Minister House’s
Dois dias se passaram e as confusões na TOCA estavam longe de terminar. Fleur vivia chorando pelos cantos com saudades de Gui. Que estava no St. Mungus há quase um mês por ter levado uma mordida de Greyback, o lobisomem mais perverso que conheciam. Porém tinha grande chance de ter uma boa recuperação. Pois no momento que Gui fora mordido, Greyback estava em sua forma humana. Quando Molly via Fleur chorando por causa de Gui, não conseguia evitar, desatava a chorar também.
Harry tinha perdido a vergonha de falar com Gina. Mas não estavam juntos, apenas como amigos. Rony desconfiava, achando que ainda estavam juntos, mas não percebeu nada de mais nos últimos dias. Fred e George já tinham partido para o Beco Diagonal, para cuidarem de sua loja. Preferiam dormir mesmo no fundo e comer fora do que todo dia voltar para casa.
Todas as tardes eles jogavam quadribol no jardim. Harry aproveitava para se divertir com sua firebolt enquanto tinha tempo. E para não perder a pratica já que este ano não seria capaz de voltar a Hogwarts para poder disputar um jogo de verdade. Rony só queria atuar como goleiro, para ver se melhorava bem mais. Gina não fazia feio. Rebatia todas as goles que eles mesmos tinham enfeitiçado. Além de artilheira, Gina queria treinar para ser rebatedora. Para a inveja de Rony que não admitia que sua irmã fosse melhor que ele.
Harry se matava de rir das discussões dos dois. Gina falando que até Luna Lovegood é capaz de defender melhor do que ele. O que deixava Rony nervoso e não conseguia se concentrar na hora de defender. Já Harry, enfeitiçou uma miniatura do pomo de ouro que tinha ganhado. E sozinho voava ao redor da casa dos Weasleys para ver quanto tempo levava para capturar o pomo. E Rony lá de baixo cronometrava o tempo.
Harry finalmente estava feliz nas suas férias de verão. Mas seu animo acabava só de pensar que muitos enigmas teria que desvendar. Só estava esperando a chegada de Hermione para poder contá-los a respeito da caixa de sua mãe e sobre seu misterioso avô. Harry sentia muita falta de Sirius. Era a única pessoa que podia ajudá-lo a desvendar os mistérios que o rondavam. Não via a hora de tudo chegar ao fim, como Gina dissera com toda certeza, que o bem sempre vence o mal.
Lá na entrada da casa dos Weasleys, por onde Harry tinha entrado, via o Noitibus Andante parando. Hermione descia do ônibus. Não estava sozinha, uma mulher de longos cabelos vermelhos vinha ao seu lado. Harry e Rony demoraram em reconhecer quem era a bruxa que vinha com Hermione. Ao se aproximar, as dúvidas acabaram. Ninfadora Thonks estava com um “look” muito sofisticado, bem moderno. Rony chegou a assoviar quando a viu.
- Ninfadora, que trajes! – surpreendia Molly
Thonks usava um longo vestido vermelho-vivo, que combinava com a nova cor de seus cabelos. Uma meia toda colorida chamava mais atenção ainda. E para completar seu visual, um chapeuzinho preto de pano com as siglas “ES” bordada.
- Alou... Em que vassoura estão voando??? – brincava Thonks – A banda mais famosa está vindo tocar aqui perto. AS ESQUISITONAS. Gostaram do meu novo visual? Estou igual a baixista Jane não acham?
- Idêntica – falou Gina ironicamente.
- Ahá! Brigada Gina querida, Hermione estava dizendo que eu não tenho senso de ridículo. – disse Thonks, não percebendo que ninguém apoiava seu visual.
Harry achava que Thonks estava bem mais alegre. Tinha passado períodos em crise por causa da morte de Sirius. Depois que descobriram que ela estava apaixonada por Lupin, seu humor foi melhorando respectivamente.
- As Esquisitonas tocaram lá em Hogwarts no baile de inverno, no quarto ano. – disse Rony. – E onde estarão agora?
- Em Hogsmeade – falava Hermione secamente. – No último final de semana de outubro, perto do dia das bruxas.
- Isso mesmo. Comemoração de aniversário de Hogsmeade, 500 anos! Único vilarejo totalmente bruxo da Grã-Bretanha. – falava Thonks empolgada.
- Não sabia que Hogsmeade tinha tanto tempo de existência assim. – dizia Harry.
Após discutirem bastantes sobre o Show das ESQUISITONAS, Molly os falou que à tarde, todos iriam para o Beco Diagonal. Visitariam Gui no St. Mungus, Fred e George em sua loja “Gemealidades Weasleys”, e finalmente Srª Weasleys disse que resolveria se Rony e Gina iriam para Beauxbatons ou não.
A chegada de Hermione, com o agito de Thonks, tinham feito Rony e Harry esquecerem do assunto de Hermione. Que parecia ser coisa séria. Sua carta relatava que uma coisa terrível aconteceu. Mas não demorou muito para ser desvendado. Hermione chamou Harry, Rony e Gina num canto para contar o que tinha realmente acontecido.
- Como pude perceber nenhum de vocês irão para Beauxbatons. – dizia Hermione.
- Eu e Rony ainda não sabemos, mamão não resolveu ainda.
- Para a Srª Weasleys não ter resolvido ainda, acho que não terão que ir para Beauxbatons.
- Mas porque diz isso Hermione? – perguntava Harry. – Não me diga que você vai?
- Sim Harry. Terei que ir. Meus pais não querem que eu perca um ano. Ainda mais sendo meu último ano. Estão lembrados? Teremos que prestar os NIEM’s. Se perdermos um ano de estudo, depois será muito mais difícil passarmos nos NIEM’s. – falava Hermione tristemente – Não era o que eu queria, mas não tenho outra opção, já que fecharam Hogwarts.
- Hermione você não pode ir – gritava Harry – Jamais pensei que iria para Beauxbatons. E você sabe muito bem que precisarei de você este ano. Tem que me ajudar!
- Eu sei Harry, mas eu não posso. Ordens de meus pais. Se soubesse o quanto chorei por isso...
- Mas Hermione, quando você mandou a carta dizendo que tinha acontecido algo terrível você falava sobre isso?
- Também Rony.
- Como assim também??? – ecoaram a voz de Harry, Rony e Gina ao mesmo tempo.
- Leram no Profeta Diário sobre que eles terão que evacuar todos os funcionários de Hogwarts. Apenas deixando os fantasmas, sem interferir na Floresta Proibida?
- Me lembro apenas de ter lido sobre um alojamento no Ministério para onde mandarão os professores. – dizia Harry não entendendo onde Hermione queria chegar. – Já vi que não perderam tempo em ler a parte de dentro do jornal. Vou buscá-lo para lêem. – Hermione saiu correndo em direção ao quarto de Gina, onde havia colocado seus pertences. Harry e Rony não imaginavam que tudo tinha a ver sobre os funcionários de Hogwarts. Minutos depois voltava ela com a Edição do profeta Diário, cujo tinha como primeira página falando sobre o Fechamento de Hogwarts. – Todos se preocuparam em ler a notícia da primeira página – dizia ela – e poucos leram dentro do jornal. Quando eu digo funcionários de Hogwarts. O que pensam? – perguntou ela, enquanto procurava a parte certa no jornal.
- Professores, Filch, Curandeiros, essas pessoas que trabalham na escola – disse Rony obviamente.
- Claro Rony. Mas quais funcionários são responsáveis pela comida, pela arrumação do colégio?
- Os Elfos domésticos – dissera Harry começando a entender do que Hermione falava – é verdade, não tinha pensado neles. Para onde o Ministério os mandará? –perguntou Harry.
- Leia você mesmo. – falou Hermione autoritária.
Funcionários de Hogwarts
Após o Fechamento de Hogwarts o Ministério mandará um grupo de aurores para vasculhar a escola. Para facilitar o trabalho da equipe, os professores e funcionários serão mandados para o Minister House’s, alojamento do...
- Isso não precisa Harry, leia mais embaixo. – interrompia Hermine. – Harry não entendendo muito bem, olhou para mais embaixo do jornal e pôde notar uma nota bem pequena, no lado direito na parte inferior do jornal, algo com o seguinte título: “A respeito dos Elfos...”
A respeito dos Elfos Domésticos:
Como não tivemos muita opção de onde “enfiar” os Elfos, decidimos mandar um grupo para o próprio Ministério para ajudar com a visita dos funcionários. E um grupo maior onde serão mandados para Azkaban. Que serão de grande ajuda.
Harry parou de ler. Agora lendo novamente para ele mesmo. Para ver se era isso mesmo que tinha entendido. – Continue a ler - falava Rony.
- Acabou – disse Hermione – vocês viram como trataram os Elfos, uma pequena nota em uma parte do jornal onde mal as pessoas podem ler. Reparem na primeira frase: “não tivemos muita opção de onde “enfiar” os Elfos” - o trataram como fossem um objeto sem valor – Hermione falava irritada.
- Ah.... Hermione, por favor – falava Rony. Pra que se preocupar com os Elfos.
- Rony, francamente. Nem sabendo que grande parte deles serão mandados para Azkaban você não consegue se tornar mais sereno com os pobres elfos. – falava Hermione irritada com a atitude de Rony.
- Hermione está certa – disse Harry – nunca fui a Azkaban, mas Sirius me contava sobre o lugar. Um lugar, medonho. Apenas dementadores vivem lá. É uma grande injustiça para os Elfos.
- Espero que agora me apóiem sobre o FALE. Quando formos para o Beco Diagonal passaremos no Ministério. E irão comigo. – Rony não gostando muito da idéia, preferiu não contrariar Hermione.
- Acho que será muito difícil entrar lá no ministério para fazer uma reclamação. – disse Gina em dúvida.
- Só vamos saber quando chegarmos lá.
Continuaram a falar sobre os Elfos. Rony sempre sendo contra as atitudes de Hermione. E ela revidando com muita discussão. Harry não podia perder mais tempo. Hermione já tinha lhes contado o que tinha acontecido, ele resolveu contar seus segredos, o que apenas Gina sabia parte deles.
Começou contando do desentendimento com Tia Petúnia e da caixa vermelha que ela tinha lhe entregado. A caixa que pertencia a sua mãe. Sendo que só podia ser aberta em seu décimo sétimo aniversário. Rony e Hermione ficaram de boca aberta ao ouvir o relato de Harry. Pensando que tinha acabado, foram surpreendidos pela história de seu avô materno. Essa, nem Gina sabia. Harry contou sobre o Juramento Inquebrável que sua tia no dia mesmo dia em que Lílian e Tiago morreram. Hermione ouvindo atentamente esperou Harry terminar de falar para dar sal opinião:
- Harry já pensou se Dumbledore era seu avô? – Gina e Rony foram pegos de surpresa. Harry mais ainda, não sabendo se achava absurdo ou não o que Hermione acabara de falar. – Mas pode ser uma teoria – continuava ela – Dumbledore sempre te protegeu, todos percebiam que ele tinha você como o aluno predileto.
- Hermione, acho que você está ficando maluca – disse Rony – Nunca ninguém soube que Dumbledore tivera um filho, e muito menos um neto.
- Claro que ninguém sabe. Ele teve coragem de fazer um Juramento Inquebrável com a Tia de Harry. Conseqüentemente, as únicas pessoas que sabiam eram os dois e a própria mãe de Harry e talvez o pai dele também.
Harry não sabia o que dizer. Achava a teoria de Hermione meio improvável. – Hermione, acho que Rony pode ter razão. Dumbledore era um bruxo muito velho. Alguém pelo menos saberia se ele tivesse um filho.
- Se não acham que seja Dumbledore, quem é? – perguntou Hermione abismada.
- Nem imagino. Mas estava pensando em perguntar para as pessoas que conheceram minha mãe. Como Lupim, Senhor Weasley, talvez o Olho Tonto Moody. – falava Harry, não sabendo para quem olhar – Esses anos me falaram muito sobre meu pai. De minha mãe não sei muitas coisas. As pessoas que podem me dizer, estão mortas ou estão sobre feitiços.
- O que quer dizer? – perguntou Rony.
- Sirius e Dumbledore. Fazem tanta falta. A maioria sobre o meu passado, descobri com eles. E minha tia Petúnia está sobre o feitiço do Juramento Inquebrável. Não consegue me dizer.
- Pena que esse feitiço é irreparável. Só pode desfazer a pessoa que o conjurou, no caso Dumbledore, mas como ele está... – Hermione não conseguia terminar a frase – Mas Harry! – continuava ela – quem sabe o que tem dentro da caixa poderá te ajudar a descobrir.
Harry só tinha a opção de esperar até seu aniversário para poder ver se descobria alguma coisa. Juntos saíram de onde estavam e foram para frente da TOCA, onde estava Molly chamando-os. Havia um carro do Ministério esperando para os levarem até o Beco Diagonal. Harry achava graça à magia do carro. Como podia caber tanta gente dentro. Por dentro do carro havia um espaço enorme. Mas olhando de fora lembrava um simples carro dos Trouxas. Perguntava-se porque não utilizavam o Pó de Flu ou uma Chave de Portal. O que seria bem mais rápido e menos esquisito.
Não demorou muito e o carro estava lotado. Mas ninguém estava espremido. Aquelas oito pessoas jamais caberiam em um carro trouxa. O motorista e Molly iam à frente. Na parte de trás estava Harry, Rony, Hermione, Gina, Fleur e Thonks. Ninfadora estava com um visual mais sério agora. Hermione achava que ela tinha “se tocado” que aquele seu “look” não era muito apropriável para uma pessoa como ela.
A viagem para o Beco Diagonal não foi muito longa. Apesar de todos terem que ouvir as reclamações de Fleur. Cismava que tinham que passar primeiro no Hospital para visitar Gui. Mas Molly dizia que tinha que resolver uns assuntos mais importantes no Ministério, onde Artur os esperavam.
Alguns minutos depois estavam na porta do ministério. Mas para a surpresa de todos, Molly não entrou no Ministério e sim numa enorme casa ao lado, com um grande letreiro luminoso que dizia: Minister House’s.
- Molly querida, tenho trabalhos a concluir – despedia-se Thonks. – Até mais ver – Thonks com seu visual mais sério acenava para todos.
- Meninos me sigam. - Molly falava sentindo falta de alguém – Cadê Fleur? – E para o espanto de Molly, Fleur estava brigando com o motorista que os tinham trazido. – Fleur, mais o que está fazendo, está ficando doida? – brigava Molly, enquanto os outros caiam na gargalhada.
- Este grosseirro está me negando uma carrona até o St. Mungus. Querro ver meu noivo. – Falava Fleur com sua esganiçada voz.
- Não está vendo que ele está a trabalho. Não pode perder tempo te levando até o hospital. – Percebendo que nada ia mudar a teimosia de Fleur, Molly cochichou algo para o motorista, que não concordou muito, mas preferiu não contrariar. Colocou Fleur de volta no carro e partiu rumo ao St. Mungus.
- É um “muco” mesmo – falava Gina – Também não sabia que já tinham ficado noivos.
- Melhor não discutir, para todos os casos, eles são noivos – disse Molly seriamente.
Todos seguiram Molly até a entrada do Minister House’s. Uma enorme escadaria levava até a porta principal. Duas estatuetas de grandes bruxos, enfeitavam a entrada. Ao passarem para o grande salão de entrada, notavam uma grande movimentação. Vários bruxos tomavam conta do lugar.
O teto do estabelecimento era muito alto. Com um enorme lustre no centro. As paredes cor de vinho combinavam com os carpetes de entrada. Para a surpresa de Harry, bruxos conhecidos habitavam o lugar. Na sua direita sentada num pequeno sofá, via Profª Sprout numa conversa animada com Sibila Trewaley. Tirando Sibila, a Proª Sprout estava irreconhecível. Muito diferente do que costumava se vestir em Hogwarts. Ao lado de Hermione estava Cornélio Fudge numa conversa muito sórdida com outros bruxos que pareciam ser membros do Ministério.
- Crianças fiquem aqui. Não sumam e nem pense em brincadeiras. – disse Molly autoritária. – Harry você vem comigo. – Harry espantado concordou.
- Vou começar com meu plano. – disse Hermione. – Gina você vem comigo, temos que defender os elfos. – Rony não acreditando no que ouvia, preferiu seguir Hemione a ter de ficar sozinho.
- Por favor – disse Molly com a recepcionista do local, que usava um penteado que Harry nunca tinha visto nada parecido – Professora Minerva me espera, onde posso encontrá-la?
- Claro – dizia a recepcionista, ajeitando seus pequenos óculos – acho que McGonagall está no salão ao lado. Pode ir lá se quiser.
- Agradeço. Venha Harry, temos uma conversa com Minerva.
- Mas que conversa? – Perguntava Harry.
- Sobre você. – dizia Molly sorrindo - Depois de Dumbledore, McGonagall é a melhor pessoa para discutir sobre seu futuro. Ainda mais que daqui uns dias será maior de idade – Harry achando muita ousadia da Srª Weasley, preferiu não dizer nada. – Harry pode estar achando um atrevimento de minha parte me meter em sua vida. – Como se ela adivinhasse seus pensamentos, pensou Harry. – Foi à própria Minerva que me pediu que lhe trouxesse aqui onde os professores ficarão até Hogwarts voltar a funcionar. Desculpe-me por não lhe ter dito nada antes.
- Posso saber o que ela quer comigo – disse Harry nem um pouco satisfeito.
- Peço apenas que tenha um pouco de paciência. Tudo será esclarecido – E dando mais uns passos, avistaram Minerva em companhia de alguém muito querido por Harry.
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