Afeição
Cap.13 – Afeição
-Ei! Hoje a Marcy vem dar uma pesquisada em nossa biblioteca – Hermione disse enquanto colocava o brinco na orelha.
-Tá ok.
-Você sabe de que Marcy estou falando? – a mulher perguntou revirando os olhos.
-A nossa vizinha, nossa amiga – Harry disse como se fosse óbvio. – Não é?
-Sim. Apenas queria ter certeza que estava ouvindo. Muitas vezes, quando está escrevendo ou ouvindo música se perde em outro mundo.
Ele a olhou confuso. – O que disse? - ela ergueu a sobrancelha, Harry sorriu. – Brincadeira.
-Vou dar uma passada no hospital, esqueci umas pastas lá.
-Volta antes do almoço?
-Volto sim. Ainda quero indicar uns bons livros para a Marcy.
Harry e Hermione conheceram Marcy assim que compraram o apartamento, há quatro anos atrás. Era uma mulher trouxa dois anos mais velha que eles, espontânea, divertida e muito esotérica. Era uma mulher muito especial. Descobrira que os dois amigos não eram “tão iguais” a ela quando as outras pessoas do lugar achavam. E agora se via fascinada pelo mundo da magia. Com uma ajudinha de Harry – os ‘milagres’ que podem ser feitos quando se tem influencia...-, ela foi liberada a poder ver magias, isto é, o departamento “Obliovatador” do ministério era proibido de tocá-la.
-Oi Marcy! – Harry lhe beijou o rosto.
-Com vai Harry?
-Muito bem. Entra. Você sabe onde é a biblioteca.
-Valeu. A Mione está?
-Não. Foi ao trabalho, sabe como é... Mas daqui a pouco chega. Faz uma hora mais ou menos que saiu – comentou. - Quer uma ajuda?
-Seria ótimo! Estou louca pra explorar mais esse seu – ela franziu a testa.
-Mundo?
-É. Isso – sorriu, tocando a face dele. – Não está lendo minha mente está?
-Marcy! Assim você me ofende – ele disse com ar de coitado.
-Você é um doce sabia?
-Olá – Hermione falou logo que um barulho de chicote foi ouvido.
-Oi Mione – disseram juntos.
Hermione tentou sorrir, quando viu que estavam próximos. Muitas vezes era tão possessiva, ao menos conseguia disfarçar... – Vamos para a biblioteca? – perguntou retirando o casaco.
-Ótima idéia.
-Bom, se precisarem de mim – Harry falou. – Estou lá no meu quarto. Tenho que terminar esses manuscritos.
-Tá Ok.
****
Os dias estavam cada vez mais frios, anunciando que o natal estava cada vez mais próximo...
E assim ele veio.
-Já comprou todos os presentes, Harry? – a morena insistia.
-Sim. Não se preocupe, eu dessa vez não esqueci de ninguém.
-Você vai não é?
-Eu prometi – disse suspirando. – É claro que sim.
-Só estou tentando ajudar. Se não puder ir, é bom ter uma boa desculpa – Hermione disse ansiosa.
-Eu irei Mione. Vou chegar em casa as sete e assim que me arrumar poderemos ir para A toca. Não se preocupe.
Ela suspirou. – Está bem, boa tarde então.
-Boa. Até mais tarde.
-Até.
Harry se permitiu guardar o espelho para voltar, assim, para o trabalho. Mesmo na véspera de natal recusava-se a parar sua pesquisa que progredia tanto.
****
-Vamos?
-Claro! – ele disse. – Quer que eu carregue seus presentes?
-Por favor. Obrigada Harry.
-Não há de quê.
E eles rumaram para o elevador e do elevador para a garagem.
-Primeiro as damas – disse abrindo a porta do carro para a amiga.
***
-Harry, Hermione! Meus queridos! – A Sra. Weasley apertou um de cada vez em seu abraço de tirar o fôlego, literalmente. – Fico muito satisfeita por ter comparecido, querido – ela falou sorridente.
-Mamãe, deixe-o respirar! – Fred exclamou estendendo a mão para o amigo. – Como vai Harry?!
-Fred – Harry apertou sua mão.
-Hermione, eu tenho que dizer, você está deslumbrante – a mulher sorriu agradecida.
-Mione, Harry! – Gina os abraçou, depois Sr. Weasley, Jorge, Lilá, Rony... Neville, Luna.
Enquanto conversavam, alguém bateu na porta e a Sra. Weasley foi atender. Logo voltou com Tonks, Moody, Lupin e Sophia e houve mais um rodízio de abraços e beijos.
-Deus! Há quanto tempo não lhe vejo, Sophia.
-Eu sei Hermione. Mas estou tão atarefa, Harry deve lhe dizer.
-Fala sim, que você respira e vive trabalho.
-Sim, mas como estão vocês? – ela perguntou os olhos astutos.
-Perdão? – Hermione indagou sem saber muito bem do que a mulher falava.
-Como está tudo.
-Estou trabalhando muito, assim como vocês. Por sorte Harry, incrivelmente, se torno bem mais organizado que na época do colégio.
-Isso é muito bom. E a convivência de vocês, como está? – insistiu.
-Ah. Bem, você sabe como o Harry é um doce... Dificilmente há brigas. Quando há – coisa que nem se pode chamar de brigas -, normalmente discutimos sobre quem comeu o último pedaço de bolo, ou o sorvete de alguém que estava guardando, mas sempre chegamos a conclusão que a culpa foi de Bichento – Hermione falou com um sorriso.
-é difícil ter amigos assim.
Hermione nada respondeu sobre isso. – E você como está? E o Lupin?
Sophia sorriu calorosamente. – Remo está trabalhando próximo a mim. Constantemente nos vemos.
-É bom saber que ainda são amigos depois de tanto tempo – Hermione disse tentando parecer alegre. Sem querer, no entanto, soltou um suspiro. Ela e Harry também seriam assim, não é?
-O que foi Hermione?
-Nada! – respondeu fingindo-se de confusa. - Por que?
Antes que Sophia pudesse falar, Harry foi lhe cumprimentar.
-Vamos jantar? – A Sra. Weasley chamou.
A ceia estava uma delícia. Todos estavam se divertindo, conversando, brincando. Tonks riu enquanto Sophia lhe contava algo ao pé do ouvido. E Lupin, que estava de fronte para as duas, franzia, intrigado, a testa. Rony, Neville, Harry e os gêmeos falavam de Quadribol.
-Mas por que você não veio com aquele vestido, Mione? – Gina perguntava chateada.
-Eu simplesmente não me sentiria bem com ela aqui, Gina – Hermione falou precisa. – Imagina meu constrangimento.
-Mas você ficou tão linda! Constrangimento de que?
-Vestido? –Lilá e Luna entraram na conversa.
-É. A Mione comprou
-Você me forçou a comprar – corrigiu.
-Um vestido chiquerrímo, mas não quis usar, por vergonha. Acreditam?
-Não seja tão tola Hermione – Lilá objetou olhando-a chocada.
Hermione revirou os olhos. Lilá era realmente alguém que não poderia lhe dar conselhos, principalmente quando se tratava de roupa. Lilá era uma consumista nata, afinal.
O Sr. Weasley e a esposa falavam com Moody. Discutindo velhos tempos. Tudo transcorreu como o dia pedia: animado, feliz e caloroso.
Assim que o jantar terminou, houve a troca de presentes. Nesse momento, sentados no sofá, Harry entregava o seu para a amiga.
-Espero que goste! - ele sorriu entregando-lhe uma caixa retangular, alguns centímetros maior que a palma de sua mão (da dele), de veludo vermelho, com uma fita verde.
Hermione sorriu calmamente e com a mesma tranqüilidade, desamarrou o laço verde, que lindamente fora posto ali. Ela abriu o estojo, e, chocada, prendeu a respiração.
“Céus! É magnífico!”
Ela o encarou sem palavras. Abriu a boca, nada. Outra vez, ainda assim, nada.
-É lindo, Harry – disse por fim. – Quero dizer, é simplesmente a jóia mais bela que já vi... – então se voltou pra ele hesitante. Porém, antes mesmo que Hermione viesse com seus discursos Harry tornou a articular.
-Não fale – ele a olhou reprovador. – É claro que quero se aceite. Me ofenderia profundamente se não o fizesse.
Ela olhou novamente para o presente, uma gargantilha de prata adornada com minúsculos diamantes e, ligada por um fio quase inexiste ao colar, um jade, de no máximo um centímetro e meio. – Obrigada. Mais uma vez... Mas saiba que aceitarei o presente, sentindo-me culpada.
-Não seja boba – ele abanou uma das mãos. – Feliz natal Mione! – ele a abraçou.
Hermione fechou os olhos e retribuiu o abraço. Ela não soube quando tempo ficou ali, nos braços de Harry, porque simplesmente perdeu o chão ao sentir o seu corpo próximo ao dele.
-Muito obrigada – ela sussurrou quase sem ar. – Mas agora é minha vez – continuou no mesmo tom. Afastou-se beijando levemente seu rosto. – Feliz natal, Harry – disse com um sorriso lhe entregando uma caixinha quadrada. – Espero sinceramente que goste – falou tentando conter a expectativa enquanto o homem abria o regalo.
Ele sorriu belamente. – Muito obrigado, Mione – falou olhando em seus olhos. Ela podia sentir a alegria que os verdes dele emanavam. – Você percebeu.
-Eu vi que você não usava mais seu relógio... Supus que havia perdido ou quebrado.
-Sim. Ele parou e não tinha tempo de concertá-lo – disse admirando-o – Ele é realmente muito bonito – falou já colocando em seu braço.
-Quando o vi achei que era sua cara.
Harry sorriu mais uma vez. – Você é um doce, querida – disse lhe dando mais um beijo, desta vez na testa. – Muito obrigado. Puxa! Eu gostei muito mesmo.
-Que bom que acertei.
-Você sempre acerta! – falou sem pensar.
-Harry, muito obrigada! Muito mesmo – Gina disse sorrindo de canto a canto da boca. – a pulseira que me deu é fantástica!!! – falou beijando seu rosto.
Hermione fechou o seu estojo cuidadosamente. – Que bom que gostou Gina – Harry disse.
-Olha, Mione! Não é linda?
-Muito! – e combinava muito com Gina, Hermione percebeu, era uma pulseira adornada de rubis.
-Olha o que Mione me deu.
-Harry parece com você! Hermione sempre teve um gosto certo, dessa vez não foi diferente – Gina comentou. – E o que é isso, Mione? – perguntou para o presente que a moça estava no colo.
Harry olhou para ver o que era e apenas a olhou. Hermione corou. – É... é o presente que Harry me deu, Gina...
-Não querendo ser muito intrometida... Mas já não me contendo, deixa eu ver?
-Cla...claro – e estendeu as mãos com o estojo para a amiga, que já havia sentado ao seu lado.
A ruiva soltou uma exclamação de abismo ao abri-lo. Olhou para Hermione rapidamente e voltou-se para a jóia. Hermione sabia que todos que vissem iam ficar desse modo. Por isso, corou. – É excepcional... – murmurou por fim. “Deve ter sido excepcionalmente cara também”.
-Eu falei para o Harry – Hermione falou constrangida. Gina, por sua vez, a olhou “Hermione não pode ter me ouvido” – que era muito caro e...
-Mione, eu já lhe disse! – Harry reclamou pacientemente. – Não fale assim... Vou achar que não gostou.
-Eu gostei! Verdade, mas não acho que deva gostar nessas coisas pra mim.
-É um presente. Eu gosto de dar. Principalmente para amigos. Sabe que é a minha melhor amiga. E já deveria saber o quanto te admiro e gosto! – disse reprovador. – é só uma pequena prova da minha afeição – disse acariciando seu rosto delicadamente.
A morena suspirou. - Eu não vou mais falar. Prometo.
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(Continua)
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Oi galera! Bom, espero que gostem! Desculpem algum erro...
Comentem tá?
Olha, só... O próximo cap. só vem com comentário - quando mais comentários, mais rápido - ok?
E Ah! Ia me esquecendo: É completamente H²...
O nome dele é:
Vestida Para Matar
E está um pouquinho mais pesado.
Sei que no menu está Fan fic G. Mas o Fic é para maiores de pelo menos 13 anos, Ok? Não tem mais essa opção lá. Só essa (Fanfic G) ou Nc-17. Esse fic aqui não chega até lá, bem, eu acho...
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Então trechos... Só pra deixar curiosidade... rsrs:
Suspirou satisfeita quando sentiu a água quente percorrer seu corpo. Ela poderia ficar ali por horas a fio, mas não queria deixar Harry esperando...
Ela não sabia o que vestir. Seu armário era bem abrangente, mas ela meramente sentia que nenhuma roupa dali era boa suficiente para um encontro com Harry...
*
-Você está encantadora – segredou beijando sua testa.
*
Ele sorriu se aproximando.
*
Uma senhora já idosa ficou os olhando estranhamente, havia também uma mulher mais jovem que tinha as mãos dadas a duas criancinhas, que os olhava escandalizada. Eles se afastaram.
-Não fizemos nada – Hermione disse pigarreando.
*
Bom, espero comentários então né?
Beijo.
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