O Despertar



Capítulo 7 – O Despertar

Harry estava muito irritado por não ter ido ouvir o que Pettigrew tinha a dizer. A irritação só passou quando ele ouviu uma barulheira no andar inferior.
Harry esticou o pescoço para fora do quarto. A Sra. Weasley estava se esgoelando!
- COMO VOCÊS FAZEM ISSO COM ELE!?!? AGORA QUE ELE ESTAVA COMEÇANDO A SE ADAPTAR AO MUNDO DOS BRUXOS??? – houve uma breve pausa – O QUE VOCÊS ACHAM QUE A MÃE DELE VAI DIZER QUANDO VÊ-LO??? ACHAM QUE ELA VAI QUERER CONTINUAR AQUI???
Harry desceu nervosamente para saber o que estava acontecendo. Entrou na cozinha da casa. Alí estava Fred e Jorge com cara de riso contido em uma ponta da cozinha, Ron rindo ao lado de Hermione que tinha um olhar severo, e a vermelha Sra. Weasley furiosa do outro lado da cozinha. Harry não havia entendido o que tinha acontecido para a mãe dos meninos estar berrando tanto.
- Mamãe, se você não parar de gritar ela vai escutar.
- Na verdade, a Sra. Dursley não está em casa. A ví saindo daqui com o marido – disse Hermione irritada.
Foi então que um porco adulto, muito gordo, de pelugem muito rosa e espessa subiu correndo a escada do porão da casa. Ele correu a toda na direção de Harry, mas quando este achou que seria atropelado, o bicho desviou e aparentemente tentou se esconder atrás do garoto.
- Que esse porco está fazendo aqui? – perguntou ele surpreso.
- Esse porco!!! – guinchou a Sra. Weasley – é o seu primo!!!!
Fred, Jorge e Ron caíram na gargalhada.
- Foi uma bala que criamos! – explicou Jorge.
- Ela revela que animal você seria se fosse animago!! – disse Fred animado.
- Esquecemos sobre a mesa... – explicou Jorge com uma cara de falso arrependimento.
- A bala que reverte o efeito desta ainda não foi criada...
- De qualquer forma, não sabíamos que funcionaria com um trouxa! – soltou Jorge.
A Sra. Weasley teve uma nova onda de fúria. Mas então Harry já estava rindo também.
- Vou levá-lo ao Saint Mungus. – informou ele à ela – antes que os meus tios cheguem.
Hermione e Ron se juntaram a ele.
- Também vamos.
- Certo – concordou o garoto.
Hermione conjurou uma corda para arrearem Duda que instantaneamente começou a andar para trás ameaçando correr.
- Não posso andar com você sem isso... – disse ele. – Terá que usar ou me acharão louco.
Mas o porco Duda se recusava a usar aquilo, se afastou e correu para fora da cozinha onde ainda estavam.
Ron irritado falou:
- Eu não vou correr atrás dele!
- É muito fácil – disse Harry. Tirou a varinha do bolso e apontou-a para o porco que corria em direção à escada - Imobilus
O porco parou instantaneamente.
Harry pegou o arreio da mão de Hermione e colocou no primo que tinha um olhar assustado.
- Se você não se comportar eu uso outro feitiço em você e terá que me obedecer obrigado, ouviu bem? – apontando a varinha de novo disse - finite incantaten
O porco deu um solavanco e Harry o puxou com força escada a baixo.
- Podemos ir, então? – perguntou Hermione.
- Vamos.
- Esperem! – correu a Sra. Weasley. – Por acaso vocês sabem ir para lá?
- Sabemos... – disse Ron. – Já fomos três vezes.
- E como vão fazer para usar o trem dos trouxas com um porco enorme?
Nenhum dos três havia pensado nisso. Não podiam entrar com o “animal” lá, nem em um ônibus e nem em um taxi.
- Vamos aparatar ele! – disse Hermione como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.- Vocês tinham pensado em fazer outra coisa? Achei que fosse óbvio!
- Ok! – concordou Harry
- Não esqueça que ele tem um rabo...
- Certo.
Harry se concentrou no porco e em sua forma grotesca, somada a ele próprio e desaparatou na rua cheia de trouxas desatentos. Hermione e Ron aparataram pouco a frente dele e ele foi ao encontro dos dois.
- Estamos a pouca distância do hospital. – disse a garota.
Os três andaram apenas uns três metros e chegaram ao prédio.
Harry aproximou o rosto da vitrine de uma loja abandonada onde havia um manequim muito antigo.
- Temos que reverter um feitiço acidental em um trouxa... – disse ele apontando o porco com a cabeça Duda.
- Pode entrar. – disse o manequim.
Harry passou puxando um porco rebelde através da vitrine, seguido por Ron e Hermione que ajudavam empurrando Duda.
Eles foram até a recepção.
- Errr... Meu primo trouxa comeu uma coisa que não devia e...
- Danos Causados por feitiços. 4º andar – disse a recepcionista.
Os quatro se dirigiram à escada e depois de muitos degraus chegaram ao andar desejado. Hermione foi falar com a secretária do hospital, enquanto os outros foram se sentar nas cadeiras esperando o atendimento. Hermione se juntou a eles logo depois.
- Há quatro pessoas na nossa frente.
- Espero que não demore muito... – disse Harry – Que horas será o casamento do Gui?

- Acho que começa às sete... to certo, Mione?
- Está sim, Ron!
Não demorou e eles foram atendidos.
- Só um poderá entrar com o paciente. – disse a curandeira.
- Eu vou, é meu primo.
Ele entrou no consultório arrastando Duda, que se recusava a passar pela porta.
- O que aconteceu com ele? – perguntou a, Harry apertou os olhos para enxergar o crachá, Dra. Jay.
- Comeu por acidente uma bala inventada pelos meus amigos... ainda era experimental, e não esperávamos que um trouxa a comesse.
- Hum... – ela murmurou. – qual é o objetivo da bala?
- É fazê-lo assumir o animal que seria se fosse animago.
- Você teria uma foto do seu primo, Sr. Potter?
- Aqui não. – Harry disse – a senhora quer?
- Seria bom ter uma. – disse ela.
- Certo. Só um instante.
Harry aparatou para o bosque mais próximo da Privet Drive. Saiu a passos largos o mais rápido que podia andar, tentando não deixar nenhum trouxa reparar em suas roupas bruxas.
Chegando à casa de seus tios, não teve outra sensação, do que o alívio de ter tirado sua tia, tio e primo dali antes que aquilo acontecesse. A porta da casa estava caída, a casa havia sido arrombada. A polícia dos trouxas estava alí.
Muitos vizinhos se aglomeravam a volta.
- Quem é você? – perguntou o polícia lançando um olhar curioso para as roupas do rapaz.
- Sou o sobrinho dos donos da casa. Morei aqui a minha vida toda.
- E você sabe onde estão seus tios, garoto?
- Estão hospedados na minha casa. Em Londres. – ele respondeu.
- Como se chama?
- Harry Potter. Há alguma pista dos desordeiros que invadiram a casa?
- Veja você mesmo.
Harry entrou. A casa estava destruída. Os sofás haviam sido rasgados. Os quadros jogados no chão. Aparentemente, quem estivera alí procurava por algo. Harry pegou um retrato novo de Duda e guardou no bolso.
- Quando aconteceu isso? – perguntou ele.
- Os vizinhos disseram que deve ter sido ontem a noite.
A cozinha estava revirada como todo o resto, a televisão havia sido explodida! Harry foi para seu quarto, havia uma carta sobre sua cama.

não poderá fugir de nós por muito tempo, Potter.
Se não pudermos atingi-lo, atingiremos seus amigos e parentes.


Harry arregalou os olhos para a carta, mas não deixou transparecer nada. O policial ao seu lado o olhava preocupado.
- Parece que alguém não gosta de mim. Fiz bem em tirar minha família daqui.
- Preciso de todos os seus dados. Sabe quem está atrás de você?
Harry deu de ombros.
- Desculpe estou atrasado. Irei falar com vocês amanhã de manhã no posto mais próximo daqui.
Dito isso, Harry desceu rapidamente para a sala onde não havia ninguém e aparatou de volta para o hospital.
- Aqui está doutora.
- O senhor demorou senhor Potter. – disse ela mau humorada.
- Desculpe.
Ela pegou a foto de Duda.
- Preciso ficar sozinha. Ela apertou um botão e imediatamente três enfermeiras entraram no consultório.
Harry se retirou e foi ao encontro de Ron e Hermione.
- Invadiram a casa dos meus tios.
- Comensais? – perguntou Hermione assustada.
- Vejam. – Harry entregou a carta na mão dela.
- Harry... – ela murmurou.
- Temos que enviar cartas para todos os nossos amigos... ou ir às casas deles, ou encontrar um meio para contata-los. – ele disse preocupado.
- Vou procurá-los pela lareira. – disse Ron se levantando – agora mesmo.
- E eu vou ver se tem alguém aqui no hospital. – disse Hermione.- Harry, você deve esperar seu primo.
- Não posso ficar sem fazer nada!
- Então me ajude a fazer uma lista com os nomes de amigos e familiares deles que possam estar aqui.
Ron desaparatou para o largo Grimmauld enquanto Hermione e Harry listavam os amigos.
Logo Hermione foi conferir se havia alguma entrada no hospital de alguns deles.
Duda saiu meio que correndo trêmulo do consultório da curandeira.
- Harry... – ele disse nervoso – ela quer me lançar... – ele engasgou. Fugindo para trás dele.
- Temos que apagar a memória dele! – disse a curandeira.
- Não há necessidade. – disse Harry. – ele vê magias desde pequeno. Cresci com ele.
- Está bem, então. – disse a enfermeira de contra vontade.
- Escute, será que eu poderia ver os pais do meu amigo que estão aqui no hospital?
- Quem são eles?
- Frank e Alice Longbotton – disse Harry.
- Claro, acho que eles estão recebendo visita – disse a enfermeira mais moça.
- Pode me levar lá, por favor?
- Claro.
Harry acompanhou a enfermeira com Duda nos calcanhares.
Eles três entraram no quarto bem em tempo! A visita estava de varinha em mão, pronto para atacar. Harry empurrou Duda para fora do quarto tirou a varinha do bolso ao mesmo tempo que a enfermeira, mas ao contrário dela, atacou mais rápido.
- Estupefaça! - Harry viu o grande comensal caindo no chão e correu para os pais de Neville. Eles estavam bem, assustados ao ver o comensal, o olhar distante havia sumido dos olhos de ambos.
- O que aconteceu? – disse Alice como se tivesse acordado de um sonho.
- James? – perguntou Frank.
- Não, meus pais morreram dezesseis anos atrás. Eu sou Harry Potter. – disse ele sorrindo tristemente. – Neville vai surtar quando vê-los realmente acordados!
- Neville? O meu filho? – disse Alice triste.
- Dezesseis anos se passaram? Isso significa que estamos no Saint Mungus a todo esse tempo?
- Sim... – disse Harry. – aliás - ele deu as costas para os pais de seu amigo e abriu a porta. – Duda, entre agora.
O primo entrou no quarto com uma expressão apavorada. Olhou para o homem caído no chão.
- Vou chamar os aurores! – disse a enfermeira.
- Não! – disse Harry depressa – deixe comigo! Eu o levarei... até Shacklebolt e Tonks.
Os pais de Neville pareciam não entender nada.
Alice tinha os cabelos muito negros, lisos e brilhantes, o rosto redondo, Neville se parecia mais com ela.
Frank era mais alto e magro, ele e Neville tinham narizes iguais.
- E assim que deixá-lo aos cuidados deles, farei uma visita a Neville e à senhora Longbotton! – acrescentou animado. Vou contar as novidades. Duda, fique com eles, logo estarei de volta.
O garoto começou a negar com a cabeça.
- Estará bem aqui.
Harry conjurou cordas que amarraram o comensal. Ergueu a varinha e o corpo do homem se ergueu deixando aparecer seu rosto. Era o pai de Crabbe. Um dos próximos a Voldemort.
Harry pousou a mão no ombro do homem e aparatou os dois para o escritório de Shacklebolt no ministério
- Quim!! – Harry chamou, mas foi Tonks quem apareceu primeiro com os cabelos roxos.
- Harry! – ela exclamou animada, depois olhando o comensal... – você o capturou?
- Fui.. – estava tentando matar os pais de Neville.
Quim entrou na sala.
- Harry?
- Ah, olá, Quim, eu peguei Crabbe tentando atacar os pais de Neville no Saint Mungus.
- Obrigado – disse ele eficiente. - O levarei imediatamente para ser interrogado. Por favor avise os outros.
- Está bem.
- E como estão Frank e Alice? – perguntou Tonks.
- Não poderiam estar melhor! – exclamou Harry. – Eles despertaram de tudo. Estão conscientes. Eu ía avisar Neville e a avó dele quando saísse daqui, mas não tem problema, aviso depois.
- Imagina Harry, deixe que eu vou para o largo Grimmauld! – disse Tonks empolgada – vá dar as boas notícias a eles!
- Está bem. Ah... mas eu não sei onde eles moram... – Harry disse.
- Eles moram em Manchester, conhece? - Perguntou Tonks.
- Só no mapa.
- Serve, fica a noroeste daqui, como você sabe. Eles moram em um pequeno vilarejo chamado Lindsay.
Tonks mostrou uma foto do lugar, deu todas as indicações e então Harry conseguiu aparatar para lá. Aparatou diante da casa do amigo. Parecia, pelo som, haver muita gente alí dentro. O som de risos enchia a casa.
Harry tocou a campainha.
Um elfo doméstico mais baixo que Dobby abriu a porta.
- Oi. – disse Harry – Neville está?
- Sim, está. – respondeu o elfo – quem é o senhor?
- Harry Potter.
- Harry Potter? – esganiçou-se o elfo.
- Sim.
- Por favor, queira entrar, senhor. Vou chamar o amo Neville.
Minutos depois Neville apareceu.
- Harry! Como vai?
- Tudo bem, Neville?
- Tudo. – disse ele. Neville havia emagrecido. – Venha para a sala, a minha avó e meu tio querem cumprimentá-lo.
- Ahn, claro... – disse Harry sem jeito.
Ele acompanhou o amigo para a sala onde estavam os parentes de Neville jogando xadrez de bruxo.
- Olá, Harry!! Como vai?? – perguntou a avó de Neville.
- Muito prazer Harry! – disse o tio.
- Como vão? – ele perguntou. – Bem, eu vim lhes trazer uma notícia. Agora a pouco estava no Saint Mungus, tentaram matar os pais de Neville, mas chegamos em tempo.
Os três Longbottons prenderam a respiração.
- Aparentemente com o susto, eles despertaram. Estão completamente conscientes! – Harry disse animado.
A avó de Neville saltou da cadeira e veio abraçar Harry.
- Ah! Que boa notícia você nos trouxe, meu garoto! Não podíamos ter melhores!
- Bem, eu preciso voltar ao Saint Mungus – disse ele feliz. – larguei meu primo e Hermione lá.
- Está bem. – disse a senhora – até outra hora.
- Até logo Harry!! – disse Neville feliz demais para poder dizer ou fazer alguma coisa.
Harry aparatou dali de dentro mesmo no hospital, ao lado de Duda que tomou um susto e saiu correndo.
- Sou eu, seu burro!
Os pais de Neville e Hermione caíram na risada.
- Mione, tem alguém aqui?
- Até agora nenhum amigo nosso deu entrada.
- Então vamos voltar ao largo Grimmauld?
- Vamos.
- Vou avisar Lupin que os senhores despertaram. Ele ficará feliz.
- Nós poderemos ir para casa logo, - disse Alice – foi o que a enfermeira falou.
- Hoje teremos o casamento de um dos Weasleys.
- Sim, Neville, a avó e o tio foram convidados – disse Harry pensativo.
- Quem sabe, até de noite nós possamos ir – disse Frank animado enquanto a enfermeira media sua pressão.
Harry, e Hermione se despediram enquanto Dudley esperneava querendo voltar logo para a casa no momento que um bruxo descontrolado era levado para do quarto, soltava fagulhas de magia até pelo nariz.
Harry aparatou Dudley de volta para a casa, Hermione já estava a caminho da entrada. Os dois a acompanharam.
Ron estava na cozinha com a cabeça dentro da lareira ainda procurando os amigos.
Slughorn estava na cozinha junto de Moody e Romilda Vance.
- Olá Harry! Hermione! – disse ele animado.
- Olá professor – disseram os dois em uníssono.
- Alguma novidade? – perguntou a Sra. Vance.
- Bem, atacaram a casa dos meus tios, e deixaram essa carta. – Harry enfiou a mão no bolso e tirou dele a carta, dando-a na mão de Moody.
Duda olhou para ele nervoso.
- Quem atacou a minha casa?
- Provavelmente uns comensais da morte. – disse Moody olhando a carta.
- Harry, Ron, Hermione, - a Sra. Weasley entrou na cozinha. – Vão se arrumar... já está tarde.
Ron já havia saído da lareira. E estava se levantando do chão.
Harry acompanhou os amigos pela escada e se despediram de Mione quando esta entrou em seu quarto, Duda havia pego outra escada para ir para seu quarto, Ron foi tomar banho primeiro, enquanto isso Harry fora namorar um pouco Ginny.
Enquanto estavam conversando no quarto da garota, ela tirava o vestido novo do armário. Tia Petúnia bateu na porta do quarto.
Harry abriu, ela parecia ter andado pela casa toda a procura dele. Estava exausta, embora curiosamente carregasse no rosto uma alegria contagiante.
- Oi Harry! – ela exclamou – eu estava a sua procura! Tenho que lhe contar! É incrível! Inacreditável! Valter vai querer morrer – ela acrescentou numa voz tristonha.
- O que?
- Bem voltei do médico. – ela fez uma pausa. – Estou grávida!
- Ah... – disse Harry sem saber o que dizer. – Bem, parabéns...
- Sabe, eu sei que estou grávida já faz um tempo, e precisava lhe dizer. Faz cerca de dois meses. A barriga ainda não aparece, mas o que é importante, é que – ela fez nova pausa – sinto magia fluindo no meu corpo.
- Como? – perguntou Harry sem ter certeza se entendera. – Magia?
A tia concordou com a cabeça.
- Tenho certeza de que se pegasse sua varinha agora, poderia fazer milhões de feitiços! Meu filho é bruxo, Harry!
- E já dá pra ver se é menino ou menina? – perguntou Harry que agora estava interessado no primo. – Se for verdade, por mim esse bebê saberá tudo sobre o mundo bruxo!
- Não dá pra ver! – disse a tia alegre. – mas eu nunca me senti tão feliz!
Harry sorriu para a tia.
- Mione está saindo do banho, Harry. – Disse Ginny.
- Ah... eu vou para o meu quarto - disse a tia saindo pelo corredor.
- E eu para o meu – disse Harry dando uma piscadinha para a namorada. – Até mais tarde.
- Até mais Harry.
Ele voltou para o quarto, Ron já estava se vestindo. Ele então entrou no banho. Meia hora depois estava pronto para irem ao casamento.
Harry, Ron, Hermione, os outros Weasley, o pai de Fleur, Lupin e Tonks, se encontraram no saguão de entrada da casa.
Fred e Jorge vieram de limusine buscar os convidados.
Todos entraram nos carros e foram para a igreja que ficava no sul da Inglaterra. Em um beco como o Beco Diagonal, mas bem menos cheio. Alí havia cerca de dez igrejas, todas estavam tendo casamento.
A noite estava muito bela. Carros bruxos não paravam de chegar. Fleur, sua mãe, a Sra. Weasley, Ginny e Gabrielle viriam mais tarde com a noiva como costume.
Eles entraram animados na igreja. Harry, Mione, e Ron viram os Longbottons ao longe. Alice e Frank estavam com os braços passados pelos ombros de Neville.
Da parte de Carlinhos e uma garota que Harry não conhecia, Fred e Angelina, Jorge e Alícia, Ron e Mione, Harry e Ginny eram padrinhos, embora Ginny fosse também uma das damas de honra, ela assim que chegasse até o altar com Gabrielle e Fleur, tomaria seu lugar ao lado de Harry, assim como da parte de Fleur Viktor Krum e uma amiga de Fleur, além de outros quatro casais que o garoto nunca havia visto na vida.
Bill estava cumprimentando os convidados do lado de fora da Igreja. Todos o parabenizavam, Percy chegou com Penélope Cleanswatter. Bill, os irmãos, Harry e o Sr. Weasley, o cumprimentaram secamente. Mas ele fez que não percebeu.
Depois que não faltava ninguém, e a Igreja estava absolutamente lotada, com todos os membros da Ordem presentes, os professores de Hogwarts e Beauxibattons, todos os parentes amigáveis dos Weasleys, inclusive a Sra. Figg, Os padrinhos e o noivo entraram na Igreja.
A Sra. Weasley com o marido, a Sra. Delacour desacompanhada. A marcha nupcial começou a tocar, Ginny e Gabrielle a frente, traziam as alianças. Uma em cada almofadinha. Fleur estava atrás com o pai.
Ginny usava um vestido azul bebê, de alça, muito elegante e que nela caía perfeitamente, Gabrielle um rosa, no mesmo estilo.
Harry pensou que demoraria um século para Fleur chegar até Gui. Ela estava absolutamente divina! Cumprimentava a todos nas fileiras.
Quando as damas de honra chegaram no altar foi uma para cada lado, Gabrielle ainda segurando a almofadinha, assim como Ginny, deu o braço para um garoto que deveria ser um primo dela, pouco mais velho e Ginny deu o braço para Harry, finalmente Fleur chegou até o altar e o Sr. Delacour, cumprimentou Gui, o juiz de paz iniciou a cerimônia, finalmente começara a falar, e não se demorara.
Logo ele estava naquela parte.
- Se tiver alguém aqui reunido que queira impedir esse casamento, fale agora ou cale-se para sempre.
Depois de uma curta pausa, ninguém falou nada, então o juiz prosseguiu.
- Bill Weasley, você aceita a mão de Fleur Delacour, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, para amar e respeitar, até que a morte os separe?
- Aceito! – disse Gui animado segurando a mão da noiva.
O juiz então continuou satisfeito.
- Fleur Delacour, você a aceita a mão de Bill Weasley, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, para amar e respeitar, até que a morte os separe?
- Aceito! – disse ela no mesmo tom animado.
Ginny levou a aliança para Bill, ele deu um beijo na bochecha da irmã, pegou a aliança e colocou no dedo de Fleur, Ginny deixou a almofadinha atrás de um vaso que enfeitava a mesa do altar, e se juntou a Harry novamente, depois foi a vez de Gabrielle. Ela fez o mesmo com a almofadinha, mas do outro lado do altar onde havia um vaso idêntico. Bill e Fleur foram cumprimentar todos os padrinhos, os pais de Fleur e Gui, e depois voltaram pelo tapete vermelho em meio a grãos de arroz e pétalas de rosas. Entraram em uma carruagem semelhante a de Hogwarts e se foram para a lua de mel.
Os convidados ficaram muito tempo ainda na festa que foi feita para as famílias Lupin e Tonks estavam conversando felicíssimos com Frank e Alice. Recém recuperados. Harry e Ginny conversavam afastados, para não aparentar o namoro, mas Lupin começou a fazer sinais e Harry foi até eles.
- Harry! Então, você conheceu realmente os Longbottons?
- Conheci- disse Harry feliz. Por sorte.
- Podemos levar isso como um bom sinal.
- Acho que podemos desconfiar, né? – Moody chegou interrompendo. – Estão acontecendo muitas coisas boas. Como vamos saber se vocês são realmente Frank e Alice? Podem ser comensais com a poção polissuco!
- Ora, Alastor, não seja exagerado. – disse a prof. Minerva – amanhã os dois irão à Hogwarts fazer o teste.
- Eu não tenho muitas dúvidas – disse Lupin – Frank lembrou-me de umas coisas que conversamos no nosso quarto na Grifinória, certa vez, que seria impossível outra pessoa que não fosse Thiago ou Sirius saberem. Rabicho não saberia porque naquele dia havia sumido, ninguém o achava.
- Se lembra quando o achamos Remo?
Alice caiu na gargalhada.
- Eu lembro! Ele estava pendurado na copa da árvore mais alta a margem da Floresta Proibida, chorando de medo! Apavorado e gritando por ajuda.
Os outros dois caíram na gargalhada.
- Era o mais medroso mesmo de todos nós! – disse Frank.
Harry estava quieto.
- Rabicho foi levado para Azkaban?
- Sim, foi. Junto com os outros três comensais que pegamos.
- O que? – exclamou Frank sem entender – Rabicho, junto com os comensais?
- Ele era o traidor – esclareceu Moody.
- Maldito.
- Assim como Snape. – Disse Neville aos pais.
- Mas do Snape sempre desconfiamos. O odiávamos no colégio.
- Bom, mas pelo menos estamos mais preparados agora do que estávamos antes. – disse Moody.
Harry lembrou-se de Dumbledore dizer a mesma coisa.
Alice olhava para Harry, seus olhos marejando.
- Sabe, seu pai foi uma das melhores pessoas que eu poderia ter tido na minha vida. Bom amigo, irmão protetor, lembra, Frank, quando começamos a namorar?
Harry pareceu não ter escutado direito.
- O que a senhora disse que o meu pai era? Irmão protetor?
- Isso... quando nossos pais foram assassinados, ele foi quem conseguiu me dar apoio. Ficou firme e forte... não sei como agüentou...
- A senhora é minha tia? – Harry perguntou sem entender.
- Você não sabia, Harry? – perguntou Lupin. – Achei que soubesse!!
- Não... eu pensei que não tivesse parentes vivos entre os bruxos.
- Por que não contou, Neville? – perguntou o pai.
- Eu achei que Harry soubesse, mas também nunca falei muito.
- Neville! Você é meu primo e nunca me disse! – disse o garoto abobalhado.
- Sua mãe era minha melhor amiga, Harry... – disse Alice.
Harry ficou muito mais animado depois disso. Conhecia a sua tia! Irmã do seu pai e melhor amiga da sua mãe!
O resto da noite passou muito rápido, os pais de Neville voltariam a ajudar na Ordem da Fenix, e se mudariam para a casa também, a mansão tinha tantas paredes falsas que Harry encontrou um novo corredor com muitos quartos. Todos já limpos, graças ao novo elfo, assim não faltariam quartos.
De volta a mansão Black, Harry deu boa noite a Ginny, Mione, e foi com Ron para seu quarto onde dormiu quase imediatamente.

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