Uma Cara Nova






Harry demorou a dormir. Estava indignado com todos. Não sabia explicar porque sentia tanta raiva, não só dos outros como de si mesmo. Sabia que precisava de alguém, de preferência nenhum de seus amigos porque não queria envolve-los no perigo e por algum motivo qualquer não se sentia à vontade com eles, mas sabia que precisava de alguém. Isso não o consolava, pois sabia que estaria sozinho nesse momento, como, na verdade, sempre esteve.

Os dias seguiram-se sem mais novidades. Já haviam deveres que deviam ser feitos e matérias atrás de matérias. Apesar do clima ainda estar um pouco tenso, os alunos pareciam se divertir. No fundo não achavam que todas as precauções tomadas resistiriam por muito tempo. No momento estavam mais preocupados em comentar sobre o novo professor de Defesa Contra as Artes das Trevas pois, apesar de ser um bom professor, este tinha dificuldade em falar e muitas vezes gaguejava e isso os alunos não deixavam passar em branco.
Além disso, ao contrário do que pensou, Harry melhorou o seu humor com o passar do tempo. Apesar dele ainda estar afastado dos amigos, que não ousavam falar-lhe nada, ficou mais calmo e começou a ser envolvido pelo clima do colégio, que ele tanto gostava. Esquecer de seus problemas, era isso que ele queria.
A segunda semana de aula já estava no fim. Os garotos estavam na aula de poções, entediados como sempre, escutando o Prof. Snape falar asperamente sobre como precisa ser rigoroso a escolha e o uso dos ingredientes de uma poção, principalmente para que ela não virasse um veneno letal, e foi nesse momento que alguém bateu na porta. Todos olharam para ela. O Prof. Snape virou para encara-la. Não era comum haverem interrupções na aula de poções. A maçaneta moveu-se vagarosamente e a porta começou a ser empurrada. Estava um silêncio profundo. Começaram a achar que havia alguma coisa errada. A porta movia-se lentamente para frente. Um manto negro apareceu. A figura parecia deslizar. O capuz sombrio dirigiu-se para os rostos aflitos. Todos prenderam a respiração. As mangas negras direcionaram-se para o capuz e o abaixou. O rosto de uma garota surgiu.
_ Boa tarde! – disse o diretor aparecendo logo atrás da menina.- Quero apresentar para vocês sua nova colega. Ela foi transferida para Hogwarts, então espero que vocês a recebam bem!- falou, aparentando um pouco de pressa.
O ministro fechou a porta da sala e saiu rapidamente pelo corredor. A garota assentou-se e, sem nenhum tipo de apresentação ou comprimento, Snape continuou a aula e todos foram obrigados a voltar-se para frente. As palavras de Snape agora eram ignoradas por completo. Todos voltaram suas atenções para a menina. Ela tinha estatura média. Os cabelos eram de um castanho dourado e caíam-lhe abaixo do ombro.Tinha uma expressão levemente séria. Seus olhos, atingidos pela luz do pôr do Sol também estavam dourados, com o contorno preto da íris que os ressaltavam.
_ Isso é muito estranho – disse Hermione – transferiram um aluno? Bem no sexto ano? Acho que nunca aconteceu.
_ É, ela me dá arrepios.- falou Rony – Só não sei se isso é bom ou ruim...
_ Seu sem vergonha! Como é que você consegue pensar numa coisa dessas? Você nem a conhece!- ralhou a garota, indignada.
_ Mas o que é que foi em Mione, eu não disse nada!- se defendeu o outro.
_ Ora, não me venha com essa!- reclamou Hermione.
_ Harry, diz para ela que...
_Sr. Weasley e Sta. Granger, eu não aturo conversas na minha aula, vocês já deviam ter percebido isso. Menos 10 pontos para a Grifinória!
_ Mas...- começou Rony indignado.
_ De cada um.- completou o professor.

Saíram da aula injuriados.
_ Afinal de conta, não éramos só nós!-disse Hermione irritada.
_ Você tem razão! – falou Rony com ar de superioridade – Tem toda a razão!
Foram jantar e aproveitaram para comentar sobre a tal menina novata:
_ Mas, afinal de contas, de onde ela pode ter vindo?- perguntou Mione – De que colégio?
_ Ah Mione, você não vai querer que eu te responda isso?- reclamou Rony – Ou vai? Eu não faço a mí-ni-ma idéia!
_ Por que vocês não perguntam para ela?- sugeriu Harry.
_ Tudo bem. – voltou-se a garota – Nós vamos falar com ela!
_ O-o q-quê? Vocês vão chegar para ela sem mais nem menos e falar; ‘Oi, tudo bem? De onde você vem? Por que? Quando? Como? De que modo?’- imitou Rony, afinando sua voz, mas quando olhou para Hermione percebeu como ela estava decidida a fazer aquilo – Ah! Ta bem então, que que eu posso fazer para te parar? Nada! Então...- disse o garoto com uma cara de arrependimento –...
eu vou com vocês.
Mas para o alívio de Rony, tal menina não tinha ido jantar. Fôra a primeira a sair da sala. Também não estava na sala comunal.
_ Ela também não esta aqui! – bufou Hermione.
_ É mesmo!- disse Rony.
_ É mesmo o que?- perguntou ela.
_ Ela é da Grifinória!- completou o garoto.
Antes de Hermione debochar da pouca percepção de Rony, este voltou a falar com a voz de quem descobriu algo incrível:
_ Ela vai passar por aqui alguma hora!- afirmou Rony – É só ficarmos esperando!
_ Você tem razão- concluiu Mione – mas nós não vamos esperar aqui a noite toda!
_ Quem disse que vai ser a noite toda?- argumentou o outro.
_ Se ela é da Grifinória – começou Harry – e do 6 ano, ela vai ser a sua colega de quarto. Não precisa esperar, na hora que ela chegar você vai perceber.
_ Eu já vou dormir.- disse Harry levantando-se.
_ Eu também. – disse Rony, fazendo o mesmo.
_ Boa noite!- disseram em uníssono para Hermione e subiram para o dormitório masculino.
_ Noite – respondeu ela distraidamente. Nesse momento tinha em mente algo muito mais importante para resolver.
_ “Essa garota não trocou nenhum olhar com Snape quando entrou, nem ele com ela! Isso não é o comportamento normal de uma estudante novata! Além do mais, o que é que ela está fazendo até agora? Não foi jantar e não veio para a sala comunal! Isso não é normal! Ela nem conhece o castelo e fica andando por ai... fora isso tem o fato de que já anoiteceu há muito tempo e ela deve saber que não se pode ficar do lado de fora há essa hora!” - pensava Hermione.
Resolveu ir dormir. Devia, por causa dos últimos acontecimentos, estar ficando um pouco paranóica. Além disso, Harry tinha razão. Quando a garota chegasse, ela saberia. E, pensando nisso, encarou a cama que fôra acrescentada ao quarto e dormiu.



* * *
OI! ESSE CAPÍTULO FICOU MUITO PEQUENO...MAS EU ESTOU ME EMPENHANDO EM FAZÊ-LOS CADA VEZ MAIORES!!!
EU REALMENTE GOSTARIA DE COMENTÁRIOS A RESPEITO DA FIC!!!! É MUITO IMPORTANTE PARA MIM!!! MEU E-MAIL É [email protected] . ESTOU ESPERANDO ANSIOSA!!!

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