Conto XIV – A coluna da Sra. P



Conto XIV – A coluna da Sra. Pufflower

Nota Inicial: Conto escrito por mim, mais uma vez, assumindo a terceira pessoa onisciente. Mesmo após a grande revelação de Pontas, nós, marotos, não nos convencemos por completo. Uma prova é pedida. Conseguirá Pontas, sozinho, mostrar aos três Marotos que a sua teoria é válida? Divirtam-se em mais uma das nossas travessuras.

Remo Lupin

Não houve muito tempo para discussões. Lupin, Sirius e Pedro não sabiam muito bem o que dizer rente àquela declaração. De fato, aquilo não fora suficiente para convencê-los, mas assumir para Tiago que continuavam a achar que Tíber era culpado mesmo após a revelação do maroto, seria motivo para muita discussão e, felizmente, os três incrédulos preferiram se calar, com a esperança de discutirem tudo aquilo mais tarde.

Tiago sorriu ao se deparar com aquele silêncio; para ele só significava uma coisa “eles concordam comigo. Mal sabem o que falar... Eu sou mesmo demais!”. Falou:

- Então? Não vão me pedir desculpas?

- Anh... podemos ir para a aula? Já estamos atrasados – falou Pedro, a primeira coisa que lhe viera à cabeça.

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De fato, estavam mesmo atrasados e McGonagall, como é bem sabido, não é do tipo de perdoar atrasos em suas aulas; portanto, ao retornarem para a torre da Grifinória passando pelo Salão Principal, os grifinorianos tiveram de se acostumar com a nova posição no Campeonato das Casas.

- Segundo lugar? – soava sarcasticamente uma voz já bem conhecida pelos marotos – Sonserina vencerá outra vez – e disse de uma forma tão provocativa, que até mesmo um aluno da Corvinal se manifestou:

- Isso é o que você pensa, panaca seboso – retirando-se do salão.

- Controle a sua língua, Steven. Sou muito amigo do Professor Slughorn, como bem sabe.

- Ah! É claro! Foi o professor Slughorn que te contou também sobre o caso do Tíber? Ele e a sua pança. Isto prova que ele não consegue ficar de boca fechada, literalmente – respondeu Tiago, aproximando-se de Snape.

- Vejo um complô contra mim? – ironizou Snape, erguendo uma sobrancelha ao falar, cinicamente – A inveja realmente muda o caráter das pessoas. E quando digo isto, me refiro ao Steven. Você continua como sempre, Potter.

- Pois as suas fontes estão um pouco esclerosadas. Caso queira saber, o Tíber é inocente. Eu mesmo comprovei isto quando fui as...– mas Tiago percebera a besteira que falara e parara no mesmo instante. Lupin, nervoso, tentou emendar a frase:

- Quando foi as-sistir... assistir... a tortura do elfo! Mas isto não te interessa não é? Vamos, Tiago! – falou, puxando o amigo pelo braço e marchando, seguido de Pedro e Sirius, para o Saguão de Entrada.

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Bastou que entrassem no dormitório masculino da Grifinória para uma discussão se iniciar. Tiago, mal pusera os pés no aposento, sentiu duas mãos o empurrando forte em direção a uma cama. O maroto, despreparado, desabou sobre aquela.

- Que diabos pensa que está fazendo, Sirius? – Tiago perguntou, erguendo-se com os punhos cerrados.

- Eu que te pergunto, Tiago. Você está louco? ESTÁ? – Sirius segurava Tiago pela camisa.

- Dá para me soltar? – falou o outro, afastando a mão do amigo para longe – Agora, me explique o porquê disto!

- Por quê? Oras! O que você pensa que estava fazendo? Contando ao Snape que foi sozinho as masmorras? Contar que desobedeceu a uma regra rente a toda escola? Já não bastam os quinze pontos perdidos para a Grifinória hoje mais cedo? Você não teme a detenções? – o garoto falava aquilo tudo rápido e com um quê grosseiro.

- Tiago, você precisa se controlar. Não pode se trocar com o Snape sempre que o encontra... OK, semana passada te dei razão, mas... -começou Lupin quando foi interrompido.

- Vocês já não são os mesmos, se querem saber. Nunca concordam comigo. Só falta me dizerem que ainda acham o Tíber culpado... – mas Tiago falou isto com uma certa ironia. Pouco esperava, porém, que os seus amigos se encarassem, sem jeito, e Pedro dissesse logo a seguir:

- A sua teoria, err... não nos convenceu, desculpa.

- N-não convenceu?

- Sabe, precisamos de provas... Não é bem assim, Tiago. O elfo pode mentir... o elfo foi pego com as nossas coisas! – Lupin falava calmamente, esperando que Tiago e Sirius não se exaltassem outra vez.

- Pr-provas?

- Digo com outras palavras: a sua história toda é boba, se quer saber. O elfo chegou a te dizer que não era culpado? Não, você deduziu. E mesmo que tivesse dito, quem garante que não estaria mentindo? – desta vez foi Sirius, falando sem medir palavras, ao contrário dos amigos.

- Espere aí! Por que o que contei agora é bobagem? Até alguns segundos atrás vocês pareciam acreditar em mim!

- Tiago, por favor, escute isto e não nos leve a mal. O elfo foi pego em flagrante. Estava escondendo as nossas coisas, só ele mesmo sabe o porquê. Você foi visitá-lo e, pelo que entendemos, não extraiu nada dele. Deduziu que este estivesse livre por ter entrado em contato com roupas, mas, pense bem... Quem lava as nossas roupas em Hogwarts? Eu não lavo! – enfim Lupin desabafara o que achava. Não esperava, realmente, que Tiago conseguisse sair dessa.

- Anh...

- E então, Tiago, como explica? Sabe o que acho? Eles se libertam sim, mas se tiverem contatos com a roupa de seu mentor, seu mestre, seu senhor. Ou então, quem sabe, receber acidentalmente do mestre uma peça de roupa. Coisas assim devem libertar um elfo. Mas, creio eu, recebê-las com a ordem “É somente para lavá-las”, não deve libertá-los.

- Anh... – Tiago estava perdido. Fora posto contra a parede. Não tinha por onde sair. Lupin falava com convicção e tudo aquilo fazia tanto sentido... – OK. Tenho que admitir que você parece estar certo, desta vez.

Tiago desceu, pensativo, para o Salão Comunal, ainda uniformizado e com a mochila nas costas. Pedro, Lupin e Sirius, entretanto, puseram-se a falar:

- Você pegou um pouco pesado, Sirius – falou Pedro ao amigo – Não precisava ter agredido o Tiago.

- É, eu sei. Estou realmente chateado por ter perdido a cabeça. O pior foi que ele sequer tentou me agredir – o garoto dizia aquilo, parecendo extremamente angustiado. Lupin, entretanto, prosseguiu:

- Espero que tudo não tenha passado de um mal-entendido. Agora, precisamos provar em detalhes, sem deixar espaço para dúvidas, que o Tíber realmente roubou as nossas malas. OK, isto já parece ser óbvio demais para nós, mas, acreditem, o nosso amigo Tiago ainda não se convenceu.

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E, de fato, não se convencera. Naquele mesmo instante, o coração do garoto batia acelerado, os olhos marejados de lágrimas, enquanto segurava um jornal aos olhos. O que lia não podia ser real...

- Este Profeta é meu, Potter – ouviu uma voz feminina e ao virar-se deparou com Lílian, de mãos estendidas.

- Por favor, posso mostrar esta matéria aos meus amigos? – ele disse, segurando-se para não correr para o dormitório.

- A Coluna da Sra. Pufflower? – os grandes olhos verdes de Lílian abriram-se em uma expressão de sorriso – Você lê a coluna dela? Não posso acreditar!

- Anh... e por que não leria? – Tiago falou, sem compreender.

- É coluna para bruxas aposentadas! – Lílian mal podia se conter de tanto rir – Mas, OK, se isto realmente te interessa... – riu um pouco mais – pode levar.


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- Vocês não vão acreditar! – Tiago exclamou, ao entrar no dormitório masculino, ofegante, após subir as escadas velozmente – Adivinhem quem foi promovido a Chefe do Setor de Obvliação? – e estendeu o jornal a Lupin, que leu:

- Sr. Nilton Coaty? – e seus olhos ergueram-se, espantado, do pergaminho para os três garotos que o assistiam – Espere aí... este não é o nome do mestre do Tíber? Aquele que devia ter morrido?

- Exatamente – finalizou Tiago.

Notas finais:(além de conter notas do autor, há também os pensamentos, detalhes e opiniões pessoais de cada maroto sobre os diversos acontecimentos do conto).

# Como prometido, mesmo que rapidamente, a Lílian teve a sua aparição neste conto.

# Foi realmente complicado escrever este conto. Eu precisava negar uma teoria e introduzir um fato que levasse a formação de outra. Fazer tudo isto em poucas linhas é realmente difícil. Espero que tenha saído um bom resultado.

# Sim, é isso que vocês leram. Negar uma teoria. Já podemos desconsiderar aquela história toda do Tiago a respeito do Tíber, narrada no conto anterior. Mas, não se preocupem, ainda há muito para se saber sobre o elfo.

# Já houve quem me perguntasse porque o romance diminuiu na narrativa. De fato, ele não diminuiu só na narrativa, como na vida dos marotos nesta fase. Pensemos bem: Pedro não quer saber de romance; Lupin só quer provar que Tíber é culpado; Tiago quer provar a inocência do elfo. Resta-nos Sirius, que namora com Francy às escondidas.

# Creio eu que o próximo conto centre-se um pouco no Lupin e, para felicidade geral, está em meus planos, por o Pedro para narrar uma parte.

Bom, é isso! Espero que tenham gostado do conto. Demorei tanto a escrevê-lo e postá-lo... Se bem que isso já não é mais novidade, não é? Estou totalmente sem compromisso com vocês. Peço desculpas.

Pois bem, aguardemos então um novo conto! ^^

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