O Campeonato Começa
Depois de muita tristeza, Melissa acabou melhorando da depressão que havia adquirido. Não como os amigos dela queriam, mas ela estava melhorando lentamente e gradativamente... Afinal, nunca é fácil aceitar a morte de pais.
Para Harry, isso acabava lhe lembrando a idéia de ver novamente sua história sendo vivida desta vez por outra pessoa.
Mas esse era o menor dos problemas até agora. Naquele dia, ia ser a primeira aula de Defesa contra as Artes das Trevas, que a nova professora iria ensinar. Isso estava deixando vários alunos do Sexto Ano, ansiosos... Qual seria a nova vítima?
-Vai por mim Harry – Dizia Jorge – os alunos do último ano saíram correndo no fim da aula dela com os cabelos completamente carbonizados!
-Por quê? Ela ensinou alguma magia assim? – Perguntou Mione.
-Pior – Disse Jorge em tom de deboche.
-Ela usou o feitiço errado e botou fogo na cabeça de todo mundo! – Emendou Fred caindo na risada.
-Nossa... – Harry, Rony e Mione ficaram surpresos.
-Então ela é terrível! – Disse Hermione por fim.
-É... Mais ou menos... – Riu Fred – Por falar nisso, a Gina não ia ter aula com a Esquecida, digo, Erínia?
Todos caíram na risada ao ouvir o novo apelido de Erínia, Harry já imaginava que o Ministério da Magia colocaria um idiota na frente dos estudos, mas não uma incompetente.
Mas agora pensando bem, Harry teria a chance de recomeçar a AD. Pelo menos, essa era um de seus desejos naquele momento. Aí sim teriam aulas descentes.
-Bom, temos que ir então – Lamentou Hermione – Vamos ver se a senhorita Erínia é tão ruim assim.
-Vamos então á seção tortura – Debochou Rony – Quero só ver como será essa Esquecida.
Os três amigos iam subindo para a sala onde havia ficado a sala de Lupin, chegando ao corredor, gritos vinham da direção da sala de Erínia.
Vários alunos do Sexto ano pararam de andar, ficaram com medo dos gritos.
-O que foi isso? – Perguntou Parvati que estava logo atrás de Harry.
-Será algum Dementador? – Indagou Simas.
-Tenho até medo de saber. – Harry brincou.
-Olhem! – Exclamou Hermione apontando para um bando de alunos correndo.
Dezenas de alunos do quinto ano cruzaram a reta dos alunos do sexto com caras horrorizadas, entre eles estavam Gina, Luna e Melissa.
No meio das garotas, outras alunas da Corvinal e Lufa-Lufa corriam com desespero, o que estava acontecendo?
-SE AFASTA DE MIM! – Berrava Gina correndo.
-nossa, o que foi isso? – Perguntou Harry, pasmo, á Gina que parava de correr.
-Harry... pessoal? – Gina caiu no chão ofegando.
-ESSA MULHER É DOIDA! – Berrava Melissa dando passos para trás – Ela quase matou um aluno com a maldição Imperdoável achando que era o feitiço de Impedimento.
Vários alunos ficaram horrorizados com a frase da Quintanista. Melissa ficara ainda mais branca ao ver Erínia acenar para a sua turma.
-Credo! – Exclamou Parvati.
-Doida é pouco – Emendou Gina – Ela colocou fogo na cabeça dos alunos da Corvinal.
Harry riu ao ver que realmente aquela professora seria no mínimo, engraçada.
-Meu Merlin! – Melissa gritou, ela olhou para os colegas – A gente já vai com vocês!
-Bom, vamos indo então – Disse Lilá andando com Parvati, receosa – Temos que pelo menos entrar na sala.
-Que Merlin esteja com vocês – Disse Melissa ajeitando os cabelos que estavam sujos de fuligens – Vamos para a Aula de Adivinhação. Até Arry, Ron, Mione!
Melissa, Gina e Luna saíram caminhando agora normalmente enquanto eram seguidas por garotas e garotos do quinto ano.
Harry ficara parado acenando para Melissa que desaparecera, logo após cruzar o corredor.
-Vamos Romeu – Chamou Hermione puxando Harry pelo uniforme.
Na sala de aula, estava tudo uma baderna. Eram chaves-de-portal caídas no chão, troféus caídos, carteiras reviradas e um Erínia descabelada sentada no chão.
Ela estava bem distante, presa em seus próprios pensamentos.
-Errr... Com licença? – Hermione chamou.
Erínia se virara de maneira fantasmagórica, dera um sorriso que iria assustar até mesmo Dumbledore.
Ela se ergueu e olhou para a turma que estava completamente amedrontada.
-Oh, olá crianças! – Cumprimentou Erínia – Imaginei que as minhas aulas já haviam acabado por hoje... Que coisa, não?
-Er... professora, esta é apenas a segunda aula do dia ainda – Disse Hermione sem jeito – Quer ajuda com a arrumação?
-Ah, sim querida, por favor, me ajude á organizar esta sala. Essas crianças do Quinto ano são umas danadinhas... – Pediu Erínia se erguendo do chão – E os outros, queiram se sentar em suas carteiras.
Harry e Rony se sentaram juntos e esperaram a professora e Hermione terminarem de darem uma boa organizada na sala. A maioria dos alunos continuava á observar a estranha professora que parecia falar sozinha.
Depois de vários minutos, ela se voltou para a classe.
-Bom, sejam bem vindos á sua nova aula de Defesa Contra a Arte das Trevas... Espero que tenhamos um bom ano e sem mais delongas... Vamos começar á rever alguns feitiços básicos... – Erínia pegou sua varinha – Como os N.I.E.Ms necessitam de feitiços básicos, pensei em começarmos com essa revisão. – ela olhou para os lados – Então, quem gostaria de me desafiar?
Harry até pensou em desafiar a professora, mas isso seria muito exibicionismo, ainda mais agora que ele quase não estava mais na mídia, pelo menos na escola. Se por acaso tivesse a genial idéia de fazer tal coisa, seria o mais comentado pelo resto da semana e isso era a última coisa que desejava no momento.
Mas também tinha que pensar em seu estado, se enfrentasse a Esquecida, provavelmente ele teria que ficar duas semanas na Enfermaria.
-Hum, que tal você rapaz? – Perguntou Erínia á Neville que estava no fundo da sala.
Todos contraíram os olhos de preocupação, era Neville que havia sido escolhido.
-S-Sim, Senhora! – Exclamou Neville puxando sua varinha com um pouco de medo.
-Certo, vamos começar com um simples duelo, mesmo essa aula não sendo de duelos, continua sendo um importante fundamento para a Defesa – Disse Erínia estendendo sua varinha – Vamos no 3!
-1, 2... 3! – Neville brandiu a varinha e gritou – Expelliarmus!
-Protego! – o escudo que a professora criara, realmente fora eficaz, mas o ataque fora rebatido em Neville que caiu para trás com sua varinha á metros de distancia.
Neville se colocara de pé novamente, pegando a varinha com pressa. Ele olhara para a professora com medo de que ela fizesse algo mais.
-Viram? O Protego é um feitiço bem interessante, apesar de básico. Quero que todos treinem isso mais tarde – ela sorriu, voltou sua atenção para a turma – Que mais quer tentar?
Harry sabia que se ninguém quisesse, Neville acabaria sendo a experiência do dia, então resolveu ajudar o amigo.
-Professora, eu quero tentar! – Disse Harry entrando frente de Neville.
Harry pôde ouvir Neville esboçar um obrigado e se sentar em sua carteira, exausto.
Mas ele também pôde ouvir murmúrios sobre sua graça de querer se exibir.
-Muito bem... Potter é o seu nome, não? Então vamos!
-Tem certeza? – Harry perguntou retirando a varinha.
-Está me subestimando?
-Não, mas é que... – Harry olhou em volta – Tudo bem.
-1... 2...
No três, Harry conseguiu um feitiço de impedimento e lançou a professora contra sua própria mesa. Para surpresa geral, Erínia ficara encantada com a habilidade do aluno e para surpresa maior, ela nem fazia idéia de quem era Harry Potter! Mas mesmo assim, dera 20 pontos para Grifinória.
No fim da aula, estava claro que Erínia não iria ajudar ninguém á se defender contra Voldemort e muito menos iria conseguir ensinar algo descente, mas isso não era um problema.
-Bom, parece que a AD vai voltar com tudo então – Disse Hermione enquanto caminhavam para a próxima aula.
-Bom, qual seria o melhor dia? – Perguntou Harry – Depois do jogo de amanhã?
-Com certeza – Concordou Rony – Amanhã é o grande dia! Grifinória Vs Sonserina! Ninguém pode perder!
-Ok – Disse Hermione suspirando decepcionada – Eu vou esquentar a moeda com o feitiço Proteu para depois de amanhã.
-Não se esqueça de avisar que agora teremos uma sala própria, já que o Dumbledore a liberou – Harry disse animado.
Os dois jovens concordaram e se dirigiram para suas aulas... Então, o dia passou. Chegara o dia tão esperado, o início do Torneio de Quadribol.
Todas as casas estavam na platéia naquele dia. O rumor de que o Apanhador da Sonserina e o apanhador da Grifinória estavam em guerra por causa de uma garota era um dos principais chamativos do jogo, além também dos novos jogadores das duas equipes.
Depois dos piores jogadores terem saído e entrado novos, a expectativa de como seriam os times era enorme.
Lino Jordam mais uma vez iria narrar o jogo e se preparava.
-Bem vindos estudantes de Hogwarts! – Bradou Lino Jordam – este é o início do Campeonato de Quadribol da nossa escola! E como não podia deixar de ser, o duelo mais falado desde o início das aulas será um clássico! Grifinória Vs Sonserina!
O público aplaudiu de pé, Harry e os demais já estavam vestidos e prontos para entrar no campo.
O típico frio na barriga do time, estava acontecendo. Todos estavam ansiosos para entrar em campo de derrotar a Sonserina... Mas será que tudo ia correr bem e sem nenhuma desgraça?
-É meu primeiro jogo! – Dizia Melissa á Fred – Acha mesmo que posso fazer um bom jogo?
-Claro Mel, ou você acha que iríamos querer o perna de pau do Rony no Gol? – Disse Fred rindo.
-Hei! – Berrou Rony – Não fala mal de mim não!
-Que isso maninho, acha mesmo que íamos fazer isso? – Perguntaram Fred e Jorge ao mesmo tempo.
Melissa dera um sorriso abafado, notou que Rony reclamava sobre ter defendido de maneira espetacular o gol da Grinifória em seu Quinto Ano e ainda gritava.
-Claro que não... – Respondeu Rony sarcasticamente.
-Chega de papo! – Disse Gina por fim – O jogo já vai começar pessoal!
-Vamos dar o melhor, certo Gina? – Sorriu Amanda.
-É mesmo – Concordou Harry, enquanto ele pegava sua vassoura – temos de dar o melhor hoje!
-É assim que se fala Harry! – Disse Fred – Vamos arrasar a Sonserina hoje!
-Mas temos um problema – Emendou Jorge – Como Capitão, eu e Fred descobrimos que os batedores vão pegar pesado com Melissa, eles querem derrubá-la da vassoura á todo custo. Incluindo á você Harry.
-Isso pode ser mal – Completou Fred. – Sem goleiro, a Sonserina sabe bem como chutar á distância e vai ter pontos na certa. E sem o apanhador, é derrota!
-Mas sem problemas! – Disseram os gêmeos em coro – Somos os melhores batedores da escola! Protegeremos os dois.
-E nem um pouco convencidos! – Riu Melissa. – Eu me asseguro no gol, é só me cobrirem.
-Nós também – Respondemos Gina e Rony – Somos os artilheiros!
-E eu também! – Disse Amanda em coro. – Os Artilheiros farão os melhores papéis!
-Mas somos um time, então jogaremos unidos e não deixaremos que derrubem Melissa e Harry da vassoura! Certo gente? – Disse Fred.
-Certo! – Disseram todos em coro – Vamos jogar Quadribol!
-É! – os gêmeos sorriram.
-E aí vem Grifinória! – Bradou Jordam – Pelos números: Harry Potter, Amanda Bonnes, Gina Weasley, Ronald Weasley, Fred e Jorge Weasley e por fim, o mais novo goleiro da Grifinória! Melissa Hart!
A platéia da Grifinória fez gestos sincronizados para alegrar o time. Já a Sonserina vaiou muito alto.
Ignorando a turma da Sonserina, a Grinifória gritava mais e mais alto uma música de torcida:
Somos unidos!
Com a Grifinória ninguém pode!
Vamos arrasar qualquer um que tentar!
Com a Grifinória ninguém pode!
-Olha só! – Harry se divertia com a torcida – Dessa vez ela está sendo melhor que a sua, né Ron?
-Nem fala. – Rony gemeu.
Do lado de fora, Lino comentava sobre cada um dos jogadores de ambos os times.
-Pessoal, Melissa Hart é um incrível Goleiro... Eu mesmo já testemunhei seus treinos e... Amanda Bonnes é outra linda Artilheira que faz gols incríveis.
-JORDAM! – Berrou McGonagall – Eu pago á você para narrar o jogo, não paquerar uma jogadora! Agora volte á narrar!
-Sim senhora! – Respondeu Lino sem jeito – Mas vamos á escalação da Sonserina...
Enquanto isso, Melissa já estava voando no campo enquanto avaliava as condições do seu gol, ela parecia brincar na vassoura enquanto voava entre os aros. Harry voou para perto dela.
-Boa sorte no gol! – Disse Harry ajeitando os óculos.
-Obrigada, pra você também! – Disse Melissa sorrindo, ela se aproximou dele – Ser apanhador deve ser difícil.
-Nem tanto. – Disse Harry – Desde que se tenha bons olhos e percepção. – Disse o rapaz um pouco convencido.
-Hei pombinhos! – Gritou Fred de longe – isso não é um encontro e sim um jogo!
-Claro! – Gritaram os dois de longe.
Melissa sorriu sem jeito para Harry e foi para o gol, ela acenara de longe e o rapaz dera um aceno tímido.
Harry sentia que estava muito confiante no jogo, talvez porque Melissa estaria perto dele, ou porque ela tivesse dado uma prova de amor no treino, mas ele sabia mesmo é que iria pegar o pomo para mostrar á namorada.
A única coisa que preocupava Harry naquele momento, seria um possível ataque de outro Dementador que poderia estar á espreita, as demais preocupações poderiam ser deixadas para depois. No momento, ele deveria se preocupar com isso e com o Pomo.
-Eu quero um jogo limpo! – Disse Madame Hooch de maneira séria – Sem magias desta vez Weasley! – Acrescentou á Fred.
-Pode deixar! – respondeu Fred com um sorriso malicioso.
-Claro senhora. – Disse o capitão da Sonserina retribuindo o aperto de mão quase esmagador.
-E Hooch apita! – Bradou Jordam – é inicio de partida!
Harry viu o pomo voar para perto dele e desaparecer em seguida, agora, mais do que nunca era hora de esquecer os problemas e se concentrar na sua única diversão, caçar o pomo.
A diversão de todo apanhador, brincar de caçar o pomo!
-Gina Weasley tem a posse da Goles, que passa para Rony Weasley, mas AI! Rony Weasley recebeu um balaço e perde a bola para Wind, o capitão de Sonserina!
Rony ficou pendurado em sua vassoura, mas conseguiu voltar á tempo e continuou o jogo. Ele praguejara algo em voz alta e Gina fizera um aceno para que voltasse ao jogo.
Harry conseguiu escapar de um balaço que vinha em sua direção. Ao dar um giro conseguiu ver o pomo bem perto do gol onde Melissa estava e pelo visto, Malfoy também vira.
Harry voou com toda a sua força para o gol. Notou que Malfoy também voava, praguejando para si mesmo, Harry tentou aumentar a velocidade.
-É incrível! Mal o jogo começa, e os dois apanhadores já viram o pomo! Resta saber aonde eles viram! – bradou Lino – E parece que descobrimos senhoras, senhores e Professores!
-Olha o balaço! – Gritou Jorge atirando um balaço para longe, Gina que estava com a Goles, desviou seguida de Amanda e atirou a Goles pro gol.
-E 10 pontos para Grifinória! – Gritou Lino na maior alegria.
A torcida da Grifinória se ergueu num coro de alegria. Mas então, a Sonserina estava com a posse da Goles, fazendo a turma se calar... mas não por muito tempo! Eles tornaram á cantar sua música, o que começava á atrapalhar a Sonserina.
-Heh! Hora da vingança! – brincara Jorge ao ouvir a música – Música para meus ouvidos isso, não acha Wind!?
Melissa viu Harry e Malfoy se aproximarem, mas junto deles, um artilheiro da Sonserina com a Goles.
-Melissa! Cuidado com os balaços! – Gritou Jorge voando até ela, com o máximo de velocidade que sua vassoura permitia.
A garota viu os dois balaços voando na maior velocidade e desviou deles subindo para o alto. Mas isso deixara o gol aberto para qualquer ataque.
Melissa olhou assombrada para o jogador que vinha com a Goles, com velocidade, ela mergulhou.
-É incrível! A Goles passou raspando! Mas Hart a chuta para Rony Weasley que joga para a irmã, Gina Weasley! Que confusão de Weasley!
Um balaço passou raspando perto de Jorge que o rebateu com o bastão para Fred que iria rebater, o irmão por sua vez bateu o balaço contra um artilheiro da Sonserina que tentava derrubar Rony da vassoura.
O artilheiro quase caíra da vassoura, mas parecia sangrar pelo braço e gritava de dor.
-Pênalti contra a Grifinória! – Apitou Hooch subindo até onde estava o artilheiro.
-Ah, qual é! – berrou Fred nervoso – Os Batedores da Sonserina estão á toda tentando derrubar Potter e Hart!
-Cale a boca Weasley, senão eu expulso o Senhor do time! – Ameaçou Hooch.
-Cara! – Jorge exclamou para Amanda que estava ao seu lado – Pior hora pra isso, não tinha!
-É agora! – Disse Lino – Veremos se o novo goleiro é bom mesmo! Oliver Wind irá cobrar o pênalti!
Harry continuava procurando o pomo tendo-o perdendo de vista na hora que o balaço passou perto dele. Tinha que continuar procurando, mesmo com o jogo paralisado, ele precisava voar. Mesmo que fosse em círculos.
Harry conseguiu parar um pouco, o Pomo parecia ter se escondido até que o pênalti fosse cobrado e isso havia deixado tanto Malfoy quanto ele, parados.
O rapaz observou o pênalti que seria cobrado.
-E Wind lança! – gritou Lino.
Melissa viu a goles sendo lançada para o canto esquerdo. Ela estava no meio, tentando dar uma arrancada na hora certa.
-DROGA! – Melissa notara com surpresa a Goles indo para a esquerda.
Ela arrancara com tudo, a vassoura parecia não chega a tempo. Com uma jogada de esperteza, ela se equilibrara na vassoura – ficando de pé - e conseguira acertar um chute no ar para evitar que a Goles entrasse.
A moça ficara no ar por alguns segundos até que sua vassoura voltasse. Ela conseguiu segurar o cabo da mesma e agora estava tentando montar de novo.
-Defesa! Incrível defesa! – Gritou Jordam – Agora a Goles passa para Weasley que joga alto, para Amanda Bonnes! Isso sim que é um bom contra-ataque meus amigos!
Harry finalmente enxergara o pomo, estava passeando entre as balizas da Grifinória, Melissa não podia vê-lo, pois estava acima de sua cabeça.
Harry que estava acima das balizas mergulhou com tudo, Malfoy notando a reação do rival começou a mergulhar também.
Como Fred e Jorge haviam dito, um dos batedores da Sonserina parecia não sossegar até machucar Melissa.
Junto de seu colega, eles lançaram dois balaços que foram na direção de Melissa, bem na hora que Harry passava por perto, atrás do Pomo.
-Mano, passa o bastão pra mulher, ô! – Gritou Fred á Jorge.
-Hei Melissa! – Gritou Jorge lançando o bastão dele para a garota.
Melissa viu o primeiro balaço mudando o rumo para acertar Harry e conseguiu rebater o segundo usando o bastão. Ela dera uma guinada com a vassoura e acertara o primeiro também. Harry, assustado, nem teve tempo de ver quem lhe ajudara.
-Mais o que é isso! Um goleiro dando uma de Batedor! – Bradou Jordam.
A torcida da Grifinória veio abaixo quando viram os rebates de Melissa. Mas era problema saber que Balaços sempre voltavam, ainda mais que os dois batedores da Sonserina não davam descanso.
Eles haviam voltado á acertar os balaços que avançavam contra a Hart. E para problema maior, Harry escutou alguém gritar ao ser acertado.
-AI! – Jordam gritara ao contrair um dos olhos – Hart conseguiu escapar de um dos balaços, mais dois já é demais! Ela foi acertada e está mergulhando para o chão com o braço completamente ferido!
Harry vira o pomo perto do chão, nesse instante, se equilibrou na vassoura para tentar pega-lo e acabar com o jogo de uma vez por todas.
Malfoy que vira a cena, também estava atrás do pequeno objeto precioso, Harry já não tinha tempo para pensar nisso, vira a namorada cair por causa do golpe.
Mas parecia que Malfoy estava com outros planos e tentava fazer isso no lugar dele.
-Mas o que é isso!? – Gritou Jordam – Malfoy está tentando ajudar Hart? Agora já vi de tudo nesse mundo!
Harry vendo Malfoy tentando ajudar sua namorada, nada pôde fazer, mas riu muito quando reparou que Melissa conseguiu se erguer a tempo, evitando cair no chão e ignorar a ajuda dele.
Harry continuou tentando pegar o pomo, de repente foi para perto da arquibancada dos professores, Harry deu uma guinada na vassoura e voou com tudo que podia para lá. O azar foi que um artilheiro da Sonserina lhe empurrou, Harry perdera o equilíbrio e sem poder fazer mais nada, fora jogado com tudo na cadeira onde Dumbledore e Snape estavam.
-Ai! Essa deve ter doído! – Gritou Jordam – Dumbledore vai ficar com hérnia de disco! Será que falei alto demais?
Dumbledore e Snape ajudavam o rapaz a se erguer, enquanto este massageava a cabeça.
-Ai... – Harry se sentou na arquibancada – Que batida... – O rapaz olhou para sua perna que estava visivelmente quebrada. Havia sangue na esquerda, e claro, uma visão não muito agradável de seu osso.
Harry se ergueu e sentiu algo mexer dentro de suas vestes, ao por a mão dentro de suas manga pegou o pomo e o ergueu para o alto, ainda desacreditado. Ele abriu um grande sorriso ao notar que havia conseguido, mesmo que sem querer.
A platéia da Grifinória, em peso, se ergueu e aplaudiu.
-É fim de partida! – Gritou Jordam – termina o jogo com 180 para Grifinória e 50 para Sonserina!
Melissa abrira um sorriso, ergueu os braços sentindo a brisa e o alívio percorrerem seu corpo... mas por causa do cansaço, acabara se desequilibrando e caindo.
Harry com um pouco de dificuldade montou na vassoura e foi descendo até o chão para o abraço em equipe. Amanda ajudou Melissa a se erguer também partiu para o abraço, mesmo que a perna de Harry estivesse totalmente inutilizada... Quem não quer comemorar a vitória?
-Vencemos! – Gritaram Fred e Jorge – VENCEMOS! É! É ISSO AI!
-HOJE VAI TER FESTA! – Gritou Rony descendo da vassoura. Harry olhou para Melissa e viu que ela estava com o braço esquerdo quebrado e sangrando.
Ignorando a zoeira, a bagunça e a gritaria, ele se aproximou da moça e tocou seu ombro.
-Vamos para a enfermaria. – Disse ele, dando um sorriso sem graça.
-Não é nada. – Disse Melissa, ainda contraindo o rosto de dor. – Você quebrou sua perna, deve estar bem pior.
Harry não podia negar que a dor era um inferno, mas estava diante de Melissa. Tinha que fazer bonito.
Erínia, a professora de Defesa contra as Artes das Trevas, entrou no campo e foi até a garota. Isso já havia deixado os nervos de Harry lá no alto.
-Eu posso te ajudar mocinha! Eu tenho experiência em estancar o sangue, e claro, consertar pequenos probleminhas.
Melissa ficou um pouco pensativa, mas concordou.
-Tem certeza que você quer que “Ela” te ajude? – Perguntou Harry, indeciso – Não sei se você se lembra do nosso professor que tinha problemas de memória...
-Vejamos o feitiço... É mesmo, como era?
Fred e Jorge ficaram temerosos quanto ao que Erínia ia fazer, todos já conheciam a falta de memória da professora, e Harry se lembrou do seu professor do segundo ano.
Hermione apareceu, ela estava correndo e gritando algo:
-Não a deixem fazer isso! Ela vai acabar matando Melissa de Anemia! Todos sabem que o feitiço de estancar sangue se não for aplicado corretamente provoca uma hemorragia!
-QUE!? – Harry arregalara os olhos.
-Tarde demais! – disse Rony balançando a cabeça – Lá vai ela...
Erínia fizera um feitiço estranho, quando Melissa olhou seu braço viu que ele saía mais sangue, e o sangue não estava normal... Parecia estar coagulado.
-Sangue! – Disse a garota – Sangue... Ahn...
A garota caiu, desmaiada no chão, Erínia sem entender nada ficou fitando Melissa. Harry apenas balançou a cabeça, xingando a professora mentalmente,
Madame Pomfrey chegou correndo até o campo onde deu uma enorme bronca em Erínia.
-Onde já se viu usar um feitiço para dar hemorragia em uma aluna, esses professores me dão tristeza... Potter, meu jovem, me ajude á levar Hart para a enfermaria, e Weasley – Se virou para Jorge – pegue um pano se não a escola inteira vai ficar cheia de sangue...
A festa de vitória estava sendo feita nos dormitórios dos alunos do sexto ano. Melissa já estava melhor e usava uma faixa no braço esquerdo, já que se quisesse participar, deveria ficar com o braço quebrado por mais um dia.
Harry havia tomado uma poção e sua perna parecia como nova.
-Aquela mulher é louca! – Disse Gina – ela nem se lembra do próprio nome!
Melissa dera um sorriso, extremamente sem graça. Sabia que a culpa inicial era dela.
-Eu sei. – Disse Melissa – Ela bem que tentou me ajudar.
-Mas no caso só te complicou – Disse Jorge bravo – Um mês sem jogar Quadribol com o risco de a hemorragia recomeçar... Realmente... Ela quer é ferrar o nosso time.
-E o pior é que para ela voltar a jogar com 100% eles vão ter que descobrir o contra feitiço. – Completou Fred – Ou seja, se depender da Erínia, Melissa vai ficar fora do Quadribol, um looooooongo tempo...
Harry apenas ria quando viam Jorge e Fred despejarem centenas de xingamentos em cima de Erínia.
-É, e você Harry? – Perguntou Gina.
-Ah, a Madame Pomfrey usou um feitiço na minha perna e ela está como nova – Comentou Harry – parece que a Melissa vai precisar ficar com o braço assim por causa da festa, mas enfim...
-Boa partida Harry – Disse Dino Thomas – Queria ver a cara de Snape ao ver você caindo em cima dele.
-Eu também! – Riu Simas.
Harry caiu na risada junto dos amigos. A festa estava animada, Fred conseguira contrabandear com a ajuda dos elfos um enorme banquete e cervejas amanteigadas.
-Ainda acho uma injustiça isso – Disse Hermione, brava – Os elfos apenas fazem o trabalho deles, e vocês ainda os usam como se fossem escravos? Ah se o F.A.L.E estivesse ativo...
-Menos Mione, menos... – Disse Rony – Hoje é festa!
Hermione se calou e ficou conversando com suas amigas.
Harry notava que Melissa ainda estava um pouco triste com tudo que havia acontecido, ele sentia uma estranha vontade de confortá-la e de poder abraçá-la. Mas o que seus amigos iriam dizer? Eles já lhe enchiam a cabeça desde que começara a namorar Melissa, mas... Afinal, ele iria se importar com isso?
Harry disse algo para os amigos e foi se sentar do lado de Melissa.
-Você não parece alegre. – Começou Harry, fingindo se espreguiçar e colocando os braços no ombro de Melissa.
-Bem... – Melissa ficou sem jeito – Não é alegre, estou preocupada com meus tios, não que eu não goste deles, mas... Eles são trouxas... E acho que não vão entend... !
-Você é filha de trouxas? – Perguntou Rony entrando na conversa.
Harry também olhara surpreso. Seria a história se repetindo?
-Sou mestiça. – respondeu Melissa, calmamente – Meu pai era um bruxo de sangue puro como vocês dizem, que se casou com minha mãe, uma bruxa filha de trouxas. Meus pais eram da Grifinória, assim como todos os Hart. Meus tios ficaram muito felizes quando souberam que minha mãe era uma bruxa.
-Ao contrário dos meus. – Disse Harry, pensativo.
-Eles sempre me deram a maior força para ser uma bruxa, agora com a morte de meus pais, eles podem estar correndo perigo e até mesmo estarem odiando os bruxos... – Disse Melissa, ligeiramente chateada. – Será que eles ainda vão me aceitar?
-Que coisa boba – Disse Hermione chegando – Claro que vão! Eles são sua família. Querendo ou não, nenhum parente pode te odiar!
-Pois é, mas minha família por parte de pai não me aceita muito bem por eu ser mestiça.
-E daí, eu também sou. – Disse Harry despreocupado – E nem por isso meus amigos me odeiam. Se bem que meus tios me odeiam só pelo fato de eu existir.
Melissa sorriu e não disse mais nada.
-Bom, se você quiser, pode ficar na minha casa – Disse Rony – sabe como a mamãe e o papai amam suas visitas.
-Mas ultimamente eles andam vivendo na casa da Ordem. – Disse Fred se intrometendo na conversa.
-Isso é horrível! – Disse Jorge contraindo o rosto – Eles ficam desinfetando aquela casa e nos chamam para ajudar!
-Eca! – Rony Exclamou – E no ano passado tivemos que exterminar as Fadas Mordentes.
Melissa sorriu.
-Será que eu vou poder ir com vocês para a sede da Ordem? – perguntou a garota. – Meus pais nunca deixaram que eu fosse lá.
Ninguém se atrevera a responder. Melissa ficou sem graça e se ergueu.
-Hum... Lembrei que tenho dever do Snape pra fazer! Té mais! – Melissa saiu correndo do quarto.
-Acho que ela não gostou muito. – Disse Rony.
-Claro. – Disse Hermione de maneira sarcástica. – Ela não tem ninguém aqui em Hogwarts exceto nós, e se nós vamos para a Ordem...
-Eu queria poder ficar – Disse Harry, triste – Mas eu preciso ficar na Ordem. Lá pelo menos, eu tenho um tipo de lembranças das pessoas que eu tive.
Harry não gostava de saber que teria que deixar Melissa sozinha em Hogwarts, mas por outro lado, queria poder ficar com ela... Mas como ele mesmo dissera, só na Ordem ele poderia ficar com suas lembranças de Sirius.
No Salão comunal, Melissa estava chorando no canto da sala.
-Será que... Eu vou ficar aqui sozinha? – Pensava a garota – Não... Não quero ficar sozinha.
Na festa Harry se sentia mal, gostaria muito de poder levar sua namorada, mas nada podia fazer exceto observar ela chorar.
-Vai até lá Harry – Disse Hermione – Garotas gostam de conforto.
-Falou a voz da experiência – Retrucou Rony – Vitor te ensinou isso?
-Não! – Respondeu ela secamente – Eu sei disso, garotas sabem disso. É uma questão de instintos.
-Você falando isso até me dá medo Mione, sério – Disse Rony fitando a amiga.
De repente um grito vindo do Salão foi ouvido, Harry Hermione e Rony se lembraram de Melissa.
Harry sentiu uma dor lacinante em sua testa, a cicatriz começara a queimar, a velha e conhecida sensação percorreu seu corpo e aquela dor o fez cair no chão.
-Harry! – Gritou Rony – Pessoal, me ajudem a levá-lo para a enfermaria!
-Não... Eu... Estou bem – Disse Harry se erguendo, ele sussurrou para Rony – Minha cicatriz... AH! – Caiu novamente de joelhos.
Hermione correu até o Salão e deu um grito de horror seguido por diversas meninas.
Harry e os demais desceram as escadas e ficaram horrorizados com a cena.
-Não pode ser... – Disse Rony – Isso é mal Harry, muito mal...
Harry sentiu seu corpo congelar com a cena, havia muito sangue espalhado no chão. Ele deu passos para frente ainda muito horrorizado, não imaginava que logo ali... Logo na escola...
-Vou chamar Dumbledore e a Professora McGonagall – Disse Neville saindo do Salão. – UM MINUTO!
A cena que todos viam era bizarra, Harry se sentiu culpado ao ver essa cena. Pela primeira vez, esse era um feitiço que ele não gostaria de ter visto. Pela primeira vez, ele sentiu horror de ser bruxo.
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