Capítulo VI
Kanako acordou. Não via nada, instintivamente tentou levar as mãos aos olhos, para descobri-los. Mas estava algemada. Pôde constatar que estava novamente ao chão, atada à cama. Estava com fome.
Algum tempo depois – Horas ou minutos? Não poderia dizer – Alguém entrou no quarto.
- Está acordada? – Perguntou a voz de Snape.
- Sim, senhor.
- Com fome?
- Sim, Senhor!!
- Tem comida para você.
Snape foi até Kanako, livrou-lhe da cama e da venda, seus olhos doíam desacostumados com a claridade. Puxou-a levemente pela coleira.
- Levante-se...
Kanako tentou levatar-se, mas por não ter o apoio das mãos, logo foi ao chão desajeitada. Depois de mais algumas tentativas frustradas, conseguiu. Snape guiou-a até a sala, em frente ao sofá. Não havia nada na mesa. Notou um vasilhame com pequenos bolinhos de carne no chão, Snape deixou-a em frente ao vasilhame e sentou-se no sofá.
- Bom apetite. – Falou, pegando um livro.
Kanako começou a comer os frios bolinhos de carne. Se Snape as houvesse trazido do almoço, já fazia algumas horas que o mesmo havia passado. A falta de um líquido que acompanhasse incomodou Kanako, suas mãos, então, desta vez, amarradas às costas... Mas nada lhe incomodava tanto quanto estar sendo submetida a esta posição humilhante. Nada lhe incomodava nem lhe dava mais prazer... Sentia-se totalmente submissa ao homem que assistia aquela cena.
Snape olhou por cima do livro. Deu duas tapinhas em sua cabeça, ela olhou.
- Quer um pouco d'água?
- Sim, Senhor. – Respondeu, com o rosto sujo.
Snape se levantou e foi ao quarto. Voltou com uma pequena vasilha com água e a botou ao lado da dos bolinhos de carne. Kanako bebeu, com grande dificuldade. Parecia um animal bebendo água daquele modo. Na verdade, mais derramava do que realmente bebia.
Quando finalmente terminou, Snape a mandou levantar. Ele a livrou das algemas. Seus pulsos doíam pelo tempo passado com as algemas apertadas. E os braços, por ficarem muito tempo numa só posição. Massageou os pulsos.
- Eu acabei de voltar de Hogsmead. Sairemos daqui às 7:00. Quero que esteja descansada. E arrume-se bem, vamos à uma reunião na Mansão Malfoy.
- Sim, Senhor.
Kanako tomou logo banho. O resto da tarde ia aproveitar para escolher sua roupa e arrumar-se. Escolheu um vestido preto com detalhes brancos, o decote do vestido era de amarrar, como um corpete, o que lhe acentuava a cintura. As várias camadas da saia lhe vinham até pouco acima dos joelhos, com um belo bico rendado. Uma meia 3/4 branca fazia contraste com o preto e reluzente sapato estilo boneca.
Snape entrou no quarto. Olhou para Kanako como uma expressão neutra, quando a menina esperava um elogio, e entrou no banheiro. Quando terminou, Kanako já lhe esperava na sala, de maquiagem feita. Snape usava suas habituais vestes negras, com a gola lhe subindo o pescoço, sua capa as costas. Kanako maravilhava-se.
Ele foi até ela, que só então notou que ele trazia uma caixinha nas mãos.
- Quero que use. – Disse, entregando a caixinha de veludo.
Kanako abriu. Era uma delicada gargantilha de prata. Trazia um pingente em forma de coroa, ricamente ornamentado com pedrinhas e detalhes em baixo e alto relevo. Kanako o virou, atrás havia as iniciais de Snape gravadas.
- É lindo.
- Sabia que ia gostar... Vire... – Snape pegou a corrente e colocou no pescoço de Kanako.
- Muito obrigado, Senhor. Não sei como agradecer.
- Não precisa... – Falou, olhando para os cabelos soltos e levemente cacheados da menina.
- Algo lhe desagrada, Senhor? Os cachos, se o Senhor quiser, desfaço-os agora mesmo... Não demora...
- Não é isto. Eu comprei algo a mais para você. Não iria dar agora. Mas mudei de idéia. – Disse e foi até o quarto, voltou com outra caixa, essa maior que a anterior, também em veludo. – Pegue.
Kanako abriu. Dentro havia uma pequena coroa prateada, também ornamentada com pedras. Por dentro havia veludo negro. Kanako a tirou da caixa. Pôs na cabeça e amarrou suas fitas, para fixa-la na cabeça.
- Definitivamente, é uma princesinha cadela.
A bruxa sorriu e o beijou. Caminharam, então, até fora do castelo. Já haviam passado dos portões quando Snape falou:
- Quero que se comporte lá. Não fale, a menos que falem com você. Só saia de perto de mim com minha permissão. O que ver e ouvir lá deve lá permanecer. Trate bem a todos. Só faça algo, com o meu consentimento. Ouviu bem?
- Sim, meu Senhor.
Ele a tomou nos braços e aparataram no Salão da Mansão Malfoy.
- Snape? Já não era sem tempo! – Falou Lucius, recepcionando-os. Olhou para Kanako, que Snape havia acabado de por no chão – Você deve ser a senhorita D'Anjou, suponho.
- Sim. D'Anjou, este é Lucius Malfoy. – Apresentou Snape.
- Prazer em conhecê-lo, senhor Malfoy. – Cumprimentou Kanako, tinha certeza já ter ouvido esse nome.
- O prazer é meu, senhorita. – Falou Malfoy, e se curvou para beijar a mão de Kanako.
- Vamos nos sentar? – Falou Snape.
- Sim, sim... Procurem uma mesa. Eu vou procurar Draco para apresentá-lo à senhorita D'Anjou. – Falou Malfoy.
- Ótimo.
Procuraram uma mesa. Só então Kanako percebeu como o salão estava lotado. Havia muitos homens e algumas mulheres, eles conversavam, bebiam e se divertiam. Snape escolheu uma mesa afastada.
- Draco é meu afilhado. Tenho certeza de que Lucius vai propor casamento... – Falou Snape, mais pra si mesmo que pra Kanako.
Ela lançou um olhar assustado e surpreso para Snape.
- Mas, Senhor... Eu...
- Não se preocupe. Isso não vai acontecer... Pelo menos, agora.
Malfoy chegou a mesa. Draco estava ao seu lado. Snape e Kanako se levantaram.
- Senhorita D'Anjou, este é Draco, meu filho. Draco, esta é a senhorita Kanako D'Anjou, enteada de seu padrinho.
- Prazer. – Disse Kanako notando as semelhanças de Draco e seu pai. Até o modo agiram depois de apresentados foi idêntico.
Todos se sentaram. Draco olhava para Kanako, que ficou profundamente incomodada e passou a prestar atenção em suas mãos sobre as pernas. Snape e Lucius conversavam coisas que Kanako não entendia, mesmo assim decidiu tentar ouvir o mínimo. Começou a olhar as outras mesas. Todos bebiam, pareciam ansiosos. Alguns poucos casais trocavam carícias e beijos.
- Não quer ir aos jardins, senhorita D'Anjou? – Convidou Draco.
- Oh... Eu... – Olhou para Snape discretamente, que fez um leve aceno com a cabeça. –... Adoraria.
Os dois saíram então da casa. A lua iluminava o caminho que daria aos jardins.
- A festa começou agora a pouco. Logo, logo irá melhorar. Não vai beber? – Perguntou o louro, oferecendo uma dose de uma bebida desconhecida por Kanako.
- Não, senhor. Sou de menor.
- Eu sei... Eu também sou, isto não faz diferença.
- Mas acredito que o Senhor Snape não aprovaria este ato.
- É, talvez. O Snape é um idiota. – Comentou Draco, tentando descontrair. Mas logo percebeu o olhar fuzilador de Kanako.
Pouco depois perceberam que a música havia mudado. As batidas envolventes já eram ouvidas. Um ritmo dançante...
- Parece que nossos convidados especiais chegaram. – Comentou Draco.
- E quem seriam?
- Jovens trouxas.
- Trouxas?
- Sim... Estão sob efeito de seus próprios entorpecentes... Mas, ainda assim, apagamos a memória deles. – Falou o louro, com descaso.
- Oh...
- Vamos entrar?
- Sim, sim...
Entraram, a sala estava agora mal iluminada. Um jogo de luz acompanhava o ritmo da música. Os bruxos quem Kanako havia visto antes, agora dançavam acompanhados dos trouxas recém-chegados.
Kanako procurava Snape. Seus olhos o acharam sentado à mesa. Que expressão era aquela? Foi se aproximando, e, quando a jovem que dançava a sua frente lhe deu passagem, Kanako pode perceber por que Snape possuía aquela expressão. Outra jovem trouxa estava ajoelhada a sua frente. Oh, meu Deus! O que ela fazia lá? Kanako levou a mão ao rosto, surpresa, estava paralisada.
Snape viu Kanako. Desgostoso, mandou que saísse, com um aceno.
Ela correu. Foi para os jardins novamente. Chorava. O que acabara de ver? Respirou fundo e sentou-se num banco. Por que estava assim? Era ciúme. Ciúmes de Snape. Ciúmes de seu Mestre. Ela não deveria ter reagido assim... Mas, não podia se controlar. Não sabia nem o que pensar. Ele não disse que mantinha compromissos para com ela... Mas ela mesma prometera ser apenas dele. Sentia-se enganada.
- Não queria que tivesse visto aquilo, D'Anjou. – Falou Snape, atrás de Kanako.
- Desculpe, Senhor... – Respondeu, limpando rapidamente um filete de lágrimas que escorriam teimosas por seu rosto.
Snape se sentou ao seu lado.
- Por que chora? – Perguntou, seco.
- Não é nada, Senhor...
- Por que choras, D'Anjou? – Dessa vez a pergunta foi mais enérgica.
- Eu estou confusa, Senhor. – Falou em tom de conclusão, mas ao notar que Snape ainda ostentava o olhar indagador, resolveu continuar, embora não soubesse como. – Eu senti ciúmes... Senti-me traída... Mas tenho consciência de que o Senhor não me prometeu nada...
Kanako olhou para Snape, este a olhava de um jeito estranho.
- É bom que saibas disto. Está se mostrando cada vez mais tola, sabia?
- Apaixonada, Senhor, se me permite a correção. – Falou, em um tom meigo e envergonhado.
- São sinônimos, D'Anjou.
Kanako se calou. A Lua brilhava, linda. A mão fria de Snape puxou seu rosto para mais um beijo.
- Eu não me arrependo de amar e de entregar-me ao Senhor. Gostaria que soubesse disto.
Snape a abraçou.
- Eu sei que este não é um dos melhores ambiente para a senhorita, mas precisava apresentar-lhe ao Malfoy.
- Senhor... O senhor Malfoy pensa mesmo em casar-me com seu filho? – Kanako desviou ao máximo do assunto, estava confusa demais.
- Eu disse que ficaria ao seu critério... Mas ele tem certeza de que sim. De qualquer forma, não é um assunto urgente.
Snape se levantou.
- Vamos, D'Anjou? Vou falar para Malfoy que estás com sono e queres ir embora. Espere-me aqui.
- Sim Senhor.
Minutos depois, Snape voltou e os dois desaparataram em frente aos portões de Hogwarts. Estava quente. A Lua, por sorte, iluminava o caminho. Ao chegarem no quarto, Kanako tirou os sapatos e sentou-se na cama. Snape apenas jogou-se do mesmo modo que chegou.
Kanako aproximou-se dos pés dele.
- Me permite, Senhor? – Perguntou.
Snape não respondeu, apenas fez um ruído, que Kanako entendeu como um sim. Tirou-lhe os sapatos e as meias, delicadamente e começou uma massagem. Apesar de não ser experiente com as mãos, julgou estar agradando. Beijou um dos dedos de Snape, ele soltou um pequeno gemido. Kanako continuou a beijar e a sugar os dedos de Snape e a fazer a massagem na planta dos pés, ajoelhada no chão. Um bom tempo depois, passou para o outro pé e repetiu o processo.
- Venha para cá. – Chamou Snape.
Kanako engatinhou até ele. Seu vestido atrapalhava um pouco. Snape a sentou em cima de si e passou a mão levemente pelo rosto de Kanako, descendo até chegar no laço que amarrava o vestido. Desamarrou-o, afrouxando até que ele escorregou pelos ombros da menina, revelando seu tronco nu. Kanako olhou para baixo. Estava envergonhada. Snape olhou fixo em seus olhos.
- Se não puder mais agüentar nada, use a palavra Rosa, para que eu pare. – Disse, sério
- Sim, Senhor. – Kanako o olhava intrigada, sentiu um medo passageiro, será que precisaria usar esta palavra?
Ele passou a mão pela lateral de seu abdômen, provocando-lhe arrepios. Ele a virou, deitando-a na cama. Tirou o vestido dela pelas pernas. Ficou observando a menina deitada, apenas de calcinha e de meias 3/4. Deu um beliscão na nádega direita da menina. Kanako soltou um "Ai" junto com um olhar aborrecido. Sentiu o rosto arder num tapa.
- Fique aí. – Falou Snape, saindo da cama. Foi até o armário e voltou. Vendou Kanako. – Você logo aprenderá a se comportar, e não precisarei disto para lhe ensinar... – Segurou os braços dela sobre sua cabeça, algemando-lhe os pulsos ao espelho da cama.
Kanako agora só tinha as pernas livres, mas estavam presas sob o peso de Snape. Estava completamente vulnerável. Sentiu uma dor no mamilo direito, Snape estava mordendo-o. Sugava-o e mordia-o cada vez mais forte, arrancado gemidos de prazer e dor de Kanako. Com a outra mão, Snape brincava com o outro mamilo, deixando-o rijo, para, então, repetir o processo. De vez em quando, dava alguns beliscões no outro, para que continuasse como deixou. Os gemidos de Kanako eram cada vez mais intensos.
Snape parou para observar a menina totalmente entregue para o seu deleite, ofegando fragilmente na cama a sua frente. Seu membro pulsava. Mas, não, ia apenas se divertir com ela esta noite.
Tirou as meias da menina, passando as mãos por suas coxas, passando-as por baixo da calcinha e a tirando cuidadosamente. Kanako tremia, nervosa. Voltou para os seios, sugando-os novamente, agora menos demoradamente, e foi percorrendo um caminho até o ventre de Kanako. A garota instintivamente fechou as pernas, recebendo um forte tapa, abriu novamente. Snape, então, começou a fazer-lhe sexo oral.
Kanako estava nervosa, tensa. Embora lutasse contra os reflexos naturais de seu corpo, muitas vezes fechava as pernas. Pouco prazer estava sentindo, de tão preocupada em manter as pernas abertas. Quando tentava relaxar, aí, sim, fechava-as novamente, e acabava recebendo outro tapa.
Snape se irritou. A menina não o deixava fazer o que queria. Soltou brutamente os pulsos dela da cama, a deitou de bruços e castigou severamente cada nádega de Kanako. A cada estalo das tapas, se ouvia um alto gemido. Apesar de já envolvido pela situação, preocupou-se em não bater forte demais, para não ultrapassar o limite da menina.
Os pedidos de perdão de Kanako, só o fazia sentir mais prazer. Só parou quando as nádegas de Kanako, antes alvas, demonstravam o escarlate da sua raiva. Virou a menina, sua venda estava totalmente regada às lágrimas. Snape, com seu habitual escárnio, beijou levemente as bochechas de Kanako, e lambeu-lhe as lágrimas que lhe escorriam da venda, pelo rosto.
Snape deu duas tapinhas na nádega direita de Kanako, e deitou-se ao seu lado. Vez por outra dava alguns beliscões, ou tapas, certamente esperando uma reclamação de Kanako. Mas a menina não o fez, soltou apenas alguns gemidos abafados. Adormeciam.
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Nota da Autora: Eitaaa... Agora, sim: Começou a putaria... ((Com o perdão da palavra))
Pois é... Não sei quanto à vocês, mas eu acho que o Snape tem cara de sádico, sim. huahauhau E, não se preocupem, a Kanako gosta disto. Ela teria pedido para parar ou algo do tipo, ela sente prazer com a dor... o_o Ela sente prazer em servir ao seu 'mestre'... Acredito que vocês já tenham ouvido falar em BDSM... *se sentindo pervertida* hauahuahua
De qualquer forma, o Snape se preocupa com ela. Ele só está fazendo isto, porque percebeu que ela está totalmente entregue e de acordo. É aquela coisa, SSC: São, Seguro e Consensual. Os dois estão em perfeito estado físico e metal, a segurança está garantida, visto que Snape "pega leve" com Kanako, e que a "safeword" (palavra usada para parar toda a cena) está sendo usada, e os dois concordam com o que estão fazendo. Tanto Snape, quanto a própria Kanako.
O crime aí, é que ela é menor de idade... o_o' Mas, bem, coisa de fic.
A Kanako se sente bem sendo uma 'submissa', porque na infância foi mimada e babada pelos pais. Nunca teve um limite a seguir... É assim que a imagino. As situações que ela passa quando está com o Snape, é totalmente ao contrário de quando estava com os pais. Ou seja, ela sentia carência de uma autoridade. É... Eu não botei isto na fic, mas logo, logo, vou botar. Está falho. Muito obrigado pelos comentários, estão realmente me ajudando a fazer a fic. \o/
Abraços!
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