu um sorriso ao vê-los de mãos entrelaçadasjá não era sem tempo, viu o casal Weasley do lado oposto de Lupin, percebeu que Moody estava a esquerda de Dumbledore e a direita do diretor estava seu neto.
_Antes de qualquer coisa, eu quero agradecer aos Weasley por demonstrar tanto apreço por mim e permanecerem fieis a idéia de não me manipular assim como Lupin e Tonks. - Falou Harry, todos viram seu sobretudo verde ficar negro como a noite e estranharam. - E depois quero lhe dizer que se de alguma forma Hel for prejudicada nessa escola, eu tomarei providências para saber quem foi que a prejudicou, não importa que meios que eu usarei, e vale lembrá-los que se algo acontecer a ela eu serei o menor de seus problemas, pois tem três poderosos clãs Vampiros disposto a matar qualquer um que simplesmente ameaçá-la. – O tom sombrio fez um arrepio passar pela maioria dos membros, o sorriso em seus lábios indicava o quanto aquilo o divertia. _E mais, se alguém deixar “escapar” a condição da Hel aqui, tenha certeza que viverá tempo o suficiente para implorar viver no inferno. -Harry disse isso olhando diretamente para Snape, pois se lembrara do que ele fez com Lupin. ¬_Passe essa mensagem para os sonserinos que sabem sobre ela.
_Não permitirei ameaças aqui. -Falou Dumbledore em um tom baixo e calmo, seu neto olhava para Harry com extrema repulsa. _Entenda que estamos fazendo o que achamos melhor para os alunos.
_Não se esqueça que da última vez que você tentou fazer o que achou melhor a um aluno, Sírius Black morreu. - Falou Harry em um tom baixo e cortante. - E não adiantariam vocês fazerem algo contra Hel, pois eu e ela temos uma ligação singular, então nem que a própria deusa a acusasse eu a deixaria de lado.
_Chega. - Falou Henrick, seus olhos incrivelmente claros fitavam aqueles olhos verdes com desagrado. _Vamos direto ao ponto, pois é claro que você não gostaria de estar aqui.
_Adivinhão. - Zombou Harry com um sorriso cínico. _O que vocês querem saber?
_O que você descobriu com o interrogatório dos comensais? -Perguntou Dumbledore, suas barbas se agitaram quando ele se encostou à cadeira.
_Que ele planeja soltar alguns seres nada bonitos. - Respondeu Harry, só que agora tinha um tom alegre, como se a idéia de enfrentar seres diferentes lhe agradasse. - Não sei se todos aqui sabem, mas existem várias “dimensões de aprisionamento”, ou seja, onde alguns seres são mandados e só é possível abrir certas brechas nessas dimensões se estiverem no nosso mundo.
_Se ele pretende abrir uma brecha dessas, o desequilibro vai impor em todos os lados. -Falou Henrick em tom profundo.
_Ele vai abrir brechas até encontrar o que procura. - Falou Harry, só que agora seu tom era quase zombeteiro.
_E seria? - Perguntou Moody.
_Não sei, quando perguntei para os comensais eles não sabiam a resposta, Rabicho que era o mais próximo de Voldemort também não sabe. - Falou Harry. - Mas ele me disse que os primeiros a serem libertados serão os “Profanadores da terra”.
_Quando será isso? - Perguntou Dumbledore apesar da maioria ali estar perdida no assunto, ninguém ousou interferir no relato.
_Em breve, quando a lua cheia se esconder através das suas próprias sombras, é o momento certo para se fazer algo assim.
_E por que esse seria o momento certo? - Perguntou Tonks.
_É mais um momento simbólico. - Falou Lupin. _Mas afeta de alguma forma a magia.
_Você sabia disso? - Perguntou Henrick olhando para Snape.
_O Lorde não discute muito os seus planos com algumas pessoas, esses comensais devem saber por causa de Rabicho já que ele ficava escondido nas barras do Lorde. - Falou Snape.
_Muito bem eu já dei minha informação agora é a vez de vocês. - Falou Harry com certa pressa.
_Azkaban foi tomada. - Falou Dumbledore entrelaçando as mãos.
_A quanto tempo? - Perguntou Harry interessado.
_Depois do ataque que a vila perto do Vinhedo Granger. - Informou Snape.
_O ministério encobriu isso? - Perguntou Harry.
_Claro, imagine só o pânico que isso causaria no mundo. -Falou Minerva McGonagall em seu tom prático de voz.
_Estamos planejando mandar uma força tarefa de dez bruxos para Azkaban para tentar retomar a prisão. -Falou Remo Lupin analisando ao filho de um de seus melhores amigos.
_O nível desses dez deveria estar em um grande grau. -Falou Harry analisando a informação. _E vocês tem de levar em conta o fato de que vários usuários do Dom estejam lá para proteger a fortaleza, sem contar que o próprio Voldemort pode estar lá.
_Alguma idéia melhor? -Perguntou Henrick em um tom debochado, como se não acreditasse que aquele pirralho tivesse algo melhor.
_Quantos comensais tem na prisão? -Perguntou Harry, não ligando para o neto do diretor.
_Cento e cinqüenta mais os prisioneiros que foram capturados na invasão da ilha, entre eles aurores e visitantes, também trouxas capturados para experiências com novos feitiços ou para simples diversão. -Repondeu Snape em tom seco.
_Se o seu grupo der de cara com um desses usuários vocês teriam problemas. -Falou Harry que olhou diretamente para Henrick. _O cabeça de ferrugem até poderia ser de grande ajuda, visto que ele é portador de um dom, mas vocês teriam de lidar com o choque de dois dons provavelmente opostos, o que poderia trazer mais vítimas do que outra coisa. -Harry falou sem se interromper, apesar de Dumbledore ter chamado sua atenção pela falta de respeito com o professor.
_Como você sabe? -Perguntou Henrick em tom nervoso por ouvir o “apelido” que aquele garoto lhe deu.
_Usuários das Sombras não todos, mas alguns, conseguem identificar pessoas com outros dons apesar de dificilmente identificar o dom que a pessoa tem. -Falou Alvo Dumbledore, seus olhos analisavam o rosto do jovem Potter, sabia que ele tinha uma idéia, mas provavelmente não seria muito bem vinda. _Você tem algum plano?
_Eu ia pedir para você dois dias para me ausentar, amanhã e domingo, voltaria na segunda de manhã. -Falou Harry em um tom mais profundo e lento de voz, como se estivesse escolhendo as palavras. _Nesse meio tempo poderia pedir para que meus aliados ajudassem nisso.
_Ah! Claro! Você quer invadir um lugar cheio de dementadores e comensais, com um bando de vampiros. -Falou Henrick em tom de deboche. _Imagine só a maravilha que seria! Provavelmente não restaria nem mesmo prisioneiros.
_Por que você se ausentaria nesses dias? Perguntou Dumbledore em tom calmo, fazendo sinal para que seu neto ficasse quieto.
_Esse assunto só tratarei com os Weasley e com o senhor. -Falou Harry em tom de quem não aceitava ser contrariado. _Mas eu pedirei sim aos vampiros que me ajudem, provavelmente três ou quatro deles sejam mais que o suficientes, baixas serão inevitáveis, mas prometo que nenhum comensal ou prisioneiro será transformado em vampiros.
_Baixa estimada? -Perguntou Dumbledore.
_Trinta por cento dos comensais e talvez dez por cento dos prisioneiros. -Falou Harry.
_Planeja matar os prisioneiros? -Perguntou Snape.
_Eu não, mas talvez seus amigos sim. -Falou Harry em tom de desafio. _Afinal são um bando de covardes que ao verem que estão perdendo matarão prisioneiros que sabem de mais sobre suas ações.
_Se te déssemos carta branca, o quanto poderia reduzir esse percentual de perdas entre prisioneiros? -Perguntou Alastor Moody.
_Baixaria para zero por cento. -Falou Harry em tom mais firme ainda. _Se prometerem não interferir e só entrarem na ilha depois que forem avisados, também podem ficar com o crédito, o que acho pouco útil já que ninguém sabe sobre a ocupação inimiga na prisão.
_Muito bem, você terá carta branca, mas terá de revelar o que vai fazer nesses dias ausentes. -Falou Dumbledore em um tom tão forte quanto o do rapaz.
_Mas Alvo... –Henrick tentou argumentar, mas foi cortado.
_Sem mais. -Falou Dumbledore em um tom ligeiramente mais alto, acabando com os diversos murmúrios de desacordo.
_Faremos assim, conversarei com você e o Sr e Srª Weasley e se os três acharem sábio, revelarão para os outros. -Falou Harry, depois disso houve um silêncio aterrador até que os Weasley concordaram com um aceno, em seguida Dumbledore se levantou.
_Reunião encerrada por em quanto. -Falou o líder da ordem, vários sussurros de protestos foram ouvidos. _Teremos outra reunião na segunda à noite, estão todos dispensados menos os Weasley. -O tom fora tão firme que nenhum outro membro ousou discutir, saíram rapidamente ficando somente Dumbledore, seu neto e o casal Weasley.
_É alguma coisa relacionada aos meus filhos? -Perguntou Molly já em um tom extremamente preocupado.
_É relacionado tanto a Rony quanto a Hermione, mas recentemente se tornou relacionado também para Gina, no caso desta um pouco mais urgente. -Falou Harry ele ainda tava de pé no mesmo lugar que estivera quando chegou à reunião.
_Prossiga. -Pediu o Sr. Weasley apertando levemente a mão de sua esposa.
¬_Rony e Hermione passaram muita coisa comigo, inclusive chegaram a correr risco de morte como todos sabem. Falou Harry, seu tom era mais cuidadoso. _Recentemente, quando eu comecei a controlar melhor o Dom das Sombras, eu notei algo estranho nos dois e depois passei a observá-los melhor.
_O Que o meu filho tem? -Perguntou a Srª Weasley quase que exasperada.
_Ambos tem um Dom. -Falou Harry em um suspiro longo e baixo. _Percebi que Rony tinha certa facilidade para executar feitiços relacionados ao elemento água e sem perceber usava o seu dom. -Falou Harry mais cuidadoso, afinal o que as pessoas chamavam de “Dom” era algo bem delicado. _Como poucos sabem pessoas que tem algum “Dom” e não sabem, acabam usando esse poder inconscientemente como Rony e o mesmo com Hermione.
_E qual seria o Dom da Srtª. Granger? -Perguntou Dumbledore.
_Terra. -Respondeu brevemente o moreno. _Eles ainda não perceberam esse dom ou fingem que não perceberam, afinal eles devem pensar que estavam usando magia involuntária. Então o que vou pedir ao senhor, diretor, é que consiga mestres para eles, alguém que ensine como controlar esse “DOM”.
_Verei isso. -Falou Dumbledore pensativo. _Por que você quer algo assim e por que você mencionou a Srtª. Weasley?
_Primeiro por que se Rony e Hermione querem continuar do meu lado pro que der e vier eles tem de ficar fortes e no momento eles são muito fracos. -Falou Harry em um tom mais vago de voz. _Eu sou caçado por comensais e recentemente Caçadores de recompensa, sem contar que não sou bem visto entre Lycan´s e Hunters.
_O nível deles é bom para lidar com comensais medianos. -Falou Henrick que ouvira tudo quieto.
_Sim, você deve ter notado isso. -Falou Harry esquecendo por um instante que não gostara dele. _Já com Gina o assunto é mais grave, assim por dizer. -Ao terminar de dizer isso ele vê Molly apertar mais forte a mão do marido. _Gina deve estar suprimindo o seu dom inconscientemente, ou seja, ela sabe que o tem, mas enterrou isso fundo em sua mente e não esta querendo lembrar-se dele, ela o está segurando e isso não vai ser bom principalmente por que o dom que ela carrega é um dos mais destrutivos entre os dons.
_O Dom das Chamas. -Falou Dumbledore em tom pensativo e recebeu um aceno afirmativo do moreno. _A quanto tempo você supõem que ela sabe sobre esse Dom e o vem suprimindo?
_Final do segundo ano, no máximo no começo do terceiro, ela já deve ter percebido isso. -Falou Harry a senhora Weasley, esta não entendia muito do que eles estavam falando mas sabia que aquele dom não era muito bem visto.
_Como assim suprimindo? -Perguntou a matriarca Weasley. _Por que ela não falou conosco?
_Não é do conhecimento geral, mas Voldemort é um usuário das chamas talvez o segundo mais poderoso usuário das chamas que está vivo. -Falou Harry em um tom mais cuidadoso, vendo a matriarca Weasley ficar mais apreensiva.
_Ela provavelmente deve saber disso, pois ficou muito tempo em contato com Riddle em seu segundo ano, e ao descobrir que carregava tal “Dom” se sentiu apavorada achando que era algo vindo de Tom, provavelmente ela deve ter entrado em choque por alguns minutos ou até por horas e quando se recuperou não se lembrava de nada, pois enterrara em sua mente essa lembrança. -Falou Henrick analisando cada parte da história.
_E por que esse Dom não pode ser guardado ou segurado? -Perguntou o Sr. Weasley.
_É como uma panela de pressão. -Falou Harry sabendo que os Weasley tinham conhecimento sobre esse artefato trouxa. _Ela guarda todo esse poder dentro dela, o selando em seu próprio corpo sem deixar muita brecha para ele sair, uma hora o corpo dela não vai agüentar a pressão e ela vai liberar tudo de uma vez. -Os Weasley ficavam mais pálidos a cada palavra. _Provavelmente isso será em uma hora de grande estresse emocional, o que numa guerra acontece sempre, e tudo ao redor dela pode romper em chamas, inclusive ela mesmo.
_Ela mataria centenas de pessoas antes de morrer e mesmo se sobrevivesse se culparia eternamente pelo acontecido. -Falou Henrick.
_O Dom do fogo é um dos mais perigosos e ariscos e para controlá-lo precisa de muito treino e somente alguém de um nível de “Mestre” pode ensinar a controlá-lo ou a pessoa tem de aprender sozinha. -Falou Harry agora um pouco mais aliviado. _O que eu vou fazer nesse tempo ausente é encontrar o mestre para sua filha e, por falar nisso, também teria de pedir autorização para instalá-lo em uma parte da floresta proibida, de preferência uma parte rochosa.
_Depende de quem você quer trazer para ser o mestre dela. -Falou Henrick antes mesmo de seu avô se pronunciar.
_É alguém que pretendo fazer meu aliado. -Falou Harry em tom mais profundo.
_Para que você quer tantos aliados? -Perguntou o Sr. Weasley.
_Para não depender da Ordem para saber as informações. -Falou Harry rapidamente. _O professor da Gina será alguém muito conhecido por todos aqui nessa sala, se não temido. -O moreno parecia estar preparando o terreno para o que vinha, o que ao trouxe boas expectativas aos demais. _McGuin. -Falou Harry, por um instante Henrick Dumbledore se engasgara com aquilo e ficara ligeiramente pálido, já os Weasley não entenderam, aquele nome era muito comum. _Olhos Escarlates McGuin.
_O QUE? Gritou o senhor Weasley se pondo de pé, estava totalmente pálido, seu olhar dizia claramente que não aceitava aquilo, já a Srª Weasley estava em choque somente por ouvir aquele nome, não que o nome fosse temido como o de Voldemort, mas não se havia descrição para expressar o quão ruim ele era. _Jamais permitirei isso.
_Você quer entregar a garota para o próprio demônio. -Falou , agora realmente achando aquele pirralho um louco.
_Minha filha não entrará em contato com aquela besta, não deixarei ela sequer saber direito de sua existência. -Pela primeira vez Harry vira o Sr. Weasley nervoso e achou de certa forma estranho. _Um amaldiçoado... você quer que minha filha entre em contato com um amaldiçoado.
_Você sabe quantos usuários das chamas estão hoje em dia em nível de “Mestre”? -Perguntou Harry em um tom forte e sombrio, fazendo o senhor Weasley se calar por um instante. _E quantos deles estão do lado de Voldemort?
_A maioria está do lado de Tom. -Falou Dumbledore, ele viu os prós e contras daquela proposta, mas achou melhor os pais da garota decidirem. _Dificilmente acharíamos algum em nível tão alto e que quisesse se meter nessa guerra.
_Mas Alvo esse ser não pode, você sabe ele....
_Eu sei muito bem Arthur, eu já conheci e ainda conheço pessoas que entraram em contato direto com ele e tiveram sorte de saírem vivas. -Falou o diretor em tom mais profundo.
_Mas se você quiser que sua filha sobreviva terá de confiar em mim. -Falou Harry sabendo que mesmo os Weasley confiando nele para algumas decisões, o que ele estava pedindo era muito duro, afinal ele estava pedindo para deixar que a única filha deles treinasse com o homem chamado de “A besta de olhos escarlates”.
_Estamos entre o fogo e a panela. -Falou a Srª Weasley finalmente depois de um tempo. _Se não arrumarmos alguém que ensine nossa filha ela pode morrer e pode levar grande parte das pessoas junto, e conhecendo-a do jeito que a conheço, mesmo se sobrevivesse, ela morreria aos poucos se remoendo de culpa. -As lágrimas banhavam o rosto da matriarca, era claro o esforço dela em aceitar aquilo, mesmo que imaginário. _E se a entregarmos para esse... não sei como defini-lo, corremos o risco de que ele a mate. -Harry a achou calma demais e estranhou isso, mas percebeu o quão duro estava sendo para ela se controlar. _Você me dá sua palavra de que ele não a matará?
_Juro que ele não a matará pelo sangue que corre em minhas veias. -Falou Harry em tom solene, sabia que ao jurar aquilo selara um contrato mágico e pessoal com os Weasley.
_Ela irá. -Falou Molly e ao ver que o marido ia protestar falou. _É a única saída. -Depois disso desatou a chorar, Arthur vendo aquilo viu o quanto custava para esposa, provavelmente mais do que a ele mesmo.
_Se ele aceitar, eu arrumarei o local para ele ficar. -Falou Dumbledore ao ver a aceitação Weasley. _Como pode ter certeza de que ele aceitará?
_Ele está à procura de um novo discípulo. -Falou Harry com um pequeno sorriso. _Partirei hoje à noite.
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Todos os alunos estavam no salão principal, alguns riam e conversavam entre si, outros apenas ficavam quietos e olhavam para Harry, que ria abertamente com seus amigos. Depois de um tempo, todos voltaram ao normal e conversavam alegremente estavam ansiosos para saber do novo professor de DCAT e também curiosos para ver os novos alunos que chegariam hoje e seriam selecionados para uma das casas.
_Silencio. -Pediu a profª. McGonagall, que já estava em pé a frente da mesa dos professores, alguns se perguntaram como ela conseguiu sair do lugar sem ninguém perceber, mas deixaram isso de lado, pois ao lado dela estava o Chapéu Seletor, em cima do banquinho de três pernas. _Como todos sabem, hoje iremos receber dois novos alunos transferidos de uma escola Russa.
_Não estou gostando disso. -Falou Harry em um tom que julgou ser muito baixo, mas que Hermione notara.
Logo depois entram dois alunos, uma garota de estatura mediana pele muito branca e olhos azuis e cabelos louros escuros, muito bonita, mas muito familiar a Granger. O outro aluno era um garoto de seus dezesseis anos, alto e cabelos curtos louros escuros, os olhos eram azuis claros e tinha um ar de superioridade, quando passou pela mesa da Grifinória lançou um olhar penetrante para Hermione e em seguida um olhar cheio de ódio e rancor para Harry, que apenas sorriu.
_Muito bem, quando eu chamar seus nomes venham aqui, se sentem no banquinho e coloquem o chapéu. -Falou McGonagall em tom eficiente, assim que os dois alunos novos chegaram perto dela. _Caroline Ishenko. -Falou mais uma vez e a garota loira se adiantou e pôs o chapéu seletor.
_Grifinória. -Gritou o chapéu e ela avançou para mesa dourada e vermelha, se sentando um pouco afastada de Hermione, mas sem ao menos ter procurado a prima.
_Alexandre Ishenko. -Falou a diretora da Grifinória e em seguida o garoto avançou e se sentou no banquinho colocando o chapéu em sua cabeça.
_Corvinal. -Gritou o chapéu, palmas entusiasmadas vieram da mesa azul, principalmente das garotas, este nem mesmo olhou para a irmã e foi direto para a mesa das Águias.
_Meus caros alunos, sejam bem vindos a mais um ano na escola. -Falou Dumbledore assim que McGonagall retirou o Chapéu Seletor do salão e todos os alunos ficaram quietos. _Depois dessa breve seleção eu queria dar os seguintes recados: Primeiro a floresta nos arredores de Hogwarts é proibida para todos os alunos novos ou veteranos. -Essas palavras foram ditas olhando diretamente para o trio Harry, Rony e Hermione. _A lista de objetos proibidos passou a marca de mil itens, se quiserem ver a lista completa, ela estará na porta da sala do Zelador. Também queria apresentar a vocês o novo professor de DCAT. -Em seguida um homem de seus vinte e poucos anos se levantou, possuía cabelos castanhos acobreados e olhos incrivelmente azuis, ele sorria para todos. _Esse é meu neto e novo professor de DCAT, Henrick Dumbledore. -Palmas um tanto entusiasmadas da parte feminina do castelo foram ouvidas, Harry olhou com certo nervosismo que Hermione corara levemente quando o cabeça de ferrugem olhou para ela. _Também teremos esse ano um novo grupo de Duelos, o professor desse grupo pediu para manter seu nome em segredo até a primeira aula, que será obrigatória a todos os alunos do quarto ao sétimo anos, mas posso adiantar que quem o ajudará em suas aulas será nosso estimado professor de Poções Severo Snape. -Murmúrios se espalharam por todo o canto do salão principal e palmas fortes só vieram da mesa da Sonserina. _E por último Bona Petite. -Em seguida a comida apareceu magicamente nos pratos, como era um café da manhã não era nada tão grandioso, mas era surpreendente a variedades de coisas.
_Hoje eu mato um. -Murmurou Harry em tom de desagrado ao perceber dois pares de olhos colados uma hora nele outra em Hermione.
_O que você disse? -Perguntou Rony de boca cheia.
_Que depois eu quero falar com vocês. -Disse Harry disfarçando, sem perceber que Hermione o observava mais atentamente. _Você sabia que seus primos viriam pra cá?
_Não. -Respondeu a garota. _Mas deve ser por causa da minha tia.
_Se seu primo se meter a engraçadinho com você mais uma vez, eu o mato. -Falou Harry em tom baixo, mas o suficiente para Rony e Hermione o ouvirem.
_Acredite, meu amigo, eu te ajudarei com todo o prazer. -Falou Rony depois de engolir uma quantidade assombrosa de comida ao mesmo tempo.
_Você por acaso tem estomago? -Perguntou Hermione horrorizada para o ruivo, ao vê-lo comer como se não houvesse amanhã. Este apenas a ignorou e voltou a comer. _Como ele consegue comer tanto e nunca engordar?
_Sei lá vai ver é alguma coisa nos Weasley. -Disse Harry se lembrando que todos os Weasley comiam muito bem, claro que Rony era o mais comilão, mas Fred e Jorge juntos eram piores.
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_Muito bem, o que você queria falar conosco? -Perguntou Rony meia hora depois do café, em uma sala abandonada do castelo.
_Hoje à noite irei sair em uma missão. -Falou Harry indo direto ao assunto. _Só voltarei segunda feira.
_Ótimo iremos com você. -Falou Hermione categoricamente.
_Não irão comigo a nenhum lugar. -Falou Harry em tom mais sério. _A partir de agora vocês não irão comigo em nenhuma missão, a não ser que eu a julgue fácil.
_E por quê? -Perguntou Rony indignado.
_Por que vocês são fracos. -Respondeu Harry em tom direto, seus olhos diziam claramente que aquela era sua opinião.
_Nós passamos por muito, superamos e aprendemos mais do que em anos aqui em Hogwarts e isso somente em alguns meses, porém você ainda diz que somos fracos. -Falou Rony nervoso, suas orelhas estavam vermelhas.
_Vocês são fracos e em quanto não ficarem fortes, não os levarei a nenhum lugar. -Falou o moreno dando as costas.
_Por que está fazendo isso conosco? -Perguntou Hermione, seu tom era indecifrável, ela era forte, não demonstraria o quanto ficou abalada com aquelas palavras, não na frente dele.
_No momento em que eu voltei ao mundo mágico, minha cabeça ficou a prêmio e não é só Voldemort que a quer, outros bruxos das trevas que acham que vão ganhar prestígio se me matarem, ou são Vampiros que me odeiam, principalmente por iniciar mais uma guerra entre clãs, sem contar Lycans que me odeiam só pelo fato de eu ser um “amigo” dos vampiros, e acho que devo lembrar-lhe que os Hunters tem a mesma opinião. -Falou Harry sem nem ao menos se virar. _A partir desse momento os desafios serão maiores e mais perigosos, se antes achamos que passamos perto da morte, agora nós a veremos cara a cara, ela está com a foice encostada em nossos pescoços, pronta para arrancar nossas cabeças e se vocês saírem no nível atual, suas cabeças serão as primeiras a rolarem.
_Estamos dispostos a correr o risco, sempre ficamos do seu lado. -Falaram Rony e Hermione ao mesmo tempo.
_Vocês podem estar dispostos a morrerem para me acompanhar, mas eu não estou disposto a perder vocês. -Falou Harry abrindo a porta da sala. _Se isso acontecer.... -Ele não terminou de dizer a frase e respirou fundo. _Vão conversar com o Diretor hoje, a senha é Picolé de limão, ele explicará tudo a vocês e arrumará mestres para que vocês fiquem mais fortes. Eu torço para que fiquem forte rápido, pois sem vocês por perto eu não consigo atingir os 100% da minha capacidade. -Depois disso ele saiu da sala e fechou as portas.
_Egoísta. -Falou Hermione.
_Prepotente. -Disse Rony.
_Retardado. -Disseram ao mesmo tempo
_Não somos fracos. -Falou Rony indignado.
_Mas ele está certo. -Disse Hermione se sentando em cima de uma carteira velha e baixando a cabeça. Ela segurava seus joelhos com força, os apertando, odiava admitir, mas Harry estava certo. _No nível que estamos agora, só iríamos atrapalhá-lo.
_Dominadores dos Dons estariam atrás dele e não seriamos capazes de muito. -Falou Rony chutando uma cadeira velha. _Então só tem uma coisa a se fazer. -Ele olhou para a morena e a mesma idéia e determinação passou-lhes pela mente.
_Ficaremos mais forte. -Disseram ao mesmo tempo.
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Eram dez da noite e Harry se encontrava em frente aos portões de Hogwarts, depois da conversa com os amigos ele ficara de bobeira o dia inteiro. Quando reencontrou os amigos, eles conversaram como se nada tivesse acontecido, mas ele pôde perceber a determinação de ambos e até um olhar perdido de Hermione em sua direção, não perguntou se eles foram falar com Dumbledore, mas sabia que eles tinha ido, afinal demoraram três horas para voltar ao Salão Comunal.
Bom o que tivesse acontecido, com certeza ele saberia mais cedo ou mais tarde, por isso ele varreu esses pensamentos de sua mente e abandonou os terrenos da escola, caminhou sentido a Hogsmeade, se sentiu sendo observado por alguns momentos, então continuou a andar silenciosamente por um tempo.
_Impedimenta. -Disse rapidamente se virando e apontando a varinha para a esquerda, depois de um tempo ele foi ate lá e encontrou um gato cinzento de olhos negros. _Volte à forma original. -Disse apontando a mão para o gato que em seguida se transformou em um homem alto e de cabelos grizalhos e olhos negros. _Volte e diga para Dumbledore que o próximo que ele enviar para me seguir, retornará em uma caixa de fósforos. -Depois de dizer isso, um rodamoinho se formou em volta do moreno, que desapareceu no ar sem fazer som algum, o homem ficou chocado e em seguida voltou a sua forma animaga para ir ao castelo com noticias um tanto decepcionantes.
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Era quase meia noite quando três pessoas apareceram do nada em uma rua escura do subúrbio pobre e mal freqüentado de Liverpool, eles pareciam procurar por algo e logo começaram a andar em direção do que parecia ser um pequeno prédio de três andares, o qual parecia estar em ruínas. Ao chegara à porta viram que era feita de metal grosso e pesado, um dos três que estava com um sobretudo verde escuro se adiantou e bateu na porta, uma portinhola se abriu no alto da porta, revelando olhos negros e mal encarados que fixou os três.
_Malivan nos mandou aqui. -Disse o de sobretudo verde bem escuro, ao terminar de falar a portinhola se fecha e em seguida o barulho de uma forte tranca é ouvido, depois a porta é aberta e o rapaz vê de quem eram os olhos. Um homem alto e forte, além de mal encarado, em uma pose que aparentemente queria assustar alguém. _Vamos. -Disse o rapaz aos dois acompanhantes, que entraram no prédio velho e então eles puderam ver, ou melhor, ouvir gritos do que parecia uma torcida. Os três avançaram e sem dar atenção à pesada porta sendo fechada.
A acústica do prédio parecia-lhes diferente, os gritos eram ouvidos bem nitidamente e ao chegar mais ao centro, eles puderam ver o porquê, centenas, senão mais, de pessoas gritavam e incentivavam. Pôde ver pessoas aparentemente pobres e maltrapilhas que ficavam mais perto do que parecia ser uma piscina vazia e funda onde dois homens lutavam com magia e com os próprios punhos, mais acima, nos outros andares, eles viram que o prédio possuía um vão central para que os andares de cima fossem usados como camarotes, onde homens de ternos luxuosos e alguns com roupas trouxas riam e bebiam acompanhados de mulheres extravagantes.
_Posso ajudá-los? -Perguntou um homem baixo de olhos pequenos e sobrancelhas grossas, a aura dele dizia claramente que ele não era alguém confiável, estava trajado com um terno escuro e logo atrás havia um homem um pouco maior que ele, cabelos de fios grossos e olhos levemente puxados, pele branca, era claramente de origem chinesa, ele usava uma calça social negra e uma camisa de tecido estranho também negra, além de uma jaqueta da mesma cor, nas suas costas e em sua cintura estavam duas glock prateadas, escondidas por baixo da jaqueta, podia se ver a coronha de uma ponto quarenta, aparentemente aquele era o segurança, mas a energia dele era diferente, era magia moldada, e pelo que o rapaz de sobretudo verde notou, o chinês não gostava de estar ali, mas era seu trabalho.
_Estamos procurando uma pessoa. -Falou um dos homens que acompanhavam o rapaz, que parecia ser o mais novo dos três. _Meu senhor disse que poderíamos obter informação aqui.
_Eu comando esse local, qualquer informação deverá ser pedida a mim a um preço justo. -Disse o homem baixo. _E eu faço as perguntas.
_Tanto faz. -Diz o rapaz tentando desviar do homem, mas tudo que ele conseguiu foi ver o cano de uma glock apontada para sua cabeça. _Nunca aponte a arma para alguém que você não tenha certeza que conseguirá matar.
_O dia em que eu tiver certeza que conseguirei matar alguém, por mais patético que seja, a morte estará me esperando. -Disse o Chinês em tom sério, os olhos castanhos escuros fitavam os verdes do rapaz.
_Esse é meu segurança, Law Chan, ex-Hitmam da Tríade. -Falou o homem em tom confiante e orgulhoso como se mostrasse um simples objeto. _Aparentemente ele não cumpriu uma de suas ordens e foi exilado, não podiam matá-lo por alguma razão... talvez por ele ter matado duzentos dos homens que tentaram isso.
_Você sabe com quem está falando? -Perguntou um dos acompanhantes do rapaz, ele era alto e de cabelos cor de areia.
_Se eu não o reconheço, quer dizer que ele não é grande coisa. -Falou o dono do local.
_Muito prazer, eles me chamam de A besta das sombras. -Falou o rapaz de olhos verdes, que tiveram repentinamente um lampejo amarelado, o homem baixinho tremeu ao ver aquilo, não soube o por que, mas sabia que aquele nome era usado entre os vampiros na França para fazer referência a um humano que com certeza não era normal. _Creio que você é Antony Canavarollo. -Falou o jovem sem ligar para a arma apontada para sua cabeça.
_Sou eu mesmo. -Falou Antony. _E quem procuras?
_O Demônio de olhos escarlates. -Falou o outro acompanhante do jovem, este era alto, cabelos escuros e olhos vermelhos. _Sabemos que você tem informações sobre o paradeiro dele.
_Tenho, mas essa informação custará caro. -Disse Canavarollo fazendo sinal para que Law baixasse a arma, este assim o fez.
_Esteja feliz de ainda estar vivo. Falou o jovem, então Antony o reconheceu, cabelos bagunçados, olhos verdes e uma cicatriz em forma de raio na testa, escondida por trás da franja grande que lhe caía ligeiramente pelos olhos, dando-lhe a aparência de alguém selvagem.
_Harry Potter. -Falou Antony com um grande sorriso. _Não sou um mero humano e creio que saiba disso, mas sei de seus feitos.
_Sei quem é você. -Falou Harry em tom mais seco ainda. _Amaldiçoado por roubar um templo egípcio, condenado a caminhar pela terra até ter uma morte selvagem e brutal.
_Não chamo isso de maldição. -Falou Antony com um sorriso sem vida nos lábios. _É mais uma bênção, imagine só quantos poderiam dizer serem imortais? Em cento e vinte anos eu juntei uma fortuna invejável, tenho grande influência no mundo que vocês chamam de trouxa e também vários contatos entre bruxos.
_Vamos fazer uma aposta. -Falou Harry em tom entediado. _Seu melhor lutador contra mim, se eu vencer eu terei a informação.
_E se perder?
_Você terá a mim. -Disse Harry.
_Feito. -Disse Antony estendendo a mão, que foi apertada pelo rapaz. O homem tinha certeza de que ele cairia perante o seu melhor guerreio. _Me acompanhe. -Disse mais uma vez, então os cinco foram mais para frente, até a borda do que parecia uma piscina funda onde não havia mais ninguém. _Entre. -Harry pulou a pequena grade que tinha e caiu no meio da piscina, uma queda de mais ou menos três metros.
O silêncio foi absoluto, em todos os patamares pessoas olhavam para aquele “garoto” em pé dentro da arena, alguns juravam conhecê-lo de algum lugar, depois do silêncio vieram murmúrios por todo canto.
_MEUS CAROS CONVIDADOS, ESTOU AQUI PARA TRAZER UMA DIVERSÃO EXTREMA PARA VOCS. -Era a voz de Antony, estava ampliada por causa do microfone em que ele segurava. _HOJE ALGUEM DESAFIA NOSSO MELHOR LUTADOR E VEREMOS QUEM É O MELHOR. -Mais uma pequena pausa. _QUE COMECEM AS APOSTAS. -Falou mais uma vez, em seguida uma forte barulheira é ouvida, pessoas gritando suas postas e muito mais, depois de cinco minutos tudo ficou quieto. _MUITO BEM, NO CANTO DIREITO ESTÁ AQUELE DE QUE MUITOS OUVIRAM RUMORES, “A BESTA DAS SOMBRAS”, OU SE PREFERIREM, HARRY POTTER. -Vaias vieram de todos os cantos, os bruxos que ali estavam se curvaram para saber se aquele era mesmo Potter, trouxas que sabiam da existência dos bruxos ficaram curiosos, sem contar outros seres. _E DO LADO ESQUERDO SE ENCONTRA O CARRASCO, O EXTERMINADOR, O FLAGELADOR, BIG LOW JACK.
Tudo pareceu vir a baixo, palmas vivas, pessoas batendo com o pé no chão ou nas mesas, nas bancadas superiores e então todos ao mesmo tempo começar a repetir “Big Low Jack”. Até que algo pesado cai dentro da arena. Quando Harry o vê fica levemente curioso, dois metros e dez no mínimo, músculos fortes e pele bronzeada, cabelos raspados e olhos cinza, sentia algo diferente nele e aí viu os olhos dele ficarem brancos.
_Usuário do raio. -Murmurou.
_EU VOU TE MATAR. -Urrou o adversário e mais uma vez palmas, gritos e batidas foram ouvidos, além do nome dele sendo repetido em coro, as paredes pareciam tremer.
Harry olhou bem fundo naqueles olhos que de cinza ficaram brancos, sentiu uma pequena corrente elétrica percorrer o seu corpo, era uma boa proteção na mente dele, mas não fora ele que o fizera. Era claro que apesar de um usuário do dom, ele era trouxa, provavelmente alguma poção protegia sua mente, mas ele ultrapassou e a primeira coisa que viu foi uma garotinha chorando desconsoladamente em quanto um corpo enorme parecia se vestir nas sombras, ouviu uma risada desdenhosa e em seguida mais choros de meninas aparentemente pequenas, saiu da mente daquele maldito rapidamente e se sentiu enojado de ter visto aquilo, mas sabia quem as fornecia e ele teria sua vez logo, logo.
_WUR, A LUTA COMECE. -Urrou Antony.
Jack avançou com passadas fortes, mas parou, não via mais olhos verdes e sim amarelos, sanguinários, presas grandes tomavam conta dos caninos, os cabelos pareciam ter crescido levemente e aquela aparência selvagem de antes aumentou. Um silêncio aterrador e uma forte energia opressora se desprendiam do corpo de Harry, forte o suficiente para até mesmo os trouxas sentirem. Jack então saltou para trás e ao tocar o chão bateu as mãos, uma de encontro à outra e as separou, quando fez isso fios azulados e esbranquiçados pareciam ligar as duas mãos. Jack apontou a mão direita para Harry e da palma da mão saiu um raio esbranquiçado. O Sobretudo de Harry se agitou e pareceu aumentar rapidamente, depois formou uma parede em sua frente, voltando ao normal após defendê-lo do raio, e só agora perceberam que aquele sobretudo não era mais verde e sim negro como a escuridão.
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_Quanto apostou? -Perguntou o vampiro de cabelos cor de areia ao amigo.
_Vinte mil libras no Harry. -Falou o de olhos vermelhos.
_Bom investimento.
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Harry avançou até ficar a quase um metro do oponente, que tentou lhe acertar um soco, o maldito tina um bom alcance, mas não adiantou muito, com movimentos rápidos ele se abaixou, pegou o braço musculoso do oponente com a mão direita enquanto com a esquerda fechou os punhos e acertou um golpe no cotovelo, Jack gritou alto ao sentir seu braço ser quebrado e ficar numa posição um tanto quanto estranha.
_Não vou matá-lo. -Falou Harry ao seu lado, o tom baixo e grave. _Prefiro que você sofra e implore pela morte, que pague pelos seus pecados. -Aquele tom estava dando medo em Big Low Jack. _20ª arte das trevas. -Uma fina aura escura tomou conta de Potter. _Julgamento das almas. -A piscina antes branca ficou totalmente negra como piche, então sombras escuras saíram do chão, eram indistintas. Harry pulara para trás ficando o mais longe possível do oponente, que estava apavorado, principalmente quando as sombras lhe alcançaram e o agarraram com força, ele tentou se debater, mas parecia que haviam garras presas em sua carne. _Seu julgamento está encerrado, sua sentença é ser engolido pelas sombras e recebera o seu castigo até que sua alma seja despedaçada e jogada no inferno. -Falou Harry dando as costas e, por incrível que pareça, Jack começou a gritar e berrar pedindo ajuda, enquanto afundava no que era para ser o chão e por fim seus gritos desapareceram e a piscina voltou a ficar branca. _Alguém mais quer me desafiar?
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Silêncio diante dessa pergunta, todos tremiam ou quase todos, nas sombras perto do último patamar, olhos azuis selvagens observavam aquele estranho bruxo usuário das artes das sombras, ele era perigoso, mais perigoso que os próprios Vampiros e ele teria de contar isso ao seu mestre, ele olhou para o outro canto onde viu alguém com um sobretudo de couro marrom escuro com um grande chapéu lhe escondendo o rosto, era um Hunter, realmente aquele Potter era alguém para se preocupar.
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Depois do silêncio, Harry flexionou os joelhos e pulou para fora da piscina, caindo bem em frente a Antony, que ainda estava surpreso, o microfone caído no chão, ele encarava aqueles olhos amarelos. Aquele rapaz fazia jus ao nome que ganhara entre os vampiros, mesmo que aparentemente não mostrasse realmente o porquê de ser chamado daquele jeito.
_Então me dirá o que quero saber? -Perguntou Harry, seu tom levemente grave de voz, mas o que pareciam ser presas desapareceu rapidamente.
_Há uma floresta mágica na Irlanda, a única realmente que existe lá, talvez seja uma das mais perigosas, ao centro tem uma enorme clareira rochosa, lá você encontrar quem você procura. -Falou Antony tremendo levemente. _Mas saiba que ele não se esconde, é que poucos saem vivos depois de encontrá-lo, por isso quase ninguém sabe onde ele mora.
_Ele pode estar mentindo. -Falou o Vampiro de olhos vermelhos.
_Ele está dizendo a verdade. -Falou Harry depois de usar legilimência no homem, agora ele olhava para o seu guarda costa. _Preciso de alguém com suas habilidades, não procuro seguidores, mas companheiros.
_O que eu ganharia lhe seguindo? -Perguntou Law.
_Respeito, Honra e Vingança. -Respondeu Harry que depois pareceu pensar um pouco. _E depois poderá fazer o que quiser.
_Não procuras seguidores, mas saiba que mesmo não querendo acabará encontrando. -Falou Law Chan. _Irei com você.
_Não irá, não. -Falou Antony indignado por ser ignorado. _Você me deve eu o ajudei eu...
_Ah sim, eu me esqueci de pagar o favor. -Falou Harry, que olhou para um dos vampiros, este entendeu e pegou Canavarollo pelo pescoço, jogando-o dentro da piscina, este caiu de costas gemendo. _Eu vi o que você oferecia ao seu lutador e não só ao Jack, mas a outros, não usarei o mesmo que usei com ele, usarei algo diferente, te enviarei ao outro mundo de uma vez. -Um arrepio passou pelos vampiros que sabiam o que vinha a seguir. _Primeira arte das trevas. -Falou Harry em tom baixo. _Que os cães da morte devorem sua carne e o anjo negro lhe leve para o inferno. -Depois de dizer isso ele deu as costas e começou a sair do local seguido pelos vampiros e por Law, nenhum deles parecia se importar com rosnados selvagens que vinham da piscina, nem pelos gritos de Antony, se ele queria uma morte brutal e selvagem com certeza as encontrara ali.
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Em um lugar isolado da Irlanda, onde havia quilômetros de uma planície verde, quebrada por apenas alguns morros, se encontrava uma única mancha escura. Naquele verde havia uma imensa floresta, como os trouxas não a acharam não era mistério, provavelmente a própria magia daquela floresta espantasse os animais normais e os trouxas. Seis horas da manhã e um único rapaz aparece bem na entrada dela a fina neblina insistia em permanecer no ar perdendo lentamente para a força do sol, o rapaz não parecia ligar para aquilo.
Harry entrara na floresta sem hesitar, passou por grandes árvores de troncos escuros e imponentes, jurou ouvir sussurros espaços como se a própria floresta o advertisse do perigo, seu sobretudo já estava negro como a noite e seus olhos estavam em uma mistura exótica de amarelo felino e verde esmeralda, quanto mais avançava pela mata, mais ela ficava fechada e mesmo o sol da manhã não conseguia penetrar pelas copas altas das árvores. Resolvera ir sozinho primeiro por que vampiros não eram muito fã de sol, hábito que ele e seus amigos quase pegaram na estadia com Malivan, e segundo por que achou mais prudente aparecer sozinho, apesar de ser advertido que não seria muito inteligente.
Cansou de andar, já entrara naquela floresta a mais de três horas e estava entediado, poderia tentar simplesmente se transportar para a clareira, mas não tinha muita certeza de como ela era e isso seria perigoso, afinal mesmo com essa habilidade que ele tinha conseguido de sua transformação animaga, ele ainda poderia se dividir em pedaços, o que provavelmente não seria muito confortável. Mas achou melhor se transformar, assim, pelo menos aqueles predadores que o seguiam desde a entrada da floresta não tentariam nada. Em segundos, no lugar do rapaz alto e de olhos verdes, estava um tigre no mínimo duas vezes maior que um tigre comum, ele era totalmente negro com listras brancas, os olhos amarelos analisavam ao seu redor, sentiu os predadores simplesmente tremerem com a aparição e depois abandonarem o local.
Em sua forma animaga Harry saiu correndo aproveitando a incrível agilidade e força de sua transformação, ele corria por caminhos diferentes e enquanto corria ele farejou o ar e sentiu o cheiro de carne assada, provavelmente estava perto do local que procurava, ou tinha algum retardado acampando naqueles lados, o que era pouco provável. Já devia ser umas dez da manhã quando ele finalmente parou de novo e voltou a sua forma humana, os olhos ainda ficaram amarelados e ficaria assim por alguns minutos, ele divisou uma luz mais a frente a uns dois metros mais ou menos, avançou e logo se viu na beira de uma enorme clareira, olhou o chão e viu cinzas negras, restos do que um dia foram árvores, e a cinqüenta metros a frente dava lugar a uma parte bem rochosa, ao centro da clareira uma cabana grande e de sua chaminé saía uma fumaça clara, o cheiro de carne era transportada pelo vento, mas aparentemente poucos seres se aproximariam daquele local. Ouviu ao longe o som de água corrente. provavelmente um pequeno riacho perto da clareira.
Ao dar o primeiro passo para dentro da clareira, o sobretudo do moreno simplesmente se fechou em sua volta formando um grande escudo circular, em seguida um calor imenso se formou em sua volta, depois de trinta segundos o sobretudo voltou ao normal, Harry viu que em sua volta tudo estava em chamas, olhou para trás e viu que aquela parte da clareira aumentara pelo menos dez metros. Olhou em direção a cabana e do lado de fora alguém estava em pé, parecia ser um rapaz alto de cabelos longos, estranhamente roxos, devia ter no máximo dezenove anos e de longe, mesmo naquela distância, podia ver a cor de seus olhos, eram escarlates como as chamas em sua volta, suas roupas eram um tanto velhas e rasgadas, aquele olhar escarlate era quase selvagem.
_Quem ousa invadir o meu território? -Perguntou o estranho.
_Harry Potter. -Falou Harry em tom alto. _E estou te procurando, Olhos escarlates McGuin. -Depois de terminar de falar, o moreno viu o estranho de olhos escarlates desaparecer e aparecer a menos de dez metros de si.
_Ou você é incrivelmente corajoso, ou incrivelmente burro. -Falou o jovem de cabelos roxos, que de perto pareceram meio desbotados, ele encarava aqueles olhos amarelos do intruso com dureza, não se assustara como a maioria, mas algo o intrigava. _Busca a própria morte?
_Ao me decidir ser o mais forte eu abandonei a minha vida. -Falou Harry se endireitando e, por um segundo, McGuin viu uma enorme foice quase encostada no pescoço do moreno.
_Então vieste atrás de mim para se provar. -Disse McGuin, ele estava interessado naquele moreno, era jovem, dezesseis anos no máximo, mas seus olhos demonstravam uma incrível experiência de vida, não tão grande quanto a sua, mais era consideravelmente maior do que alguém com aquela idade poderia ter.
_Talvez um dia eu faça isso. -Falou Harry parecendo realmente considerar aquelas palavras. _No momento estou aqui para fazer um trato com você. -O tom de Harry ficara mais sério, apesar daquele sorriso desafiador não sair de seus lábios. _Por enquanto só estou procurando um professor para uma amiga.
_Não ensino ninguém. -Falou McGuin.
_Mas eu já decidi que você ensinará a ela. -Falou Harry surpreendendo o homem de olhos escarlates. _Ela tem potencial, um grande potencial, e quem melhor para treiná-la se não o próprio Imperador das Chamas.
_O último que treinei morreu há cinqüenta anos e fui eu quem o matou. -Falou McGuin tom seco. _Se eu treinar, eles sempre tentam me superar, mas desistem, pois se vêem diante de uma muralha, ninguém tentaria escalar essa muralha.
_Gina Weasley escalaria essa muralha. -Falou Harry abrindo um sorriso maior. _Sei que procura alguém que realmente te supere, que se torne o próximo imperador, mesmo não sabendo quando você irá para o outro mundo, e acho que Gina tem esse potencial.
_Por quê? -Perguntou McGuin.
_A sétima filha de uma família de ruivos. -Falou Harry fazendo aqueles olhos escarlates perfurarem os seus olhos, que ainda estavam amarelados. _Você sabe o que isso significa?
_A grandeza é o seu destino. -Falou McGuin. _Mas o que te garante que eu não irei matá-la com o treino?
_Por que se você fizer isso nem mesmo que você consiga alcançar a morte, eu deixarei você descansar. -Depois de ouvir aquelas palavras vindas do moreno, McGuin viu os olhos deles ficarem mais amarelos e selvagens que antes, e tudo ao seu redor pareceu turvar e então ele realmente viu uma enorme figura atrás do rapaz. Um longo manto pesado e escuro, um capuz caído para trás mostrando um crânio limpo e branco, puro osso, no lugar onde ficava os olhos, somente dois pontos vermelhos brilhantes, em sua mão esquerda uma enorme foice cuja lâmina estava quase encostada no pescoço do moreno, a mão direita tentava tocar-lhe o ombro e, nas suas costas, enormes asas de penas ralas e negras mostrando por baixo uma carne podre e esquelética.
Suou frio, há tempos não achara alguém como aquele garoto e a última pessoa fora a mais de cem anos, só que naquela época era uma mulher. Pessoas como aqueles dois eram perigosas, pior do que qualquer amaldiçoado, eram pessoas que viviam na beira do abismo da morte, que se entregariam por inteiro em uma luta sem medo de morrer, eram pessoas que nunca deveriam se ter como inimigo. Sorriu com isso, finalmente achara um humano que julgava ser digno de ser um sobrevivente, depois de séculos caminhando por esse mundo impuro, ele finalmente achara um verdadeiro guerreiro, um usuário das trevas.
_Qual o seu objetivo? -Perguntou McGuin.
_Ser o mais forte. -Respondeu Harry.
_E o que fará quando conseguir isso? -Perguntou mais uma vez o ser de olhos escarlates.
_Serei o mais forte até a morte. -Falou Harry em um tom tão simples que fez McGuin vacilar um pouco.
_E depois de morrer? -Perguntou McGuin.
_A morte é só mais uma grande aventura. -Disse Harry agora sorrindo de novo. _Não penso em minha morte, mas sim em minha vida.
_Inconseqüente. -Falou McGuin. _Como todos os humanos deve ser mais um traidor nojento e desprazível, que entregaria qualquer um para cumprir seus objetivos.
_Se quer pensar assim de mim, pense. -Falou Harry dando as costas para o homem. _Preciso de sua força, em troca lhe ofereci uma discípula, aceite ou recuse, mas responda agora.
_Eu aceito. -Disse olhos escarlates com um sorriso indecifrável nos lábios.
_Então venha comigo e abandone tudo o que tem, nenhum humano tentará tomar o que é seu e nenhuma fera invadirá seu território mesmo em sua ausência. -Falou Harry.
_Você sabe que desprezo humanos. -Falou McGuin aparecendo do lado de Harry. _Que por mim vocês não valem nada.
_Mesmo assim você nunca conseguiu se desprender de sua origem. -Falou Harry sorrindo, deixando McGuin sem palavras, em seguida um rodamoinho negro apareceu em redor dele e quando desapareceu eles já não estavam mais ali.
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N/A: Comentem e votem espero que gostem do cap t+..............A sim desculpe a demora mas sabem eu não consigo escrever só uma fic tanto que eu escrevo 3 fic´s ao mesmo tempo perguntem para a minha beta ela confirmara isso^^
Comentários (1)
Vamos ver como vai ser a retomada de Azkaban,a Gina com tanto poder gostei!Já disse que esse Henrick me irrita?Então vou dizer de novo.Junta logo o Harry e a Hermione.
2011-03-26